Quais os tratamentos mais indicados para a mulher depois dos 40?

Em geral, depois dos 40, as maiores mudanças na pele acontecem principalmente pela perda do colágeno. As grandes queixas das mulheres nesta fase são flacidez, rugas e manchas. 

Além disso, perdemos gordura, tecido muscular e tecido ósseo. O rosto passa por um processo de remodelação e mudança do formato. O nosso cabelo também sofre transformação e pode começar a cair. Os fios vão ficando mais finos e frágeis.

O “Mulheres de 40” conversou com a nossa querida médica Karine Cunha, da Estética da Consciência, para dar a você dicas exclusivas de cuidados para o rejuvenescimento facial. Confira a nossa entrevista:

Mulheres de 40: Quais tratamentos você indica seguindo a filosofia da Estética da Consciência?

O nosso tratamento é sempre feito de forma personalizada. Cada pessoa precisa ser avaliada individualmente.

Procuro conversar bastante para perceber o que realmente incomoda. Às vezes a pessoa quer tratar as rugas e não se importa se o rosto tem manchas. Outras querem justamente o contrário… Cada um tem uma demanda.

De uma maneira geral, uma boa recomendação é associar vários tipos de procedimentos.

Cada tratamento é bom para determinada alteração. Por exemplo: A toxina botulínica é ótima para as linhas de expressão da testa e ao redor dos olhos. Mas para o rejuvenescimento da pele como um todo, o melhor pode ser o laser.

Para cada pele, vamos ter um tipo adequado de laser. O CO2 fracionado é ótimo para a firmeza, há um específico para melasma, além de outras opções. Cada laser é responsável por uma alteração na pele.

Mulheres de 40: Além de botox e laser, quais outros tratamentos você indica para o rejuvenescimento?

O microagulhamento tradicional ou com a caneta elétrica é muito bom para amenizar rugas, linhas de expressão e cicatriz de acne, e para melhorar a textura da pele. Fazemos o procedimento com drug delivery, para potencializar seus efeitos. Ele também pode ser adotado para melhorar a queda de cabelo.

Substâncias como o Sculptra, uma injeção de ácido hialurônico por todo o rosto, preenchem e trazem de volta o volume perdido.

O Ultrassom microfocado, conhecido com Ulthera, fortalece e melhora a estrutura do rosto.

Mulheres de 40: E o peeling, também é indicado?

O peeling evoluiu bastante e dependendo do caso pode ser uma ótima indicação.

O peeling profundo, de fenol, era feito em centro cirúrgico.  Hoje usamos o fenol modificado, também chamado fenol light. A porcentagem da substância é menor, ele pode ser feito no próprio consultório, o pós é mais tranquilo e o rejuvenescimento é bem efetivo.

Outros peelings bem procurados:

  • Peeling de ácido acetilsalicílico –  para a pele oleosa e com acne;
  • Peeling com agentes clareadores como hidroquinona e ácido kójico – para melasma;
  • Peeling de ácido retinóico – para o envelhecimento como um todo.

Mulheres de 40: Esses tratamentos precisam ser feitos em várias sessões?

De uma maneira geral, os tratamentos são seriados. Cada um tem um tipo de protocolo, a maioria deve ser feita com uma certa frequência, dependendo muito da necessidade do cliente. Existe uma manutenção da pele, até porque somos seres vivos!

Botox: a cada 4 meses;

Laser de CO2: uma vez ao ano;

Laser específico para o melasma: três sessões;

Peeling: de três a cinco sessões.

Mulheres de 40: Com esses tratamentos, a mulher depois dos 40 vai estar com sua beleza resolvida?

O importante não é só cuidar da parte externa, temos que cuidar também da saúde, mudar o estilo de vida, mudar a alimentação e fazer exercícios  físicos. Também é fundamental  cuidar da saúde mental. As pessoas se preocupam muito com o externo e às vezes pouco com a parte interna.

Também é importante o lazer  e os relacionamentos interpessoais. Quando a gente quer melhorar a nossa beleza, a gente tem que melhorar tudo, tem que fazer toda uma mudança de vida, mudar a nossa forma de pensar, trabalhar menos, ser mais feliz, não se agredir tanto e procurar fazer o que mais gostamos, sem ficar obcecada por um determinado padrão específico, afinal cada pessoa tem um tipo de beleza.  Se você tem os lábios finos, pode ser que não fique bem com lábios carnudos, por exemplo.

Hoje muita gente está querendo ficar com o mesmo tipo de rosto, bochecha saliente, boca grande, cabelo comprido, louro, liso… Cada pessoa tem uma beleza específica e é justamente isso que faz com que seja única e especial. O que buscamos na Estética da Consciência é potencializar a beleza de cada um!

A Dra. Karine Cunha, CRM/SP 97264 é médica formada pela UNIFESP-EPM com pós-graduação lato sensu em Medicina Estética no Instituto BWS (Associação Pele Saudável). Criadora da Estética da Consciência.

Seu tempo com seus filhos

Por Gisela Campiglia

O desejo dos pais é o de educar seus filhos para que eles sejam pessoas independentes e felizes. Mas, como atuar em direção a este propósito quando o tempo disponível para os filhos é limitado?

A comum necessidade de que o casal trabalhe fora para prover o sustento da família, restringe a convivência entre pais e filhos. Desta forma, muitas famílias encontram “educadores” alternativos para substitui-los em sua ausência justificada. Uma empregada, a escola em tempo integral, ou as avós acabam ficando encarregadas desta função. Esses preciosos colaboradores ajudam bastante, no entanto, o alcance de suas ações é restrito. Por melhor que seja uma funcionária doméstica, ela não tem a mesma autoridade que os pais para dar limites à criança quando necessário.  A escola tem influência na educação dos alunos, mas a função da escola é escolarizar, passar conhecimento acadêmico, e não educar. Uma boa escola pode até auxiliar os pais na educação de seus filhos, mas é importante ter a consciência de que existe ex-aluno, mas, não existe ex-filho. A escola convive com o aluno temporariamente, os filhos convivem com os pais por toda a vida. As avós são de plena confiança, ótimas cuidadoras, e oferecem amor as crianças, mas muitas mimam os netos em demasia, fato que acaba trazendo problemas no futuro.

Na impossibilidade de conviver o quanto gostariam com seus filhos alguns pais sentem-se culpados, por isso acabam comprando todos os presentes que as crianças pedem no intuito de compensar sua ausência. Este é um grande equívoco, pois a criança que ganha tudo aquilo que deseja, terá dificuldades de superar frustrações durante a vida. A criança não tem a oportunidade de treinar em casa, mas a vida fará com que ela aprenda a lidar com as contrariedades na marra. A quantidade de objetos que os pais oferecem aos filhos não supre suas necessidades afetivas. Os filhos precisam sentir o quanto eles são importantes para seus pais através do amor, da atenção, dos cuidados e dos limites que recebem. Somente a convivência pode construir uma relação de amor, mas como realizar essa nobre missão quando o tempo disponível para os filhos é escasso?

Uma frase bem colocada causa muito mais impacto do que horas de conversa sem conteúdo. Um abraço de amor intenso tem mais valor do que vários telefonemas ao dia.O que produz significado em nossa vida a quantidade, ou a qualidade?

Existem mães que ficam em casa com as crianças o dia todo, porém não desgrudam os olhos da tela do computador. Quando a criança solicita atenção, a mãe responde:
”- Espere só um minutinho que eu já vou!”.  O filho espera minutos, horas, e nunca chega o momento de receber a atenção desejada.  A consequência é que a criança sentirá que sua presença na vida da mãe é irrelevante, e isso é muito perigoso. Pesquisas revelam que o uso de drogas na adolescência também é motivado pelo fato do jovem sentir-se desvalorizado pelos pais. A pior miséria que existe no mundo é a falta de amor, vivemos em um planeta cheio de carentes emocionais.

A solução é estar presente de corpo e alma quando houver a oportunidade de ficar com seus filhos. Determine um tempo sagrado para dar atenção exclusiva a eles, mesmo que seja apenas uma hora por dia. Evite permitir que sua energia seja desviada para qualquer outra tarefa durante o período que você criou para estar com as crianças. Não dá para disfarçar em que direção esta indo seu fluxo de energia, os filhos sentem quando o seu foco de atenção não está neles. Programar o cardápio da semana, atender o celular, assistir novela, checar os e-mails pessoais, ou conversar com o cônjuge, são tarefas para serem realizadas quando as crianças já estiverem dormindo.  Se você fica o tempo todo realizando multitarefas, e nunca oferece o privilégio de dar atenção especial para seu filho, ele interpreta o fato equivocadamente. Passa a acreditar que não é merecedor de sua atenção, cresce com baixa estima e leva essa influência para a vida adulta. Não adianta explicar que você é muito ocupado, porque esta se matando de trabalhar para dar uma boa educação para eles. Os filhos precisam ser nutridos com amor, o alimento da alma.

Praticar a sua autoridade em relação aos seus filhos também é uma forma de exercer amor. Muitos pais relutam em realizar essa função intransferível com medo de que os filhos deixem de amá-los, ou mesmo, pela vaidade de mostrar uma imagem sempre agradável para as crianças. Não tenha receio de corrigir quando houver necessidade, proteger seus filhos é diferente de evitar frustrações, o seu sentimento de pena enfraquece a criança. Um adulto sem limites revela uma educação sem limites. A prática do amor inclui disciplina. Você não deve admitir que seus filhos alimentem-se com doces e refrigerantes em excesso, não pode tolerar que se comportem agressivamente na escola. A firmeza dos pais quanto à educação é um ato de amor e proteção. O resultado é a formação de um adulto estruturado com forças existenciais e morais, capaz de conquistar a própria felicidade.

Pais, por favor, não se torturem! A sua relação com seus filhos não é definida pelo tempo que você passa com eles, mas sim pela forma como você se relaciona durante o tempo que dispõe. A sua postura e sentimentos em relação aos seus filhos vão determinar a qualidade da educação que você oferece.

Até a próxima!

Gisela Campiglia

Formada em psicologia, física quântica, bioenergia e metafísica. Trabalha com desenvolvimento pessoal, promove palestras, escreve artigos e é colunista do Mulheres de Quarenta.

 

 

 

 

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