Recentemente, assisti a uma entrevista com um artista renomado que, apesar de décadas de carreira brilhante, mencionou nunca ter ganhado um prêmio importante. Quando questionado sobre isso, ele respondeu com serenidade: “O maior prêmio é saber que entreguei o melhor de mim, mesmo quando ninguém percebeu.” Essa resposta ressoou profundamente, porque fala sobre algo que todos nós buscamos, consciente ou inconscientemente: reconhecimento.
Desde a infância, somos condicionados a esperar aprovação externa. Seja por meio de elogios dos pais, da atenção de professores ou da valorização de parceiros e amigos, aprendemos a associar o nosso valor à validação do outro. Fazemos com carinho, esperamos aplausos. Entregamos o melhor de nós, desejando olhares orgulhosos. E quando esse retorno não vem, o que sobra é frustração, tristeza e uma sensação de invisibilidade que nos fere.
Mas e se mudássemos o foco?
Em vez de buscar reconhecimento como ponto de chegada, que tal cultivá-lo dentro de nós como ponto de partida?
Quando agimos alinhados com nosso propósito, com dedicação genuína e integridade emocional, a recompensa maior deixa de ser a aprovação externa, e passa a ser o crescimento interno. Esse é o tipo de realização que não depende de curtidas, aplausos ou troféus. É aquela sensação silenciosa, mas poderosa, de saber que você está sendo fiel a quem é.
Essa mudança de perspectiva é essencial para quem busca relacionamentos verdadeiros e parcerias conscientes. Porque quando você se reconhece, deixa de depender que o outro o faça. E, paradoxalmente, é nesse momento que você se torna mais magnético, para conexões autênticas, trocas reais e vínculos baseados no que é essencial, e não no que é performático.
Se Leonardo da Vinci tivesse esperado ser compreendido em vida, talvez tivesse abandonado sua arte. Se tantas mulheres brilhantes tivessem esperado reconhecimento antes de seguirem seus caminhos, o mundo estaria mais pobre de inspiração. O que seria da sua história se você continuasse adiando seus projetos por falta de aplausos?
O escritor Marc Allen, em As You Think, escreve: “Você se tornará tão grande quanto sua inspiração. Se pegar sua visão e executá-la, você a realizará.”
Não espere. Realize. Inspire-se. E siga.
O reconhecimento verdadeiro começa quando você decide se honrar não quando o mundo decide aplaudir. E a cada passo que der nessa direção, o eco do seu próprio valor se tornará mais forte do que qualquer aprovação externa.
Grande abraço,
Margareth Signorelli
Especialista em Relacionamentos pelo Método Gottman. Pós-graduada em Sexualidade pelo PROSEX- Faculdade de Medicina da USP. Gold Standard e Optimal EFT terapeuta. Autora do livro “Os 4 Pilares para uma vida feliz e saudável com EFT”. Criadora e Idealizadora de cursos de Autoaplicação da Técnica EFT, de Relacionamentos e de Formação de Terapeutas na Técnica EFT.