Homens acompanhados

atual  e exQuem me pediu pra falar sobre esse tema foi um amigo querido que tive o prazer de conhecer há alguns anos no meu trabalho.

Eu gosto do contato físico. Como uma boa descendente de italianos, gosto de tocar as pessoas enquanto falo. Faço questão de beija-las e abraça-las quando as encontro. Sem distinção. Quem me conhece sabe disso.

Certo dia esse amigo me encontrou no teatro. Ele estava acompanhado pela mulher. Na tentativa de evitar que eu o reconhecesse ele desviava o olhar, embora já tivesse me visto há muito tempo.

Imediatamente fui cumprimentá-lo. Claro que como amigo querido que é, eu já estava partindo para o abraço.

Ele foi extremamente frio. Um beijo seco e rápido com certa distância para não deixar nenhum rastro de evidência de que éramos, nada mais nada menos, do que simples amigos. Eu correspondi.

De pronto, ele iniciou a rápida apresentação a sua mulher para logo me dispensar dali.

Eu entendi o recado e discretamente voltei ao meu lugar. Claro que um tanto quanto desconcertada por não poder agir da forma que sempre agia com aquele amigo querido.

Enfim eu entendi que na verdade ele estava tentando evitar alguma cena. Nesses casos as explicações podem levar a uma séria crise de ciúmes.

Mulheres, nessas horas, têm muito mais jogo de cintura.

Logo depois nos encontramos. Meu amigo que é seguidor do blog me abraçou afetuosamente e muito sem jeito pelo nosso último encontro sugeriu que eu falasse sobre esse tema.

Vai entender…

Homens acompanhados ficam muito desconcertados. Cheios de dedos, cheios de medos! É isso.

Pronto! Falei! Sinto-me bem melhor agora! Rsrs

Aquele abraço

abrao113A cena aconteceu no salão de beleza. O olhar da cliente no espelho do salão era profundo. Triste, eu diria.

De longe eu observava aquela mulher. Percebi que algo se passava. Ela se analisava enquanto olhava sua imagem refletida. O pensamento estava longe, muito distante daquele lugar.

Quando o cabeleireiro se aproximou, lhe deu um abraço. Ela desatou a chorar. Tudo veio à tona naquele momento. Um turbilhão de emoções aflorou com aquele simples gesto. O amigo talvez nem soubesse o que se passava. Mas a empatia entre ambos fez com que ele lhe desse exatamente o que ela precisava. Um gesto de carinho desinteressado. A sutileza de um abraço.  Ninguém disse uma única palavra. Não era necessário.

Não contive as minhas lágrimas. Chorei pelo simples fato de ver o que eles compartilhavam. Acho que também precisava de um abraço naquele momento.

Nem sempre é preciso falar. Muitas vezes é preciso ouvir. Mas ter a empatia para saber o que o outro está sentindo é para poucos.

Não tem nada a dizer? Não tem nada para dar? Simples assim, dê um abraço. Ele nos basta!

Aquele abraço, heim?

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