Passado é passado

Começou a namorar? Então não fale do passado.

Claro que é inevitável perguntar o que aconteceu no relacionamento anterior. Faz parte do conhecimento. Todo mundo quer saber os motivos pelos quais você se separou do seu último par. Mas não precisa ficar insistindo. Nem perguntar sobre todos os detalhes. E nada de comparações:  “Homens (ou mulheres) são todos(as) iguais!”

Mentira! Não são. Quem sabe você não se comporta da mesma maneira e faz com que a pessoa tenha o mesmo tipo de reação? Sim, isso acontece com frequência.

Quem não aprende com o passado e não muda a sua forma de se relacionar, comete os mesmos erros que já cometeu anteriormente.
Não faça com os outros o que você não quer que façam como você. Esse é um bom conselho. Aliás, se conselho fosse bom ninguém dava, vendia, certo? Rsrsrsrs

Cada relacionamento é único. O inicio é um aprendizado. Queira ou não, requer um tempo para que possam se conhecer e saber o que gostam ou não. Isso em todos os sentidos.

Na verdade não existem regras que levem você ao sucesso da relação. Ambos precisam entender os limites de cada um. Saber até onde podem ir. Respeitar-se mutuamente. Mas para isso é preciso que haja reciprocidade. Se os dois estão dispostos a se envolver, tudo pode dar certo. Basta querer. E ter um pouco de sorte, é claro!

Nada de cobranças. Liberdade é fundamental. Deixe as coisas acontecerem naturalmente. Quando você cria muitas expectativas, vem a frustração. Viva um dia após o outro, sem se preocupar muito com o futuro. Esqueça o passado. Bola pra frente!

Lembre-se que amar é um aprendizado. Requer um pouco de esforço, paciência, doação e perdão. Mas que vale a pena, ah, isso vale!

Enjoy!

Atirei o pau no gato…

Cumprindo minha rotina como mãe, descobri uma rubrica na agenda da minha filha que não era minha. A Rafaela é uma menina muito responsável. Gosta de ler e escrever. Aprendeu rápido. Tenho recordações dela escrevendo aos 3 anos e meio.

A professora mandou um recado dizendo que ela havia esquecido um de seus livros escolares. Ela, com receio que eu ficasse brava, fez essa pequena traquinagem. Claro que quando me deparei com isso, ela não ficou imune. Como mãe, fui obrigada a lhe explicar as consequências que isso pode lhe causar no futuro. Conversamos a respeito do assunto e ela entendeu bem.

Como filha, me lembrei de quantas vezes fiz isso na época da escola. Quem nunca, com medo de tomar uma bronca, “falsificou” a assinatura da mãe na caderneta escolar. Sim, na nossa época, as anotações vinham na caderneta! 

Parece que hoje as crianças já nascem obrigadas a serem “politicamente corretas”. Não podem falhar. Qualquer pequeno erro torna-se intolerável! Mães e pais não admitem que seus filhos sejam crianças de verdade. O que os outros podem pensar? Qual é a imagem que eu quero que os outros tenham do meu filho?

Na escola, não é mais permitido cantar o famoso “Atirei o pau no gato”! A música ganhou uma nova versão: ” Não atire o pau no gato…to…to, porque isso não se faz…faz…faz”.  Quem não sabe que não se atira o pau no gato? Até a criança mais esperta sabe que isso não se deve fazer. Será que é preciso explicar? rsrsrsrs

Eu cresci em cima do telhado e joguei “bambuchas” na rua. Soltei fogos escondida e soltei balão. Quebrei os cristais da casa e joguei ping-pong na mesa de jantar. Levei umas boas palmadas da minha mãe, mas nem por isso precisei aprender a cantar o “Atirei o pau no Gato” de outra maneira.

Quer saber? Não quero que minhas filhas aprendam a nova versão! Elas cantam atirei o pau no gato e a gente se diverte bastante com isso.

Elas terão muito tempo pela frente para aprender o que é certo. Enquanto isso, elas têm todo o direito de errar!

Novas famílias

Minha mãe é dona de casa. Desde que se casou ela se dedicou ao marido e aos filhos. Naquela época, a mulher era criada para casar e “procriar”. Ela cuidou muito bem de nós. Foi realmente um privilégio ter uma mãe ao nosso lado, que nos ajudava a fazer a lição, nos levava para a escola, fazia o almoço e o jantar e cuidava de tudo o que precisávamos.

Hoje o conceito de família já é outro. Aconteceu uma verdadeira revolução nos moldes familiares que estávamos habituados a conhecer.

A mulher despontou no mercado de trabalho e além de assumir os filhos, passou, em muitos casos, a ser arrimo de família. O homem não é mais o único provedor do lar. Ambos dividem as tarefas e as despesas de casa. Muitos deles, optaram por cuidar da casa e dos filhos, enquanto a mulher sai para trabalhar. E aceitam bem esse papel sem perder sua masculinidade.

Esse modelo já existe há algum tempo e a sociedade passou a aceitá-lo sem nenhum preconceito. Bem diferente do que acontecia antigamente.

As famílias, agora, são unilaterais. O aumento dos divórcios fez com que isso acontecesse com maior frequência. Pais separados cuidam bem de seus filhos. Estes por sua vez, convivem com amigos em iguais condições. Crescem sem traumas. Aceitam essa relação – ainda que não seja das melhores – e não apresentam problemas no futuro. Claro, desde que os pais, cada um do seu lado, saibam exercer bem o seu papel.

Você já se deu conta disso? Sim, essa é a nova realidade. E quem disse que não dá pra ser feliz assim?

A estrada de Damasco – por João Mellão Neto

Eu já conhecia os textos de João Mellão Neto. Trabalhamos juntos por três anos. Passei a admirá-lo mais ainda quando li um de seus livros e encontrei um texto que me emocionou bastante: A estrada de Damasco. Nele, o jornalista explica uma passagem bíblica bastante comovente.

Que possamos praticar o verdadeiro amor cristão e que nessa Páscoa, Jesus faça ressuscitar em nós as nossas melhores virtudes.

Feliz Páscoa pra você!

 

 

“A estrada de Damasco

Domingo pela manhã, eu lia os jornais quando meu filho Ricardo, de 17 anos, em silêncio, se sentou ao meu lado. Ele sempre faz isso quando quer esclarecer alguma dúvida. Fechei o “Estadão” e me prontifiquei a ouvi-lo.
_Pai, você acredita, realmente, que Cristo existiu?
O Ricardo esperava de mim respostas consistentes. Quando somos crianças nos ensinam o catecismo através de conceitos muito infantis. Quando nós crescemos e as dúvidas surgem não há mais ninguém ali para dirimi-las.
Eu não poderia me furtar ao desafio. Preparei-me mentalmente para uma conversa longa e difícil. A missão era nobre. Faria pelo meu filho algo que não fizeram por mim: falar sobre Cristo de uma forma adulta.
_ Meu filho, na sua idade, eu era quase ateu. Mas chegou o dia em que, sem perceber, eu percorri a estrada de Damasco… Cedo ou tarde, todos nós temos que percorrê-la…
_ Que estrada é essa, pai?
_ Damasco é uma cidade, hoje, capital da Síria. Foi a caminho dela, lá pelo ano 35, que Saulo, um cidadão romano, viu-se, frente a frente com Jesus. Através de uma luz que desceu do céu, Cristo o convocou para o seu serviço. Saulo, até então um perseguidor de cristãos, caiu por terra e ficou cego por dias.
_ Saulo converteu-se ao cristianismo?
_ Mais do que isso, meu filho. Ele foi incumbido de uma grande missão, algo que mudaria o curso da História.
Jesus estava morto. Seus apóstolos e seguidores haviam presenciado os fatos mais impressionantes de toda a história humana, mas atônitos, estupefatos, não ousavam interpretá-lo. Não havia ainda uma doutrina cristã e o Grande Milagre não repercutira além das fronteiras da Palestina. O cristianismo poderia se extinguir por ali. Cabia a Saulo, a missão de salvá-lo. Ele haveria de interpretá-lo, sistematizá-lo e propagá-lo por toda a Humanidade.
Saulo foi batizado como Paulo e é hoje o nosso São Paulo. Ele, então, tinha as mesmas preocupações que você. Como fazer para que todos os povos, das mais diferentes culturas, acreditassem em Cristo?
Ele tentou, de início, persuadi-los com argumentos racionais. Pregou aos atenienses, no Areópago, e tudo o que conseguiu foi ser zombado e ridicularizado.
Retirou-se de Atenas humilhado. Como era possível? Se ele tinha tanta fé em Jesus Cristo, porque não conseguia levá-la aos outros?
Fé… Era esta a resposta! Naqueles tempos havia deuses demais. Todos eles imaginários, cada qual com a sua história, e todas as histórias eram plausíveis.
Mas Cristo, não! A idéia de um Deus que se fez homem e – apesar de todo o seu poder – submeteu-se a morrer na cruz; não era uma noção racional. A idéia de um Deus que se deixou martirizar para redimir os pecados de seus algozes, tampouco era algo plausível.
A história de Cristo era absurda e, assim sendo, não podia ser fruto da imaginação. Por ser absurda só poderia ser verdadeira!
São Paulo, então, decidiu abandonar os argumentos. Não era preciso provar. Passou a pregar unicamente com base na fé. Era a fé que justificava Cristo. E somente pela fé os homens se salvariam.
Foi assim que São Paulo converteu povos, arrastou multidões e fundou uma religião universal.
Meu filho, a essa altura, já se mostrava sensibilizado. Mas algo, ainda, o incomodava.
_Pai, por mais que tenha fé em Cristo eu não consigo assimilar a sua mensagem. Como é possível amar até mesmo aos nossos inimigos?
_ Filho, há três níveis de amor: o nível inferior é a paixão. Não é uma virtude, visto que é egoísta. Queremos alguém para nós, somente para nós e não suportamos a idéia de ver esse alguém feliz nos braços de outro. O segundo nível é o amor, em si. É o amor desprendido, o amor não possessivo. É o amor que os pais têm pelos filhos; que os casais mais maduros nutrem entre si. O bem do outro é o nosso bem; a felicidade do outro é a nossa própria felicidade. Esse amor já é uma virtude, pois implica em renúncia. Mas ainda há nele algo de egoísta. A mãe, que ama o seu filho, com certeza não ama os filhos das demais. O nível superior, o mais sublime, é o amor cristão. O amor revelado na Cruz. Amamos a todos porque amamos a Deus e porque sabemos que Deus ama indistintamente a todos. Este sim é o verdadeiro amor. E somente São Paulo, sob inspiração divina, soube interpretá-lo.
Li em voz alta para o meu filho:
“Ainda que eu fale a língua dos anjos, se não tiver amor não serei mais que o sino que soa ou o címbalo que retine. Ainda que eu tenha a plenitude da fé, se não tiver amor nada serei.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
O amor não maltrata, não procura seus interesses, não se ira nem guarda rancor.
O amor tudo protege, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.
Só o amor nunca perece.
Do que é Perfeito, agora, vemos apenas um reflexo obscuro, como em um espelho. Mas chegará o tempo em que O veremos face a face. Agora O conheço em parte; então O conhecerei plenamente, da mesma forma como sou por Ele plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem fé, esperança e amor, estas três coisas: porém a maior delas é o amor.”
Ao final, o silêncio. Meu filho estava comovido. Eu o pusera na estrada de Damasco.
Daqui em diante ele terá de percorrê-la sozinho. Cumpri a minha missão. Ad majorem gloriam Dei.”

 

Não há vitórias…

Sem provação! Essa foi a frase que eu ouvi da minha funcionária nesses últimos dias. Ela tem acompanhado a minha luta. Viu todo o sofrimento pelo qual eu passei recentemente.

A Sueli me conhece há alguns anos. Quando ela chegou em casa me viu casada e, digamos, feliz. 

Eu me casei aos 31. Aos 32, nasceu a minha primeira filha, a Rafaela, hoje com 7 anos. Antes mesmo dela completar um ano, eu estava grávida da Giovanna, hoje com 6. Meu marido e eu, naquela época, tínhamos uma vida normal, própria das pessoas casadas e que vivem bem. Sim, nós éramos felizes. Até que um dia o nosso castelo começou a ruir.

Aquele sonho do casamento feliz, começou as poucos a se perder no tempo. As brigas tornaram-se cada vez mais freqüentes, até que o casamento chegou ao fim.

Nao foi uma decisão fácil de se tomar. Com o fim da relação, veio a dor. Mais profunda do que eu podia imaginar. O sentimento de fracasso é muito grande. 

Passei um tempo chorando por tudo. Eu sempre digo que separação é um luto. A gente acha que nunca vai passar. Mas nada como o tempo pra nos ajudar nesse empreitada. 

Sofrer faz parte da vida, infelizmente. E a gente aprende que as pessoas são livres e não pertencem a ninguém. Aprende que o amor não aprisiona, que não se enobrece, que não é egoísta e que não tem limites. Aprende que amar exige esforço e dedicação diária e que a felicidade é feita de momentos e de pequenos gestos. Aprende que sexo faz parte mas não é tudo na vida. Ele é o complemento do amor. Aprende que os filhos têm muitos mais para nos ensinar do que nós para eles.

Hoje, posso dizer, que com tudo que passei me sinto mais preparada para a vida, mais forte. Melhor como mãe e como mulher. Aprendi com meus erros e com as provações que a vida me impôs.

Entendo melhor o sentido da frase de que quando Deus fecha uma porta, certamente ele nos abrirá outras. E que quando ele tira algo de você, não o está punindo, mas sim te dando a chance de encontrar algo melhor.

Se a sua porta estiver fechada, pegue as chaves para abrir as tantas outras que aparecerão na sua vida. É preciso se dar uma nova chance! Boa sorte!

Amor fraternal

Homens quando estão juntos fazem trocadilhos entre si, brincando com a masculinidade alheia. Principalmente quando as mulheres estão por perto. Adoram mostrar a sua virilidade. Rsrsrsrs

Dia desse, numa roda de amigos – de homens, diga-se de passagem – falava-se sobre os homens que se beijam entre si. Não, não é aquele beijo que vocês estão pensando. Mas o beijo entre pais e filhos, entre irmãos, primos e porque não entre amigos. Um dos amigos que estava presente disse que às vezes ele beijava o filho quando o encontrava. Como assim, às vezes?

Eu acho lindo quando vejo um homem beijando o outro. Acho bacana mesmo! Mas muita gente se admira quando vê uma cena dessas, ainda que seja com o próprio filho. Os homens que não têm esse hábito, são até preconceituosos.

Eu sou a favor, e muito, do beijo, do abraço, do contato físico entre as pessoas. Tem coisa mais gostosa do que isso? Claro que com o ser amado as coisas sao diferentes! “Calientes”, eu diria. Mas abraçar o amigo, beijar quem você gosta, dar  um pouco de carinho, sempre faz bem, tanto para quem dá e principalmente para quem recebe.

No local onde eu trabalho tem uma moça que me conhece há algum tempo. Ela é faxineria. Sempre que nos encontramos, ela espera, além do meu bom dia, o meu beijo e o meu abraço. Eu não ligo se ela esta com uniforme de trabalho e com a vassoura na mão. Faço questão de abraça-lá e lhe dar um beijo. Ela se sente a pessoa mais importante do mundo e aquele pequeno gesto me deixa feliz o resto do dia. 

Quando me xingam no trânsito, eu peço desculpas e jogo um beijo! Homens adoram, mas as mulheres querem voar em cima de mim, Rsrsrsrs

Mas, brincadeiras à parte, eu espero de verdade que a gente possa melhorar um pouco o futuro dos nossos filhos. Com tanta violência  por aí, se a gente se beijar e se abraçar um pouco mais, vamos praticando o bem e experimentando a beleza do amor.

Um grande beijo e um abraço bem apertado pra você!

Quando o homem da sua vida já tem filhos

No auge dos meus vinte e poucos anos, eu me envolvi com um homem recém-separado. Ele tinha dois filhos. Foi uma paixão “desenfreada” como diria meu pai. Coisas próprias da idade.

Naquela época, a situação causou certo mal estar. Eu, solteira, sem filhos, namorando um homem mais velho, experiente, separado e com filhos. Confesso que para mim também não era a relação ideal, mas estava vivendo o momento. Depois de alguns meses terminamos e nunca mais nos encontramos.

Hoje, depois de passados vinte anos, divorciada e com duas filhas, esse tipo de relação já se torna mais comum. Aos quarenta,  é difícil encontrar alguém que não tenha história. Os homens dessa idade, com exceção dos casados, já tiveram filhos, outros não, mas todos eles têm um passado “amoroso”.

As mulheres divorciadas que procuram um relacionamento terão grandes chances de encontrar homens na mesma situa ção que elas: separados e com filhos. Nessa idade, isso não será  mais um problema. Pode até ser uma boa solução, contanto que ambos saibam lidar com a situação.

Minha amiga Roberta Palermo é terapeuta familiar. Sua experiência como madrasta, a fez escrever alguns livros sobre o assunto, os quais eu recomendo. Ela ensina através dos seus livros como lidar e mostra que é sim possível conviver em harmonia Madrasta – quando o homem da sua vida já tem filhos e vice-versa.

É claro que é preciso fazer alguns ajustes para que esse mecanismo funcione bem. Saber entender as limitações que todos têm de vez em quando, ajustar o tempo para que o casal possa namorar e ao mesmo tempo desfrutar de bons momentos com os filhos.

Não é nenhum bicho de sete cabeças. Essa relação pode ser muito saudável. Com muita conversa e um pouco de boa vontade, todos podem ser felizes e viver em paz. Basta querer!

Foto:http://carolinachiquechique.blogspot.com.br/2011/03/alguns-ensaios-fotograficos-do-momento.html

O outro lado da moeda

Não é fácil para o homem seguir adiante depois da separação. Queira ou não, no casamento a gente acaba assumindo o marido um pouco como “filho”. 

A gente se preocupa com a roupa que ele vai usar, se os sapatos estão em ordem, com a mala de viagem. No mercado, sempre compramos a cerveja da marca que ele gosta de tomar. Quando ele chega a casa após o trabalho, nos preocupamos em servir o jantar. As crianças em primeiro lugar, mas o “mimo” para os maridos existe sim.

Não, não se trata de submissão. É uma questão de gentileza inerente a nós mulheres. E nós aceitamos esse papel sem nenhum problema. No fundo, até gostamos de cuidar quando amamos de verdade.

O duro é quando tudo se acaba. Cada qual para o seu lado. A mulher, por mais difícil que seja, já está mais acostumada a cuidar dos filhos, da casa, de administrar a empregada, de prover o lar com o que esta faltando. Duro mesmo é trocar a lâmpada da sala, consertar o vazamento, instalar o videogame, mas nada que a gente não aprenda a fazer. No fim, a gente ainda fica com o melhor do que restou da relação: os filhos, na maioria das vezes, ficam com a mãe.

Para o homem, encontrar-se novamente sozinho é bem mais difícil. Ele já havia se acostumado com a vida que tinha. O conforto de chegar a casa, tirar os sapatos no meio da sala e ter quem os coloque no lugar, abraçar e beijar os filhos, ajudar a fazer a lição, brincar de pega-pega, jogar uma conversa fora, assistir TV abraçadinho… Essas coisas fazem falta!

Na hora de dormir, compartilhar uma história e dar um beijo de boa noite. Ao acordar, depois do café, dar uma olhada para ver se os filhos ainda dormem e assim por diante.

Na verdade para ambos os lados é difícil assumir a separação. O importante é ter sabedoria para saber lidar com as dificuldades, ter força para superar os problemas e a certeza de que a vida tem que continuar da melhor forma possível. 

É importante encarar essa nova fase com muita coragem. Ter equilíbrio para educar os filhos sem medos e sem culpas pela separação, principalmente, sem compensações. Eles não serão os primeiros e nem os últimos a terem pais que moram em casas separadas. 

Bom… e quando encontrar um novo amor… é preciso saber conciliar os filhos com a nova relação. Pessoas adultas sabem que na relação entre pais e filhos não há concorrência. Quem tenta usar dessa artimanha, perde feio!

Com um pouco de habilidade e até mesmo “elegância” é possível resolver essa situação. Afinal, você também deve recomeçar. Administre bem o seu tempo – e o seu novo amor – para poder ser feliz por inteiro. Você merece!

Essa relação não é tão complicada assim, basta ter um pouco de disposição e boa vontade. Vamos lá, você consegue!

Amor merece respeito

Eu te amo pra cá, eu te amo pra lá….e no primeiro deslize…já não te quero mais, vivo bem sem você.

Opa, não foi isso que eu aprendi. Meus pais, desde cedo, me ensinaram a importância desse sentimento. Tenho um bom exemplo dentro da casa.

Lembro que no auge dos meus 15 anos quando os hormônios estavam a mil, eu adorava falar eu te amo logo na primeira semana de namoro. Quem nunca fez isso? Rsrsrsrs

Depois de uns meses tudo se acabava e aquele amor que eu achava que era o mais importante da minha vida se perdia no tempo. Nada como amadurecer para aprender melhor sobre essas coisas do coração. Não se pode banalizar esse sentimento. Tratá-lo como uma simples palavra é uma ofensa para o amor.

Amar exige muitos sacrifícios. Tempo, paciência, tolerância, remissão, perdão e principalmente frequência. É preciso relevar e abrir mão de muitas coisas. Ceder e ao mesmo tempo compartilhar. Entender. Ser grande em alguns momentos e pequeno quando precisar.

Afastar por um momento para refletir e abraçar quando necessário. Querer bem e proteger e, ainda que as palavras sejam duras em algum momento, ter a grandeza de relevar e perdoar. O amor verdadeiro supera tudo. Esse é o amor que eu conheço.

Que possamos levar a sério as palavras e os sentimentos para que o amor, a maior das virtudes que um homem pode ter, seja sempre incondicional.

Aproveito para transcrever aqui um dos textos bíblicos mais lindos que já li. Espero que gostem e vivam intensamente a virtude do amor!

“1 Coríntios 13

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

Par ou ímpar?

Depois da separação você não tem muitas escolhas. É preciso seguir em frente e recomeçar. Nem sempre é do jeito que você queria ou esperava e muitas coisas que acontecem ao seu redor irão te surpreender.

A começar pelos amigos. Sabe aqueles que você considerava amigos do peito? Prepare-se: você vai se decepcionar. As coisas vão mudar! Queira você ou não.

Haverá uma nítida separação. Escolhas serão feitas, tanto por você como por eles. Esqueça! Nesse tipo de relação não há imparcialidade. 

Amigo que é amigo não fica em cima do muro.  Amigo que é amigo é solidário e toma partido de você. E lembre-se: quem não ficou ao seu lado não estará em nenhum momento com você. Isso pode até doer um pouco, mas vai passar. E passa, mesmo porque depois de certo tempo você percebe se as amizades eram sinceras e verdadeiras realmente (blá, blá, blá…rsrsrsrsrs).

E a gente acaba se questionando em quem pode realmente confiar, quem estará com você até o fim, aconteça o que acontecer.

Na verdade essas situações nos ajudam a fazer um “filtro” das nossas vidas. Repensar em tudo, nas palavras que ouvimos, nos contatos que tivemos e com quem realmente pudemos contar no momento em que mais precisamos.

Não se assuste: você poderá contar os amigos nos dedos das mãos! Conforme-se. A vida é assim. Apenas lembre-se de oferecer também seu ombro àquele amigo que te sustentou quando você mais precisou.

Par ou ímpar? Quem fica com quem?

A sogra

Tenho uma amiga que passou por momentos difíceis na vida. Ela é uma mulher de quarenta, separada e tem dois filhos adolescentes. É uma boa mãe. O divórcio foi bastante complicado. Seu ex-marido teve uma amante durante anos e quando ela descobriu, o casamento acabou.

Ela preservou os filhos e os protegeu de todos os dissabores que a situação lhe causou.

Passados alguns anos, ela recomeçou a vida. Arrumou um namorado que a tratava muito bem.

Mas como em qualquer relacionamento, os problemas acabaram aparecendo. O atual namorado não tem filhos, nunca se casou. Mas de herança ela recebeu a “sogra”! Ai, meu Deus, e que sogra!

A mãe não consegue aceitar que ele se relacione com uma mulher separada e que já tem filhos.

A sogra quer ter netos, mas escolheu a nora errada para isso. Com os filhos já criados, minha amiga sente-se realizada e feliz como mãe. Seus planos hoje são outros. Ela apenas quer ser feliz!

A mãe é viúva, não tem amigos e vive só. O filho não consegue cortar o cordão umbilical. Fica entre a cruz e a espada. Não sabe se posicionar e deixa a namorada em situações bastante delicadas.

Essas relações precisam ser bem definidas. É preciso entender, de ambos os lados, que se tratam de amores diferentes e que nem de uma nem de outra forma é possível concorrer. A mãe nunca poderá ser substituída e o amor de uma mulher é bem diferente daquele incondicional que sentimos pelos nossos pais. Se não for assim, os problemas com a família começam a surgir.

Se você ainda não cortou o seu cordão umbilical, pense nisso. Você pode perder a sua grande chance de ser feliz!

Divórcio

Motivos? Todo mundo tem. Sempre que a gente encontra alguém que se separou fica pensando nos motivos do desenlace. Muitas pessoas não acreditaram quando eu me divorciei. Nós parecíamos um casal perfeito! Mas não éramos.

Na verdade, a primeira coisa que nos vem em mente é que o casal se separa por traição. Claro, esse sem dúvida é um dos motivos mais comuns na separação entre casais.

Incompatibilidade de gênios? Sim, ela existe. Mas ninguém casa enganado! Lá no começo do seu namoro você já tinha traços da personalidade do seu par. E não adianta dizer que não sabia que ele ou ela era sim. Ninguém muda tanto em tão pouco tempo. Pode até ser que você tenha mascarado com o seu amor alguns defeitos, mas que eles estavam lá… ah isso sim, não tenho dúvidas!

A questão financeira: isso pega sim no relacionamento. Já dizia minha avó: “Antes de casar, amor e uma cabana! Depois: amor e uma cabana? Uma banana!” Rsrsrsrsrs

Ninguém quer viver junto de alguém sem construir alguma coisa. Ninguém casa para regredir, ainda mais depois que se têm filhos. A gente pensa no futuro deles, quer o melhor para eles. Hoje homens e mulheres trabalham em igualdade de condições. Ambos dividem as tarefas do lar e a criação dos filhos compete aos dois, certo?

Mas tenho ouvido muitas historias por aí! Casais que deixaram a chama se apagar (nossa, que brega isso! rsrsrsrsrs). Mas é verdade. Quando o casamento entra na rotina – e entra mesmo sem você querer – as coisas começam a desandar. Mesmo sem perceber, você se vê assistindo televisão todos os dias ao lado do seu marido ou mulher. Datena, Luciana Gimenez, Ronnie Von… Vocês se esquecem de que existe uma televisão a cabo e que mesmo em casa e possível assistir um filme bacana e estourar uma pipoca para comerem juntos!

Vocês dormem sempre nos mesmos horários. Depois do banho você coloca o seu pijama de gatinho (aí que deprê!), coloca a sua pantufa (vai me dizer que você não tem uma?) escova os dentes, entra na cama de fininho e enquanto ele pilota o controle da TV, você adormece sem nem mesmo receber um “boa noite”!

Festas, nem pensar? Sair para dançar? Bobagem: você já está casado, não e? Depois de jantar fora – o que acontece uma vez a cada quinze dias – você volta correndo pra casa, afinal, já bebeu e comeu até não aguentar mais e esta na hora de dormir!

Lugares diferentes, pra que se você tem um restaurante na rua que você mora?Bar com os amigos? Imagina! Pensou se rola uma cantada? Você não vai aguentar! O legal é sair sempre com os mesmos amigos- aqueles casais que você não suporta mais ver, mas que ele (ou ela) adora – e fazer sempre os mesmos programas: cerveja, churrasco e cuidar das crianças. Ser diferente pra quê?

Essa rotina, entre outras coisas, acaba com os relacionamentos. E o pior e que quando você esta nessa situação, não percebe a que ponto as coisas chegaram. Tudo passa a ser normal pra você. A gente só enxerga tudo isso depois que esta fora da relação.

Se você percebeu algum sinal, se isso te parece familiar, está na hora de mudar! Se a relação vale a pena, pare de achar motivos para brigar. Ao invés disso, saia para dançar depois do jantar. Encha a cara com o seu par e deem boas risadas, ainda que estejam sozinhos. Discutir a relação? Você não vai precisar mais disso.

Corre lá! Caso contrário você vai precisar encomendar o seu bolo. E eu, sinceramenete, espero que não!

Relações complicadas

Eu sempre gostei de relacionamentos mais calmos. As brigas constantes me aborrecem um pouco. Mas para alguns casais, elas apimentam as relações.

Tenho visto que muitos homens e mulheres gostam de manter uma relação mais agitada, sem nenhuma monotonia.  As brigas, nesses casos, servem para temperar o relacionamento. Ciúmes, intrigas, brigas sem motivo e sem razão, levam os casais a se agredirem mutuamente. Esses pares encontram motivos para discordar um do outro e depois fazem as pazes. Essas relações conturbadas sobrevivem mesmo assim. E podem durar anos a fio!

Entendo, nesses casos, que as discussões alimentam inclusive a relação sexual do casal: “depois da tempestade, a bonança”. Para eles, as brigas se tornam uma rotina, quase que uma condição. Um agride o outro, muitas vezes até mesmo perde-se o respeito, para depois implorar o perdão. No fim, tudo acaba bem. E depois de fazer as pazes, se resolvem na cama.

Não sei se é uma boa pedida. Também não recomendo a ninguém. Mas tenho por mim que quando os casais não brigam mais por nada, nem ao menos uma vez, algo pode estar errado. A apatia e a indiferença não são bons sinais. Confesso que vivi isso na “pele”.

Quando a gente desiste de tudo, não liga mais pra nada, perde a admiração e o interesse pelo outro, não pensa em discutir as relações. E olha que os homens odeiam quando a gente fala nesse assunto.

Quando temos interesse em alguém, quando amamos de verdade e prezamos pelo relacionamento, temos obrigação – tanto homens como mulheres – de impor as nossas vontades e defender os nossos pontos de vista. Isso é inerente a nós! Faz parte não só dos relacionamentos entre casais, mas entre filhos, amigos e colegas de trabalho.

Mas é preciso ter cautela com o que se diz. As palavras nem sempre se perdem no tempo. Essas marcas podem ficar para sempre e, em algum momento da sua vida, alguém se lembrará do que um dia você falou.

Uma briguinha de vez em quando até que faz bem. Mas bom senso e respeito são fundamentais para o sucesso de uma relação. Portanto, “vive l´amour!”

 

Nada de cobranças

Que o mundo dos relacionamentos mudou isso já sabemos. Que há pessoas que acreditam e querem um relacionamento a dois também é certo. E olha que esse assunto gerou polêmica num dos meus últimos posts.

Mas retomando, vamos lá! Tenho ouvido cada estória!

Mulheres que mal começam a se relacionar com alguém e já se sentem donas do pedaço. Julgam-se no direito de cobrar posturas, exageram no ciúme e cobram nomenclaturas para o relacionamento. É claro que elas querem “namorar”! Nada como poder postar nas mídias sociais: “Fulana está num relacionamento sério com Cicrano” e logo ao lado aparece um coraçãozinho vermelho! Pronto, você se vingou de todos os seus ex e agora tem alguém para chamar de “seu”!

No dia seguinte, quando o seu novo namorado se dá conta de que você tornou público o seu relacionamento, ele já fica assustado e começa a pensar se fez a coisa certa! Agora todo mundo ficará sabendo! Adeus mulheres!

Bom, o fato é que cobrar alguma coisa logo de cara assusta os pretendentes. O barco tem que correr naturalmente. Se ele te quiser de verdade, as coisas vão rolar, mas nada de cobranças logo de cara! Nem homens e nem mulheres gostam disso. Assim as relações já começam erradas, doentes. Depois de certo tempo a gente tem direito sim de cobrar alguma coisa. E porque não se isso faz parte da natureza feminina? rsrsrsrs

Mas antes de tudo, jogue a isca, atraia e conquiste! Nada de arrumar confusão!  Se você cometer esse erro logo no começo, esteja certa de que você morrerá na praia. Se for inteligente e tiver um pouco de maturidade – aquela mesma que a gente adquire aos quarenta –  talvez você consiga o que tanto quer!

Então meninas, vamos lá! Nada como engolir uns sapinhos de vez em quando! Finja que não viu, respire fundo e conte até dez. Garanto que funciona muito bem!

 

Educação é tudo nessa vida

Não estou falando da obrigação que temos de dizer bom dia, boa tarde, por favor, e obrigado! Isso todo mundo aprende a fazer. Falo da educação, aquela que forma as pessoas de bem, pessoas melhores e que fazem a diferença.
Estive com amigos que há 25 anos não encontrava. Agora, aos quarenta – e todos tem a mesma idade – as diferenças de antes ficaram todas para trás. Encontrei pessoas de bem, pessoas honestas, inteligentes, bem sucedidas e que acima de tudo cultivam os valores que tanto a família como a escola lhes ensinou, principalmente no que diz respeito a amizade e a fraternidade.
A passagem de todos aqueles anos não nos fez esquecer os momentos que vivemos juntos e o amor verdadeiro que cultivamos um pelo outro enquanto convivemos juntos.
Tenho certeza que todos no fundo estavam pensando porque passamos tantos anos longe uns dos outros. Mas a vida toma rumos diferentes e esse foi o momento certo do nosso reencontro.
Como e bom estar entre pessoas que tiveram a mesma educação que você e que tem os mesmos valores que você cultiva e acredita.
Como e bom estar entre “gente como a gente”!
Despidos de todo e qualquer preconceito, voltamos a ser adolescentes, brincamos, demos risadas, lembramos-nos dos acontecimentos do passado, nos abraçamos e nos beijamos com amor verdadeiro, aquele que aprendemos a cultivar lá trás e que permaneceu até os dias de hoje. Aquele mesmo, que Jesus nos ensinou.
Obrigada amigos queridos, por mais um dia feliz e cheio de emoção! Aguardo ansiosa pelo nosso próximo encontro!

Brigas em família

Vai me dizer que na sua não tem? Nos almoços de domingo geralmente tudo acontece. O motivo? Geralmente por causa de um brinquedo jogado na sala, uma criança que passou correndo pelo corredor, uma palavra a mais, uma palavra a menos. TPM nas mulheres, cervejinha para os homens.

E de repente, assim, sem mais nem menos, aquela confraternização vira um terremoto. A casa treme. Um grita daqui, o outro dali. As crianças se escondem em qualquer lugar. Umas choram, outras entram na discussão.

No final, aquilo que era para acabar bem, acaba muito mal. Todos se vão, tristes e magoados. Ao chegar a casa, pensam sobre o que fizeram e principalmente sobre o que falaram e escutaram. Todos saem feridos e machucados e refletem sobre como tudo poderia ter sido diferente. Arrependem-se do que falaram e lamentam a proporção que a briga tomou.

Eu já disse aqui no blog que “A família é o berço de tudo”. E se acreditamos mesmo nisso, sabemos que “lá em casa” também é lugar de lavar roupa suja. Faz parte. Ainda mais com a vida que levamos, com todos os problemas e com todos “os sapos que engolimos” todos os dias.

Minha mãe diz que muitas vezes o filho agride a mãe porque sabe que sempre haverá perdão. E nós mães, sabemos bem disso. Esse nosso amor universal e incondicional pelos filhos não nos permite guardar mágoas. Ainda que as palavras sejam duras, lá no fundo, conseguimos esquecer e perdoar.

Às vezes é preciso sim colocar os pingos nos “is”. Dar o braço a torcer, ainda que você tenha razão, também faz parte. O melhor é deixar as palavras se perderem no tempo e permitir que o amor fale mais alto.

É isso aí. Domingão tem mais um almoço lá em casa!

Pra se divertir um pouco, aí vai uma música clássica do Titãs…quem não se lembra?

Impondo limites

Eu já disse a vocês que não sou nenhuma expert na arte da educação. Como mãe, cometo erros e muitas vezes, falho. Mas sempre na tentativa de agir corretamente e acertar na formação das minhas filhas.

Essa nova realidade em que as mães trabalham e participam da gestão do lar ou ainda das mulheres mais independentes que por alguma razão fazem o papel duplo de pai e mãe tem gerado alguns conflitos na educação dos filhos.

Tenho visto por aí muitas coisas erradas. Mães que se sentem culpadas porque trabalham a maior parte do tempo, tentam suprir os seus filhos cedendo a todas as suas vontades. São subservientes e carentes de amor.

Mães que superprotegem os seus filhos e tomam a frente em tudo. Os filhos, por sua vez, tornam-se reis e rainhas de seus lares porque sabem a quem recorrer em qualquer situação. Mandam e desmandam ao seu bel prazer: fazem birras, agridem com palavras e até mesmo fisicamente. Tenho visto crianças mimadas, donas de si, totalmente sem limites!

E vejo mães sem saber como agir quando o filho tem um ataque de nervos em público ou até mesmo dentro de casa. Esses pequenos seres sabem bem como fazer isso e, esperam sim, uma resposta de seus genitores. E nós, pais e mães, temos a obrigação de impor esses limites aos nossos filhos, ainda que isso nos doa na alma.

As frustrações fazem parte da vida. Cada um tem que saber lidar com os seus próprios conflitos. Se as crianças não aprendem a superar os seus problemas, não amadurecem.

Falar “não” é difícil, mas necessário. Impor limites faz com que o seu filho cresça mais confiante. E depois de alguns anos, a gente entende bem melhor os “nãos”  que recebemos na vida!

Brincadeira de criança

A Rafaela e a Giovanna, minhas filhas de 7 e 5 anos, descobriram que eu também tive infância. Agora não passo uma noite sequer sem contar uma história de quando eu era criança. 

Geralmente elas pedem para eu falar sobre algum episódio em que eu tenha “me dado mal”. E lá vou eu buscar lembranças do fundo do baú! 

Depois que temos filhos, sempre comparamos o tipo de infância que tivemos com o mundo das crianças de hoje. A diferença é brutal, concorda? Na época dos nossos pais também era.

Meu pai nos fez reviver coisas da infância que ele teve. Na nossa casa, tinha peões e estilingues que ele mesmo fabricava. Ele comprava varinhas e papel de seda e nós ajudávamos a fazer pipas e balões. Ele também tratou de confeccionar alguns carrinhos de rolimã. Ah, esses eram os mais divertidos.

Nas festas juninas, sempre estourávamos bombas e rojões. Uma das nossas brincadeiras era acender as bombas e colocar uma lata vazia em cima. A gente adorava ver aquilo explodir e a lata ir lá pra cima.

Eu era daquelas meninas que adorava brincar com os meninos. Minha brincadeira preferida era subir no telhado da casa da minha mãe e soltar bolinhas de sabão. Meu pai preparava a argola de arame com algodão para que a bolinha saísse perfeita. Eu passava horas naquele lugar admirando as bolhas estourarem. Mas quando minha mãe descobria que eu estava lá no telhado, escondida, já sabia que eu ia apanhar! Era um Deus nos acuda! E quem disse que eu deixava de subir novamente? Sempre dava um jeitinho.

Tenho recordado muito a minha infância. E essas histórias são espetaculares para as meninas. Precisa ver a carinha delas quando conto esses casos. Elas passam dias relembrando.

Ser mãe é mesmo uma única e deliciosa aventura.

Príncipes desencantados

Essa nova realidade das famílias e dos relacionamentos às vezes me assusta um pouco. Não sei se para mim é tudo novidade ou se as coisas realmente mudaram. O que tenho visto por aí é que os homens andam com medo de se relacionar. Não querem nenhum tipo de compromisso. O amor ficou meio que descartável. O importante é “curtir” o momento. Esqueça o dia seguinte!

As mulheres, por sua vez, também entraram nessa onda. Mas, como são mais sensíveis, muitas vezes “quebram a cara”. Ficam esperando os homens ligarem no dia seguinte. O telefone não toca e não dá nem um sinal. Muitos deles, não se dão nem ao luxo de pegar o número. Então fica assim: a gente se vê por aí!

Novos modelos de relacionamento vão surgindo onde homens e mulheres estão cada vez mais independentes um do outro, não só na parte financeira, como principalmente na sentimental. Cobranças? Nem pensar! Nem de um lado, nem do outro.

Príncipes encantados existem sim: nos livros de estórias infantis. As “Amélias” de antigamente estudaram, foram para a rua, aprenderam a ganhar dinheiro e a serem independentes. Não precisam mais sair por aí procurando sapos para beijar porque já sabem que eles não se transformam mais. Os lobos maus geralmente são mais interessantes. O duro é que nem sempre esses enredos terminam com um final feliz.

Apesar dessa nova realidade, não posso deixar de acreditar no amor. Ainda que não seja para a vida inteira, que seja eterno enquanto dure!

Amigos príncipes! Além de desencantados, vocês estão muito desencanados! “Bora” fazer essa mulherada feliz?

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