Detox digital

 

Por Gisela Campiglia

Será que você precisa fazer um Detox Digital?

Há quanto tempo você não passa um dia inteiro sem usar a internet? Caso não saiba responder a essa pergunta, verifique se você é um candidato a fazer um detox digital.

De acordo com uma pesquisa realizada pela USP, 20% dos usuários de smartphones no Brasil são viciados em internet. Apesar das experiências reais serem muito mais marcantes do que as virtuais, os contatos à distância estão substituindo os encontros pessoais. Provavelmente você não se lembra de qual amigo lhe mandou os parabéns via facebook, mas certamente se recorda com carinho de quem lhe presenteou com flores naturais em seu aniversário. Você não sabe quem lhe deu a vida salvadora no jogo Candy Crush, mas é muito grato à pessoa que lhe visitou no hospital quando estava correndo risco de morte. Por que estamos deixando de participar da vida real, para ficarmos conectados à internet o tempo todo?

O processo de privação dos relacionamentos pessoais teve início com o aparecimento da televisão, a postura apática das pessoas frente ao tubo televisor fez com que a convivência familiar fosse drasticamente reduzida. Hoje, o problema é ficar conectado à internet em todos os lugares que frequentamos.

Reflita sobre a sua relação com o celular.
– Você quase bateu o carro, pelo motivo de dirigir e falar no celular ao mesmo tempo?
– Já tropeçou na rua, porque estava digitando mensagens no celular enquanto caminhava?
– Costuma deixar de dar atenção as pessoas que você ama, porque está usando o celular?
– Você é dessas pessoas que interrompem a todo momento um encontro pessoal, para verificar as notificações que recebe no celular?
– Qual volume mensal de mídia você envia através do whatsapp? Está próximo a 2 gigabytes?

As crianças também são vítimas da intoxicação digital, porque praticamente nasceram com um smartphone nas mãos, cabe aos pais controlar seus filhos em relação ao uso excessivo de tablets, vídeo games e celulares. Os consultórios infantis estão cheios de crianças viciadas em tecnologia, elas sofrem com obesidade, insônia, dificuldade de concentração e estafa. Os problemas na coluna cervical também são comuns, de tanto olharem para baixo em busca da telinha, estão desenvolvendo a chamada síndrome do pescoço de texto.

O vício tecnológico que está assolando nossa sociedade é difícil de ser identificado, porque ainda estamos aprendendo a conviver equilibradamente com tantas possibilidades de conexão. Assim como existem clínicas para controlar a obesidade e o alcoolismo, agora vemos o aparecimento do Spa digital, local em que as pessoas ficam privadas de utilizar computadores, tablets e smartphones.

Quando a nossa relação com a internet não é invasiva, ela pode ser muito proveitosa. Observe se você não virou um prisioneiro da tecnologia que utiliza. A troca real é muito mais significativa e valiosa do que a troca virtual, analise seu comportamento e verifique se você está utilizando a internet de forma saudável e produtiva.

Gisela Campiglia

Formada em psicologia, física quântica, bioenergia e metafísica. Trabalha com desenvolvimento pessoal, promove palestras, escreve artigos e é colunista do Mulheres de Quarenta.

Eu me retiro

110111_1737_CoraoGelado12Muito comum nos fins dos relacionamentos, nos darmos conta do que realmente vivíamos. Nem sempre aquela relação era perfeita como você gostaria que fosse.

O fato é que ninguém enxerga. Talvez pela boa vontade de um dos lados de que tudo desse certo. Pelo romantismo e ilusão de se ter uma vida feliz para todo o sempre. Mas já sabemos que a felicidade é um momento. Que ela pode e deve ser conquistada todos os dias e que depende única e exclusivamente de nós mesmos.

Mas dentro da relação nem sempre é fácil enxergar os vícios, as manias insuportáveis e tantas outras coisas que na rotina diária não tem nada a ver com você.

Eu sou e sempre fui uma pessoa alegre, espontânea, rodeada de amigos. A vida social me agrada. Não preciso de muito para ser feliz. Consigo retirar das coisas mais simples uma satisfação incrível. Às vezes o requinte excessivo me desagrada. Cansa-me. Isso não quer dizer que não aprecio as coisas boas da vida. De toda forma, prefiro quando posso aproveitá-las do meu jeito.

Adoro comer um sanduíche no sofá vendo TV. E que se dane se caírem migalhas no chão. Também quero sair da mesa quando me der vontade ou dormir mais cedo porque estou cansada de tanto trabalhar. Ao contrário, posso passar a noite toda jogando conversa fora, rindo de mim mesma ou de alguma graça que minhas filhas tenham feito.

A grande verdade é que quando estamos num relacionamento dificilmente conseguimos enxergar a realidade. Os hábitos fazem com que você se acostume com tudo. E como se quer muito ser feliz, não é tão difícil aceitar. Ambos se conformam, muitas vezes, com a mediocridade em que vivem. Outros vestem-se da sua infelicidade interior e buscam fora outras alternativas para mascarar suas falhas e suas frustrações mas se esquecem, que a qualquer momento, elas voltarão á tona. E aí, pode ser tarde demais.

O fato é que verdadeiramente passamos a enxergar o passado quando nos projetamos para o futuro. E chegamos a conclusão que ele pode, e certamente será, muito mais promissor do que se pode esperar.

Eu confio!

Algumas-vezes-é-preciso-silenciar-sair-de-cena-e-esperar-que-o-tempo-nos-traga-as-respostas.

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