Praticar o desapego

Esse foi o conselho de um amigo durante um dos meus desabafos. Ele é médico, uma pessoa inteligente que gosta de ler e estudar sobre a filosofia budista. Eu falava sobre os meus problemas, sobre a fase pela qual estava passando, sobre tudo o que acontecia comigo.

Ele me olhou fixamente e disse: Vanessa, pratique o desapego! Eu fiquei parada por um momento sem entender nada. Como assim desapegar? Quer dizer que a gente não pode se apegar a nada, nem a ninguém?

Ele começou a me explicar: quem se desapega de tudo, tanto das coisas materiais como das pessoas, para de sofrer. A conversa foi curta e rápida, mas fiquei uns bons dias pensando sobre o assunto.

Será que eu consigo? Sinceramente eu acho que não. Sou uma pessoa acostumada a viver as emoções intensamente.

Minha família é italiana. Aos domingos nos reunimos na casa da minha mãe.  Você pode imaginar o que acontece por lá? Nós rimos, choramos juntos, nos abraçamos, brigamos e falamos todos muito alto (rsrsrsrsrs).

Mas foi com eles que eu aprendi certos valores importantes na vida, como o respeito, a verdade, o perdão, a doação e tantos outros que eu demoraria um dia inteiro para elencar aqui. Mas o mais importante deles é o amor, esse que nos mantém sempre juntos, nas alegrias, nas tristezas, nos nossos erros, nas nossas conquistas e nas nossas derrotas.

Desculpe-me, meu amigo Doutor, agradeço o seu conselho, mas eu não consigo e nem quero aprender a “desapegar”!

Se eu pudesse te dar um conselho

Já faz alguns anos que eu procuro cuidar da pele. Dia desses estive no consultório da minha dermatologista, Gisele Rolim. Sabe como é, aos quarenta, a gente começa a achar um monte de coisas na pele que não via antes. Uma marquinha ali, uma expressão ali… Que coisa, de repente o espelho virou meu inimigo?

Eu não tomo sol já faz algum tempo e, comprovadamente, ele é o maior vilão. Tive câncer de pele há uns anos atrás. Comecei a me cuidar muito tarde. Vocês se lembram que quando nós éramos crianças nem existia filtro solar? O máximo que tinha era um produto chamado “noscote” ou o popular “hipoglós” que a gente usava quando o nariz estava em carne viva! Eu adorava isso.

A gente usava mesmo produtos pra se bronzear. Quem não se lembra do famoso Rayito de Sol?

Todo mundo que viajava para o Paraguai trazia caixas e mais caixas do produto. E o Óleo Johnson com semente de urucum (ahhh, vai dizer que nunca ouviu falar? ). Lembro-me até de uma receita feita com coca-cola e cânfora… que horror!

Agora não vivemos mais sem o filtro solar, grande aliado da beleza e da saúde. Tem até vídeo famoso sobre isso. “E seu eu pudesse lhes dar um conselho a respeito do futuro diria: Usem filtro solar” (tá logo aí pra você ver).

Já comecei o meu tratamento e a pele está ficando melhor.  Mas continuo à procura de um creminho milagroso que levante aqui, estique dali…alguém pode me indicar?

A dança da vassoura

Primeiro encontro CSL

Quando você faz quarenta, pode acontecer de encontrar por aí amigos que não vê há mais de “vinte e cinco anos”. Graças a essas redes sociais esses encontros se tornaram mais frequentes.

Aconteceu comigo. Uma turma da escola começou a se comunicar através do Facebook, aos poucos fomos nos reconhecendo.

Dois dos nossos amigos tiveram a feliz ideia de marcar um encontro. Criaram um evento no facebook, marcaram a data, mandaram email para todos e aí veio aquela dúvida e enorme. Vou ou não vou? Eis a questão.

Eu não tinha contato com mais ninguém daquela época.  Eu relutei várias vezes. Fiquei na dúvida se iria ou não. Como seria rever aquelas pessoas depois de tantos anos?

Tomei coragem e fui.E como foi legal. A ansiedade era tanta que voltamos a ser crianças. Todos se abraçavam carinhosamente relembrando aquele tempo, aquele fase gostosa da infância e da adolescência, das brigas com os professores, das traquinagens dos meninos, dos primeiros beijos, dos namorados, das melhores amigas, das festinhas, da dança da vassoura (ops…o tempo passou mesmo)!

Segundo encontro da nossa turma

Uns casados, outros solteiros, uns com filhos, outros sem, cada um com as suas histórias, todas interessantes de se ouvir. Demos muitas risadas de tudo.

Confesso que a emoção foi tanta que fiquei uma noite sem dormir, só pensando em todos aqueles queridos amigos e me questionando porque passamos tanto tempo separados.

Isso não importa mais. A vida é cheia de encontros e desencontros.

O melhor de tudo foi que voltamos a nos falar e nossos amigos organizadores já estão promovendo o novo encontro. Eu não vejo a hora!

O jejum da Noemi

Comer sem culpa

Eu vejo todo mundo falar sobre dietas, regimes, nutricionistas, reeducação alimentar. Nossa são tantas informações. Ora, o grande vilão é o açúcar, ora o sal. O chocolate…ah coitado do chocolate, às vezes é mocinho, outras o bandido. O café então nem se fala, par ou ímpar…vamos decidir?

A grande verdade é que tem certas coisas que eu não vivo sem. Eu não sei vocês, mas eu sou viciada em doces…eu amo comer o meu chocolatinho…claro, sem culpa nenhuma.

A Noemi trabalha lá em casa comigo. Todos os dias ela me fala que está “di jimjum”! “O jinjum é para Jesus”, diz a Noemi. O fato é que ela quer emagrecer, mas depois, quando vem a fome…vem que vem! Ah, se ela souber disso… estou demitida do meu cargo de patroa! E ai de mim se eu ficar sem.

Adorei outro dia uma reportagem com os franceses: eles bebem vinhos diariamente, comem aqueles queijos maravilhosos, chocolates de montão, carnes de todos os tipos – as gordurosas inclusive – croissants e…são todos MAGROS! Que injustiça isso!

Até que eu não posso reclamar…eu como de tudo, um pouquinho de cada vez. E tem gente que acha que eu sou a maior comilona, porque eu me alimento várias vezes ao dia.

Não sei se essa é a fórmula, mas funciona pra mim.

Bom, peço licença, está na hora de tomar um delicioso cappuccino!

No divã do Geraldo

Faz um mês que me separei. Quem já passou por isso sabe bem como é, ainda mais quando se tem crianças pequenas. Eu não me casei para me separar, isso nunca passou pela minha cabeça. Venho de uma família bem estruturada. Meus pais sao casados ate hoje se amam de verdade. Enfim, aconteceu comigo. Não sou a primeira, nem serei a última.
Minhas amigas mais próximas que acompanharam todos os capítulos do meu casamento e separação me recomendavam um terapeuta. Eu sempre relutei. Não sei porque. Nunca fiz terapia.
Estou fazendo um check up no dentista. Ontem foi dia de consulta. Cheguei cedo e enquanto ele preparava o material para me anestesiar, conversava com ele sobre a minha vida e sobre tudo o que estava acontecendo comigo. Quando vi, estava chorando e não era por causa da picada! Ele, desconcertado, tentava enxugar as minhas lágrimas com um guardanapo (imagine a cena!). Os olhos dele tambem estavam cheios d’água.
Acho que aquela cadeira deitada fez com que eu me sentisse num verdadeiro divã! Depois do tratamento (dentário, é claro) eu me sentia muito melhor.
Sai com os olhos vermelhos e com a boca toda torta, me despedi do Divã do Dr. Geraldo.
Quer saber? Eu estava aliviada!
Meu horário para a semana que vem já esta agendado!
Me aguarde, Dr. Geraldo (rsrsrsrsrs)

Idade não tem como esconder

Apresento-lhes meu irmão, Eugênio Palazzi, 42 anos. Ele não tem porque esconder...

Descobri esses dias que os homens também têm um pouco de dificuldade para assumir a idade. Achei que isso só acontecesse com as mulheres, principalmente aquelas que já passaram dos 40, como nós.

Ainda que sejam novos e estejam bem fisicamente eles têm um pouco de receio de entregar a idade. Por que será?

Que insegurança boba. Nós ao contrário, nos sentimos orgulhosas quando chegamos aos “enta”. Isso porque parece que estamos mais preparadas para a vida, para viver as emoções. E viver intensamente, sem medo de arriscar, sem medo de errar.

Aproveito para postar a sugestão enviada pela amiga Adriana Spernega para nós aqui no blog “Mulheres de Quarenta”. Desconheço o autor, mas espero que gostem.

“Meninas esperam você ligar. Mulheres ligam sem problema.
Meninas encaram para depois ignorar. Mulheres só te olham quando te escolhem.
Meninas reclamam do futebol. Mulheres assistem os jogos com você.
Meninas ligam para o que você tem. Mulheres se importam com quem você é.
Meninas ligam para o que as amigas falam. Mulheres se importam com o que sentem.
Meninas condicionam seus carinhos. Mulheres dão carinho incondicionalmente.
Meninas reclamam dos meninos que ainda não são homens. Mulheres os transformam!”

Adorei! Olha só como somos poderosas! (rsrsrsrsrs)

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