A autora Mirannda Ely, em produção independente, lança o primeiro livro da trilogia Paris sans Eiffel mesmo com todas as restrições da atualidade. Bramare – do italiano: o desespero do desejo – chegou ao mercado no formato digital no mês de abril e é sucesso em vendas mesmo antes de ter sido lançado na versão impressa, disponível a partir do início de maio.
Dotada de uma perspicácia única, Mirannda estreia no mundo da literatura com um romance que trata do universo amoroso feminino, o que não exclui a leitura para homens de boa-vontade que queiram compreender um pouco do que se passa na cabeça (e no corpo) das mulheres, suas reações lógicas ou impensadas. Especialista em Negócios, elaborou a estratégia do próprio lançamento, gerenciando as ações e analisando resultados de curto e longo prazo, bem como a coragem de investir em si como escritora independente no desafiador mercado literário brasileiro.
Saindo do lugar-comum, Paris sans Eiffel não é a história sobre um homem e uma mulher. É sobre o que o amor é capaz de fazer no destino e na alma quando nos apaixonamos na vida adulta. A narrativa deixa clara duas linhas distintas: a primeira, mais linear, ainda que cheia de desejo e paixão, do relacionamento do casal. A segunda e mais profunda, mergulha nas emoções e questionamentos de vida, onde as estrelas são os sentimentos que todos temos em busca do nosso eu.
Sem nomes próprios ao longo de toda a obra, ela mostra que o verdadeiro protagonista do livro se chama amor e, com isso, explora o universo do leitor, dando a ele o direito de se apossar da história como sendo sua. Aliás, usando a narrativa em primeira pessoa, locais e vinhos reais, é um verdadeiro convite a viajar pelas estradas do mundo e pelo universo da sensorialidade, além das reflexões de vida pelas quais todos passam em algum momento.
O nome da trilogia foi definido como exemplificação de quem somos nós em busca do que nos completa e levanta um questionamento: o que seria de Paris sem a sua torre? A explicação se dá já na primeira página de Bramare, na lembrança de uma cena vivida com um grande amor na cidade luz, onde ele diz a ela: “Paris sans Eiffel é a tradução de sua frase preferida… A pronúncia fica linda, não? Paris sem Eiffel define exatamente como eu era antes de encontrá-la: uma pessoa sem alma, vagueando cega pela vida, sem o seu olhar…”.