Cão que ladra

A voz é um instrumento poderoso. Uma vez usada a palavra, dificilmente é possível remediar. Muitas vezes elas ferem mais do que gestos ou do que uma agressão propriamente dita. E são inesquecíveis.

Não é nada fácil controlar o tom de voz quando estamos exaltados. E muito menos medir o que vamos falar.

Trata-se de um aprendizado que requer tempo. Mais do que isso, experiência que a gente só adquire com o passar dos anos.

De família italiana eu tenho o hábito de falar alto. Meu timbre é grave e forte. Muitas vezes assusto os meus ouvintes, mesmo sem querer.

Pessoas que falam manso têm mais chance de não perder a razão. Pensam antes de se colocar, raciocinam e conseguem expor suas ideias da melhor maneira possível. Fazem –se entender e conseguem ser ouvidas.

Reparem nos cachorros que latem muito alto. Eles querem te assustar. O cão que ataca te pega desprevenido, quando menos você espera.

Quem grita e esbraveja perde a razão. Nem sempre conseguem aquilo que querem. Outras vezes, desestabilizam seus interlocutores.

Melhor mesmo é pensar antes de falar ou calar quando for preciso. Ainda que as oportunidades demorem para chegar, sempre haverá tempo para falar o que é preciso. Se esse momento nunca chegar, enfim, você saberá quanta energia perdeu pensando nisso.

É…cão que ladra nem sempre morde. Esse é o ditado.

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