Confesso que quando cheguei aos trinta fiquei bastante preocupada. Eu já contei aqui pra vocês que eu fui criada “pra casar”. Minha mãe se casou aos 21 com o primeiro namorado. Minha avó, mais moderna um pouco para sua época, aos 25.
Minha mãe fazia o meu enxoval desde os meus 10 anos! Imagine a pressão que o casamento tinha na minha vida!
No meu aniversário de 30 estava já namorando e logo depois me casei e tive as meninas. Tenho duas, a Rafaela de 7 e a Giovanna de 6 (elas adoram quando falo delas aqui no blog!) Hoje vejo que as coisas mudaram bastante. Uma década que separa as gerações faz bastante diferença. Estive com meninas de 30 que não estão nem um pouco preocupadas se casaram ou não. Se não tiverem filhos também, tudo ok. Vejo que são bem mais seguras, ainda que tenham a vontade de realizar o sonho de ser mãe. Elas não tem pressa. Querem ser felizes em primeiro lugar!
Pensam primeiro em estar bem resolvidas profissionalmente, terem estabilidade financeira e construíem uma carreira de sucesso! Acho ótimo isso!
E é claro que não escondem a insatisfação de estarem sós! Querem sim encontrar o par perfeito (existe? Rsrsrsrs) querem sim ter alguém ao seu lado, mas em igualdade de condiçõees. Quem não quer afinal?
Hoje a mulher não assume mais o papel de Amélia. Ninguém casa pra ser dona de casa como muitas de nossas mães. As mulheres trabalham depois de casadas, têm filhos e não lavam roupas e nem cozinham mais, mas cuidam das crianças (e muito bem por sinal), fazem o mercado, administram a casa, a empregada, as contas do lar, com a certeza de que se um dia estiverem sozinhas podem dar conta do recado.
Adoro ver essa nova geração dos 30!
Com certeza elas terão muitas e boas histórias para nos contar daqui a dez anos!
Pra não perder o costume: “A Linguiça”, por Arnaldo Jabor
Há uma década atrás eu descobri que príncipe encantado não existia…
Descobri que apesar do meu RG conter 30 anos, eu me sentia com 20 !
Aí me bateu um desespero de correr contra o tempo, precisava fazer tudo pque logo iria aparecer alguém e eu iria casar, ter filhos, assim como minhas irmãs, assim como fui criada para ser e fazer…
Até que, fugindo de tudo que era para ser feito e seguido, eu quebrei uma enorme barreira, larguei meu trabalho, mudei de cidade, mudei de vida…sim, aos 30 anos eu larguei tudo e fui ser Go no Club Med ! Meu pai passou um dia mudo, minha mãe achou que eu estava empolgada mas que depois de algumas semanas eu estaria de volta….
Aos 30 anos fui, de “mala e cuia” ser GO, na Ilha de Itaparica…o que para mim era por 3 meses, virou quase 3 anos…
Fui uma trintona com a cabeça da nova geração, achando que tudo podia fazer e o tempo iria esperar por mim….hoje tenho uma lembrança incrível dessa época e histórias que eu nunca imaginei passar…ainda bem que tive a coragem se seguir meu coração e ser feliz !!! Se eu me arrependo ? Nunca, faria tudo de novo….
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