Estive com um casal que não parava de brigar. Ambos eram separados, cada qual com seus respectivos filhos. Estão experimentando um novo relacionamento.
Numa mesa de um bar, não paravam de se provocar. Ele saia de vez em quando para dar uma volta e falar com os amigos. Assim que ele chegava, ela dava um jeito de dar uma escapada, nem que fosse para ir até o banheiro. Ah, mulheres adoram um passeio ao banheiro! Um fuzilava o outro com o olhar nesse momento.
Fiquei atenta observando aquela cena. Eles sentiam ciúmes um do outro. E se alfinetavam enquanto isso. Virava e mexia ela disparava um olhar fulminante para ele. Nesse momento ele se redimia. Logo a seguir, ele encontrava algum motivo para fazer o mesmo com ela. Isso durou a noite toda.
Numa das saídas para o banheiro ele se desabafou comigo: “Vivemos brigando, como gatos e ratos. E eu não gosto disso!”. De imediato eu respondi: “- Claro que gosta! Aliás, vocês dois gostam disso!” E caímos na risada.
Há casais que adoram viver brigando para alimentar a relação. Acostumaram-se dessa forma desde o início e continuarão assim até o final. Para eles é bom ficar “de mal” pra depois ficar “de bem”. O jogo é rápido e o ciclo é vicioso.
Nesses casos, o ciúme é fundamental para a relação, ainda que eles não queiram assumir isso “publicamente”. O fato é que logo depois da briga, vem a reconciliação. E é aí que está a melhor parte.
E você? Consegue viver assim?