Filhos que ensinam

Quando cheguei em casa, logo após o nascimento da minha primeira filha, abracei minha mãe e chorei.

Foi nesse momento que senti a verdadeira responsabilidade de ser mãe.

Apesar de toda a emoção da maternidade, de ser abençoada por ter a oportunidade de experimentar a melhor sensação do mundo e de ser capaz de gerar um novo ser, fui invadida pela insegurança de ser mãe. É incrível essa sensação. Ao mesmo tempo que nos sentimos completas como mulher, nos cobramos pelo êxito na tarefa que vamos ter que levar pelo resto das nossas vidas.

Minha filha me fortaleceu. Ela me deu coragem para seguir em frente. Eu sabia o quanto ela precisaria de mim.

E foi nesse momento que entendi todos os “nãos” que recebi da minha mãe. E passei a admira-lá cada dia mais.

Nos braços dela chorei e agradeci por tudo o que ela havia feito por mim, por todo o seu amor. E com toda a liberdade que uma filha deve ter com a mãe, falei dos meus medos e da responsabilidade que sentia de falhar na educação da minha pequena.

Minha mãe olhou-me nos olhos e disse:

– Minha filha, os filhos nos ensinam a viver. Sua filha tem muito pra lhe ensinar. Ela não aprenderá tanto com você como você aprenderá com ela.

As palavras da minha mãe, naquele momento, ficarão guardadas para o resto dos meus dias.

E assim tenho vivido. Tenho duas meninas que fizeram de mim uma pessoa muito melhor.

Hoje sei exatamente o significado do amor incondicional. Ainda tenho muito a aprender!

Amor e paixão

Muitos já tentaram definir. Nem todos conseguiram explicar.

A verdade é que um é consequência do outro.

Paixão é aquela coisa avassaladora. Começa com um frio na barriga. Algo entre o estômago e o coração. Basta pensar no ser desejado para essa sensação vir à tona. Não precisa de tempo. É imediata.

A paixão acontece sem mais nem por que, sem querer e sem avisar. Pega você desprevenido. Quando menos se espera. Cria sensações deliciosas de se sentir. E você não quer nunca que elas acabem.

Você sabe que está apaixonado quando você pensa no ser desejado e seu rosto fica ruborizado sem ninguém entender. Você até esboça um pequeno sorriso e tenta disfarçar. Seu peito fica tão gelado que você até perde a vontade de comer. Por um bom tempo você se livra do seu chocolate preferido: a paixão, por si só, te alimenta.

A partir daí tudo pode acontecer. E se tudo der certo, assim como você esperava, a sensação vai diminuindo aos poucos e se transforma no amor. Ao menos é isso que se espera.

Muitas vezes ela deixa rastros. Você vai sentir saudades e talvez queira voltar no tempo. Para sempre se lembrará daqueles momentos. Sim, a paixão deixa marcas, embora seja passageira.

Mas enquanto ela estiver por aí, agarre com todas as forças. E se o amor acontecer…hum…melhor pra você!

Prêmio de consolação

Quem se contenta com o segundo lugar?

Será que competir é mesmo tão importante quanto ganhar? O gosto da vitória é realmente delicioso. A sensação de estar em primeiro lugar é indiscutivelmente satisfatória. Isso em qualquer competição. Nenhum atleta treina o ano inteiro para ficar na segunda colocação.

Todos querem estar no pódio. De preferência com a medalha de ouro.

Na vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma maneira. Quem fica em segundo lugar nem sempre está completamente feliz.

Esses dias ouvi uma frase que me fez pensar bastante: “Cuidado para não ter saudades do passado por causa de um presente ruim”. Verdade ou mentira?

Quantas pessoas estão presas no passado deixando de viver o presente e esperando um futuro melhor? “Eu era feliz e nao sabia”.  Será mesmo?

Muitas pessoas condicionam a felicidade a alguma coisa que ainda está por vir. “Ficarei feliz o dia que encontrar um homem perfeito”.  “Quero uma mulher que goste das mesmas coisas que eu gosto”. E assim por diante.

O fato e que nem sempre as coisas acontecem como esperamos e a vida muitas vezes toma rumos diferentes daqueles que idealizamos. Mas nada impede que você seja feliz de qualquer forma.

É normal sentir falta do ruim quando se está em contato com o péssimo. Mas ficar se lamentando não vai resolver nenhum problema. Muito pelo contrário. Às vezes é preciso ter coragem para mudar, tomar decisões e seguir em frente.

Se você está em segundo lugar, não aceite o prêmio de consolação. Desça do pódio e pratique um pouco mais para chegar em primeiro lugar. Ainda que isso exija  alguns sacrifícios e até mesmo um pouco de “dor”.

Sim, tudo isso faz parte do treino! E aí, preparados para a próxima rodada?

Amantes

Masculino ou feminino, não importa. O fato é que esse ser, que existe desde que o mundo é mundo, causa uma grande confusão na vida das pessoas casadas. E esse assunto está cada vez mais comum.

Tenho visto, nas rodas de amigos, pessoas casadas que falam abertamente de seus relacionamentos extraconjugais, tanto homens como mulheres. E sim, em igualdade de condições. Mais do que isso, encontram-se com a “equipe de apoio” em lugares públicos sem medo nenhum de sofrer qualquer tipo de retaliação ou preconceito.

Parece que hoje se criou um código de “fidelidade pública”. “Eu não falo nada de você e você não fala nada de mim. E assim ficamos acordados”. Com isso, as pessoas sentem-se livres para fazer o que quiserem, onde bem entenderem, na presença de quem quer que seja e no momento que desejarem.

Muitas mulheres se sujeitam a esse papel sem nenhum problema. Acham até normal. Não se sentem culpadas de nada e estão muito conscientes do que estão fazendo. Os homens também se comportam dessa maneira e, na maioria das vezes, não largam mais a matriz para ficar com a filial. Mesmo porque esse negócio pode se ramificar com várias franquias, digamos assim.

Diferentemente do que acontecia antigamente, homens e mulheres que vivem o papel de amantes não pensam mais em casamento.

Quantos casos iguais a esse você conhece?

Ah, meu amigo, minha amiga, se o seu telhado é de vidro, cuidado com as pedras, heim? rsrsrsrs

O depois

Eu sempre digo que separação é um luto. Não importa o tipo de relacionamento. Nem sempre, especificamente, precisa se tratar de um casamento.

O fato é que quando as pessoas se separam geralmente passam pelas mesmas coisas.

Ainda que você tenha se dado conta que aquela relação estava falida, você passa pela dor. Essa é a primeira fase. O sentimento de perda e frustração é muito grande. Como se alguém tivesse morrido, embora ainda esteja vivo. Mas bem distante de você. Duro aceitar que aquela pessoa que conviveu anos ao seu lado agora esteja longe, tocando sua vida. E o pior. Você também precisa levar a sua adiante.

Difícil reunir forças para isso. Ainda mais quando a dor fala mais alto. Mas como diz o ditado, não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. Temos que seguir em frente.

Sentir raiva também é bem comum. Nem sempre do outro, muitas vezes de nós mesmos. Mas isso também vai passar. A não ser que você não queira. Quem vive amargurado não consegue ser feliz. Isso é muito ruim. Claro que as mágoas farão parte dessa outra etapa, mas é preciso superar tudo isso. Como? Você vai ter que descobrir. Não há regras.

Eu encontrei nas minhas filhas a razão pra continuar. Nao pude me entregar ao sofrimento porque elas precisavam muito de mim assim como eu preciso delas. Os filhos sofrem, inevitavelmente. E isso dói. E como dói. Ah, se pudéssemos evitar, não é? Mas o mais importante é preservar as crianças das brigas e garantir que elas convivam com os pais, independente de qualquer coisa. Ex-marido ou ex-mulher. Ex-pai e ex-mãe não existem.

O próximo passo é conviver com os conflitos. Especialmente os financeiros. Muitas vezes, enfrentar os litígios para resolver essas questões. Separação de corpos significa também separação de bens. E essa parte é muito complicada. Nem sempre os casais separados conseguem administrar bem essa situação.

Você também vai conhecer melhor os seus amigos. Muitos ficarão e te darão justamente aquilo que você precisa. Alguns te decepcionarão, e muito. Outros irão embora, para o seu próprio bem. Mas nada te impedirá de se relacionar com outras pessoas e descobrir uma nova realidade. Sim, você começa uma nova etapa que poderá ser muito boa ou melhor do que você esperava.

Quanto aos novos relacionamentos, eles surgirão com o tempo. Desde que você se dê essa oportunidade. Mas sua visão será bem diferente. Na bagagem você tem mais experiências e saberá lidar melhor com essa questão. Claro que você não saberá muito bem o que quer. Mas saberá exatamente aquilo que não quer mais para você.

Depois de um tempo a gente percebe que é possível superar e mais que isso, que a gente sobrevive. E pode ser muito bom se redescobrir nessa fase. Isso certamente acontecerá. Ainda que você tenha pessoas boas ao seu lado te aconselhando, tudo dependerá exclusivamente de você.

Com o tempo você aprenderá a perdoar. Em primeiro lugar, a si mesmo. E quando isso acontecer, você se sentirá mais leve. Pronto para seguir o seu caminho e começar uma nova etapa.

O que vai acontecer daqui pra frente? Ninguém pode saber. Não crie tantas expectativas. Trace metas e tenha esperanças. Mas acima de tudo, seja feliz com aquilo que já você tem.

E aí? Está preparado? Então sacode a poeira e deixe a vida te levar!

Deus tem um propósito

Nem sempre aceitamos as coisas que acontecem na nossa vida. Eu converso com Deus várias vezes por dia. Por pensamento, eu Lhe questiono os porquês. Às vezes fico de mal. Não entendo o que Ele faz. Mas as respostas não demoram muito a chegar.

Eu não sou tão religiosa. Não frequento templos, igrejas e nem participo de grupos de orações. Mas aprendi que posso me desabafar com Deus na hora que eu quiser, em qualquer lugar. Sei que Ele me escuta. E eu preciso Dele muito mais do que ele de mim.

Ele me impõe algumas coisas. Nem sempre eu gosto.

Quando uma etapa se encerra, ainda que a gente não queira, é preciso aceitar. Não há outro jeito. Por mais difícil que seja é preciso passar pela dor. Com ela a gente aprende. E pode ser que essa seja a nossa sina. Quem pode saber mais do que Ele?

Seus desígnios nem sempre são aqueles que desejamos. Mas o aprendizado faz parte da vida e da nossa evolução espiritual.

Deus é justo. Não quer ver o nosso sofrimento e nem quer nos castigar. Quer abundância e felicidade para os seus filhos. Compadece-se da dor. Aguarda o perdão. Ele, mais do que ninguém, conhece a nossa essência e o nosso íntimo.

Ele sabe o que precisamos e está ao nosso lado, em todos os momentos. Eu acredito nisso.

Deus quer exatamente aquilo que você quer. Peça e será atendido.  Tenha fé. E aguarde o tempo d’ Ele que nem sempre é o mesmo que o seu.

Rir é o melhor remédio

O ditado é antigo mas não perde a sua validade.

Com a vida corrida de hoje e com todos os problemas que temos que resolver muitas vezes nos esquecemos de fazer coisas que nos dão prazer. Nem sempre nos permitimos aproveitar os momentos bons da vida. Geralmente por falta de tempo. Nem sempre por falta de opções. Isso não falta, certamente.

É preciso reservar um tempo do seu dia para fazer ao menos uma atividade que te dê prazer. Não precisa muito. Um simples momento pode se transformar numa boa risada. Acariciar o seu animal de estimação, contar uma história engraçada para o seu filho, abraçar um ente querido ou rir dos erros que você mesmo comete.

Muitas situações podem se tornar prazerosas ainda que você tenha preguiça de realizar. Basta encarar de outra forma. Quando você muda o modo de pensar pode até achar graça numa situação mais complicada pra você.

Depois de um dia exaustivo de trabalho fui me encontrar com o amigo Roberto Caruso que não via há anos. Ele é ator, muito talentoso, e tem um projeto chamado Rindô. Quando nos vimos nos abraçamos como se tivemos nos visto dias antes.

Todas as terças ele realiza um jantar regado a risos. Ele tem várias personagens e se apresenta numa cantina italiana, o  Mamarana Cantina e Lounge, em Sao Paulo.

Só posso dizer que sai de lá leve e aliviada com tantas risadas. Eu me esqueci rapidamente de todos os aborrecimentos que tive no meu dia e voltei para casa com a certeza de que “rir ainda é o melhor remédio”!

E você? Quantas vezes ja sorriu hoje, heim?

 

Sexo FORA do casamento

Quem leu o último post deve ter pensado nessa possibilidade também tão comum nos dias de hoje.

Claro que atualmente não pensamos mais que só os homens têm procurado aventuras fora do casamento. O mundo moderno dos relacionamentos também tem feito com que as mulheres procurem suprir as suas carências nos braços de outros.

Porque isso acontece? Os motivos são muitos.

Há homens que gostam de se relacionar com outras mulheres ainda que estejam casados. Muitos se sentem mais importantes quando são acolhidos nos braços de outra. Sim, eles vêem no sexo um mecanismo para que não se sintam impotentes. Coisas próprias da essência masculina, independente da idade. Claro que há exceções. Não são todos que procuram diversão fora de casa.

Mulheres infelizes no casamento começam também a procurar aquilo que não têm dentro de casa. Elas sem dúvidas são mais discretas, mais cuidadosas, o que não quer dizer que possam se dar bem nessa empreitada. Mesmo porque elas também correm o risco de engravidar. E isso acontece sim!

O fato é que viver esse tipo de relação pode gerar infelicidade. Ainda que se tenham momentos felizes, viver um relacionamento proibido pode gerar muita angústia para ambos os sexos. E uma grande dor de cabeça! Literalmente!

Há pessoas que levam esse tipo de relação por toda a vida, inclusive constituindo uma nova família fora do lar, até que um dia tudo pode vir à tona…e detonar tudo de uma vez! E com graves conseqüências.

É, meu amigo, minha amiga, dois pesos e duas medidas. Melhor mesmo é abrir o jogo, ser sincero do que viver uma mentira. Pense nisso!

Meu ego

Quem não gosta de um elogio? Quem não gosta de ser reconhecido? Sim, todo mundo quer receber um incentivo pelo que fez ou pelo que faz. Isso é importante para que tenhamos certeza de que estamos no caminho certo.

Desde pequenos, necessitamos ouvir de nossos pais e professores elogios sobre o nosso desempenho. As críticas, nesse período da vida, podem ser muito prejudiciais. Ao longo dos anos, vamos nos acostumando a conviver também com o ego dos outros, que muitas vezes são bem maiores do que os nossos.

Pessoas que têm essa característica acentuada, fazem qualquer coisa para serem reconhecidas. Muitas delas, sem um pingo de humildade, passam por cima de você para que se sintam melhores. Isso acontece quando a vaidade está acima de qualquer coisa.

E quantas pessoas vaidosas você já viu por aí?

Pessoas inseguras, ainda que tenham reconhecimento pelo que fazem, sempre querem mais. A vaidade extrema pode se tornar uma doença. Pessoas assim fazem qualquer coisa pra alcançar seus objetivos, sem qualquer limitação. Não importa o que façam, mas sim, aonde querem chegar.

É comum ver pessoas que te diminuem para se sentirem mais do que você. Maridos ciumentos, chefes autoritários, amigos invejosos e pessoas que se incomodam ou se sentem ameaçadas com o seu sucesso. Elas tendem a te desvalorizar para que se sintam melhores do que você.

Ainda que alguém tente te rebaixar de alguma forma, nunca  se deixe abater. O mundo está cheio de pessoas com esse tipo de personalidade. Você é mais importante do que tudo e  sabe melhor do que ninguém  da sua capacidade. Quem não acredita no seu potencial, tende a aceitar a negatividade daqueles que tentam te derrubar.

Valorize-se acima de qualquer coisa!

Mal me quer

Quantas mulheres andam reclamando por aí dos relacionamentos. “Homens são todos iguais! Não querem compromisso!”

Mas tem alguns que querem sim. Quando eles te escolhem, geralmente você não quer. O melhor mesmo é quando você escolhe. O fato é que nem sempre aquele que você escolheu, quer saber de você. E nós somos teimosas mesmo. Insistimos no assunto. Lamentamos quando eles não nos telefonam e nos ignoram totalmente.

Os escolhidos geralmente se escondem. Esquivam-se de você. Saem de fininho. Tem sempre uma boa desculpa. O pior é que você sempre acredita. No fim, quando eles somem de uma vez, são tachados de cafajestes.

Quando você é alvo da escolha, quem foge é você. Quando tudo fica fácil você acha o parceiro desinteressante. Ou melhor, ele vira um “fofo”. Ai, coitado! Tem coisa pior do que achar alguém fofo? O fofo é legal, atencioso, te liga todos os dias, manda um milhão de torpedos por mês. Ele te pega em casa, abre a porta do carro e te leva jantar. Programa uma viagem no fim de semana e planeja o futuro com você. E quem disse que você gosta do fofo, heim?

Mas aquele ser impossível e distante, esse sim, é aquele que te atrai. Enquanto você janta com o fofo, pensa na sobremesa com aquele ser inatingível.

Não dá pra ficar parada esperando. Dá uma chance para o fofo, vai? Quem sabe você se apaixona e esquece de uma vez aquele que mal te quer.

Bem me quer? Sim, ele bem que te quer!

 

 

Rumo aos 50

Recebi uma mensagem de uma amiga falando sobre o que tem passado nos últimos anos. Ela é uma mulher de quarenta, quase beirando os 50.

No seu depoimento pude perceber o receio que tem de ficar só. Ela vive um relacionamento há pouco tempo e tomou a iniciativa de falar para o companheiro a respeito das suas expectativas. Ela não quer viver uma “amizade colorida” para o resto da vida. Minha amiga quer um homem ao seu lado, que possa compartilhar das horas boas bem como acompanhá-la ao médico quando for preciso. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Por que não?

Ela abriu o jogo. Foi clara com relação aos seus sentimentos. Colocou-o contra a parede. Ele pulou fora, claro! Sentiu-se acuado. Homens detestam se sentir assim. Basta mostrar seus sentimentos e eles fogem…como o diabo da cruz!

Nós mulheres somos diferentes. Não há como negar a nossa essência. Mas a idade nos ensina a dominar as nossas emoções. Com eles, muitas vezes, é preciso usar doses homeopáticas. Não se pode cobrar nada logo de cara. É preciso esperar um pouco, principalmente no começo das relações. Tem que ter tato.

O fato é que nós somos apressadinhas. Esse negócio de nominar as relações faz toda a diferença para as mulheres. Fulano é meu namorado. Cicrano é meu namorido, e assim por diante. Para os homens não, eles não ligam muito pra isso.

A verdade é que não dá pra parar o tempo. Ele continua correndo. É rápido e veloz! E muitas mulheres, assim como muitos homens também, temem envelhecer.  Mas o tempo é incontrolável…e acima de tudo implacável. Melhor mesmo é saber envelhecer. Aceitar as pequenas rugas, os cabelos brancos e aproveitar o melhor de tudo isso: a experiência que adquirimos através dos anos.

E por conta disso, logo, logo terei que criar o blog das Mulheres de Cinquenta! E com muitas histórias pra contar. Pensa que demora? Aguardem! rsrsrsrs

Cão que ladra

A voz é um instrumento poderoso. Uma vez usada a palavra, dificilmente é possível remediar. Muitas vezes elas ferem mais do que gestos ou do que uma agressão propriamente dita. E são inesquecíveis.

Não é nada fácil controlar o tom de voz quando estamos exaltados. E muito menos medir o que vamos falar.

Trata-se de um aprendizado que requer tempo. Mais do que isso, experiência que a gente só adquire com o passar dos anos.

De família italiana eu tenho o hábito de falar alto. Meu timbre é grave e forte. Muitas vezes assusto os meus ouvintes, mesmo sem querer.

Pessoas que falam manso têm mais chance de não perder a razão. Pensam antes de se colocar, raciocinam e conseguem expor suas ideias da melhor maneira possível. Fazem –se entender e conseguem ser ouvidas.

Reparem nos cachorros que latem muito alto. Eles querem te assustar. O cão que ataca te pega desprevenido, quando menos você espera.

Quem grita e esbraveja perde a razão. Nem sempre conseguem aquilo que querem. Outras vezes, desestabilizam seus interlocutores.

Melhor mesmo é pensar antes de falar ou calar quando for preciso. Ainda que as oportunidades demorem para chegar, sempre haverá tempo para falar o que é preciso. Se esse momento nunca chegar, enfim, você saberá quanta energia perdeu pensando nisso.

É…cão que ladra nem sempre morde. Esse é o ditado.

Meu heroi favorito

Por Eunice Palazzi, minha amada mãe. Para meu pai!

Aos cinco anos de idade, carregava uma caixa de engraxate. Atrevia-se a ficar na porta da barbearia para ganhar alguns trocados. Com eles, comprava alguns pães e leite, que eram muito bem vindos numa casa onde tudo era muito escasso. Só a pobreza era grande.

Aos sete ou oito anos, já mais esperto, confeccionou um carrinho de rolimã. Seu pai era mecânico e lhe fornecia as rodas usadas. Era seu brinquedo preferido. Disputava corrida com os amigos da rua onde morava.

A probreza continuava, apesar da sua ajuda. Cada vez pior. Sem nunca reclamar de nada, adaptou um caixote de frutas no carrinho e carregava  compras de madames na feira. Com isso, o faturamento aumentou e seu entusiasmo pelo trabalho também.

Aproveitava todas as oportunidades para ganhar um troco a mais, sem nunca negar nenhum trabalho.

A vida continuava. Além do trabalho, estudava no grupo escolar, brincava muito com os amigos da rua. O pai era um homem bom. Ignorante, lhe dava muitas surras. As professoras, com freqüência, ameaçavam de ir à polícia pelos maus tratos ao menino.

Sua mãe, bordadeira, tentava contornar as situações familiares, inclusive nas economias que fazia para comprar alimentos.

Foi brincando na rua, próximo de completar seus 14 anos, que um senhor saiu da gráfica em frente e incomodado com a algazarra da garotada, disse-lhe:

– Menino! Você já tem idade e tamanho para trabalhar! Pare com esse barulho!

Ele, em resposta, disse:

– Se o senhor me arrumar um lugar, eu posso começar agora!

Assim ele iniciou sua vida profissional, com “carteira assinada”. Começou como office-boy. Sua caligrafia era exemplar. Isso fez com que ele ficasse responsável pelos livros da contabilidade e correspondências.

O tempo passou. Até que o gerente do banco onde a gráfica mantinha conta ofereceu-lhe uma nova oportunidade. Ele via nesse jovem uma pessoa de grande futuro. O dono da gráfica, que gostava muito do rapaz, o deixou ir, confiante no seu potencial.

Ele foi exemplar. Mesmo servindo o exército não deixou de trabalhar. Fazia a compensação de cheques noturna. Dos bancários, era o melhor. Esperto, ágil, inteligente e o melhor de tudo, e sempre alegre, sorridente e bem humorado. Já naquela época ele era feliz porque sabia que, sozinho, havia absorvido para si toda a mantença do lar. Pagou as dezesseis cirurgias do pai e garantiu tudo aos seus velhos até o dia de suas mortes.

Sua caminhada continuou. Do banco, partiu para uma empresa de metais e em seguida assumiu como tesoureiro de uma multinacional. Enquanto tudo isso acontecia na sua vida profissional, dedicava-se aos estudos.

Aos 19 anos apaixonou-se por uma garota. Após seis anos de namoro, veio o casamento. O mais simples, porém o mais feliz. Antes de se casar, comprou seu próprio imóvel com toda a mobília.

Casado e já com um filho, cursou a faculdade de Direito. Quando se formou já tinha uma filha também.

Sua simplicidade e humildade fizeram dele um grande campeão. Um lutador nato que entra em todas as batalhas. Seu extremo entusiasmo e amor fazem com que as lutas pareçam sempre brincadeiras de criança.

Sua ingenuidade, maliciosa, e seu atrevimento, honesto, fazem a vida parecer tão boa e tão fácil como quando ele fez sua primeira caixinha de engraxate.

Esse é o meu super heroi. O meu preferido!

FELIZ DIA DOS PAIS

Anjo bom, anjo mau

Quando eu era criança aprendi na escola que todos nós ouvíamos sempre duas vozes: uma em cada ouvido. Eu estudava em colégio católico e demorei um pouco – alguns anos – pra identificar esses sinais.

Quando me dei conta, finalmente, vi que realmente eles existiam.

Sempre que precisamos tomar alguma decisão nunca encontramos a resposta imediata sobre o que devemos fazer.

O anjo mau às vezes insiste nas respostas. Nem sempre são as melhores. Mas logo depois o anjo bom conserta aquilo que o outro fez. Pode demorar um tempo mas sempre ficamos sabendo qual era a melhor opção, ainda que seja tarde.

Nem sempre e possível remediar. Mas o que não tem remédio, remediado está, certo?

“Eu não me arrependo do que fiz”. Mentira! Quantas vezes a gente se arrepende, não é?

Mas tudo na vida tem um sentido. Tomar as decisões com a cabeça quente é ouvir o seu anjo mau. Ele insiste em nos aconselhar.

Melhor mesmo é parar um pouco para pensar. Agir com inteligência e sabedoria. Essa é a presença do anjo bom. Ele tarda, mas não falha!

Eu tenho os dois. Não me diga que você não tem.

 

O que acontece comigo

A vida é uma coisa engraçada. Eu sempre encontro coincidências quando converso com alguém. Os momentos e as personagens podem ser diferentes, mas as histórias geralmente têm o mesmo enredo.

Quem na infância nunca fez uma arte? Quem não chorou a morte de um bicho de estimação? O sorvete preferido, a música que marcou a sua época, o seriado de TV e um filme inesquecível.

O primeiro beijo, o primeiro namorado e a primeira decepção da adolescência.

O boletim escolar, a professora megera, a lista do vestibular e a festa de formatura.

Uma turma de amigos, a primeira bebedeira, o ano novo na praia e as férias na casa da avó.

O cheiro da comida de casa, o primeiro emprego e uma mentira mal contada. A bronca do seu pai e o pedido de desculpas. Um abraço apertado e o colo da sua mãe.

A viagem dos sonhos e o amor da sua vida. O casamento, o nascimento dos filhos e a perda de um ente querido. As rugas de expressão e o seu primeiro fio de cabelo branco. A traição, o reencontro e o perdão.

O seu encontro com Deus.

Os anos passam, inevitavelmente e a vida continua. Momentos bons e ruins fazem parte da nossa bagagem. O que vale a pena, carregamos conosco. O resto, fica no meio do caminho.

É, o que acontece comigo, muitas vezes também acontece com você!

Que você tenha uma longa e boa caminhada.

Vaso de cristal

Quando um cristal se quebra é impossível remendar. Eu me lembro de uma passagem quando era criança. Uma vez por semana minha mãe saía com o meu pai. Uma das minhas brincadeiras preferidas era jogar ping-pong na mesa da sala de jantar. A rede era um cabo de vassoura.

Claro que minha mãe ficava furiosa. Atrás da mesa ficava a sua cristaleira com antiguidades. Algumas peças eram do casamento da minha avó. Uma, em especial, era um vaso de cristal com folhas de prata.

Numa dessas noites em que jogávamos, dei um encontrão repentino na cristaleira e quebrei a peça preferida da minha mãe.

Meu vizinho, que estava em casa, viu o meu desespero. Pediu uma fita adesiva e começou a colar os pedaços, como um quebra-cabeça.

Não deu tempo. Logo minha mãe chegou e a primeira coisa que lhe mostrei era o que havia acontecido.

Achei que naquele dia ficaria de castigo. Minha mãe olhou a peça e, entristecida, se calou. Ela, melhor do que ninguém, sabia que era impossível juntar os pedaços. Eu não!

Demorei alguns anos para entender o significado de um cristal que se quebra. Hoje sei bem o que isso quer dizer. Eu também tenho uma cristaleira. Nesses anos, vários cristais se quebraram e nunca consegui recuperá-los. Eles foram substituídos. Nem sempre com a mesma beleza ou com o mesmo valor.

É… a vida também é assim!

Hora de crescer

Quando menos se espera as crianças nos surpreendem com perguntas capciosas. Claro que nunca estamos preparados para responder.

Dia desses, na hora do jantar, minha filha mais velha, de oito anos, me perguntou sobre a semelhança da letra das fadas com a minha.

Ela sempre acreditou nesses seres mágicos e encantadores. E eu alimentei os sonhos dela. Crianças acreditam piamente na sua imaginação.

Fiquei sem resposta na hora. Eu não gosto de mentir. Ela olhava profundamente nos meus olhos. Não tive como negar que a letra das cartas que ela havia recebido “das fadas” era minha.

A Rafaela pôs-se a chorar, copiosamente, por alguns minutos.

Sentei-me com ela para conversar. Ela estava decepcionada. Eu não tinha mais saída. Era o momento de contar a verdade, até mesmo para não me contradizer na educação que dou para as meninas.

“Melhor uma verdade doída do que uma mentira descabida”, concorda?

Tivemos uma longa conversa. A Rafaela me compreendeu. E eu aprendi mais um pouco sobre a aventura de ser mãe e a árdua tarefa  que é a de educar os nossos filhos.

Um dia a gente descobre, inevitavelmente, que Papai-Noel não existe.

O tempo passa muito rápido. A Rafaela tem muito pra me ensinar. E eu tenho muito o que aprender com ela.

É…crescer dói! Como dói!

Os gringos

Eles invadiram o Brasil. E adoram as mulheres brasileiras. Estão por todas as partes. Vieram para fazer negócios e pegar carona no desenvolvimento econômico do nosso pais.

Aproveitam para se divertir nas horas vagas. É comum encontrá-los nos bares badalados da cidade. Adoram dançar, claro, do jeito deles. Bem longe do gingado dos brasileiros. Mas, sim, eles agradam as brasileiras.

Esforçam-se para falar o português. Aderem às gírias mais utilizadas e se encantam com o jeito despojado de se relacionar das brasileiras.

Alguns se assustam no inicio. Segundo alguns deles, as brasileiras sao “agressivas” no modo de se relacionar. São mais diretas eu diria. Será? 

Eu acho que nos vivemos no passado uma certa repressão. Enquanto as coisas eram liberais nos outros países, principalmente com relação ao sexo, o Brasil caminhava mais lentamente. Hoje avançou bastante. Bem de repente. 

Exemplo disso são os relacionamentos homossexuais. Muito melhor aceitos pela nossa sociedade. Os meios de comunicação já divulgam abertamente os  relacionamentos entre homens e mulheres do mesmo sexo na tentativa de acabar com qualquer tipo de preconceito. 

A verdade é que os gringos estão fazendo a festa. Longe de casa, não sabem muito bem o que querem. Não sabem se vão ou se ficam. Mas enquanto estão por aqui não deixam de se divertir.

Relacionar-se com alguém de outra nacionalidade é uma experiência interessante, mas não é impossível. Eles têm hábitos bastante diferentes dos nossos, inevitavelmente. E isso a gente percebe logo de cara.

Como em todo e qualquer relacionamento, requer tempo, compreensão e convivência.

“- Eu nao falar português, mas adorrro as brasilenhas!” Rsrsrsrs

 

Beijos de Luz

O facebook é uma das melhores fontes para se descobrir quem é quem.

Quando conhecemos alguém tratamos logo de perguntar o sobrenome para poder fazer – digamos – uma pequena pesquisa pela internet.

Alguma coisa a gente sempre acha. A primeira delas são os amigos em comum. Isso é muito revelador, afinal, “diga-me com quem andas que te direi quem és”.

A foto do perfil. Se estiver de óculos ou chapéu, pode estar escondendo alguma coisa. Os homens de terno querem parecer mais sérios. Nem sempre são. Outros mostram as tatuagens o que demonstra um estilo diferente, mais arrojado. Alguns, sem camisa, mostram o físico imponente e assim por diante.

As mulheres, as mais reservadas, geralmente escrevem uma frase de efeito ou uma citação. Isso nem sempre quer dizer que elas leram o livro ou conhecem o autor. Outras, se expõem mais um pouco, com fotos mais reveladoras.

Uma foto ou uma pequena citação pode revelar muito sobre a personalidade de alguém. Aquilo que você posta no seu mural também.

Se isso é bom ou ruim eu não sei. Mas que se tornou um hábito irresistível, disso eu não tenho dúvidas.

Vai me dizer que nunca pesquisou sobre a ex do seu namorado?

Bom, qualquer semelhança…é mera coincidência! Boas risadas…

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