Vida leva eu

Fernanda é uma mulher de quarenta e poucos anos. Ela já passou por algumas etapas da vida. Casou, teve dois filhos e depois de dez anos se divorciou. Os filhos crescem sem problemas. 

Ela demorou um pouco até se acostumar com a nova vida. Precisou se adaptar a nova realidade de administrar a vida como uma mulher “solteira” e com filhos.

Nao foi fácil no início. Ela deu algumas cabeçadas por aí. Achou que o primeiro homem que encontrasse iria substituir tudo o que ela havia perdido. Ledo engano! 

Logo depois da separação, conheceu um homem que lhe prometeu mundos e fundos. No dia seguinte, ele desapareceu. E assim, aconteceu sucessivamente. Uma decepção atrás da outra.

Apesar de não perder as esperanças, Fernanda resolveu viver a vida da melhor maneira possível. Claro que ela quer encontrar alguém especial, mas enquanto isso não acontece – sim, ela ainda está solteira – entrou no novo “esquema” dos relacionamentos, mesmo sem querer.

Passou a se divertir sem pensar no dia seguinte. Fez novas amizades, encontrou velhos amigos, saiu para dançar e literalmente, comecou a dançar conforme a música.

Com isso, parou de criar expectativas e passou a viver um dia de cada vez. Assim mesmo, como tem que ser.

Fernanda esta só. Nunca desacompanhada. Vive cercada de gente feliz que a quer muito bem. Aprendeu que nem sempre a vida segue o rumo que gostaríamos que seguisse. Há pedras no caminho. As estradas nem sempre nos levam aonde queremos chegar. 

Ela aceitou essa nova condição e continua sempre em frente. A razão tem lhe falado mais alto. Com isso, ela aprendeu a viver melhor e mais feliz.

A vida só chega ao fim no dia em que morremos. Enquanto isso, muitas coisas vão acontecer. Basta remar conforme a maré. 

Ah, vida, leva eu? Zeca sabe das coisas!

Atirei o pau no gato…

Cumprindo minha rotina como mãe, descobri uma rubrica na agenda da minha filha que não era minha. A Rafaela é uma menina muito responsável. Gosta de ler e escrever. Aprendeu rápido. Tenho recordações dela escrevendo aos 3 anos e meio.

A professora mandou um recado dizendo que ela havia esquecido um de seus livros escolares. Ela, com receio que eu ficasse brava, fez essa pequena traquinagem. Claro que quando me deparei com isso, ela não ficou imune. Como mãe, fui obrigada a lhe explicar as consequências que isso pode lhe causar no futuro. Conversamos a respeito do assunto e ela entendeu bem.

Como filha, me lembrei de quantas vezes fiz isso na época da escola. Quem nunca, com medo de tomar uma bronca, “falsificou” a assinatura da mãe na caderneta escolar. Sim, na nossa época, as anotações vinham na caderneta! 

Parece que hoje as crianças já nascem obrigadas a serem “politicamente corretas”. Não podem falhar. Qualquer pequeno erro torna-se intolerável! Mães e pais não admitem que seus filhos sejam crianças de verdade. O que os outros podem pensar? Qual é a imagem que eu quero que os outros tenham do meu filho?

Na escola, não é mais permitido cantar o famoso “Atirei o pau no gato”! A música ganhou uma nova versão: ” Não atire o pau no gato…to…to, porque isso não se faz…faz…faz”.  Quem não sabe que não se atira o pau no gato? Até a criança mais esperta sabe que isso não se deve fazer. Será que é preciso explicar? rsrsrsrs

Eu cresci em cima do telhado e joguei “bambuchas” na rua. Soltei fogos escondida e soltei balão. Quebrei os cristais da casa e joguei ping-pong na mesa de jantar. Levei umas boas palmadas da minha mãe, mas nem por isso precisei aprender a cantar o “Atirei o pau no Gato” de outra maneira.

Quer saber? Não quero que minhas filhas aprendam a nova versão! Elas cantam atirei o pau no gato e a gente se diverte bastante com isso.

Elas terão muito tempo pela frente para aprender o que é certo. Enquanto isso, elas têm todo o direito de errar!

Do meu jeito!

A melhor coisa mulher de quarenta é que ela sabe bem o que quer. E o que não quer também.

Eu tenho vivido minha vida a cada dia. E claro que tenho momentos tristes e problemas como todo mundo tem. Às vezes um dia ruim no trabalho, as contas para pagar no início do mês, a administração da casa, entre outras coisas, como cumprir minhas tarefas como mãe e educar minhas filhas.

Mas nada impede que eu seja feliz. Apesar de todas as dificuldades pelas quais eu passei, hoje eu me sinto mais forte. Mais determinada. Sei bem por onde quero ir. Melhor que tudo, sei bem o caminho que não quero seguir.
Os erros quer cometi me fizeram aprender. E a principal lição que tirei de tudo é que eu não quero mudar o meu jeito de ser. Sou quem eu sou. Quem gostar, muito que bem!

Eu nao tenho vergonha e nem medo de ser feliz. Hoje em dia eu faço tudo o que tenho vontade e fico frustrada quando não atendo os meus próprios desejos. Eu vou atrás do que quero realizar. Os anos fizeram com que eu entendesse isso melhor.

Quantas vezes deixei de fazer o que eu queria fazer para respeitar a vontade dos outros. Quantas vezes deixei de ser eu mesma para não ofender ou magoar quem estava ao meu lado. Hoje isso nao acontece mais.

Eu faço o que eu tenho vontade. Nada me impede. Se isso e egoísmo da minha parte? Sim, eu me tornei um pouco egoísta. Não me importa o que os outros pensam de mim. Quem me julga ou se incomoda comigo não paga as minhas contas! (Nossa, como eu estou brava! rsrsrsrs)

Estou certa que quem me ama de verdade quer me ver feliz e realizada,  independente de qualquer coisa. O amor é  isso, concorda? 

Bom, como eu mesma tenho sido minha “fada madrinha”, realizei um dos meus desejos! Olha só como eu atendo bem os meus próprios pedidos!

E pra não perder o hábito…uma pequena canja!

Novas famílias

Minha mãe é dona de casa. Desde que se casou ela se dedicou ao marido e aos filhos. Naquela época, a mulher era criada para casar e “procriar”. Ela cuidou muito bem de nós. Foi realmente um privilégio ter uma mãe ao nosso lado, que nos ajudava a fazer a lição, nos levava para a escola, fazia o almoço e o jantar e cuidava de tudo o que precisávamos.

Hoje o conceito de família já é outro. Aconteceu uma verdadeira revolução nos moldes familiares que estávamos habituados a conhecer.

A mulher despontou no mercado de trabalho e além de assumir os filhos, passou, em muitos casos, a ser arrimo de família. O homem não é mais o único provedor do lar. Ambos dividem as tarefas e as despesas de casa. Muitos deles, optaram por cuidar da casa e dos filhos, enquanto a mulher sai para trabalhar. E aceitam bem esse papel sem perder sua masculinidade.

Esse modelo já existe há algum tempo e a sociedade passou a aceitá-lo sem nenhum preconceito. Bem diferente do que acontecia antigamente.

As famílias, agora, são unilaterais. O aumento dos divórcios fez com que isso acontecesse com maior frequência. Pais separados cuidam bem de seus filhos. Estes por sua vez, convivem com amigos em iguais condições. Crescem sem traumas. Aceitam essa relação – ainda que não seja das melhores – e não apresentam problemas no futuro. Claro, desde que os pais, cada um do seu lado, saibam exercer bem o seu papel.

Você já se deu conta disso? Sim, essa é a nova realidade. E quem disse que não dá pra ser feliz assim?

Quando eu for homem…

Eu tratarei de ser gentil com a minha mulher, sem perder minha masculinidade. Eu falarei o quanto ela é importante para mim e o quanto é bom estar ao seu lado.

Eu acordarei para trabalhar e antes de sair lhe darei um abraço, assim mesmo, sem falar nada. Meu toque será suficiente para que ela saiba que é amada. Eu farei dela uma mulher segura. Ciúmes destroem os relacionamentos.

Eu a levarei para jantar e lhe mandarei flores quando ela menos esperar. Eu farei com que cada lugar se torne especial e inesquecível. Com ela dividirei as minhas alegrias. Eu a suportarei nos dias ruins e lhe darei colo quando ela precisar. Ainda que ela nao me peça.

Serei duro, sem ser rude, quando necessário para que ela me sinta forte. Sim, essa é a minha essência.

Eu lhe serei grato pela sua companhia e ficarei feliz de dividir os bons momentos. Nos dias difíceis eu pedirei seu ombro amigo. Também quero ser ouvido. Saberei entender os seus pontos fracos, as suas dúvidas, as suas dores e as suas inseguranças. Essa é a essência dela.

Eu lhe farei surpresas. Mulheres precisam disso. Eu reservarei um tempo para ficarmos a sós. Quero jogar conversa fora, contar piadas, dar risadas e chorar se for preciso, sem ser interrompido. Eu lhe dedicarei uma música para que todas as vezes que ela a ouça lembre-se de mim.

Eu a levarei para dançar. Quero vê-la feliz.

Nossa casa estará sempre cheia. Bons amigos merecem conviver conosco.

Lembrarei do meu passado e lhe contarei da minha infância. Falarei dos meus valores e serei seu parceiro na educação dos filhos. Serei seu amigo, seu conselheiro e principalmente seu melhor amante. Eu quero ama-lá de todas as formas.

Farei com que ela seja única para mim. E eu, serei eterno enquanto estiver ao seu lado.

Ah…se eu fosse homem!

O perdão

Navegando pela rede, encontrei um post bem interessante no mural de uma amiga.  Passei os olhos, comecei a ler e fui até o final. Tratava-se de uma oração: a “Oração Kahuna do Perdão”.

Segundo o que eu li, esse povo da antiga Polinésia, acreditava que antes de fazer qualquer pedido era preciso purificar sua alma e seu coração.

Alguns trechos do texto me fizeram pensar sobre as coisas que acontecem na nossa vida. Em quanta energia perdemos com algumas pessoas na tentativa de conseguir um bom relacionamento com elas.  Em como muitas vezes acabamos, mesmo sem querer, perdendo as estribeiras por conta de pessoas que nos provocam até que reajamos agressivamente.

Não é fácil perdoar. Não é não! O perdão e um exercício diário e mental. É preciso pensar e repensar: analisar se realmente vale a pena amargurar alguns sentimentos que só fazem mal para nós mesmos. Nesse caso, a razão tem que falar mais alto do que a emoção. Caso contrário, fica difícil praticá-lo.

A maior represália contra o nosso inimigo é perdoá-lo. Para que isso aconteça, é preciso esquecer por completo as ofensas. O perdão é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo – Pitágoras”

Independente da sua crença ou religião vale a pena refletir um pouco sobre esse assunto.

Segue a oração:

“ORAÇÃO KAHUNA DO PERDÃO
Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “PERDOAR”.

A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que, de alguma forma me ofenderam, machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária. Perdôo sinceramente quem me rejeitou, entristeceu, abandonou, humilhou, amedrontou ou me iludiu. Perdôo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, inadequada.

Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e mau humor. Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
AGORA, sinto-me livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e minha luz. Iniciei, AGORA, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida – não só a nossa, mas de todo o planeta. Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas idéias de unidade, paz e de amor.

Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas as queixas desnecessárias que me seguram nesta freqüência, de onde JÁ conseguir sair. Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrar-me-ei de que elas todas já estão perdoadas. Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia. Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver HOJE. Quando eu tornar a me lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras. Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.

AGORA, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, eu magoei, prejudiquei ou fiz sofrer. Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom, são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor. Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, respiro profundamente……. Prendo o ar ……. E me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.

Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.

AGORA, dirijo uma mensagem de fé ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor. (… Citar o projeto…) e que será, com certeza, para o bem de todos os envolvidos. Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.

Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto-realização. Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.

ASSIM SEJA E ASSIM SERÁ”

É preciso saber viver…

Uma das coisas que eu pensava logo depois da minha separação era em como recomeçar. Era preciso iniciar praticamente do zero. Vida nova, apesar de todas as dificuldades.

Além de trabalhar, ter de assumir minha casa sozinha, minhas filhas e todos os cuidados que elas merecem, também precisei pensar  um pouco em mim. Sim, eu tinha que estar forte e restabelecida para ter força para elas.

Nesse momento a gente se sente meio sozinha. Os amigos casados tendem para um lado ou para o outro. Isso é fato. Claro, há exceções! 

Mas é preciso mudar de “turma”. Eu tive a sorte de reencontrar bons amigos. Muitos me ajudaram bastante nessa fase. Alguns serão inesquecíveis: nas dificuldades conhecemos as pessoas e vemos o verdadeiro valor que elas têm na nossa vida. Sofremos decepções também. Mas isso nada mais é do que aprendizado. Faz parte, afinal, nunca paramos de aprender, nao é mesmo? 

Uma das minhas amigas me disse que viveu a ADULescência logo depois da separação. Isso mesmo…ADULescência! 

É engraçado ver quantas pessoas de quarenta e até de mais idade estão se divertindo por aí, da mesma forma e na mesma intensidade de quando eram jovens.  Hoje em dia nao há mais aquela separação, bares de moçada, de balzaquianas…hoje está tudo misturado! Pais e filhos saem juntos na balada. Jovens interagem com os mais velhos sem nenhum preconceito. Aliás, essa miscelânea é muito mais interessante!

Rir, dançar, conversar com amigos e se divertir. Trocar experiências, conhecer gente nova, “cutucar, cutir e compartilhar”! Tem coisa melhor do que isso? Se isso é reviver a adolescência, sim, eu confesso, sou ADULescente!

E você, está esperando o quê? É preciso saber viver!

Música maestro!

Tudo passa

Depois que lancei o blog Mulheres de Quarenta comecei a prestar mais atenção no que as pessoas me falam. Não que eu não seja uma boa ouvinte. Sou sim.

Recebi um telefonema de uma amiga. Ela é “coach” em comportamento. Assim que atendi, antes mesmo de falar “alô”, ela me perguntou:

 – Você já se arrependeu de amar?

Parei para pensar por alguns segundos.

-Não – respondi. Na verdade, nunca!

Como eu poderia me arrepender de amar? Não há coisa melhor do que se apaixonar e viver um grande amor. Ainda que ele não dure tanto ou que um dia se acabe.

Eu tive alguns amores. Se todos deram certo? Uns sim, outros não. Mas vivi a sutileza do amor, com todas as nuances que ele tem. Desde a paixão – aquele frio na barriga com a expectativa se o outro vai te ligar, se se importa com você ou ainda na dúvida de saber se você é correspondida – até a mais profunda dor.

Sim, já chorei e já sofri por amor. Faz parte. Eu sobrevivi. Ninguém morre por amor. E depois, como diria a minha avó: “Rei morto, rei posto”, concorda? Nada como outro amor para curar todas as feridas.

Uma colega de trabalho fixou na tela do seu computador: “Tudo vai passar”. Eu passei alguns dias olhando aquele bilhete, refletindo e perguntei o motivo pelo qual ela havia colocado aquele lembrete bem na sua frente. Ela é uma senhora, é avó e já passou por muitas coisas na vida.

– Vanessa, eu tenho na tela esse bilhete para me lembrar que na vida tudo é passageiro. Tanto as coisas boas como as ruins. Um dia, tudo passa – disse-me ela.

Eu ainda não coloquei o lembrete na tela. Mas sou amiga do tempo. Às vezes também brigo com ele, fico brava e com raiva. Queria que tudo passasse mais rápido. Mas quem nunca briga com os amigos, heim?

E você, arrepende-se de amar? Pense nisso.

Primeiro encontro

Resolvi apresentar um amigo separado para uma amiga na mesma situação. Os dois mais ou menos da mesma idade. Ela, já divorciada ha algum tempo, estava bem resolvida. Ele, apesar de não ter filhos, ainda não!

Saíram para um sorvete. Era o primeiro encontro. Depois de trocarem as informações básicas como: onde você mora, onde estudou, o que faz, etc, conversaram sobre “relacionamentos”.

Minha amiga falou vagamente e logo queria mudar de assunto.

Ele não. Insistiu na conversa. Na verdade queria se desabafar. Contou toda a história da separação. Do começo do casamento ao trágico final! A “ex” o traiu durante o casamento e o largou para ficar com o amante. Antes de sair de casa, ele – o então marido – entregou a ela – a até então esposa, uma carta de amor e uma rosa vermelha.

Ai, ai…posso imaginar a cara da minha amiga ouvindo essa declaração! Rsrsrsrs Também sei a opinião de vocês a esse respeito! Rsrsrsrs Minha amiga devorou o sorvete e disse que precisava voltar pra casa.

Eu, toda animada, liguei logo em seguida. Esperava boas notícias! Ledo engano o meu!

-” Minha sessão de terapia custa muito caro” disse-me ela. “Por favor, da próxima vez, me apresente alguém melhor resolvido”, acrescentou.

Foi o primeiro e derradeiro encontro dos dois.

Fala a verdade? Divã no primeiro encontro, ninguém merece!

Problemas todo mundo têm. Um ombro amigo depois de algum tempo de relação, faz parte. Mas logo de cara, não dá, concorda?

EMA, EMA, EMA, cada um com seus problemas!

Ah, e quer saber…nunca mais apresento ninguém! Rsrsrsrs

O medo

Minha mãe sempre me disse que esse é um dos piores sentimentos. Conviver com o medo é uma coisa que aprendemos desde a infância. Medo do escuro, medo de filmes de terror, medo de palhaços, medo do perigo e tantos outros.

Mas o pior deles e o mais comum é o medo do desconhecido. Sempre que vamos começar alguma coisa nova, ele insiste em aparecer. Sem nem mesmo querer somos invadidos por esse sentimento.

Um novo trabalho, por exemplo. Será que vai dar certo? Será que aprovarão o meu desempenho? O medo e a insegurança andam juntos, lado a lado.

E nos relacionamentos então? Ele é muito comum, especialmente para as pessoas que passaram por experiências desagradáveis, que sofreram ou choraram por amor. Muitos não se recuperam completamente. Impedem que pessoas novas se aproximem. É o famoso medo de sofrer.  Tenho ouvido algumas  histórias por aí. Pessoas que se blindam completamente. Preferem ficar sós ao invés de arriscar. E perdem boas oportunidades com isso.

O medo nos enfraquece, nos desencoraja, nos faz fracassar antes mesmo de começar. 

Às vezes, na vida, é preciso arriscar, tentar novamente e seguir adiante.

Porque caímos? Para que possamos aprender a nos levantar.  Se cada tombou que levamos nos deixamos abater certamente ficaremos no chão. E saiba que poucos te darão a mão para que você possa se levantar. Tudo depende de você. 

Lembre-se: não há cura para o drogado que não quer se livrar do vício. 

Transformar o medo em coragem é o melhor antídoto para combater esse mal. Fique vacinado!

A inveja

Quem nunca foi vítima desse sentimento vil? Beleza, felicidade, fama e sucesso nos seus empreendimentos despertam inveja das pessoas que convivem com você, infelizmente. Da forma mais branda, o invejoso tenta se aproximar. Cortêz, à primeira vista. Ele te elogia e falsamente te admira, mas tudo o que o invejoso quer é ser quem você é ou ter as mesmas coisas que você tem.

Ele não consegue por si próprio e não admite a sua ascensão. Ele te diminui para que possa se sobressair. O invejoso não tem brilho próprio. Não consegue se erguer por si só e se incomoda com o seu sucesso. De alguma forma, ele vai tentar de derrubar. E as formas utilizadas para isso podem ser as piores possíveis.

Cinderela viveu na pele os percalços da inveja da sua madrasta e suas “meias irmãs”. Caim chegou até as últimas consequências e matou seu irmão Abel. Ficção ou realidade, a grande verdade é que ela existe e, acredito eu, não tem fim. O invejoso persegue o seu caminho para chegar onde quer. E tudo pode acabar bem mal. Na atualidade, lembro-me bem de um caso de uma subordinada que matou a própria chefe. Ela não aguentou a pressão. Usou das piores artimanhas para se livrar daquela que com seu próprio esforço e pelas suas qualidades alcançou os seus objetivos.

Li um artigo de Alexandre Bez que me fez refletir sobre esse pecado capital, presente desde os primórdios na vida da humanidade. Inveja: o inimigo oculto.

Veja um trecho do texto:

“A falsa doçura encobre o invejoso, fornecendo poder para que, como inimigo oculto, possa calmamente arquitetar com primazia as táticas de destruição. Ele precisa de qualquer jeito e, a todo custo, derrubar o invejado, estragando suas conquistas e realizações profissionais, familiares ou amorosas. A espera, a cautela, o planejamento, o cálculo apurado, o desejo senil e o sadismo são apenas algumas das tantas características que envolvem a mente psicótica dos invejosos. Os invejosos se acham injustiçados por não serem como os invejados que tanto almejam ser. O invejoso não consegue conviver com a ideia de que seu amigo é feliz, ou mais feliz do que ele, portanto se coloca numa posição de autodefesa e de ataque surpresa, criando uma verdadeira situação de guerra, mesmo que unilateral. A insanidade do invejoso é tão surreal que ele despreza as suas capacidades e também suas reais condições de superioridade quando essas estão presentes.”

É preciso estar alerta para poder identificar e desmascarar as atitudes dos invejosos. Que você possa, ao menos, se proteger deles!

A estrada de Damasco – por João Mellão Neto

Eu já conhecia os textos de João Mellão Neto. Trabalhamos juntos por três anos. Passei a admirá-lo mais ainda quando li um de seus livros e encontrei um texto que me emocionou bastante: A estrada de Damasco. Nele, o jornalista explica uma passagem bíblica bastante comovente.

Que possamos praticar o verdadeiro amor cristão e que nessa Páscoa, Jesus faça ressuscitar em nós as nossas melhores virtudes.

Feliz Páscoa pra você!

 

 

“A estrada de Damasco

Domingo pela manhã, eu lia os jornais quando meu filho Ricardo, de 17 anos, em silêncio, se sentou ao meu lado. Ele sempre faz isso quando quer esclarecer alguma dúvida. Fechei o “Estadão” e me prontifiquei a ouvi-lo.
_Pai, você acredita, realmente, que Cristo existiu?
O Ricardo esperava de mim respostas consistentes. Quando somos crianças nos ensinam o catecismo através de conceitos muito infantis. Quando nós crescemos e as dúvidas surgem não há mais ninguém ali para dirimi-las.
Eu não poderia me furtar ao desafio. Preparei-me mentalmente para uma conversa longa e difícil. A missão era nobre. Faria pelo meu filho algo que não fizeram por mim: falar sobre Cristo de uma forma adulta.
_ Meu filho, na sua idade, eu era quase ateu. Mas chegou o dia em que, sem perceber, eu percorri a estrada de Damasco… Cedo ou tarde, todos nós temos que percorrê-la…
_ Que estrada é essa, pai?
_ Damasco é uma cidade, hoje, capital da Síria. Foi a caminho dela, lá pelo ano 35, que Saulo, um cidadão romano, viu-se, frente a frente com Jesus. Através de uma luz que desceu do céu, Cristo o convocou para o seu serviço. Saulo, até então um perseguidor de cristãos, caiu por terra e ficou cego por dias.
_ Saulo converteu-se ao cristianismo?
_ Mais do que isso, meu filho. Ele foi incumbido de uma grande missão, algo que mudaria o curso da História.
Jesus estava morto. Seus apóstolos e seguidores haviam presenciado os fatos mais impressionantes de toda a história humana, mas atônitos, estupefatos, não ousavam interpretá-lo. Não havia ainda uma doutrina cristã e o Grande Milagre não repercutira além das fronteiras da Palestina. O cristianismo poderia se extinguir por ali. Cabia a Saulo, a missão de salvá-lo. Ele haveria de interpretá-lo, sistematizá-lo e propagá-lo por toda a Humanidade.
Saulo foi batizado como Paulo e é hoje o nosso São Paulo. Ele, então, tinha as mesmas preocupações que você. Como fazer para que todos os povos, das mais diferentes culturas, acreditassem em Cristo?
Ele tentou, de início, persuadi-los com argumentos racionais. Pregou aos atenienses, no Areópago, e tudo o que conseguiu foi ser zombado e ridicularizado.
Retirou-se de Atenas humilhado. Como era possível? Se ele tinha tanta fé em Jesus Cristo, porque não conseguia levá-la aos outros?
Fé… Era esta a resposta! Naqueles tempos havia deuses demais. Todos eles imaginários, cada qual com a sua história, e todas as histórias eram plausíveis.
Mas Cristo, não! A idéia de um Deus que se fez homem e – apesar de todo o seu poder – submeteu-se a morrer na cruz; não era uma noção racional. A idéia de um Deus que se deixou martirizar para redimir os pecados de seus algozes, tampouco era algo plausível.
A história de Cristo era absurda e, assim sendo, não podia ser fruto da imaginação. Por ser absurda só poderia ser verdadeira!
São Paulo, então, decidiu abandonar os argumentos. Não era preciso provar. Passou a pregar unicamente com base na fé. Era a fé que justificava Cristo. E somente pela fé os homens se salvariam.
Foi assim que São Paulo converteu povos, arrastou multidões e fundou uma religião universal.
Meu filho, a essa altura, já se mostrava sensibilizado. Mas algo, ainda, o incomodava.
_Pai, por mais que tenha fé em Cristo eu não consigo assimilar a sua mensagem. Como é possível amar até mesmo aos nossos inimigos?
_ Filho, há três níveis de amor: o nível inferior é a paixão. Não é uma virtude, visto que é egoísta. Queremos alguém para nós, somente para nós e não suportamos a idéia de ver esse alguém feliz nos braços de outro. O segundo nível é o amor, em si. É o amor desprendido, o amor não possessivo. É o amor que os pais têm pelos filhos; que os casais mais maduros nutrem entre si. O bem do outro é o nosso bem; a felicidade do outro é a nossa própria felicidade. Esse amor já é uma virtude, pois implica em renúncia. Mas ainda há nele algo de egoísta. A mãe, que ama o seu filho, com certeza não ama os filhos das demais. O nível superior, o mais sublime, é o amor cristão. O amor revelado na Cruz. Amamos a todos porque amamos a Deus e porque sabemos que Deus ama indistintamente a todos. Este sim é o verdadeiro amor. E somente São Paulo, sob inspiração divina, soube interpretá-lo.
Li em voz alta para o meu filho:
“Ainda que eu fale a língua dos anjos, se não tiver amor não serei mais que o sino que soa ou o címbalo que retine. Ainda que eu tenha a plenitude da fé, se não tiver amor nada serei.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
O amor não maltrata, não procura seus interesses, não se ira nem guarda rancor.
O amor tudo protege, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.
Só o amor nunca perece.
Do que é Perfeito, agora, vemos apenas um reflexo obscuro, como em um espelho. Mas chegará o tempo em que O veremos face a face. Agora O conheço em parte; então O conhecerei plenamente, da mesma forma como sou por Ele plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem fé, esperança e amor, estas três coisas: porém a maior delas é o amor.”
Ao final, o silêncio. Meu filho estava comovido. Eu o pusera na estrada de Damasco.
Daqui em diante ele terá de percorrê-la sozinho. Cumpri a minha missão. Ad majorem gloriam Dei.”

 

Mania de que?

Se você acha que não tem manias, esta muito enganado! Tem sim e não são poucas não.

Sabe aquele jeito com que você aperta a pasta de dente? Sim, é uma mania. Se você aperta de baixo pra cima, aí de alguém que apertar no meio do creme e deixá-lo todo desengonçado!

Onde você deixa os seus sapatos? E a toalha molhada depois do banho, você joga na cama, pendura no banheiro ou na lavanderia? 

Você não dorme se o copo de água não estiver ao lado da sua cama? E se o armário estiver aberto, você levanta para fechar? Se você respondeu sim a pelo menos uma dessas perguntas, saiba que você é normal. Sim, você tem muitas manias e nem se dava conta disso.

Ao longo do tempo vamos criando certos  hábitos que são difíceis de mudar. E eles ficam mais aparentes quando você divide o seu espaço com alguém. E a gente tem o péssimo habito de achar que só os outros tem manias. Claro, quando alguém faz alguma coisa diferente do jeito que você esta acostumado a fazer, isso incomoda um pouco, concorda? 

Mas a verdade é que ninguém está livre delas. Nós nos acostumamos com a nossa rotina e fica difícil mudar de uma hora para a outra. E a tendência, ao longo dos anos, é piorar.

Pensou ao invés do copo de água ao lado da cama, colocar a bengala, as pantufas e a dentadura de molho? Rsrsrsrsrs

Aí, aí, temos que ter muito bom humor nessa vida! Vamos ver o que nos espera!

Não há vitórias…

Sem provação! Essa foi a frase que eu ouvi da minha funcionária nesses últimos dias. Ela tem acompanhado a minha luta. Viu todo o sofrimento pelo qual eu passei recentemente.

A Sueli me conhece há alguns anos. Quando ela chegou em casa me viu casada e, digamos, feliz. 

Eu me casei aos 31. Aos 32, nasceu a minha primeira filha, a Rafaela, hoje com 7 anos. Antes mesmo dela completar um ano, eu estava grávida da Giovanna, hoje com 6. Meu marido e eu, naquela época, tínhamos uma vida normal, própria das pessoas casadas e que vivem bem. Sim, nós éramos felizes. Até que um dia o nosso castelo começou a ruir.

Aquele sonho do casamento feliz, começou as poucos a se perder no tempo. As brigas tornaram-se cada vez mais freqüentes, até que o casamento chegou ao fim.

Nao foi uma decisão fácil de se tomar. Com o fim da relação, veio a dor. Mais profunda do que eu podia imaginar. O sentimento de fracasso é muito grande. 

Passei um tempo chorando por tudo. Eu sempre digo que separação é um luto. A gente acha que nunca vai passar. Mas nada como o tempo pra nos ajudar nesse empreitada. 

Sofrer faz parte da vida, infelizmente. E a gente aprende que as pessoas são livres e não pertencem a ninguém. Aprende que o amor não aprisiona, que não se enobrece, que não é egoísta e que não tem limites. Aprende que amar exige esforço e dedicação diária e que a felicidade é feita de momentos e de pequenos gestos. Aprende que sexo faz parte mas não é tudo na vida. Ele é o complemento do amor. Aprende que os filhos têm muitos mais para nos ensinar do que nós para eles.

Hoje, posso dizer, que com tudo que passei me sinto mais preparada para a vida, mais forte. Melhor como mãe e como mulher. Aprendi com meus erros e com as provações que a vida me impôs.

Entendo melhor o sentido da frase de que quando Deus fecha uma porta, certamente ele nos abrirá outras. E que quando ele tira algo de você, não o está punindo, mas sim te dando a chance de encontrar algo melhor.

Se a sua porta estiver fechada, pegue as chaves para abrir as tantas outras que aparecerão na sua vida. É preciso se dar uma nova chance! Boa sorte!

Amor fraternal

Homens quando estão juntos fazem trocadilhos entre si, brincando com a masculinidade alheia. Principalmente quando as mulheres estão por perto. Adoram mostrar a sua virilidade. Rsrsrsrs

Dia desse, numa roda de amigos – de homens, diga-se de passagem – falava-se sobre os homens que se beijam entre si. Não, não é aquele beijo que vocês estão pensando. Mas o beijo entre pais e filhos, entre irmãos, primos e porque não entre amigos. Um dos amigos que estava presente disse que às vezes ele beijava o filho quando o encontrava. Como assim, às vezes?

Eu acho lindo quando vejo um homem beijando o outro. Acho bacana mesmo! Mas muita gente se admira quando vê uma cena dessas, ainda que seja com o próprio filho. Os homens que não têm esse hábito, são até preconceituosos.

Eu sou a favor, e muito, do beijo, do abraço, do contato físico entre as pessoas. Tem coisa mais gostosa do que isso? Claro que com o ser amado as coisas sao diferentes! “Calientes”, eu diria. Mas abraçar o amigo, beijar quem você gosta, dar  um pouco de carinho, sempre faz bem, tanto para quem dá e principalmente para quem recebe.

No local onde eu trabalho tem uma moça que me conhece há algum tempo. Ela é faxineria. Sempre que nos encontramos, ela espera, além do meu bom dia, o meu beijo e o meu abraço. Eu não ligo se ela esta com uniforme de trabalho e com a vassoura na mão. Faço questão de abraça-lá e lhe dar um beijo. Ela se sente a pessoa mais importante do mundo e aquele pequeno gesto me deixa feliz o resto do dia. 

Quando me xingam no trânsito, eu peço desculpas e jogo um beijo! Homens adoram, mas as mulheres querem voar em cima de mim, Rsrsrsrs

Mas, brincadeiras à parte, eu espero de verdade que a gente possa melhorar um pouco o futuro dos nossos filhos. Com tanta violência  por aí, se a gente se beijar e se abraçar um pouco mais, vamos praticando o bem e experimentando a beleza do amor.

Um grande beijo e um abraço bem apertado pra você!

Siga em frente!

Quando estamos passando por alguma dificuldade na vida, a gente sempre acha que o nosso problema é maior do que o dos outros. Dificilmente a gente para pra pensar  nas dificuldades que as outras pessoas enfrentam e que muitas vezes são muito piores do que as nossas. Somos um pouco egoístas nesse ponto, não há como negar.

Tenho uma amiga que anda um pouco triste por conta de um problema  de saúde que tem. A doença que ela convive há algum tempo lhe trouxe algumas marcas.

 Passamos alguns anos sem nos ver e nos reencontramos há pouco tempo. O prazer de encontra-lá novamente foi tão grande que não tive tempo de reparar como ela estava fisicamente. As pessoas de verdade fazem isso comigo. Meus olhos  não conseguem enxergar as aparências. Eu vejo a essência. Ela me parece linda pelo que é e pela mulher que se tornou, cheia de boas qualidades. Minha amiga, acima de tudo.

Esses dias ela andava um pouco desanimada, mais do que o normal. Conversamos um longo tempo e eu me coloquei no lugar dela pra poder entender pelo que estava passando. Eu precisava, de alguma forma, ajudar a levantar a sua alta estima. 

Lembrei-me de um vídeo inspirador. Uma mulher que venceu todos os preconceitos e apesar de não ter braços para abraçar, mãos para tocar e dedos para escrever, superou todos os desafios que a vida lhe impôs. 

Antes de se lamentar de alguma coisa, pense que há pessoas com problemas muitos maiores do que o seu. Apesar de todos os obstáculos que a vida nos impõe, sempre é possível dar a volta por cima.

Querida amiga, que esse vídeo possa te dar toda a força e a coragem que você precisa  para ser feliz. E que possamos enxergar as pessoas com os olhos de Deus.

Quando o homem da sua vida já tem filhos

No auge dos meus vinte e poucos anos, eu me envolvi com um homem recém-separado. Ele tinha dois filhos. Foi uma paixão “desenfreada” como diria meu pai. Coisas próprias da idade.

Naquela época, a situação causou certo mal estar. Eu, solteira, sem filhos, namorando um homem mais velho, experiente, separado e com filhos. Confesso que para mim também não era a relação ideal, mas estava vivendo o momento. Depois de alguns meses terminamos e nunca mais nos encontramos.

Hoje, depois de passados vinte anos, divorciada e com duas filhas, esse tipo de relação já se torna mais comum. Aos quarenta,  é difícil encontrar alguém que não tenha história. Os homens dessa idade, com exceção dos casados, já tiveram filhos, outros não, mas todos eles têm um passado “amoroso”.

As mulheres divorciadas que procuram um relacionamento terão grandes chances de encontrar homens na mesma situa ção que elas: separados e com filhos. Nessa idade, isso não será  mais um problema. Pode até ser uma boa solução, contanto que ambos saibam lidar com a situação.

Minha amiga Roberta Palermo é terapeuta familiar. Sua experiência como madrasta, a fez escrever alguns livros sobre o assunto, os quais eu recomendo. Ela ensina através dos seus livros como lidar e mostra que é sim possível conviver em harmonia Madrasta – quando o homem da sua vida já tem filhos e vice-versa.

É claro que é preciso fazer alguns ajustes para que esse mecanismo funcione bem. Saber entender as limitações que todos têm de vez em quando, ajustar o tempo para que o casal possa namorar e ao mesmo tempo desfrutar de bons momentos com os filhos.

Não é nenhum bicho de sete cabeças. Essa relação pode ser muito saudável. Com muita conversa e um pouco de boa vontade, todos podem ser felizes e viver em paz. Basta querer!

Foto:http://carolinachiquechique.blogspot.com.br/2011/03/alguns-ensaios-fotograficos-do-momento.html

Portas do futuro

Já ouviu falar de um projeto bem interessante que faz com que os livros circulem por aí? Os livros são deixados em pontos estratégicos da cidade como bancos de praças, dentro do ônibus ou do metrô, em padarias, aeroportos e ficam à disposição de quem os encontrar. Quem pegar o livro deve passá-lo adiante assim que terminar de ler, deixando-o em outro ponto da cidade ou no mesmo local onde o encontrou.

Quando uma história se acaba, além de virar a pagina e chegar ao ponto final, é preciso passa-lá para frente. Se não deu certo, recomece de onde você parou. Nada de retroceder. Quem vive de passado é museu! A vida continua. E se você ficar para trás vai perder muitas oportunidades que estão por vir.

Pra que deixar guardada aquela velha enciclopédia que você nunca mais vai consultar? Acabou de ler o livro? Pra que guardá-lo na estante? Passe adiante. Comece uma nova história. Guarde apenas o que realmente valeu pena. Passe para frente o que não te interessa mais. Pode ser que tenha alguém que queira experimentar.

Tire o pó da estante. Livre-se das coisas velhas para que o novo possa chegar. Essa é a lei da renovação.

Tome uma iniciativa e tenha coragem. Quando você se liberta do passado, abre as portas para o futuro! Que você tenha muitos livros pra ler e muitas histórias boas para contar.

Homens são assim

Mulheres são assado! Nada como o primeiro mês de namoro. Quando estamos apaixonados, não enxergamos nada de errado. Tudo é bom e perfeito. Quando passa essa fase, começam a surgir os pequenos problemas. Um defeitinho aqui, outro ali. Uma palavra que a gente não gosta de ouvir, um jeito de agir que desagrada, a falta de paciência, o estresse e pronto: acontece a primeira briga do casal.

Não demora muito pra você começar a fazer as velhas e inoportunas comparações.

– Nossa, nesse ponto ela igual a minha ex!

– Meu Deus, porque me envolvo sempre com esse tipo de homens?

Para tudo!

Ninguém é igual a ninguém. Tudo depende do modo como você encara as coisas. Às vezes é preciso refletir se você não está criando situações parecidas com as que costumava criar.

Homens precisam entender também que as mulheres gostam de falar. E as mulheres precisam saber que eles não gostam muito de ouvir! É fato! Ou a gente fala menos, ou eles nos escutam mais. Vamos fazer um acordo? Rsrsrsrs

É preciso também aprender com as experiências do passado para não cometer os mesmos erros. Aqueles mesmos que você costumava cometer! Vamos lá! Reflita um pouco. Pare para pensar. Aja diferente. Não crie tantas expectativas e procure mudar um pouco para que as coisas sejam diferentes! Vale a pena tentar.

Boa sorte!

Add to cart
AN