Amor sem palavras

dsc06332Papi” é o jeito carinhoso que eu aprendi a chamá-lo desde pequena. Minhas filhas gostam de chamá-lo de “fofo”. E ele se derrete todo.

Às vezes nós brigamos, discutimos e damos broncas um no outro ! Ele resmunga. É todo “bravinho”!

Há dias em que estamos tristes e choramos juntos. Mas logo depois ele ri de si mesmo e conta uma piada como ninguém. Ele é divertido e engraçado. Quase infantil, apesar dos seus 70 anos. De uma hora pra outra vira um moleque, brinca e volta a ser criança.

Tem um lado bem dramático também que carrega no seu sangue italiano. Às vezes ele fica chato, rabugento, faz birra e trocamos de mal.

E o mais gostoso é depois ficar de bem! Devagarzinho eu vou até ele pra me aconchegar. Ele me abraça gostoso, me fortalece, me pega no colo e quem volta a ser criança sou eu! E essa sensação de ser a menina dele não acaba nunca mais!

O tamanho do seu coração? É impossível mensurar.

O amor não precisa de palavras!

Como é bom ter você. Obrigada!

Eu tenho, você não tem!

Minha mãe, assídua leitora do Mulheres de Quarenta, pediu que eu não escrevesse tanto sobre separação. Está certo, ela tem um pouco de razão. É que apesar de ter passado por essa situação há pouco tempo, tenho me deparado com várias pessoas da nossa idade que passam pelo mesmo momento.

Eu sei que há casais que vivem bem e felizes no casamento. Esse seria o certo. O casal “Palazzi” é o meu maior exemplo. Meus pais estão juntos há mais de 50 anos. Confesso que foi muito difícil encarar o divórcio tendo eles como meus pais. Enfim…

Hoje sou uma mulher divorciada com duas filhas pequenas. Claro, que assim como todas as mulheres, eu também penso em encontrar alguém para me relacionar. E já sei que não posso exigir um homem solteiro, sem filhos e sem história. Haverá uma bagagem, estou certa disso. Muito diferente de quando somos jovens, livres, solteiras e desimpedidas. Homens com filhos, para mim, não me incomodam hoje como me incomodariam no passado.

Mas para quem nunca viveu a experiência de ser pai ou mãe é mais difícil se relacionar com quem tem filhos. Claro que não é impossível, mas requer um pouco de paciência. Filhos são para o resto da vida e nós pais temos responsabilidade eterna sobre eles. E ainda temos que conviver, bem ou mal, com o (a) nosso (a) ex.

Por outro lado, a parte que não tem filhos precisa saber entender isso muito bem. E tem que estar disposta para essa relação. Conviver com as birras das crianças sem ter o pátrio poder. Ver a namorada brigando com o ex por causa das crianças e não poder se intrometer nessa relação e assim por diante.

Mas com disposição, de ambos os lados, é possível conciliar essa relação, que pode sim, dar muito certo, porque não?

Não há barreiras que o amor verdadeiro não possa superar.

Eu tenho, você não tem! Vai encarar?

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