O mês de outubro é dedicado, mundialmente, à prevenção, rastreio e cuidados do Câncer de Mama.
No Brasil, segundo dados do INCA, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres (INCA, 2019).
O câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens. Sua incidência aumenta com a idade: a maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos. Os homens também desenvolvem câncer de mama, mas estima-se que a incidência nesse grupo represente apenas 1% de todos os casos da doença (INCA, 2019).
A Fisioterapia contribui em todos os estágios, desde a orientação, na prevenção e no cuidado do paciente com Câncer de Mama. Na prevenção, orientamos sobre a adoção de hábitos saudáveis, como exercícios físicos, práticas que minimizem o estresse diário e malefícios do consumo do álcool e do tabaco.
Colaboramos ainda na orientação sobre a importância do autoexame, que não tem finalidade diagnóstica, mas auxilia essa mulher a conhecer seu próprio corpo.
O Ministério da Saúde preconiza que o rastreio, através da mamografia, se inicie aos 50 anos, e a partir dos 35 anos caso possua histórico familiar da doença. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco, porém, na presença de achados suspeitos, como alteração do formato da mama, secreções, manchas, entre outros, independentemente da idade, o rastreio deverá ocorrer. É muito importante que essa paciente seja encaminhada para um médico Mastologista para ser avaliada.
Normalmente, o tratamento é cirúrgico e pode ocorrer apenas a extração do nódulo, parte da mama ou a mama na sua totalidade. A retirada dos linfonodos também é uma possibilidade.
A Fisioterapia no pré-operatório é bastante importante e visa o ganho de massa muscular, exercícios respiratórios e fortalecimento global, tendo a finalidade de minimizar as perdas funcionais e preparar essa paciente para a cirurgia.
No pós-operatório, a abordagem fisioterapêutica ocorre nas sequelas advindas da cirurgia: atua na cicatrização, na prevenção do linfedema, na dessensibilização da região, na diminuição da força muscular e na capacidade pulmonar, além de ajudar na recuperação global da paciente mastectomizada.
Após a cirurgia, o tratamento quimio ou radioterápico pode ser indicado, e as complicações advindas desses tratamentos também podem ser manejadas pelo fisioterapeuta.
A Fisioterapia dispõe de vários recursos e técnicas que irão ajudar na recuperação, devolvendo funcionalidade e autonomia de uma forma rápida e eficaz.
Reforço aqui a importância de a mulher conhecer seu próprio corpo, realizar exames e consultas anualmente, procurar por informações, e, sempre que perceber qualquer alteração, não hesitar em procurar um profissional da saúde.
Por Dra. Cristina Nobile
Fisioterapeuta Pélvica / Pós-Graduada em Oncologia
Crefito-3/157407-F
Tel: (11) 93404-3370 – (11) 3061-3370
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Atendo há mais de 5 anos apenas mulheres com dor na relação sexual. São mulheres de todas as idades, mas o meu maior público são as que estão na casa dos 45 ou 55 anos, como eu!