No auge dos meus vinte e poucos anos, eu me envolvi com um homem recém-separado. Ele tinha dois filhos. Foi uma paixão “desenfreada” como diria meu pai. Coisas próprias da idade.
Naquela época, a situação causou certo mal estar. Eu, solteira, sem filhos, namorando um homem mais velho, experiente, separado e com filhos. Confesso que para mim também não era a relação ideal, mas estava vivendo o momento. Depois de alguns meses terminamos e nunca mais nos encontramos.
Hoje, depois de passados vinte anos, divorciada e com duas filhas, esse tipo de relação já se torna mais comum. Aos quarenta, é difícil encontrar alguém que não tenha história. Os homens dessa idade, com exceção dos casados, já tiveram filhos, outros não, mas todos eles têm um passado “amoroso”.
As mulheres divorciadas que procuram um relacionamento terão grandes chances de encontrar homens na mesma situa ção que elas: separados e com filhos. Nessa idade, isso não será mais um problema. Pode até ser uma boa solução, contanto que ambos saibam lidar com a situação.
Minha amiga Roberta Palermo é terapeuta familiar. Sua experiência como madrasta, a fez escrever alguns livros sobre o assunto, os quais eu recomendo. Ela ensina através dos seus livros como lidar e mostra que é sim possível conviver em harmonia “Madrasta – quando o homem da sua vida já tem filhos“ e vice-versa.
É claro que é preciso fazer alguns ajustes para que esse mecanismo funcione bem. Saber entender as limitações que todos têm de vez em quando, ajustar o tempo para que o casal possa namorar e ao mesmo tempo desfrutar de bons momentos com os filhos.
Não é nenhum bicho de sete cabeças. Essa relação pode ser muito saudável. Com muita conversa e um pouco de boa vontade, todos podem ser felizes e viver em paz. Basta querer!
Foto:http://carolinachiquechique.blogspot.com.br/2011/03/alguns-ensaios-fotograficos-do-momento.html