Separação e filhos pequenos: como lidar da melhor forma!

A decisão de se separar quando há filhos pequenos envolvidos é uma jornada emocionalmente desafiadora, onde o cuidado e a sensibilidade tornam-se imperativos. Reconhecer o impacto dessa transição nas crianças é crucial para criar um ambiente que promova seu bem-estar.

Aqui estão algumas dicas para navegar por esse momento delicado:

1. Comunicação Aberta:
Manter uma comunicação aberta e honesta com seus filhos é essencial. A linguagem utilizada deve ser adequada à idade, proporcionando-lhes uma compreensão clara, sem criar ansiedade desnecessária.

2. Estabilidade e Rotina:
Em meio às mudanças, a estabilidade é fundamental. Tente manter as rotinas diárias o mais consistentes possível. Isso proporciona uma sensação de segurança aos seus filhos em um período de incerteza.

3. Cooperação Entre os Pais:
Priorize uma cooperação respeitosa com o  pai. Demonstrar unidade em relação às necessidades e ao bem-estar dos filhos ajuda a criar um ambiente mais harmonioso.

4. Profissional de Apoio:
Considere a possibilidade de envolver um profissional, como um psicólogo infantil, para fornecer orientação emocional tanto para os pais quanto para as crianças durante essa fase de transição.

5. Evite Conflitos Visíveis:
Reduza ao máximo conflitos visíveis entre os pais na presença das crianças. Isso minimiza o estresse e a confusão que podem surgir ao testemunhar disputas.

Lidar com uma separação quando há filhos pequenos requer empatia, paciência e um compromisso contínuo com o bem-estar da família. Ao seguir essas dicas, você pode construir uma base sólida para uma transição mais suave, ajudando seus filhos a compreender e aceitar as mudanças em suas vidas.

Mediação para evitar o desgaste emocional dos filhos durante o divórcio

Os conflitos são comuns nas relações pessoais, e quando bem administrados promovem o crescimento das partes. Nas relações familiares é comum haver desentendimentos e relacionamentos complexos, especialmente em momentos difíceis como o divórcio.

Por essa razão, é importante aprender a solucionar problemas a fim de manter um ambiente saudável do ponto de vista emocional.

A mediação permite aos interessados serem os protagonistas do seu destino e decidir o desfecho da situação, principalmente em relação aos filhos, que são os “frutos” mais importantes dessa relação. Cabe ao mediador facilitar o diálogo, organizar os assuntos controversos, orientar sobre a legislação, auxiliar a construir o acordo, porém sem julgamentos.

Aqui, vigora o princípio a autonomia das partes, cooperação e confidencialidade, que oferecem segurança e conforto. Os interessados têm liberdade para deliberar sobre suas questões e particularidades de forma especializada para atender seus interesses e das crianças.

O divórcio finaliza o casamento, mas a unidade familiar continua. Os pais e mães continuam presentes na vida dos filhos e mantem a função parental de forma igualitária. Quanto mais os filhos, principalmente crianças e adolescentes, convivem de forma saudável e em harmonia com a mãe e o pai, melhor é seu desenvolvimento psíquico e emocional.

Há inúmeros estudos psicológicos relatando que alguns filhos de casais divorciados se sentem solitários, abandonados e até culpados pela situação, pois perdem a referência familiar.

Uma forma de realizar o divórcio de forma menos dolorosa para todos os envolvidos, inclusive os filhos, é evitando brigas desnecessárias. É natural que o casal esteja emocionado, mas vale a pena se esforçar para manter o respeito e um mínimo de harmonia e, assim, facilitar a adaptação dos filhos.

Independentemente do tipo de guarda e regime de vistas/convivência definidas, o poder familiar não deixa de existir. A relação parental é eterna e a melhor forma de viver e conviver com essa ligação é através do diálogo, boa-fé, empatia e autorresponsabilidade.

Por fim, é importante notar que muitas vezes os filhos espelham as atitudes de seus pais e mães, e toda experiência vivida será refletida em sua vida adulta, sejam elas as traumáticas ou positivas. Cabe à família decidir pela melhor solução e evitar o desgaste emocional dos filhos, garantindo boa educação e bem-estar, ainda que o momento de vida seja delicado.

Marina Lettière 

Advogada e mediadora de conflitos. Durante muitos anos atuou na área trabalhista e familiar. Há 10 anos é mediadora, já atuou no Tribunal Regional Federal de SP, e há 7 anos é mediadora no CEJUSC do Tribunal de Justiça de Santo Amaro – São Paulo, e é sócia da MARC Mediação.

Liberte-se do seu passado

Uma das minhas amigas e seguidoras do Mulheres de Quarenta se desabafou comigo. Ela é recém-separada e se lamentava sobre a solidão. Os filhos, já crescidos, estavam tomando seu rumo. Ela, que ficou anos casada, está se redescobrindo nesse momento pós-separação.

Durante a nossa conversa eu refletia sobre o que eu mesma já havia passado. Como foi difícil e dolorida a separação.

Quem já passou por isso, sabe muito bem que temos os momentos de euforia e de depressão. Altos e baixos são bastante comuns nessa fase. Mesmo porque o sentimento de perda fica por um bom tempo presente nas nossas vidas. Ainda mais quando se tem filhos, e eles, queiram ou não, são criados para o mundo.

Minha amiga continua na sua antiga casa. Seus móveis relembram o passado que insiste em estar presente. Cada canto da casa tem uma história a ser contada. Nesse momento é preciso de reinventar. Levantar e sacudir a poeira. Deixar para trás aquilo que já passou e acreditar que tudo pode ser diferente.

E um bom começo, embora possa parecer estranho, é promover não só mudanças interiores como também exteriores. Isso não quer dizer que você precisa mudar de casa. Claro que não. Mas mude os móveis de lugar. Compre umas almofadas coloridas. Despeça-se daquilo que já não serve pra nada. Mande embora aquele velho vaso que você nunca gostou. Jogue fora as tralhas, os potes quebrados e tudo aquilo que está em excesso na sua casa.

Abra espaço para o novo. Faça isso também no seu armário. Tire as roupas velhas e aquelas que você comprou por impulso e nunca usou. Faça isso com as suas roupas de cama e banho. Aprenda a viver com menos. Tenha mais qualidade do que quantidade. Arrume a sua caixa de bijuterias. Livre-se do que está quebrado e nem mande mais consertar. Jogue fora as maquiagens quebradas. Deixe apenas aquilo que tem utilidade pra você.

Faça uma arrumação geral na sua casa e livre-se do que for supérfluo. Deixe ir o que tem que ir. Com essas atitudes, o novo terá espaço para chegar até você. E isso, em todos os sentidos, não só material, como principalmente na sua vida pessoal.

Não espere as mudanças acontecerem. Elas dependem exclusivamente de você.

Minha amiga? Ela seguiu o meu conselho…

Vamos lá! Está disposta a começar! Bora se renovar. Eu garanto que vale a pena!

Beijos e até a próxima!

Vanessa Palazzi

Divórcio e terapia de casal

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Saber a hora certa de tomar uma decisão definitiva no seu casamento não é nada fácil. Afinal, quais são os sinais de que o relacionamento está desgastado e é hora de se divorciar? Consultei a psicanalista Lelah Monteiro para saber um pouco mais sobre esse assunto. Vejam o que ela nos diz.

Só quem sabe da sua vida é você!

“Cada casal sabe quando chega a hora certa de se separar. Algumas crenças podem impedir que isto ocorra e muitos casais acabam empurrando com a barriga um relacionamento que já acabou.

Entre os sinais mais comuns estão a falta de desejo, irritação e intolerância aos posicionamentos do parceiro ou da parceira, que podem gerar ações agressivas, instabilidades de humor – que se agravar pelo uso de drogas ou de álcool – isolamento e fuga de si mesmo.”

Sabemos que nem sempre é fácil manter a amizade após o fim do relacionamento, especialmente para os casais que têm filhos. A Lelah Monteiro recomenda que ambos se afastem por certo tempo e não participem da vida alheia principalmente nas redes sociais. “Mantenham os filhos longe destes conflitos e permitam o convívio deles com seu ex-marido ou ex-mulher.”

O outro, a outra

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Pode acontecer de o seu parceiro arrumar outra companheira ou vice-versa. Nesse caso, ambos devem se manter neutros e nada de colocar os filhos contra essa relação. “É preciso permitir que o outro busque o seu caminho, assim como você tem todo o direito de seguir a sua vida!” diz Lelah.

Tudo o que é meu, é meu!

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Ela recomenda que as pendências legais, como venda de casa, guarda dos filhos, etc, sejam decididas no momento da separação. Nada de protelar!

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Viver uma vida infeliz não é a melhor escolha. E também digo, por experiência própria, que a separação não é fácil para ninguém. Por mais que o amor tenha se acabado, a dor da separação é grande e é preciso estar preparado para enfrentá-la a qualquer momento.

Se precisar chorar, chore tudo o que for necessário e nada de perder seu tempo descrevendo para todos os defeitos do seu ou da sua ex. O conselho da Lelah é o de que você faça isso na sua terapia. “Socialmente, mantenha a sua autoestima e recomece sua vida. Você merece!”

Lelah Monteiro é psicanalista, fisioterapeuta uroginecológica e urológica, é terapeuta de casais e sexóloga da Rádio Globo.

www.lelahmonteiro.com.br

(11) 9 9996-3051

A parábola da cobra

serepente-e-vagalume-bloksUm homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído. Vê uma cobra, ferida e quase morta de frio. “Me ajuda!”, diz ela.
“Você é perigosa”, responde o homem.
“Não vê que estou quase morrendo, e não posso lhe fazer mal nenhum?”, implora a serpente.
Compadecido, o homem a recolhe, e leva para a sua casa.
Durante algum tempo convivem em harmonia. Mas um dia, enquanto acariciava a cabeça da cobra, ele recebe uma mordida fatal.
“O que é isso?”, diz o homem, a beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho – e agora você me envenena?”
E a serpente responde: “mas você sabia que eu era uma cobra, não sabia?”

Deixe-me em paz!

cap22“Eu não aguento mais”. Esse foi o desabafo de um amigo recém separado que vem sofrendo as consequências do desequilíbrio da sua ex que não consegue superar a falência do casamento.

Seu único objetivo é destruir emocionalmente seu ex-companheiro de maneira ardilosa, numa vingança sem fim. Suas artimanhas para alcançar o que tanto quer são tão vis que não só atingem o seu ex como todos os que estão a sua volta. Nessa cadeia, as principais vítimas são os filhos, além dos pais, e sogros, também.

Eu me recordo bem do momento da minha separação. Entendo perfeitamente o quanto é difícil aceitar essa nova condição. Lembro-me de como foi complicado ter que assumir tudo sozinha e aceitar que as coisas realmente haviam mudado em todos os sentidos, principalmente a minha situação financeira.

Também senti dor, medo e raiva. Chorei muito, sofri bastante. Até que um dia, enquanto eu me lamentava dessa situação tomei um grande “chacoalho” da minha mãe. Ela me via jogada, quase desistindo, quando mandou que eu me levantasse da cama e tratasse de cuidar da minha vida e da vida das minhas filhas, afinal, era essa a única – e melhor herança – que havia restado daquela relação.

Então eu me dei conta de que enquanto eu pensava em fazer alguma coisa para me vingar de tudo o que havia acontecido, minha vida andava para trás. Eu não conseguia trabalhar, nem me concentrar em nada. Não me divertia e apenas amargava o meu destino. Com o choque emocional dado pela minha mãe eu tomei a decisão de que não deixaria nada mais me abalar. E assim, eu me levantei da cama e segui em frente. Tratei de cuidar de mim e minha relação com as meninas foi a melhor possível, tanto que, apesar de todo o sofrimento, medos e angústias, passamos juntas por esse momento sem que elas precisassem de qualquer tipo de ajuda.

Posso dizer que nós, juntas, nos superamos. E apesar de toda a derrota, saímos vitoriosas. Minha vida continuou. Eu segui em frente e descobri muitas outras coisas que me faziam feliz. Amigos, festas, diversão e o principal: que mesmo só, eu poderia ser uma ótima companhia para mim mesma.

Meu amigo espera que verdadeiramente sua ex encontre seu caminho e que ambos possam viver em paz.

Eu também torço por eles!

 

Como enlouquecer os seus filhos

Cri-2Pode parecer piada mas não é.
Navegando pela internet encontrei uma sentença proferida por um juiz de família que me fez refletir bastante.

Eis o texto:

“Na avaliação, percebe-se que a genitora da criança não conseguiu elaborar a separação do Sr. João (nome fictício) e com isto se desestabilizou afetivamente também em relação ao seu papel materno, vindo inclusive a negligenciar os cuidados com o filho, por isto mantém uma postura de insegurança, medo e dificuldade de retomar a sua vida.
Sugere-se tratamento psicoterápico de no mínimo 6 (seis) meses para que a genitora possa elaborar os lutos resultados da separação, bem como rever seu papel como genitora.”

O que parece incomum é mais corriqueiro do que se possa imaginar. Fatos como esse acontecem com frequência.
Mães que foram deixadas por algum motivo e não digeriram bem a separação acabam transferindo essa carga – mais do que pesada – para seus filhos.
Muitas, em razão de sua dor, acabam deixando-os de lado, sem se preocupar com alimentação, escola ou com os cuidados básicos que devem ser dispensados à sua prole.
Pior ainda, algumas armam armadilhas emocionais para chantagear, inclusive financeiramente, o ex-conjuge. E agem sem limites usando artimanhas tão vis que causam danos irreparáveis não só no emocional como na saúde física de seus filhos.
Lamentável que isso aconteça. Filhos reféns desses comportamentos ficam agressivos, raivosos, e às vezes introspectivos. Os primeiros sinais estão na queda do rendimento escolar. Fora isso, encontram dificuldades para se relacionar ainda que os ambientes sejam familiares.
Além disso, as consequências drásticas podem vir com o tempo, principalmente na fase crítica da adolescência.
Pais que se dispuseram a colocar filhos no mundo têm que arcar com a responsabilidade de criar, educar e lhes proporcionar um ambiente em que possam crescer saudáveis e felizes, independente se estiverem juntos ou separados na árdua tarefa de formação dos filhos.
Nós pais, somos responsáveis pelo futuro das nossas crianças.
Que cada um aprenda a conviver com as suas dores e as suas frustrações sem transferí-las para as crianças.
Erros todos nós cometemos. Sorte de quem tem a chance de reconhecê-los, dar um passo para trás para poder voltar a seguir em frente enquanto ainda há tempo.
Esse juiz nos dá uma boa lição!
Recomendo a leitura dos meus textos publicados há alguns anos sobre minhas próprias experiências após a separação.

Seguem os links:

https://mulheresdequarenta.com.br/separacao-e-um-luto/

https://mulheresdequarenta.com.br/lutos-da-vida/

 

Reinventar-se

Final FelizSou uma pessoa que acredita nas relações. Para mim, sempre deve haver uma segunda chance. Se existe amor, ainda que fragilizado, sempre haverá oportunidade para resgatar o que um dia ficou perdido.
Conheci uma mulher que, depois de 21 anos  e infeliz no casamento, se separou. No caso dela, o marido tomou a iniciativa e saiu de casa.
Nesse momento, ao perder o chão – o que lamentavelmente acontece nesses casos – ela resolveu falar tudo o que estava entalado durante anos. Coisas pequenas que, na relação, faziam toda a diferença. O marido, por um longo período, não a beijava mais. E embora estivessem casados não tinha nenhuma demonstração de afeto ou carinho pela sua parceira.
Ela, lamentavelmente, sofria com essa situação, muito embora não a verbalizasse. Pelos anos de relacionamento, ambos estavam conformados com essa situação, como se tudo estivesse dentro da maior normalidade.
O fato é que muitas vezes essa distância pode tomar uma proporção gigante a ponto de acharmos que a única saída para ser feliz é a separação.
No momento em que minha amiga se deu conta do fim, corajosamente, resolveu falar para o seu parceiro tudo o que sentia. Depois de tanto tempo sofrendo calada, ela colocou tudo pra fora.
O ex marido a ouviu atentamente. Ele também fez o seu desabafo! E ela teve a nobreza de reconhecer seus erros e suas falhas na relação.
Pensativos, eles se afastaram por alguns dias. Cada um ficou no seu canto para refletir. Passados dez dias, eles se encontraram. Aos poucos voltaram a se relacionar como se fossem desconhecidos, um para o outro. E descobriram, sem mais nem por que, que as coisas poderiam começara a funcionar.
Claro que jamais da mesma forma e nem cometendo os mesmos erros do passado. Eles voltaram a namorar. Eles se beijam, se abraçam e andam de mãos dadas. Vão ao cinema, saem para jantar e viajam juntos. Eles brincam como desconhecidos e nesse contexto ela não admite que ele fale mal do seu “ex marido”. Ele também não quer saber mais da sua “ex mulher”.
Eles se reinventaram. Estão juntos e felizes e principalmente dispostos a recomeçar de uma nova maneira.
Ela distintamente me confessou que está apaixonada pelo seu “ex, atual namorido”. E eu tratei logo de contar essa história para vocês, porque assim como eles, eu adoro um final feliz!

E dessa forma, desejo que todos se encontrem na plenitude que só o amor verdadeiro pode nos oferecer! Boa vida pra vocês!

Bandeira branca, amor!

White Flag: Last LapFiz uma enquete na página do Mulheres de Quarenta para ver o que as mulheres queriam ouvir. Relacionamentos que resultam em filhos foi um dos temas solicitados. O que fazer para viver em paz com o seu ex quando se têm filhos? Confesso: não é fácil.

Logo depois da minha separação fui a uma festinha de criança. Eu estava só com as minhas duas filhas. A mãe da aniversariante era separada e o pai, ex-marido dela, estava na comemoração. Eu achei aquilo o máximo, afinal estava em pé de guerra com o meu ex. Senti uma pontinha de inveja porque enquanto minhas filhas sofriam com aquele momento que estávamos passando, a aniversariante estava toda feliz ao lado do pai e da mãe.

Apesar de achar que meu dia nunca chegaria, posso dizer que hoje vivo em paz com o pai das minhas filhas. Temos uma relação de respeito e cordialidade o que já é suficiente para que nossas filhas vivam felizes e confortáveis com a harmonia que agora existe entre nós.

Claro que não foi fácil chegar até aqui. Brigamos, discutimos, envolvemos as meninas até que percebemos que, para elas, o melhor seria tentarmos uma convivência pacífica. Com isso, elas não nos deram trabalho. Sofreram a perda, como nós, mas entenderam e, por fim, aceitaram bem a separação.

Hoje entendo que enquanto um não levanta a bandeira branca, a guerra nunca acaba. Perder, por um lado, significa ganhar do outro. Pense bem se a decisão de viver bem não cabe a você! Às vezes é melhor ser feliz do que ter razão. Boa sorte!

Profissão ex-mulher

747398_42059258Em tempos passados o direito entendia que a mulher que nunca havia exercido uma profissão teria direito a receber pensão em caso de separação. O fato é tão antigo que antes do termo divórcio conhecia-se o desquite, nada usual nos dias de hoje.

Com a revolução inegável que aconteceu nos meios familiares e o aumento dos números de casais que se separam o direito passou a ver essa questão com mais naturalidade e até facilitou as coisas para que o divórcio aconteça mais rápido. Quando não há confusão e o “negócio” é amigável é possível que o divórcio saia no mesmo dia.

As mulheres por sua vez, com a independência financeira que conquistaram passaram a ter em relação aos filhos os mesmos direitos e obrigações que os seus ex-maridos.

Antigamente a mulher que se separava desfrutava de algumas vantagens que hoje o direito, com raras exceções, não reconhece mais. Mulheres como a minha mãe, por exemplo, casavam-se cedo e se dedicavam aos cuidados da casa e dos filhos. Caso se separassem, poderiam ter direito a receber do ex-varão uma pensão exclusiva para elas e outra para seus filhos.

Hoje as coisas mudaram. O direito passou a entender a nova realidade em que mulheres vão à luta, são independentes e capazes de assumir várias funções da vida profissional e pessoal. Pai e mãe passaram a ter obrigações alimentícias para garantir o sustento da sua prole. Além disso, hoje já vigora a guarda compartilhada onde as decisões sobre os filhos são tomadas com a anuência dos dois.

A grande verdade é que não é fácil aceitar queda de padrão financeira que a separação, em muitos casos, nos impõe. Queria ou não, há uma nova realidade, mas é preciso muita coragem para assumir essa nova posição.

Ainda que tenham total capacidade, há mulheres que por medo ou insegurança negam-se a “pegar no batente” e pleiteiam pensões exorbitantes para atender não só os filhos, mas para garantir o seu sustento. Mulheres totalmente capazes vitimizam-se em razão da dissolução do casamento e, sem aceitarem o fim da relação, usam a obrigação alimentar como forma de manter o vínculo rompido ou com o intuito de afrontar o ex-marido ou ex-companheiro.

Usam o dinheiro para poder se vingar das suas próprias frustrações. Usam os filhos, frutos desses relacionamentos, para fazer chantagens emocionais. Nem preciso dizer o que acontece com as crianças, que sofrem alienação parental e, no meio dessa tempestade, são jogadas de um lado para o outro sem saber que rumo tomar.

Sinto muito informar, mas a “profissão ex-mulher” está totalmente em extinção. Portanto, para as candidatas ao cargo, trate de enxugar as suas lágrimas, jogue seus lenços fora, e arregace as mangas. É preciso encarar os desafios para dar a volta por cima. Afinal, nada melhor do que ter orgulho das suas próprias conquistas.

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Depois de você

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Olá ex, eu estou aqui! Sim, sou eu a atual do seu ex. E é claro que você já notou a minha presença. Não tenho motivos para me esconder.

Já sei da sua história. Compreendo as suas dores. Sei dos seus medos, das suas angústias e das suas aflições. Conheço bem as suas inseguranças. Discordo de algumas atitudes, mas respeito o seu momento. Também não lhe julgarei.

Saiba que não estou aqui para competir, nem com você e nem com ninguém. Nem pretendo substituí-la. Você, assim como eu, tem o seu valor. Apenas não me desmereça. Afinal, você não sabe o caminho que percorri para chegar até aqui.

Seus filhos são seus. Sim, eu sei. Mas eu os quero bem e não tenho como impedir os meus sentimentos. Não tenho a mínima intenção de substituí-la como mãe. Melhor pra você que eu goste deles, certo? E como diz o velho ditado: “quem meu filho beija, minha boca adoça”.

Estou onde devo estar assim como você. Entendo o seu presente e não tenho nada a ver com o seu passado. O que me interessa, apenas, é o meu futuro. E nele, escrevo uma nova história.

Desejo que você encontre um novo amor e que seu coração se encha de esperanças. Que você viva feliz e faça feliz aqueles que estão ao seu lado. Que cuide bem dos seus filhos e lhes encha do amor que eles tanto precisam. Só assim eles crescerão seguros e felizes ainda que, nesse mundo mais do que moderno, tenham que conviver e aceitar os novos modelos de família.

Desejo ainda que você, assim como eu, ame e seja amada. E que por fim, tenha muito boa sorte!

Esses são os meus mais sinceros votos!

Depois do fim

tumblr_ln71oqynfs1qlcj40o1_500Os anos após a separação me fizeram aprender. Nada melhor do que o tempo para ganharmos experiência e maturidade. Claro que depois do luto da separação – aquele que todo mundo passa – e depois de todas as dores e amarguras, vem a bonança.  Sim, isso para aqueles que conseguem se superar.

Não é uma tarefa fácil. Demanda tempo. Mais do que isso: vontade, equilíbrio e sabedoria.  No meu caso, minhas duas filhas foram o meu maior incentivo. Foi através delas que encontrei motivação para seguir em frente e vencer essa etapa.

Quando a perda da separação é insuperável, os resultados geralmente são trágicos, especialmente para os filhos que são os que mais sofrem nesse processo. Se o ex, ou a ex, já encontrou um novo par, pode ser pior ainda!

Os filhos viram escudo. São jogados de um lado para o outro. Participam, ainda que sem querer, das chantagens emocionais contra o ex parceiro ou parceira.

E você, que já passou pelos mesmos problemas, observa sem nada poder fazer. Apenas torce para que tudo acabe bem, assim como acabou para você. Torce para que o tempo passe rápido, para que a poeira tome assento e para que tudo chegue ao fim.

Enfim, você torce para que as pessoas vivam em paz. Amém!

 

A outra

traição (1)Separação é um luto. Não há como fugir. Esse assunto já foi tema do blog em outras oportunidades. Até porque vivi na pele essa sensação horrorosa de falência, de fracasso e perda.

Poderia enumerar milhares de motivos que levam ao desenlace, mas um deles e o mais comum é a infidelidade.
Diante de todo fracasso da separação muitas vezes é preciso conviver com a existência da outra. Sim, aquela que “pegou” aquilo que era seu, digamos assim.

E como é difícil aceitar. Claro que ninguém é de ninguém, mas toda relação exige o mínimo de respeito. Pode acontecer? Lamentavelmente sim. O fato é que ninguém ainda conseguiu explicar muito bem porque isso acontece. São inúmeras razões.

Ainda que não se queira machucar o outro, a traição muitas vezes é a responsável pelo fim dos relacionamentos. E então a gente se depara com a obrigação de lidar com isso. Não é nada fácil.
Mulheres trocadas por outras muitas vezes se deixam abater. Perdem a autoestima e se sentem inferiorizadas.

E o pior é que só cabe a você virar esse jogo. Ao invés de se entregar as lágrimas trate de fazer alguma coisa que te faça bem. A sua melhor revanche é ser feliz. Superar-se a cada dia e seguir sempre em frente.

E depois minha amiga se ele te trocou pela outra não se esqueça de que ela também estará sujeita a mesma situação! Pode ter certeza que ela viverá atormentada por esses fantasmas! Quer vingança melhor do que essa?

traição

Independência x solidão

woman-vs-manUm amigo leitor me fez a seguinte pergunta: as Mulheres de Quarenta são mais resolvidas quando não são casadas e têm a sua independência financeira?

Ele disse ver isso quase que como um regra, mas com algumas exceções.

Fiz uma reflexão sobre mim mesma para poder responder à pergunta do amigo. O fato é que quando casada eu não era tão segura e nem muito menos independente. Essas transformações aconteceram na fase posterior quando me redescobri como mulher e assumi uma nova identidade em virtude do  novo momento que vivia.

Acredito que as novas gerações das Mulheres de Quarenta serão ainda melhores do que nós. Essa última, a das mulheres de trinta, já foi criada para ser independente financeiramente. Por essa razão, as novas mulheres de quarenta serão muito mais confiantes, casadas ou não.

Mas a grande questão é que nem sempre essa liberdade pode ser satisfatória. Queria ou não, e apesar de termos assumido esse lado um tanto quanto masculino, ainda sobrevive em nós a essência feminina.

Essa tal independência deixa muitas mulheres solitárias. Algumas supõem que são autossuficientes e não precisam de ninguém. Mas elas não são as únicas culpadas pelo insucesso dos relacionamentos. Os homens, por sua vez, também se assustam com essa força das mulheres. Provavelmente essa seja uma das razões de tantas pessoas solteiras por aí.

Toda mulher quer colo. Não adianta negar. Lá dentro, bem no fundo, resta a vontade de se relacionar e de ser feliz com alguém ao seu lado. Isso é inegável. Homens também o querem mas não sabem como fazer.

É…está difícil acertar os ponteiros. Nada de perder as esperanças, afinal de contas ser independente não é nenhum defeito e também não significa que estamos fadadas a ficarmos sós. Um dia a gente chega lá!

MULHER~2

O resgate

mulher sorrindo e chorandoUm dos maiores erros que cometi na vida foi, por um certo tempo,  mudar o meu jeito de ser.

Claro que eu não percebi. Tudo aconteceu naturalmente.

Eu me lembro bem, há alguns anos, tive um namorado mais baixo do que eu. Depois de alguns meses de namoro eu, que sempre adorei sapatos  bem altos, tratei de levá-los ao sapateiro para cortar os saltos. Esse namorado também não gostava que eu usasse maquiagem e nem cabelos soltos.

Homens inseguros te diminuem para que se sintam melhores do que você. Isso acontece com frequência.

Depois que me casei, achei que isso nunca mais aconteceria comigo. Errei mais uma vez. Tudo certo com a maquiagem e com os saltos. Ele era alto afinal. Eu me anulei de outras formas. Mesmo sem querer deixei de tomar algumas atitudes próprias da minha personalidade.

Coisas bobas como subir numa cadeira para dançar sem medo de achar o que os outros iriam pensar ou até de falar alguma coisa para alguém quando eu quisesse.

Estive com uma amiga que não via há algum tempo. Ela me conhece há muitos anos. Logo depois do nosso encontro, ela me ligou para dizer que estava feliz de ver a Vanessa de antigamente, aquela mesma que ela conheceu.

Sim, eu me resgatei, literalmente. Voltei a ser quem eu sempre fui. A mudança, queira ou não, é bem aparente.

Acho que agora aprendi bem a lição. Eu faço o que eu quero, na hora que quero e do jeito que eu quero!

Quer saber? Eu gosto de ser a Vanessa que eu sou! Como é bom ser uma mulher de quarenta!

É…o que não te mata, te deixa mais forte! Curta aí!

Recaídas

35mdqjdRecaídas acontecem. Nem sempre são inevitáveis.

Uma das minhas amigas viveu um período assim. Conheceu um homem logo após a sua separação. E claro que ficou extremamente empolgada com a nova situação. Afinal, faz bem alimentar o ego depois de uma decepção.

O fato é que nem sempre aquela relação é o que você espera. Você se frustra e faz um monte de comparações. E então você fica completamente amargurada.

Toma umas a mais pra ver se dá pra encarar o novo pretendente. E depois do encontro, quando chega em casa, segura os dedos entrelaçados e reza pra não cair em tentação.

Mas de repente, não mais que de repente, você entra numa enorme crise de carência e telefona para o seu ex. Faz propostas indecentes. Deixa o ego de lado e pede tudo aquilo que te satisfaz.

Sua mente é ousada e você faz algumas coisas pelas quais certamente se arrependerá no dia seguinte. Você releva tudo, esquece o que passou e curte aquele momento como se fosse único.

Mas bastam algumas horas de sono pra você cair na real. E quando você recobra a consciência, se dá conta de que aquela relação era doente, apesar dos bons momentos que viveram juntos.

Nunca é tarde pra voltar atrás. Todo mundo merece uma segunda chance. Mas pense bem se realmente vale a pena. Antes da recaída, faça a sua autoavaliação para não se decepcionar novamente.

Caso contrário, espere o próximo trem passar. Boa sorte!

Lutos da vida

texto-52-foto-2Lembro-me bem do dia da minha separação. Foi triste. Naquele momento precisava de um apoio e chamei minha mãe para ficar ao meu lado. Minhas filhas não sabiam de nada mas eu não podia esconder.

Quem já se separou sabe o quanto é dolorido contar para os filhos que os pais não ficarão mais juntos. Foi um dos piores momentos da minha vida. Minha filha mais velha, Rafaela, na época com 6 anos de idade, pôs-se a chorar. Incontrolável. Por dias ela se manteve assim. Jogada nos cantinhos, sofrendo e chorando muito.

Não há dor maior para os pais do que assistir uma cena dessas. Dói. E como dói.

A Giovanna, minha filha mais nova, na época com 5 anos, não entendeu muito bem o que se passava. Logo após a notícia, ela começou a brincar. Não derramou uma lágrima. Passou um bom tempo dessa forma. Inclusive, me deu forças muitas vezes. Quando me via chorar simplesmente me acolhia em seus bracinhos pequenos e me enchia de beijos.

Agora, depois de uma ano e meio, a Giovanna está vivendo o luto que não viveu naquela época. Ela começou a sentir os efeitos da separação dos pais. As férias deflagraram esse comportamento. Ela anda triste e sentida. Um tanto quanto quieta e solitária. Quando não estamos por perto, ela fica insegura. Quer ficar ao nosso lado, tanto do meu, quanto do pai.

Ela sofre, mas entende que a partir de agora será assim. Sente dor mas não sabe e nem consegue verbalizar. Está passando por um dos lutos dos muitos que temos que passar na vida. É triste vê-la sofrer e não ter o que fazer. Mas superar os maus momentos faz parte do amadurecimento.

Nós já sabemos disso. Ela ainda não! Nada como o tempo para curar todas essas feridas.

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Mulheres submissas

SUBMIS~1Sim, elas ainda existem. Esse é um tipo muito comum nos dias de hoje. Não falo da submissão, digamos, religiosa, mas sim das mulheres que muitas vezes se submetem aos seus pares, por suas próprias vontades.

Mulheres que já tiveram filhos e são divorciadas, ficam numa situação financeira diferenciada. Após esse período há, inevitavelmente, uma queda de padrão. Bem diferente de quando eram casadas e tinham com quem dividir as despesas.

Muitas delas não aceitam essa condição. E também não se esforçam para tentar mudar a situação com um novo emprego ou complementando sua renda com alguma atividade extra.  Elas se acomodam. Isso é fato.

Preferem procurar alguém que faça isso por elas: homens que possam provê-las financeiramente, que paguem suas despesas e que lhes proporcionem as coisas boas da vida.

Eu conheço algumas que vivem nessas condições e para isso sucumbem a toda e qualquer vontade de seus pares. Inclusive aceitam a condição de amantes. Elas precisam do dinheiro. Sexualmente, estão sempre aptas a servir os seus pares. Discutir ou brigar nem pensar. Elas sabem que não podem. Têm que aceitar as coisas do jeito que elas são.

Elas não se entregam e nem se apaixonam. Os interesses são bem outros. Na intimidade com seus pares satisfazem todas as suas vontades. Sabem também como devem se comportar na vida social. Mas no fundo vivem infelizes e frustradas pois não conseguem se realizar.

Mulheres que não estão amorosamente envolvidas com seus parceiros, não sentem prazer. Elas fingem! E mulheres que não se realizam no amor…sabe como é…

Os homens por sua vez, principalmente os mais abastados, não ligam muito para isso. Muitas vezes eles até sabem dessas condições. Eles se sentem importantes em saber que as mulheres dependem deles de alguma forma. Não deixa de ser de certa forma um jeito de dominá-las, de tê-las aos seus pés.

No fundo eles sabem que não são amados. Pra eles é mais importante ter alguém ao seu lado pra compartilhar alguns momentos ou até mesmo pra desfilar ou pra se exibir para os amigos.

Será que alguém é feliz nessa história?

É…essa é mais uma que eu vejo acontecer com frequência por aí!

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O que vem depois

newlifesignEu tenho o hábito de me auto-analisar. Eu não sou daquelas chatas que fica divagando por tudo. Mas as reflexões que servem pra mim muitas vezes também servem pra você.

Meu casamento acabou há um ano e meio. Quem acompanha meus textos sabe tudo o que passei. E muitos que passam por esse processo vivem as mesmas coisas. Claro que em intensidade maiores ou menores. Cada caso é um caso!

Quando o amor acaba você passa pelo luto da separação. Essa é a sensação: dor, perda, falência e fracasso. Não há como evitar. As magoas insistem em aparecer. Em muitos casos a tristeza é tão intensa que se transforma em depressão.

A raiva. Sim, ela também vem. Às vezes em maior ou menor intensidade. Tanto do outro como de você.

As culpas, os medos e a solidão.

Próximo passo: a superação. Como? Simples assim? Não, claro que não! Você tem que reconstruir. Vai assumir uma nova identidade. Você pode até perdido muitas coisas mas ganhará tantas outras. É preciso querer. Tem que ter garra para se levantar. Sacudir a poeira e dar a volta por cima. Ver a vida com outros olhos. Não ter pena de si mesmo e nem se achar injustiçado. Deus não está contra você! Não seja vítima das suas próprias decisões.

Tem que ter coragem e saber que tudo vai passar. E depois que passa, você olha para trás e vê que apesar de toda a dor e sofrimento você se superou. Você venceu!

Queira ou não, a dor te fortalece. Por mais que existam momentos de medo, você pode e deve se superar.

O perdão. Esse sim é um dos mais nobres sentimentos. Nada fácil exercitar, mas um tanto quanto necessário. É ele que te dá a paz que você tanto precisa! E quando você alcança esse estágio, tudo fica muito mais fácil.

E agora, viva a sua nova vida. Aceite o que não pode ser mais mudado. Não crie tantas expectativas. Tenha objetivos e siga em frente, mas acima de tudo seja feliz com aquilo que a vida te oferece. E quer saber? Arrume um novo amor…faz um bem!

O depois

Eu sempre digo que separação é um luto. Não importa o tipo de relacionamento. Nem sempre, especificamente, precisa se tratar de um casamento.

O fato é que quando as pessoas se separam geralmente passam pelas mesmas coisas.

Ainda que você tenha se dado conta que aquela relação estava falida, você passa pela dor. Essa é a primeira fase. O sentimento de perda e frustração é muito grande. Como se alguém tivesse morrido, embora ainda esteja vivo. Mas bem distante de você. Duro aceitar que aquela pessoa que conviveu anos ao seu lado agora esteja longe, tocando sua vida. E o pior. Você também precisa levar a sua adiante.

Difícil reunir forças para isso. Ainda mais quando a dor fala mais alto. Mas como diz o ditado, não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. Temos que seguir em frente.

Sentir raiva também é bem comum. Nem sempre do outro, muitas vezes de nós mesmos. Mas isso também vai passar. A não ser que você não queira. Quem vive amargurado não consegue ser feliz. Isso é muito ruim. Claro que as mágoas farão parte dessa outra etapa, mas é preciso superar tudo isso. Como? Você vai ter que descobrir. Não há regras.

Eu encontrei nas minhas filhas a razão pra continuar. Nao pude me entregar ao sofrimento porque elas precisavam muito de mim assim como eu preciso delas. Os filhos sofrem, inevitavelmente. E isso dói. E como dói. Ah, se pudéssemos evitar, não é? Mas o mais importante é preservar as crianças das brigas e garantir que elas convivam com os pais, independente de qualquer coisa. Ex-marido ou ex-mulher. Ex-pai e ex-mãe não existem.

O próximo passo é conviver com os conflitos. Especialmente os financeiros. Muitas vezes, enfrentar os litígios para resolver essas questões. Separação de corpos significa também separação de bens. E essa parte é muito complicada. Nem sempre os casais separados conseguem administrar bem essa situação.

Você também vai conhecer melhor os seus amigos. Muitos ficarão e te darão justamente aquilo que você precisa. Alguns te decepcionarão, e muito. Outros irão embora, para o seu próprio bem. Mas nada te impedirá de se relacionar com outras pessoas e descobrir uma nova realidade. Sim, você começa uma nova etapa que poderá ser muito boa ou melhor do que você esperava.

Quanto aos novos relacionamentos, eles surgirão com o tempo. Desde que você se dê essa oportunidade. Mas sua visão será bem diferente. Na bagagem você tem mais experiências e saberá lidar melhor com essa questão. Claro que você não saberá muito bem o que quer. Mas saberá exatamente aquilo que não quer mais para você.

Depois de um tempo a gente percebe que é possível superar e mais que isso, que a gente sobrevive. E pode ser muito bom se redescobrir nessa fase. Isso certamente acontecerá. Ainda que você tenha pessoas boas ao seu lado te aconselhando, tudo dependerá exclusivamente de você.

Com o tempo você aprenderá a perdoar. Em primeiro lugar, a si mesmo. E quando isso acontecer, você se sentirá mais leve. Pronto para seguir o seu caminho e começar uma nova etapa.

O que vai acontecer daqui pra frente? Ninguém pode saber. Não crie tantas expectativas. Trace metas e tenha esperanças. Mas acima de tudo, seja feliz com aquilo que já você tem.

E aí? Está preparado? Então sacode a poeira e deixe a vida te levar!

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