Vinho e Saúde
No inverno, ninguém resiste a uma taça de vinho, bebida que além de esquentar e ser saborosa, também faz bem à saúde, ou seja, pode até ajudar, quando consumida com moderação.
Considerado alimento funcional, o vinho tinto possui flavonóides, substâncias que, através de sua ação antioxidante, podem prevenir a deposição de placas de gorduras nas artérias, através de sua capacidade de diminuir a oxidação do LDL-colesterol, podendo, dessa forma, reduzir o risco das doenças cardiovasculares.
O vinho tinto é uma fonte significante de resveratrol, fitoquímico encontrado na casca de uvas vermelhas, que tem a propriedade de prevenir contra doenças cardíacas, derrames e câncer, destruindo células cancerígenas, além de prevenir doenças como Alzheimer e Parkinson.
O vinho tinto apresenta um alto conteúdo desses compostos, cerca de 20-50 vezes maior do que o vinho branco.
Engorda ou não engorda?
Talvez o ponto mais polêmico de todos… Afinal, vinho engorda ou não? A resposta pode parecer triste, mas engorda, sim.
Mas fique tranquilo, há mais pontos positivos do que negativos nisso tudo. Dentre todas as bebidas alcoólicas, o vinho é que tem menos calorias, se bebido moderadamente, claro. E considerando a dosagem. Por exemplo, se comparar um copo de cerveja com a mesma quantidade de vinho, o vinho será mais calórico. Isto porque o teor alcoólico dele é mais alto. Por outro lado, se comparar a mesma dosagem de vinho e destilado, o destilado será mais calórico.
Além disso, é a bebida que menos se transforma em gorduras localizadas – aquela “barriguinha de chope” não é perigo. Um estudo dos epidemiologistas da University of Buffalo relata que os que haviam consumido vinho nos últimos 30 dias, apresentavam menor tamanho abdominal. E para fechar com chave de ouro, o teor alcoólico do vinho – nem tão baixo quanto o de uma cerveja, nem tão alto quanto dos destilados – encoraja o corpo a queimar calorias por até 90 minutos depois de beber!
O que engorda no vinho é, na verdade, o açúcar que não se transforma em álcool durante a fermentação (chamado de açúcar residual). Os vinhos de sobremesa, é claro, saem em disparada quando o assunto é esse tal açúcar, seguido pelos espumantes Moscatel. Ah, isso sem falar nos espumantes demi-sec e doux, que são mais açucarados que os brut, extra-brut e nature.
Apesar disso, alguns vinhos secos também entram na lista – White Zinfandel, Riesling, Merlot, Malbec, Cabernet Sauvignon e Carménère – isso porque produzem mais açúcar e álcool. Por outro lado, Sauvignon Blanc, Gros Manseng e Pinot Noir vêm para, literalmente, equilibrar a balança!
Recomendação: Desde que seja moderado, tomar 1 taça de vinho ao dia pode se tornar um bom hábito.
Tim – Tim Saúde !!!
Roseli Rossi é colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”