Em tempos passados o direito entendia que a mulher que nunca havia exercido uma profissão teria direito a receber pensão em caso de separação. O fato é tão antigo que antes do termo divórcio conhecia-se o desquite, nada usual nos dias de hoje.
Com a revolução inegável que aconteceu nos meios familiares e o aumento dos números de casais que se separam o direito passou a ver essa questão com mais naturalidade e até facilitou as coisas para que o divórcio aconteça mais rápido. Quando não há confusão e o “negócio” é amigável é possível que o divórcio saia no mesmo dia.
As mulheres por sua vez, com a independência financeira que conquistaram passaram a ter em relação aos filhos os mesmos direitos e obrigações que os seus ex-maridos.
Antigamente a mulher que se separava desfrutava de algumas vantagens que hoje o direito, com raras exceções, não reconhece mais. Mulheres como a minha mãe, por exemplo, casavam-se cedo e se dedicavam aos cuidados da casa e dos filhos. Caso se separassem, poderiam ter direito a receber do ex-varão uma pensão exclusiva para elas e outra para seus filhos.
Hoje as coisas mudaram. O direito passou a entender a nova realidade em que mulheres vão à luta, são independentes e capazes de assumir várias funções da vida profissional e pessoal. Pai e mãe passaram a ter obrigações alimentícias para garantir o sustento da sua prole. Além disso, hoje já vigora a guarda compartilhada onde as decisões sobre os filhos são tomadas com a anuência dos dois.
A grande verdade é que não é fácil aceitar queda de padrão financeira que a separação, em muitos casos, nos impõe. Queria ou não, há uma nova realidade, mas é preciso muita coragem para assumir essa nova posição.
Ainda que tenham total capacidade, há mulheres que por medo ou insegurança negam-se a “pegar no batente” e pleiteiam pensões exorbitantes para atender não só os filhos, mas para garantir o seu sustento. Mulheres totalmente capazes vitimizam-se em razão da dissolução do casamento e, sem aceitarem o fim da relação, usam a obrigação alimentar como forma de manter o vínculo rompido ou com o intuito de afrontar o ex-marido ou ex-companheiro.
Usam o dinheiro para poder se vingar das suas próprias frustrações. Usam os filhos, frutos desses relacionamentos, para fazer chantagens emocionais. Nem preciso dizer o que acontece com as crianças, que sofrem alienação parental e, no meio dessa tempestade, são jogadas de um lado para o outro sem saber que rumo tomar.
Sinto muito informar, mas a “profissão ex-mulher” está totalmente em extinção. Portanto, para as candidatas ao cargo, trate de enxugar as suas lágrimas, jogue seus lenços fora, e arregace as mangas. É preciso encarar os desafios para dar a volta por cima. Afinal, nada melhor do que ter orgulho das suas próprias conquistas.
Muito relativo…Cada caso é um caso!
Concordo com a Gisele. Bem relativo… O que vejo na maioria dos casos são mulheres lutando para sustentar os filhos enquanto o homem ja refez sua vida, casou, viaja, vai pra balada… e a mulher se dividindo entre profissão (que muitas vezes não é a profissão dos sonhos, mas aquela que dá dinheiro, já que não teve tempo de se preparar, pois estava cuidando da família, da casa, ajudando o marido, agora ex, a subir na carreira, cuidando dos filhos), ser mãe e ser pai, ser a cabeça da casa e muitas vezes ter de se submeter a sub-relacionamentos para dividir o aluguel, já que não da conta de pagar tudo sozinha… A realidade as vezes é bem cruel!
Concordo com você salete, já eh um sacrifício eles pagar pensão que dê pra arcar com as despesas básicas dos filhos!! A maioria mentemais, não são registrados com o valor real do salário pra não ter que pagar!! Creio que esse texto é pra ex mulher rica, não pra maioria das mães brasileiras!! É só verificar o último censo, maus de 50% dos lares brasileiros são mantidos por nós mulheres!!
Casamento, união estável ou relacionamento afetivo não é plano de Previdência… Não dá direito a recebimento de pensão após anos de contribuição… Sinto muito! As mães que preparam suas filhas para se casarem estão erradas, deveriam estar ocupadas em prepará-las para se sustentarem e aos filhos, se for o caso. Desculpa a impaciência, mas este discurso de alimentos porque “ajudou o marido” ou porque “precisava cuidar dos filhos”, exceto em caso de portador de deficiência, está baseado no comodismo decorrente de uma vida sob o crivo do machismo. E para machistas mulheres são seres inferiores e incapazes, que devem servi-los. Vocês aí, defensoras das “pensões”, são inferiores? Desprovidas de capacidade?