Aqui, cá com os meus botões, paro para pensar na vida e nas pessoas. Claro que a gente sempre se espelha na experiência dos mais velhos. E muitas vezes achamos que eles estão equivocados. Sabemos que, nas tentativas, eles acertaram mais do que erraram.
Nessas reflexões vejo que do alto dos meus quarenta anos ainda tenho tempo de me adaptar. Aceito muito melhor aquilo que não pode ser mudado. Sei que daqui pra frente as mudanças radicais começam a ficar cada vez mais distantes.
Meu velho pai, meu ídolo, meu amigo me inspira a escrever. Indomável, às vezes um tanto quanto irascível, mas é o meu pai a quem tenho adoração. Tem um jeito todo peculiar. É bravo, mas por dentro uma criança. Um tolo que vive por amor como ele mesmo diz. Muitas vezes não o compreendi. Até o dia em que me tornei mãe e vi, que o amor incondicional que tanto se fala, se fez verdade na minha vida.
Quando criança eu não entendia os seus nãos. Na adolescência eu o enfrentava mas sempre o respeitei. Na vida adulta comecei a compreender os significados do seu zelo. Agora, aos quarenta, passei a amá-lo ainda mais por toda a dedicação que teve e continua tendo comigo.
Ah, esse meu pai…já perdi as esperanças de que um dia ele mude. Aliás, já nem quero mais como um dia eu quis. Quero me adaptar ao que não pode ser mudado e a aceitar que o amor tem essas nuances que o tornam tão especiais.
Feliz por ter esse entendimento que faz parte da minha evolução! Pai, te amo!
Vanessa,
Poucas palavras e muito sentimento! Que coisa linda, reconhecer as qualidades e conviver com as diferenças.
Não recriminar é ter sabedoria.
Parabéns.
Bjs.