Chá verde e o câncer

 

Vários estudos demonstram que 3 fatores, além da genética que representa em torno de 15%, estão diretamente relacionados com a maior predisposição ao desenvolvimento de câncer: má alimentação, exposição á toxinas alimentares e ambientais (agrotóxicos, conservantes, poluição, cigarro, etc.) e estresse. Sendo assim, podemos a redução do risco de câncer esta muito mais na responsabilidade de cada indivíduo e do seu estilo de vida. Embora, saibamos que uma alimentação saudável deve conter o consumo regular de frutas frescas, vegetais, legumes, grãos, sementes, cereais, raízes, azeite de oliva, proteínas com baixo teor de gorduras saturadas, porca quantidade de sal, isenta ou bem moderada de açúcares e farinhas “brancas”, além de muita água. Há certos alimentos que comprovadamente também ajudam a diminuir o risco desta temida, mas infelizmente tão em prevalente doença – o Câncer ! e um deles é o chá verde.

O consumo freqüente de chá verde está inversamente associado com o risco de vários tipos câncer. O chá verde apresenta efeitos protetores em fases diferentes do processo da carcinogênese, inibindo-o pela modulação da transdução de sinais que conduzem à inibição da proliferação, transformação das células e aumento da apoptose.

É fundamental, para a sua ação como quimiopreventivo, a biodisponibilidade dos polifenóis nos tecidos.

O chá verde contém múltiplos polifenóis, entre os quais a epigalocatequina-3-galato, ou EGCG, uma das moléculas nutricionais mais poderosas contra os mecanismos necessários à invasão dos tecidos e à formação de novos vasos pelas células cancerosas. Após duas a três xícaras de chá verde, a EGCG está presente no sangue em grande quantidade, espalhando-se por todo o organismo pelos vasos capilares que cercam e nutrem cada célula do corpo.

O potencial quimioprotetor/antioxidante das frações das catequinas do chá verde apresenta a seguinte ordem decrescente de eficiência: EGCG = ECG > EGC = EC (RICE-EVANS; MILLER; PAGANGA, 1999.

Em uma pesquisa, verificou-se que o consumo de chá verde faz desacelerar consideravelmente o crescimento das células de leucemia, de câncer de mama e do câncer de boca. A grande preocupação de pesquisadores e da indústria farmacêutica é encontrar drogas anticancerígenas que apresentem boa eficácia e baixa toxicidade. As catequinas do chá verde, pelos estudos realizados por vários autores, têm demonstrado uma atividade quimioprotetora importante, porém, merecendo mais investigações sobre a dose e momentos de investigação do chá. É importante não só conhecer a ação das catequinas, mas também estudar os mecanismos envolvidos nessas atividades biológicas.

Sendo assim, as catequinas poderão ser um agente quimioprotetor ao alcance de toda a população como adjuvante no tratamento e prevenção para diferentes patologias.

Roseli Rossi  é  colunista do Mulheres de Quarenta. Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”

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