O que é uma alimentação vegetariana? Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, “é considerado vegetariano todo aquele indivíduo que exclui de sua alimentação todos os tipos de carne vermelha, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos. O vegetarianismo inclui o veganismo, que é a prática de não utilizar produtos oriundos do reino animal para nenhum fim, seja ele alimentar, higiênico, estético ou de vestuário.”
Existem várias categorias dentro deste universo:
– Ovolactovegetariano – consome ovos e laticínios;
– Lactovegetariano – não consome ovos e consome laticínios;
– Ovovegetariano – não consome laticínios e consome ovos;
– Vegetariano estrito é o vegetariano que não utiliza nenhum derivado animal na sua alimentação;
– Vegano é o vegetariano estrito que expande sua filosofia para todas as áreas de sua vida – não usa roupas, sapatos, produtos de decoração que tenham componentes animais, produtos de higiene testados em animais.
Há outras linhas de alimentação “reducitarianismo” ou “flexitarianismo” onde reduzimos a quantidade de alimentos animais.
Também é preciso salientar que o vegetarianismo pode mascarar ou fazer parte de um quadro de distúrbio alimentar. O paciente começa a reduzir os produtos animais e comer cada vez menos. A intenção é a perda de peso e não melhorar alimentação ou uma questão ética. Este fenômeno é cada vez mais presente na nossa sociedade.
Fica a pergunta que mais ouço de pais de adolescentes vegetarianos ou de pacientes adultos que desejam fazer a transição. Mas dá para ser saudável? Quais as vantagens em se tornar vegetariano?
O vegetariano pode ser saudável sim. Mas tem que equilibrar sua alimentação muito bem, o que não é diferente de um onívoro!
Toda alimentação, seja vegetariana ou onívora deveria ser baseada no consumo de muitos vegetais: verduras, legumes e frutas.
Há pesquisas demonstrando vantagens como diminuição do risco de doenças cardiovasculares, câncer e ajudar no controle de peso, em doenças intestinais.
No caso dos vegetarianos não estritos, há a possibilidade de consumir as fontes de proteínas dos laticínios e ovos. Sempre bem distribuídas durante o dia. A preferência deve ser por alimentos frescos, evitar o excesso de alimentos ultra processados, farinhas refinadas e basear a alimentação somente em carboidratos com amido.
No caso dos vegetarianos estritos temos que observar a dosagem de vitamina B12 e também de ferro. Para aumentar a absorção do ferro não heme, presente nos vegetais, é importante a presença de alimentos fontes de vitamina C.
Os vegetarianos estritos contam com a proteína presente principalmente nas leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha, soja, ervilha, tofu, amendoim). Os outros vegetais tem pequenas quantidades de proteína, mas é importante o uso desta fonte. As oleaginosas, as “nuts”, têm boa quantidade de proteínas, mas acompanhadas de uma boa quantidade de gorduras.
Ao escolher um estilo de alimentação, uma mudança de vida, o mais importante, é se respeitar! Cada ser humano possui uma bioindividualidade, uma combinação única de genes, fatores ambientais, estilo de vida, herança cultural que deve ser levada em conta.
O acompanhamento de um nutricionista auxilia muito no planejamento da dieta vegetariana.
Por Renata Rea (@renatarealifestyle1)