Como melhorar a sua gastrite

 

A gastrite é uma inflamação na mucosa gástrica (parede do estômago) que pode ser classificada de dois tipos, crônica e a aguda. Esta inflamação esta cada vez mais prevalente, independente do sexo e idades, podendo algumas vezes ser diagnosticada ou não.

A mucosa do estômago contém células especiais que produzem o ácido e enzimas, que ajudam a quebrar o alimento para a digestão, e muco, que protege o revestimento do estômago de ácido. Quando o estômago está inflamado, produz menos ácido, enzimas e muco.

A forma aguda aparece repentinamente, causando o aparecimento de sintomas como dor no estômago, queimação, náuseas e vômitos, permanecendo por cerca de dois ou três dias, podendo ser desencadeada principalmente  por anti-inflamatórios, remédios à base de ácido acetilsalicílico, estresse, maus hábitos alimentares, jejum prolongado e  ingestão de álcool.

A gastrite crônica não erosiva é causada em 95% dos casos por infecção pelo Helicobacter pylori (H. pylori) O H. pylori é uma bactéria que infecta a parede do estômago, é transmitido principalmente de pessoa para pessoa. Em áreas com falta de saneamento, também pode ser transmitido através de água ou alimentos contaminados. A gastrite crônica é considerada a segunda mais prevalente do homem e a única maneira para identificar é através do exame feito por endoscopia ou biópsia.

Além da gastrite diagnosticada, existe a subclínica, que está presente no dia a dia do indivíduo, causa em certo incômodo estomacal, mas geralmente as pessoas não dão tanta importância e começam a se automedicar, com drogas popularmente conhecidos. Contudo, não é certo ingerir qualquer tipo de medicamento sem conhecimento médico. O uso contínuo de antiácidos mascara os sintomas da gastrite e desconfortos gástricos, lesionando aos poucos a mucosa estomacal, podendo ocasionar efeitos colaterais mais severos de médio em longo prazo. Além de que, a absorção de alguns nutrientes é prejudica.

Existe também a gastrite nervosa, que é quando a pessoa sente dores e depois de feitos todos os exames não é encontrado nada e está relacionada com a dispepsia funcional (distúrbio no aparelho digestivo, dificultando a digestão dos alimentos) e o refluxo (retorno do ácido gástrico do estômago para o esôfago), ocorrendo defeito na válvula que tem a função de controlar a passagem dos alimentos de um órgão para o outro, causando assim muita azia e queimação no estômago que, em ambos os casos, podem surgir por diversas situações estressantes do nosso dia a dia.

Causas da gastrite

A causa mais comum de gastrite erosiva, aguda e crônica, é o uso prolongado de antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) como aspirina e ibuprofeno. Outros agentes que podem causar gastrite erosiva são o álcool, cocaína e radiação. Lesões traumáticas, queimaduras graves, doença crítica e cirurgia também podem causar gastrite erosiva aguda. Este tipo de gastrite é chamado gastrite de estresse.

As causas menos comuns de gastrite erosiva e não erosiva são: doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca as células saudáveis no revestimento do estômago, algumas doenças e desordens do aparelho digestivo como doença de Crohn e anemia perniciosa, viroses, parasitas, fungos e bactérias diferentes do H. pylori.

Crises ocorrem muito frequentemente após ingestão de alimentos específicos para os quais o indivíduo já tem sensibilidade aumentada, comer muito rapidamente, além do excesso de consumo de álcool e tabaco.

Tratamento

O tratamento medicamentoso consiste em fármacos que reduzem a quantidade de ácido no estômago com a finalidade de aliviar os sintomas que porventura acompanhem a gastrite e promova a cura do revestimento do estômago. Estes medicamentos são geralmente: antiácidos, bloqueadores H2 da histamina e inibidores da bomba de prótons (IBPs). Cuidado com o uso prolongado desses remédios que podem ser prejudiciais ao estômago, dificultando a absorção de nutrientes como B12, ferro, ácido fólico e zinco, além de estar relacionado com câncer de estômago.
O tratamento nutricional é basicamente igual independente do tipo de gastrite. O tratamento consiste em evitar alimentos irritantes e estimulantes de secreção gástrica, recuperar a mucosa gástrica, evitar o avanço das lesões e proteger a mucosa gástrica.

  • A alimentação deve ser feita em ambientes calmos e a mastigação lenta, para facilitar a digestão;
  • Fracionamento de cinco a seis refeições diárias, não ficar mais de 3 horas em jejum;
  • Os alimentos devem ser mais abrandados, ou seja,  cozidos e ingeridos em temperatura morna para que proporcionem uma digestão mais facilitada e recuperação da mucosa gástrica.
  • Água, chás e água de coco natural são essenciais. Usar os chás de espinheira santa, camomila, erva doce, gengibre ajudam o tratamento e aliviam os sintomas;
  • Consumir frutas ou sucos de frutas. Só devem evitar as frutas ácidas, aqueles que têm sensibilidade, não é regra;

  • Consumir bebidas vegetais à base de arroz, aveia, castanhas, coco, amêndoas, inhame;
  • Consumir uma alimentação mais alcalina, rica em verduras, legumes, sucos verdes (couve, espinafre, limão, gengibre), cereais integrais, tubérculos (batata doce, mandioca, inhame, batata, beterraba, cenoura, abóbora);
  • Consumir gorduras boas – com ação anti-inflamatória: provenientes de peixes, sementes, azeite de oliva e óleo de coco;
  • Carnes magras desfiadas, picadas, moídas, cozidas, assadas, grelhadas e de preferência brancas;
  • Promoção de uma microbiota saudável.

Alimentos a serem evitados

Todos os alimentos que possam causar desconforto gástrico, entre eles destacam-se:

  • Condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha);
  • Álcool, refrigerantes e doces carboidratos refinados (farinha de trigo, açúcares);
  • Alimentos estimulantes, como café, chá mate, chá preto, chocolate;
  • Temperos industrializados, como caldo de carne, maionese, molho tártaro, extrato ou molho de tomate, molho de soja (shoyo), molho inglês, molho de salada;
  • Linguiça, salsicha, patês, salame, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes gordas, alimentos enlatados e em conserva;
  • Alimentos gordurosos e frituras em geral;
  • Doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada, pé-de-moleque, geléia, compotas);
  • Leite e derivados;
  • Goma de mascar;
  • Devem ser excluídos os alimentos alergênicos ou intolerantes, de acordo com a  avaliação individual.

É fundamental seguir o tratamento nutricional para gastrite, só a medicação não é suficiente para que o tratamento seja  eficaz  até chegar a cura desta inflamação.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

 

Alimentação anti-anging

 

Por Roseli Rossi

Envelhecimento: manifestação de eventos biológicos que ocorrem ao longo de um período. É um processo natural que faz com que o corpo gradativamente, com o avanço da idade, apresente diversas mudanças anatômicas e funcionais.

À medida que estas mudanças vão progredindo, ocorre uma redução na capacidade funcional do corpo.

Muitos estudos vêm demonstrando correlação direta entre inadequação nutricional e distúrbios orgânicos crônicos decorrentes do envelhecimento, desencadeado pelo consumo inadequado de nutrientes, confirmando a participação efetiva dos alimentos funcionais na prevenção e tratamento das doenças crônico-degenerativas.

O processo de envelhecimento pode ocorrer diferentemente, segundo a idade cronológica e biológica. A primeira é medida ao longo do tempo a partir do nascimento (nascimento, crescimento, desenvolvimento, reprodução, envelhecimento até a morte); a segunda é caracterizada pelas condições do corpo humano relativas à saúde física e mental e acontece em ritmos diferentes nas células, tecidos e órgãos, bem como de pessoa para pessoa. Influenciados diretamente pelos hábitos de vida, herança genética e condições sócio econômicas.

No estilo de vida estão compreendidos: a alimentação (excesso de alimentos e de alimentos  ricos em gorduras saturadas, trans e colesterol, açúcares, sódio), estresse, atividade física, tabagismo, exposição  excessiva aos raios solares, poluentes, agrotóxicos e até integração social.

O princípio da teoria do envelhecimento é que a longevidade seria inversamente proporcional à extensão do dano oxidativo e diretamente proporcional à atividade das defesas oxidativas.

O dano oxidativo é atribuído aos danos intracelulares produzidos pelos radicais livres.

Radicais livres (RL) são moléculas que possuem elétrons desaparelhados ou restos a mais em sua última órbita molecular.

Os radicais livres (RL) são substâncias extremamente tóxicas, formadas a partir do oxigênio. Contrariando a teoria, o mesmo oxigênio vital à vida, pode também provocar a morte.

Os RL são constantemente produzidos em condições normais pelo organismo ao mesmo tempo em que sistemas antioxidantes são formados para proteger “neutralizar”.

Porém, em condições de maior estresse oxidativo (maus hábitos de vida), podem causar danos ao DNA por insuficiência de antioxidantes.

Estas desordens degenerativas estão associadas aos danos oxidativos, originando doenças cardiovasculares, câncer, degeneração macular na retina, envelhecimento e imunossenência.

Muitas substâncias encontradas nos alimentos podem ajudar na defesa do organismo, prevenindo os efeitos prejudiciais dos subprodutos da oxidação. Nestas substâncias, incluem-se as vitaminas antioxidantes, com a vitamina C, Vitamina E e os carotenóides.

Vitamina C: Possui propriedade antioxidante, melhora a parede dos vasos sanguíneos e torna a pele mais irrigada e oxigenada,  prevenindo contra o aparecimento de varizes e celulite, participa da produção de colágeno,  deixando a pele com mais vitalidade , prevenindo  rugas e flacidez.

Fontes: Frutas cítricas (acerola, abacaxi, laranja, limão) brócolis, caju, couve de bruxelas, folha de mostarda, pimentão, repolho, salsinha. O abacaxi, além de ser muito rico em vitamina C, possui algumas enzimas, como a bromelina, que fortalecem o colágeno e as fibras de elastina dos tecidos, ajudando-os a manter a firmeza.

Vitamina E: É uma vitamina fundamental para retardar o envelhecimento dos tecidos pela fornecer maior oxidação, além de contribuir para manter a elasticidade natural e enrijecimento dos tecidos.

Fontes: Óleos vegetais, gérmen de trigo, nozes, sementes, grãos inteiros e os vegetais de folhas verdes.

Selênio: É um oligoelemento, uma quantidade mínima ao dia já é suficiente para suprir com as necessidades diárias, poderoso antioxidante, é essencial  para o funcionamento normal do sistema imunológico e glândulas de tireóide.

Fontes: Carnes, oleaginosas (castanha do Pará, castanha de caju, amêndoas, nozes), cereais integrais, ovos, leite e derivados.

Zinco: É necessário para a síntese de enzimas relacionadas à ação antioxidante e também a cicatrização e produção de colágeno. Possui relação com a manutenção de uma pele saudável. Pouco do zinco ingerido é realmente absorvido, sendo importante o consumo de alimentos ricos nesse nutriente. Sua deficiência ocasiona lesões em pele, má cicatrização, acne, manchas brancas nas unhas, entre outros problemas.

Fontes: Carnes, aves, frutos do mar, laticínios, feijões, lentilhas, nozes, sementes (em especial a de abóbora) e cereais integrais.

 

Bioflavonóides: São componentes das plantas que agem como antioxidantes. Além do que, protegem a vitamina C de uma possível oxidação no sangue, o que permite que o corpo seja beneficiado por uma ação mais ampla da vitamina. Possui propriedades anti-alérgicas, anti-inflamatórias, anti-bactericidas, anti-virais e anti-oxidantes, prevenindo contra o envelhecimento precoce.

Fontes: Frutas cítricas e uvas vermelhas ou escuras.

Isoflavonas: São fitoestrógenos, que possuem ação semelhante ao hormônio feminino estrogênio.     As isoflavonas são decisivas para evitar o ressecamento da pele e melhorar a elasticidade, garantindo uma pele mais jovem e saudável.

Fontes:  Soja e derivados.

Catequinas: estimulam as funções do fígado, que garantem maior disposição e tornam a pele mais saudável e bonita. É uma das substâncias com grande poder antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce.

Fontes: Chocolate, chá verde, morango, uva e vinho tinto.

Carotenóides: O beta caroteno é o melhor carotenóide com atividade pró vitamina A, tem função AOX, antimutagênico por seu efeito imunomodelador, oferece proteção contra algumas doenças degenerativas, como certos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e catarata. Inibe a modificação decorrente a ação oxidativa em lipoproteína de baixa densidade, influenciando positivamente no processo aterosclerótico e conseqüentemente a progressão de doenças coronarianas.

Fontes: Frutas e vegetais amarelados a alaranjados, brócolis e escarola.

Licopeno: Pertencente ao grupo dos carotenóides, possui poder antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce. Tem ação anticancerígena, principalmente com relação ao câncer de próstata.

Fontes: Principalmente no tomate, de preferência cozido (Ex: Molho de tomate).

Ômega 3

O ácido graxo essencial ômega 3, classificado como uma  gorduras poliinsaturadas é vital p/ obtenção de um nível ótimo de saúde e p/ a desaceleração do processo de envelhecimento, pois controlam a entrada e a saída de compostos pelas células, uma vez que estas gorduras fazem parte das membranas celulares. Também são nossa principal fonte de energia celular.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

 

A famosa barriguinha

Por Roseli Rossi  

Os perigos da gordura abdominal

A gordura abdominal é um dos principais riscos a nossa saúde. É conhecida também como gordura visceral por se encontrar próxima dos principais órgãos do corpo (fígado, intestino, rins e pâncreas) e pode ser responsável pelo aparecimento das doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, entre outras.

CAUSA DIABETES

As células de gordura que se estocam na região abdominal costumam ser bem ativas. Nessa região elas fabricam substâncias que desequilibram nosso organismo e podem até migrar para outros lugares, um deles, o fígado. Ali, está por trás das alterações que deixam essa glândula confusa, produzindo a glicose em excesso. Neste cenário, o pâncreas (com a insulina) tenta incansavelmente colocar todas essa produção de glicose para dentro das células. Mas toda essa gordura armazenada na região abdominal libera também ácidos graxos, que impedem a ação correta da insulina (resistência insulínica). Assim, como esta não consegue cumprir sua missão corretamente, o açúcar sobra no sangue gerando, então, a diabetes tipo 2.

HIPERTENSÃO

Quando há tanta glicose na corrente sanguínea, o que gera a gordura abdominal, o organismo aumenta cada vez mais a produção de insulina na tentativa de resgatar esta glicose e levá-la ao interior das células. Este trabalho nosso corpo faz até não dar mais conta, e para este trabalho ocorrer deve haver a contração dos vasos sanguíneos para que circule as substâncias necessárias. E, devido à esta contração freqüente, a pressão se eleva.

AUMENTA O RISCO DE INFARTO E DERRAME

O tecido adiposo localizado na região abdominal contém células que produzem substâncias inflamatórias que acabam causando doenças cardiovasculares.

Indivíduos que possuem maior concentração de gordura nesta região tendem a ter mais gordura na circulação, ou melhor, células de gorduras que contém as temíveis moléculas do colesterol LDL (o colesterol “ruim”). Assim, facilmente elas podem se alojar nos vasos sanguíneos, oxidando e acarretando um processo inflamatório. Em meio à esses alojamentos de placas de gorduras nos vasos ocorre o fechamento da passagem de sangue, o que, inevitavelmente, causa os infartos e derrames.

INDICA A OBESIDADE

Claro que não é ter apenas uma barriguinha que poderá considerar um indivíduo obeso. Mas diante de todas as evidências científicas, sabe-se que a concentração de gordura na região abdominal, é hoje um excelente indicador de sobrepeso e obesidade, chamada de “obesidade visceral ou abdominal”. Assim, prevenir este acúmulo de gordura nesta região, principalmente, pode não só diminuir o risco da obesidade, como também de suas comorbidades, descritas anteriormente e evitar a temida “SINDROME METABÓLICA”.

A mudança de estilo de vida, incluindo a prática de hábitos alimentares saudáveis, prática regular de exercícios físicos, assim como a avaliação freqüente de exames laboratoriais e da composição corporal segmentada pode alertar e orientar quais medidas necessárias para prevenir estas doenças e promover a saúde.

DICAS NUTRICIONAIS

Um dos principais motivos que aumentam os níveis de gordura na região abdominal, além de fatores genéticos, é a alimentação rica em carboidratos simples, ou seja, rica em açúcares.

Isto porque a ingestão do açúcar estimula a produção da insulina para poder captar a glicose proveniente da mesma para dentro das células e não ficar circulante no sangue. Este trabalho se torna exaustivo quando o consumo de açúcar simples for constante e em grande quantidade, causando o que se chama de resistência periférica à insulina, ou seja, o pâncreas (responsável por liberar a insulina) chega à um desgaste tão grande que começa a trabalhar de forma muito lenta, não conseguindo mais captar a glicose da corrente sanguínea e deixando-a livre até que, caso o indivíduo ainda seja sedentário não utilizando esta energia para a atividade física, se instale na forma de gordura no tecido adiposo.

Assim, como evitar o consumo do açúcar no dia-a-dia?

Uma substituição que faz toda a diferença é o tipo do carboidrato ingerido. A melhor opção é consumir o carboidrato complexo , pois este por conter mais fibras faz com que a glicose ingerida seja metabolizada de forma mais lenta e não causando grande impacto na corrente sanguínea causando o descontrole no funcionamento do órgão responsável por regular as taxas de glicose no sangue.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

Pão de gergelim com Chia 

 

Pão de gergelim com Chia 

Para quem adora um pãozinho, mas não quer ou não pode consumir glúten, este é uma das opções muito boa! saudável, fácil e gostoso. Dá para congelar e comer quando der vontade. Experimente !!

Rendimento: 4 Porções

Modo de Preparo: Em uma tigela misture a farinha de aveia, o polvilho, a chia, azeite, orégano, fermento e o sal. Junte a água morna aos poucos e vá mexendo até formar uma massa mole. Se necessário adicione aos poucos mais água morna. Distribua a massa em forma de bolo inglês  e leve ao forno médio por uns 15 a 20 minutos até dourar. Sirva a seguir.

Obs: utilize temperos a gosto como pimenta, açafrão, alecrim, salsinha…

Ingredientes

4 col. de sopa de farinha de aveia

4 col. de sopa de Polvilho Doce

2 col. de sopa de chia

1 col. de sopa de Fermento químico (pó)

1 col. de sopa de Orégano (seco)

100 ml de Água

2 col. de sobremesa de azeite de oliva (extra virgem)

1 col. de Sal Rosa do Himaláia

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

Chá verde e o câncer

 

Vários estudos demonstram que 3 fatores, além da genética que representa em torno de 15%, estão diretamente relacionados com a maior predisposição ao desenvolvimento de câncer: má alimentação, exposição á toxinas alimentares e ambientais (agrotóxicos, conservantes, poluição, cigarro, etc.) e estresse. Sendo assim, podemos a redução do risco de câncer esta muito mais na responsabilidade de cada indivíduo e do seu estilo de vida. Embora, saibamos que uma alimentação saudável deve conter o consumo regular de frutas frescas, vegetais, legumes, grãos, sementes, cereais, raízes, azeite de oliva, proteínas com baixo teor de gorduras saturadas, porca quantidade de sal, isenta ou bem moderada de açúcares e farinhas “brancas”, além de muita água. Há certos alimentos que comprovadamente também ajudam a diminuir o risco desta temida, mas infelizmente tão em prevalente doença – o Câncer ! e um deles é o chá verde.

O consumo freqüente de chá verde está inversamente associado com o risco de vários tipos câncer. O chá verde apresenta efeitos protetores em fases diferentes do processo da carcinogênese, inibindo-o pela modulação da transdução de sinais que conduzem à inibição da proliferação, transformação das células e aumento da apoptose.

É fundamental, para a sua ação como quimiopreventivo, a biodisponibilidade dos polifenóis nos tecidos.

O chá verde contém múltiplos polifenóis, entre os quais a epigalocatequina-3-galato, ou EGCG, uma das moléculas nutricionais mais poderosas contra os mecanismos necessários à invasão dos tecidos e à formação de novos vasos pelas células cancerosas. Após duas a três xícaras de chá verde, a EGCG está presente no sangue em grande quantidade, espalhando-se por todo o organismo pelos vasos capilares que cercam e nutrem cada célula do corpo.

O potencial quimioprotetor/antioxidante das frações das catequinas do chá verde apresenta a seguinte ordem decrescente de eficiência: EGCG = ECG > EGC = EC (RICE-EVANS; MILLER; PAGANGA, 1999.

Em uma pesquisa, verificou-se que o consumo de chá verde faz desacelerar consideravelmente o crescimento das células de leucemia, de câncer de mama e do câncer de boca. A grande preocupação de pesquisadores e da indústria farmacêutica é encontrar drogas anticancerígenas que apresentem boa eficácia e baixa toxicidade. As catequinas do chá verde, pelos estudos realizados por vários autores, têm demonstrado uma atividade quimioprotetora importante, porém, merecendo mais investigações sobre a dose e momentos de investigação do chá. É importante não só conhecer a ação das catequinas, mas também estudar os mecanismos envolvidos nessas atividades biológicas.

Sendo assim, as catequinas poderão ser um agente quimioprotetor ao alcance de toda a população como adjuvante no tratamento e prevenção para diferentes patologias.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

Hambúrguer de atum com grão-de-bico

Receita Fit por Roseli Rossi

Esta receita é super fácil, ideal para compor seu prato principal no almoço ou jantar e inclusive pode ser considerada uma receita low carb! Tem a cara de um hambúrguer, mas sua composição nutricional é totalmente diferente, ou seja, muito mais saudável, vale a pena experimentar!!

Rendimento: 4 Porções

Ingredientes

8 col. de sopa de grão de bico (cozido)

1 col. de chá de pimenta caiena

1 lata de atum ao natural

2 col. de sopa de salsinha (crua)

3 col. de sopa de farinha de aveia

¼ col. de sopa de orégano (seco)

2 col. de sobremesa de azeite de oliva (extra virgem)

1 col. de café de Sal Rosa do Himaláia

Modo de Preparo: Bata no mix ou processador o grão-de-bico cozido, com o atum e todos os temperos. Coloque esta mistura numa vasilha e acrescente a farinha de aveia, misture bem com as mãos. Abra esta massa numa tábua e corte no formato de hambúrguer (com o cortador ou a boca de um copo) ou modele com as mãos. Unte uma assadeira com margarina e coloque os hambúrgueres. Leve ao forno médio 200 graus por 30 minutos, virando na metade do tempo. Sirva a seguir.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

 

 

Abacate: pode comer sem culpa!

Por Roseli Rossi

O abacate é uma das frutas mais bem vistas do ponto de vista nutricional. Eles possuem gorduras monoinsaturadas, vitamina E, fibras solúveis e minerais como ferro, cobre e potássio. Além, é claro, de serem muito saborosos – com um pouco de sal, limão e azeite, principalmente.

No entanto, nós não estamos aproveitando o máximo deles, pelo menos de acordo com uma equipe de pesquisadores presente na reunião anual da American Chemical Society.

A parte verde-amarela do abacate é consumida sem cerimônias por milhões de pessoas todos os dias, mas na verdade não é a parte mais nutritiva da fruta.

Esse título vai para o revestimento que envolve o caroço no centro. Este óleo que compõe parcialmente a casca das sementes é carregado com produtos químicos antivirais, compostos anticancerígenos e componentes que ajudam a reduzir a probabilidade de coágulos sanguíneos aparecerem nas artérias. A parte cerosa da casca contém produtos químicos que, quando processados, podem ser usados para fazer peças de dispositivos médicos, aditivos alimentares e cosméticos.

Em suma, essas cascas são verdadeiras “minas de ouro” de compostos úteis que, até agora, permaneceram desconhecidas.

Embora isso não signifique que você deva agora pegar essas partes e mastigar – especialmente porque elas não são comestíveis dessa forma – sugere que os abacates são mais valiosos do que achávamos.

A equipe, da Universidade do Texas, nos EUA, explica em uma declaração que eles secaram e arrumaram as cascas de 300 abacates, antes de colocá-las em um espectrômetro de massa, para fazer essa descoberta. Eles sugerem que no futuro, devemos estar reciclando esses caroços para que eles possam ser quebrados e transformados em uma variedade de compostos deliciosos, medicinais ou construtivos.

A nova pesquisa pode ser também uma boa notícia para o planeta. Abacates exigem muita água para crescer, muita terra para serem cultivados e são enviados por via aérea para exportação. Isto significa que eles geralmente trazem consigo uma pegada de carbono pesada, mais alta que quase todas as outras frutas e vegetais comumente consumidos. Um esquema para utilizar os caroços pelo menos tiraria mais proveito da fruta!

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

TPM aos 40 anos

Por Roseli Rossi

Tensão Pré Menstrual (TPM) é uma síndrome composta por manifestações físicas, emocionais e comportamentais que acomete mulheres em fase reprodutiva na ausência de doença orgânica ou mental que possa simular os sintomas. Essas manifestações clínicas ocorrem regularmente durante a fase lútea do ciclo menstrual (após ovulação) e desaparecem ou reduzem significativamente ao término do sangramento menstrual. A sintomatologia e seu grau de intensidade podem variar de mulher para mulher. Os sintomas da TPM se distinguem das alterações fisiológicas do ciclo menstrual, pois causam alterações nas atividades diárias da mulher e, geralmente, antecedem a menstruação. Os sintomas, descritos abaixo são os mais comuns, ocorrem na ausência de tratamento farmacológico e melhoram ou desaparecem aproximadamente após quatro dias do início da menstruação:

  • Sintomas emocionais e comportamentais: depressão, agressividade, irritabilidade, ansiedade, confusão mental, isolamento social, choro excessivo, medos irracionais, perda ou aumento do desejo sexual e compulsão por carboidratos.
  • Sintomas físicos: mastalgia, distensão abdominal, cefaleia e edema de extremidades, aumento de gases, cansaço, constipação ou diarreia e dores nas costas.

TIPOS DE TPM

A TPM está classificada em quatro tipos: A, C, H e D, de acordo com a predominância dos sintomas. Esta classificação não é uma regra. Uma mesma mulher pode apresentar os sintomas de um ou mais tipos de TPM.

TPM TIPO A: as mulheres ficam ansiosas, oscilação de humor, irritadas, tensas e até mesmo agressivas. Este é o tipo mais freqüente.

A irritabilidade, pode ser atribuída ao fato de que mulheres com SPM têm níveis menores de endorfinas do que mulheres controles normais14. Porém, a teoria mais aceita afirma que esse quadro é desencadeado por preponderância de ação estrogênica, por hiperestrogenemia ou hipoprogesteronemia. A ansiedade e a insônia estão relacionadas aos altos níveis de estrôgenio.

TPM TIPO C: caracteriza-se pelo aumento do apetite, compulsão alimentar (predominando a compulsão pela ingestão de doces, como chocolates), fadiga, dor de cabeça e palpitações. O desejo por doces pode ocorrer por conta da diminuição das endorfinas.

A cefaléia poderia resultar da alteração da atividade contrátil da musculatura lisa dos vasos, para a qual concorrem a serotonina, as prostaglandinas e os estrogênios, agravando-se pela falha no sistema endógeno de analgesia, por depleção das monoaminas e dos opióides.

TPM TIPO H: há aumento súbito de dois a três quilos no peso corporal, aumento das mamas (mastalgia), dor e distensão abdominal. A mastalgia está ligada aos níveis alterados de prolactina, causados pela SPM. A congestão e o aumento de peso, causado pela retenção hidríca é ocasionada pela secreção de aldosterona, progesterona e estrogênio. Em relação às alterações de comportamento avaliadas nas participantes do presente estudo, as mais prevalentes foram a irritabilidade e o desejo por alimentos, como o chocolate.

TPM TIPO D: é o menos freqüente e os sintomas predominantes são choro fácil, sonolência ou insônia, confusão mental e depressão. As alterações do comportamento como o choro fácil, estão relacionados aos esteróides ovarianos, as endorfinas e à noradrenalina. A depressão é um dos sintomas mais freqüentes na SPM. A deficiência de vitamina B6, que normalmente funciona como co-fator para a síntese de dopamina e de serotonina a partir dotriptofano.

A alimentação pode lhe ajudar e MUITO no controle dos sintomas, abaixo dicas dos nutrientes e fontes alimentares que você pode utilizar:

  • Triptofano: Aminoácido precursor da serotonina. Cacau, banana, grão de bico.
  • Vitamina B6: Esta vitamina atua como co-fator na produção de serotonina, além de atuar sobre os sintomas principalmente relacionados ao humor, diminui a retenção hídrica, por ser levemente diurética. Gérmen de trigo, cereais integrais, legumes, batatas, bananas e aveia.
  • Vitamina B2: Interfere na ativação da vitamina B6. Levedo de cerveja, leguminosas, arroz integral, ovos, óleo de peixe.
  • Vitamina B3 Melhora os sintomas relacionados à fadiga, depressão e ansiedade. Carnes, ovos, atum, abacate, leite, figo e arroz integral.
  • Vitamina E: Diminui o incomodo dos seios inchados. Óleos vegetais, manteiga, ovos, amêndoas, gérmen de trigo, grãos e cascas, ovos, espinafre, abacate.
  • Magnésio: Melhora a retenção hídrica, diminui irritabilidade, cólicas e fadiga. Vegetais verdes escuros, cereais integrais, grão de bico, semente de abóbora.
  • Cromo: Estabiliza os níveis de açúcar no sangue, impede liberação exagerada da insulina o que acarreta maior ganho de peso. Maçã, espinafre, gérmen de trigo, melhor fonte (AIPO).
  • Ácidos graxos essenciais: óleo de linhaça, GLA – ácido graxo gama linolênico (óleo de borragem e prímula) – importantíssimo nos sintomas de TPM, faz o equilíbrio dos hormônios femininos.
  • Linhaça: Para obter os benefícios das lignanas da linhaça é necessário hidratá-la. Ex. Deixar uma colher de sopa cheia em um copo de água à noite e utilizar essa água para bater um suco na manhã do dia seguinte.
  • Mix de sementes: Contém alta sinergia entre os minerais. Gergelim, semente de abóbora e semente de girassol.
  • Dica para melhorar os inchaços: Cavalinha, hibisco, centella asiática, dente-de-leão, abacateiro. Pode misturar tudo. Utilizar 2 colheres de sopa para 1 litro ao dia. Deixar em infusão por 10 minutos, coar e tomar durante o dia.

Cuidado com Amora, Angélica e Yam Mexicano que são fitohormônios, não utilizar por mais de 3 meses (pode interferir na eficácia do anticoncepcional).

As mudanças no seu estilo de vida, no que se refere a uma alimentação mais saudável e adequada, a prática de exercícios físicos, o controle emocional e até a inclusão de suplementações prescritas individualmente se necessário, irão trazer mais qualidade de vida para as mulheres que sofrem mensalmente com a TPM.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

 

 

 

Alimentos para ficar com o cabelo mais bonito

 

Quem não quer ter o cabelo dos sonhos? Um cabelo bonito e saudável não depende só dos avançados produtos cosmetológicos. Uma alimentação balanceada e rica em nutrientes pode melhorar, e muito, a beleza dos seus cabelos. Confiram as dicas da nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional sobre esse assunto.

“O cabelo compõe-se fundamentalmente de moléculas de proteínas, dentre as quais mais importantes são denominadas queratina. À partir deste conhecimento fica evidente que o estado nutricional do indivíduo interfere diretamente na saúde  dos cabelos. Sem dúvida, a genética, idade, disfunções hormonais, estresse, gestação, exposição solar, ação térmica, uso de produtos químicos, medicamentos e certas doenças, também são causas que podem afetar a saúde capilar, ou seja, desenvolvimento, crescimento, queda, textura e brilho dos cabelos. A deficiência crônica de alguns micronutrientes pode favorecer a queda de cabelo e enfraquecimento dos fios. Esse tipo de desnutrição pode não ser percebida através do peso da pessoa, ou seja, muitas vezes a ingestão de calorias pode estar adequada, mas a de vitaminas e minerais não, esse estado também pode ser chamado de “fome oculta”. Quando isso acontece há manifestações em alguns tecidos, normalmente, naqueles de maior taxa metabólica e mitótica, como, por exemplo, os cabelos, unhas e pele.  Isso pode dar origem a aspectos negativos esteticamente como, por exemplo, diminuição do crescimento e fragilidade dos cabelos.

Esses nutrientes são necessários porque para a constituição dos fios precisamos de:

  • Proteínas: de boa qualidade devem estar em quantidade suficiente na alimentação. Elas são desdobradas em aminoácido, e este apresenta a função estrutural, de manutenção e reparo dos tecidos. Nem todos os aminoácidos estão presentes na fibra capilar, porém para que os cabelos fiquem mais bonitos, fortes e saudáveis os aminoácidos são fundamentais.

Fontes alimentares: carnes, aves, peixes e ovos. A quantidade diária                recomendada é em média de 100 a 150 g duas vezes ao dia.

  • Zinco: é constituinte do DNA celular, sendo responsável pela multiplicação de células, logo, para formação de novos fios. Além disso, o zinco ajuda na formação do colágeno, é um fator importante para não haver engrisalhamento e queda de cabelo acelerado. Além disso, o zinco é um mineral essencial para que haja controle sobre mudanças hormonais que podem ocorrer e favorecer a queda de cabelo. Um problema onde o zinco pode ajudar é na alopecia androgenética – queda de cabelo.

Fontes alimentares: frutos do mar, carnes vermelhas, castanhas, amêndoas e nozes.

 

  • Cobre: faz a síntese do colágeno que dá estrutura ao fio.

Fontes alimentares: caju, castanhas, frutos do mar, sementes de abóbora e girassol, manga, abacate, sardinha, lentilha, ervilha.

  • Ferro: está envolvido com a divisão celular que favorece o desenvolvimento dos fios. Evidências clínicas vêm demonstrando fortemente a importância do ferro no tratamento capilar. Pacientes com ferritina abaixo de 70 (mesmo sem quadro anemia)  que cursam eflúvio telógeno, ao repor ferro apresenta melhora no tratamento.

Fontes alimentares: carnes, feijões, vegetais folhosos escuros – lembrando que para sua boa absorção precisam ser consumidos com frutas cítricas.

  • Silício: importante na regeneração e síntese de fibras colágenas, pois mantém a hidratação dos fios.

Fontes alimentares: vegetais, cereais integrais, com destaque para a aveia, maior fonte de silício.

  • Cálcio e magnésio: nutrientes fundamentais para que os demais nutrientes penetrem nas células, fazendo o papel de carreadores de todos os nutrientes, além de fornecerem energia às células para sua renovação.

Fontes alimentares: Cálcio: vegetais verde escuros, leite e derivados.

            Magnésio: sementes oleaginosas, caju, feijão, arroz integral.

  • Iodo: mantém o funcionamento tireoidiano que pode interferir na velocidade do metabolismo e renovação de células.

Fontes alimentares: cavala, mexilhão, bacalhau, salmão, pescada, sardinha.

  • Ômega 3 e 6: ácidos graxos essenciais são necessários para manter a membrana celular fluida, pois com isso se mantém a elasticidade e brilho do cabelo.

      Fontes alimentares: peixes de água fria (sardinha,   arenque, cavala, salmão), semente de linhaça, chia.

  • Vitaminas do Complexo B: exerce papel essencial no metabolismo energético dos queratinócitos (células produtoras de queratina – principal estrutura capilar.

Fontes alimentares: cereais integrais, carnes, leite, peixes, frutos do mar e vegetais folhosos.

  • Vitamina H (Biotina): pertencente também a vitaminas do Complexo B. Evita a queda de cabelos.

Fontes alimentares: Levedura de cerveja, fígado,   geléia real, sardinha e gema de ovo.

  • Água: mantém a hidratação dos fios e a cutícula do cabelo.

Portanto, quando a dieta alimentar contempla as necessidades individuais (calóricas e nutricionais) é variada, colorida e rica em alimentos vivos, nosso cabelo responde de forma saudável, apresentando-se resistente e brilhante. Caso tenha algum problema capilar ou mesmo queira  melhorar a saúde dos cabelos, dando mais vida, brilho e fortalecimento aos fios, consulte um nutricionista para orientar sua alimentação de maneira personalizada, isto irá garantir melhora na sua saúde geral e capilar.”

 

Dra. Roseli Lomele Rossi – CRN 2084                                                                   

Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

 

 

Dieta para mulheres grávidas e vegetarianas

 

Você é vegetariana e está grávida? Sim, muitas Mulheres de Quarenta ainda estão no período fértil e podem sim engravidar! Vejam as dicas da nossa nutricionista Roseli Rossi  da Clínica Equilíbrio Nutricional para ter uma dieta equilibrada durante a gravidez. Serve também para quem quer diminuir o consumo de carnes e poder manter uma alimentação rica com todos os nutrientes necessários para a nossa saúde.

“Engana-se quem acredita que é necessário comer carne todo dia para ter uma gravidez adequada. Pelo contrário, uma grávida vegetariana ou vegana pode ter saúde plena e desenvolver um bebê sem qualquer problema, caso a dieta seja adaptada e a mãe incremente a alimentação com mais frutas, vegetais, leguminosas e suplementos nutricionais.

Essa é a posição de entidades prestigiadas no setor de nutrição, como a American Dietetic Association e a Academy of Nutrition and Dietetics, ambas dos Estados Unidos. Esta última publicou em dezembro um artigo, no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, no qual dá seu aval para dietas vegetarianas e veganas, incluindo durante gravidez e amamentação.

“Dietas vegetarianas e veganas são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem fornecer benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças”, diz a organização. Entre elas, doenças do coração, diabete tipo 2, pressão alta, obesidade e alguns tipos de câncer, sobretudo os gastrointestinais.

A Academy of Nutrition and Dietetics ainda faz referência a estudos cujos resultados registraram que as voluntárias grávidas e vegetarianas tinham menor sobrepeso ao fim do primeiro trimestre de gravidez e menores complicações, como diabete gestacional.

Tudo depende das escolhas durante as refeições. Isto é, não vale trocar a carne por massa, pão ou doces, e sim substituir e incrementar  a ingestão de legumes, verduras e frutas e proteínas vegetais. Desta maneira os nutrientes da carne podem ser substituídos por outros alimentos. Buscar ajuda de um profissional nutricionista seria o ideal

A carne é uma fonte rica de ferro, zinco, vitamina B-12 e ômega 3, elementos apontados como essenciais pela Academy of Nutrition and Dietetics. Para ter nove meses tranquilos, a entidade recomenda reforçar o consumo de uma série de alimentos no lugar da carne e, caso o nutricionista ache necessário, usar suplementos. Veja a seguir os produtos que você precisará colocar a mais no seu carrinho da feira para substituir a carne:

Ferro. É essencial para a formação dos glóbulos vermelhos do bebê e da mãe se estiver presente de forma insuficiente, a grávida pode ter anemia. Para substituir a proteína animal, vale investir em leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico e soja) e em vegetais e folhas verde-escuros (rúcula, couve, brócolis e espinafre). Para melhorar a absorção do ferro pelo organismo, vale aumentar o consumo de vitamina C, presente em frutas como laranja, limão, abacaxi e acerola. Tome cuidado com alguns alimentos que interferem na absorção do ferro, como cafés, chás e Cola-Cola, segundo recomendações da American Dietetic Association.

Ômega 3. Encontrado na carne de peixes de águas frias e profundas, o nutriente também aparece na linhaça, na chia ou, em menor quantidade, em outras oleaginosas. Ele é importante para o desenvolvimento cognitivo e cerebral do feto e também tem funções anti-inflamatórias, ao estimular a circulação da grávida. Há estudos que apontam que o ômega 3 também está relacionado a uma menor taxa de depressão na gestação e no pós-parto.

Vitamina B12. Muito abundante na carne, a vitamina B12 pode ser encontrada em leite e derivados, ovos e, em menor quantidade, na quinoa. Ela é importante para o sistema nervoso central,  Para veganas, vale investir na suplementação e prestar atenção na procedência.

Cuidado com suplementos, eles podem ter origem animal!!

Zinco. Importante também para a formação do sistema nervoso central do feto, assim como do sistema circulatório, dos órgãos e para o próprio metabolismo do bebê, o zinco pode ser encontrado em cereais integrais como arroz integral, aveia e trigo, ou em leite e derivados.

Cálcio e vitamina D. A vitamina D, cuja produção é estimulada quando tomamos sol, auxilia a absorção de cálcio, essencial na formação dos ossos do feto. Para o cálcio, muito importante no período da amamentação, invista em  folhas escuras e na suplementação. Já para a vitamina D, uma das melhores fontes é a gema de ovo e óleo vegetais, mas o mais indicado é fazer a suplementação para ter níveis adequados neste período gestacional.

Em suma, durante a gestação não deve ocorrer deficiência de nenhum nutriente para que o bebe seja desenvolvido plenamente. E não é por ser vegana que a gestante terá este risco aumentado se ela tiver uma alimentação adequada por um profissional.”

Dra. Roseli Lomele Rossi – CRN 2084                                                                   

Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

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