Antes de ser plural, aprenda a ser singular

Nós mulheres fomos ensinadas desde cedo que seremos felizes apenas quando tivermos um parceiro ao nosso lado. Contudo, essa ideia é um dos motivos de cairmos em relacionamentos que nos fazem tão infelizes.

Antes de estarmos bem com alguém, precisamos estar bem com nós mesmas. Sentirmos o coração quente e repleto de autoestima.

Um companheiro deve servir para complementar o que sentimos, e não para ser toda a nossa felicidade. Senão, nós passamos a abandonar o que gostamos, nossas tarefas, nossos amigos e família, e até mesmo a nossa personalidade, para viver exclusivamente em função desse alguém.

Além do mais, ao menor sinal de problema em um relacionamento, quando somos dependentes, lidamos de uma maneira muito mais complicada e confusa, sentindo que não ficaremos bem de qualquer forma. E acabamos aceitando o que não iríamos aceitar em situações bem diferentes.

Isso tudo vira uma bola neve, e a dependência no relacionamento faz com que os problemas só aumentem dia após dia.

Por isso, a melhor saída é aprender a amar mais a si mesma e se priorizar.

Não tente ter um relacionamento por sentir necessidade disso, só faça se realmente se sentir bem e completa.

Pessoa alguma pode criar a felicidade verdadeira que deve existir dentro de você, isso só você pode fazer.

Se coloque em prioridade e enxergue a mulher incrível que você é!

 

 

Meu namorado é mais novo do que eu!

Se antigamente as mulheres eram vistas com grande julgamento pela sociedade se tivessem um relacionamento com um homem mais novo, hoje em dia, isso tem sido algo cada vez mais comum de nos depararmos. 

A razão? Pode ser bem diversa. 

É claro que é possível que seja apenas coincidência a paixão por alguém mais novo, até porque, não nos encantamos por data de nascimento, e sim por troca de ideias, beleza, inteligência…

Porém, há as mulheres que realmente preferem de forma declarada os homens mais jovens. Sendo assim, diversas pesquisas são feitas ao redor do mundo para tentar decifrar isso. E nós do Mulheres de Quarenta, separamos alguns dos motivos que mais aparecem nesses estudos. Confira:

1 – Desempenho sexual

O primeiro motivo é o desempenho sexual. Isso porque, as mulheres relatam se sentirem mais livres para quebrar alguns padrões com alguém mais novo. Além disso, muitas vezes elas se relacionam com alguém com menos idade justamente pela elevada resistência sexual.

2 – Inexperiência 

Uma vez que a experiência é adquirida conforme ficamos mais velhos, a inexperiência de homens jovens podem fazer com que mulheres maduras se sintam mais poderosas e confiantes.

3 – Novas aventuras

É muito comum que homens mais velhos sejam mais tranquilos e gostem de cair na rotina, o que definitivamente é mais difícil de acontecer com rapazes novos, que são mais propensos a arriscar.

4 – Tem menos ‘bagagem’ 

Homens mais novos geralmente carregam menos traumas com relacionamentos, uma lista  menor de ex, e se forem muito jovens talvez nem filhos, o que para algumas mulheres pode ser vantajoso.

5 – Fazem com que a mulher se sinta mais nova

Isso ocorre principalmente pelo fato de que eles podem levá-las a lugares novos e assim, propiciam experiências jovens e inéditas.


Tensão sexual no ar, o que fazer?

Por: Lelah Monteiro – sexóloga, psicanalista, fisioterapeuta e life coach

O que é tensão sexual? O que fazer com a tensão sexual? Vou responder esta pergunta de uma leitora, afinal o que é aquela sensação que está no ar? Que sentimos com uma pessoa que por vezes já é seu amigo/a, mas neste dia ou de uns tempos para cá, você percebe que tem algo a mais, uma sensação que perpassa pelo corpo, às vezes um desejo fora do contexto, outras uma tensão que é boa misturada com um fogo que sobe pelo seu corpo te deixando trêmula… Sim, isto é uma tensão sexual.

O que fazer com isto? Depende da sua escolha, se é mútuo, se é apenas uma sensação de desejo, de identificação, de transferência, admiração com carência afetiva ou sexual, ou mesmo admita que o gato/a mexeu com você!

Uau, celebre internamente, te dê este presente. Isto neste momento talvez signifique apenas identificar estar viva sem dar nenhuma sequência, ou se for sua escolha e houver correspondência, iniciar uma nova história.

Será que a tensão sexual poderá dar início a uma paixão? Sim e não, ela poderá ser o toque que faltava ou poderá ficar no campo do platonismo.

Estamos até o momento falando de uma tensão boa, que mexe com seus hormônios, que te deixa ruborizada, meio que até denunciada pelo brilho no olhar ou pelo sorriso maroto que surge entre seus lábios. 

Ah, amada, observe melhor seu corpo, permita-se ser esta pessoa sem julgamentos ou entraves, seja você, seja sua melhor versão.

E claro, que vou já responder outra pergunta: Lélah, como aliviar a tensão sexual aqui de casa, não transamos há tempo e o clima está tenso?

Esta é outra tensão, que poderemos chamar também de climão por falta de sexo. Vamos lá:

Primeiramente, baixe todas as barreiras e pare de ser a rabugenta da história. Depois, sem cobrar nada, vá trazendo a dinâmica sexual, com uma comunicação objetiva e carinhosa, com uma comunicação não verbal, surpreenda com pequenos gestos e ouse!

Continue e não se julgue ou brigue, se o outro não corresponder ou entender, estamos falando de outra dinâmica que talvez leve um tempo para ser incorporada. E por último, aprenda com seu corpo, seus hormônios, goste de estar contigo e pare de se sabotar. 

Comente quando foi a última vez que você sentiu uma tensão sexual. Foi correspondida? O que você fez? A tensão sexual te levou a uma química sexual boa? Saiba que nem toda tensão sexual gera boas químicas, então quero ouvir sua história, e claro, prepare-se porque estou preparando alguns contos eróticos para você, escrito a muitas mãos.

Só para instigá-los, a tensão sexual pode levar a traição? Depende do que você entende por traição, affair e acordos.

Tenho um canal no www.youtube.com/lelahmonteiro com vários vídeos sobre o assunto, confere lá também.

Além disso, você pode participar do meu novo grupo: Nós, Mulheres. Ele aborda diversos assuntos do universo feminino, e suas reuniões acontecem quinzenalmente em São Paulo.





Descubra os tipos de amor e suas diferenças!

O amor em si é tudo a mesma coisa? Claudio Naranjo mostra para nós que não em um doce texto que explica três faces desse sentimento: amor admirativo, erótico e compassivo.

Confira abaixo!

 “(…) Eros (amor-desejo), caritas (amor) e philia (amor-admiração) podem ser caracterizados como o amor do filho, o amor da mãe e do pai, e são predominantemente relacionados com a primeira, segunda e terceira pessoa que distingue a estrutura de nossa linguagem: o desejo de amor, com seu desejo de receber e privilegia o eu. Enquanto o amor ágape é um amor por você, e a admiração de amor projeta a experiência de valorização além da experiência do eu-você, em uma personificação do transcendente ou uma simbolização do valor puro. Também pode ser dito que o amor de si acolhe o animal interior que está em nós, uma criatura de desejos, enquanto o amor por você enfrenta o próximo como pessoa ou ser humano e a admiração do amor encontra seu verdadeiro objeto no divino, seja em uma dimensão universal ou na experiência da divindade encarnada ”.

Amor admirativo

“(…) Há um amor que tem a ver com amizade e que não é necessariamente protetor ou implica uma busca por prazer, mas tem a ver com apreciação, com admiração, com respeito e com ideais. A estimativa não é erótica ou generosa, é uma terceira coisa e os gregos a chamam de philia. É o que se procura na amizade, o que se encontra em cada pessoa a quem eles valorizam, só que existe um gradiente que vai da aceitação à estima e respeito, à admiração e, finalmente, ao culto.

Há amizades interessadas, como a que existe entre duas pessoas que gostam de jogar tênis; eles usam um ao outro, desde que cada um sirva o outro com respeito à satisfação de um gosto.

Há também amizades manipuladoras, nas quais, em nome da amizade, se trata de obter outras coisas; mas a amizade verdadeira é aquela em que a pessoa está interessada na outra porque a outra tem alguma qualidade espiritual ou humana admirável que estimula o crescimento de alguém. (…) É o amor mais propriamente humano. ”

 “(…) Se pensarmos na forma de amor que move Aquiles e os outros heróis homéricos, que tanto exaltaram a glória de morrer em batalha, diremos, sem dúvida, que é sobre admirar o amor; mas não é tanto sobre essa capacidade amorosa que se expressa no reconhecimento do valor do outro e isso implica uma capacidade de devoção, uma sede de reconhecimento, e a correspondente ânsia de sacrificar tudo à fama. Aquiles é, em outras palavras, um monstro do narcisismo: com o prestígio do herói incomparável e, ao mesmo tempo, com a sede de triunfo competitivo pessoal que o leva a atos de suprema desumanidade ”.

Amor erótico

“(…) Existe um amor erótico ou instintivo que no mundo cristão tem sido um amor muito proibido, demonizado e até criminalizado.

A vergonha sexual não é intrínseca à natureza humana, e eu pessoalmente compartilho com Freud e Reich a noção de que muitos dos problemas que as pessoas têm como resultado da sexualidade proibida e o sentimento de que parte de seu dom instintivo é algo horrível e inconfessável. “

 “(…) A criança, então, sentindo que deveria gostar do adiamento de suas preferências ou opiniões, tem apenas que se separar de seu próprio sentimento de prazer ou antipatia. Você deve, então, distanciar-se do seu corpo (e suas emoções verdadeiras) em prol do que você deveria gostar e do que você deveria sentir. Em vista dessa posse emocional, então, entende-se que a proibição do prazer, ou pelo menos a desvalorização do instintivo e do erótico, é intrínseca à manutenção do autoritarismo ”.

Amor compassivo

“(…) O tipo de amor que na literatura cristã é chamado de ágape ou caridade é aquele que é expresso como generosidade e bondade, é o“ amor ao próximo ”que caracteriza não apenas o caminho cristão, mas os ensinamentos de todas as religiões.

Essa forma de amor culmina na compaixão, característica de seres que percorrem um longo caminho, mas que também é intrínseco à experiência humana, já que ela já está presente na experiência da maternidade. E não apenas humanos, mas todos os mamíferos também exibem um comportamento materno que expressa um amor protetor, auxiliar e potencialmente sacrificado ”.

 “(…) Mas é claro que elevar o ideal de compaixão não é o mesmo que ser compassivo: ao contrário, contribuímos com nossos ideais para isso, sentindo-nos virtuosos por apenas adorá-los, negligenciamos ser fiéis a eles com nossas ações. Servir como exemplo como o ato de orar a Maria – encarnação simbólica da misericórdia divina – diminuiu a brutalidade dos cruzados. Assim, o ideal cristão de amor, defendido como uma bandeira da civilização cristã, projetou apenas uma pálida reflexão sobre o coração cada vez mais endurecido dele ”.

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