Sentada na Montanha-russa – A vista do alto é deslumbrante 

 

Por que consumimos a ideia de que 40 vai ser tão diferente dos 39 anos? Aparece uma avalanche de dúvidas e emoções transitando dentro da nossa cabeça quando a data do aniversário se aproxima. Lembro-me de fazer a analogia de estar dentro de uma montanha russa, lá em cima, com o carrinho embicado para a queda. Ai meu Deus! Que frio na barriga de passar por isso.

Hormônios despencando, colágeno indo embora, linhas de expressão marcando o rosto. Nem posso ficar brava que elas saltam na testa antes mesmo do vencimento do próximo botox.

Dia desses, eu estava sentada na copa do escritório onde eu trabalhava, tomando café com um amigo e falando sobre nossos sonhos e projetos fora dali. Percebi que ele também alimentava sonhos que foram podados ao longo da carreira por serem tão naturais, às vezes, tão simples também.

Eu pontuava as nuances da vida de escritora com entrevistas, pesquisas e construção de personagens. Ele elaborava um plano para resgatar o projeto de ser roteirista de teatro. Senti que aquela conversa me alimentava muito mais do que o próprio café com pão de queijo à nossa frente, mas em algum momento ele entrou no xis da questão da sua estagnação em concretizar sonhos, e o diálogo ficou profundo e terapêutico.

“Já completei quarenta anos e ainda não sei o que fazer para me sentir feliz por completo”, declarou meu amigo, em sussurros.

O pior não foi ouvir o desabafo do outro, foi ficar em silêncio ao ser questionada sobre o que fiz para me transformar e ter certeza das minhas convicções aos quarenta. Confesso que tive que pensar um tempinho, entre um gole e outro do café ainda quente, mas a resposta veio à mente: – Escrever o livro Conexão – A Chave do Verdadeiro Amor aos quarenta foi, com certeza, um salto em minha vida.

Não tive a experiência da protagonista de viver uma nova cultura em Istambul, nem fiz um mestrado no exterior como ela, no entanto, eu peguei carona na energia principal que trabalhei por meses no meu livro.

Pela primeira vez consegui me conectar de verdade comigo mesma. Despertei a minha essência, resgatei a minha autenticidade. Depois disso, tudo ficou muito mais leve, não preciso provar nada para ninguém. Sou livre para tomar as minhas decisões sem depender de agradar somente ao outro. Este é o maior problema a meu ver, eu queria agradar e acabava ficando refém do outro, do julgamento dos outros.

Agora faço por mim, para me agradar. Escrevo para mim, assuntos que eu gosto de estudar e, por consequência, posso ajudar outras pessoas com novas ideias, reflexões ou apenas promovendo a diversão de ler um romance romântico. Esta pequena sacada mudou tudo dentro de mim.

Neste momento, com quarenta e três anos, volto ao topo da montanha russa não com medo da descida, mas agora disposta a gritar se ficar ansiosa, querendo levantar as mãos para o alto para mostrar a jovialidade que ainda habita em mim e, ainda por cima, consigo suspirar ao admirar a vista. Entende o que quero dizer? Isto é apreciar a sua idade feliz e todo o resto de vida que virá pela frente.

Sobre a autora: Juliana Marinho é formada em Relações Públicas pela Faap, Pós-graduada em Psicologia Positiva e Ciência do Bem-estar e cursou Civilização Francesa na Université de la Sorbonne, em Paris. Em 2019 participou da Antologia Romântica com o seu conto Elo de Esmeralda, publicada pela editora Lura. Ela nasceu em São José dos Campos e hoje mora em São Paulo com a filha e o marido.

 

Mulheres fortes merecem homens à altura

Se antes as mulheres eram educadas para aprenderem a ser as melhores esposas do mundo, hoje elas são ensinadas desde cedo a serem incríveis em todas as áreas da vida.

Atualmente, elas são criadas desde novas a batalharem para conquistar um bom emprego, sucesso e uma carreira incrível. Agora, seus pais mostram a importância de ser independente, e que elas não precisam de homens para ser felizes.

As mulheres aprenderam a voar, e não é qualquer homem que sabe acompanhá-las.

Uma mulher forte e incrível, não consegue ter um relacionamento com um homem que seja menos do que ela. Se almejar ter um amor, ela quer um companheiro e parceiro de vida, que possa contar todo o tempo e que seja admirável.

Por não serem criadas com o intuito de terem um bom marido, elas sabem que não precisam disso e conseguem escolher alguém com muito mais calma e critério.

Elas, muitas vezes, ainda querem se casar, mas agora sabem que não merecem menos que o melhor dos homens em sua vida.

O sexo feminino empoderou-se, e agora antes de pensar no outro, quer pensar em si, preocupar-se em evoluir e ser o melhor que puder.

Se algo de si não agrada o homem? Ao invés de sofrer mudando a si mesma, ela troca de parceiro para ter alguém que a compreenda e a entenda da melhor forma possível.

Por: Jéssica Mayara (@jessica.mjornalista) – jornalista, redatora, revisora e gestora de redes sociais. 

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