Pacote completo

mae-filhosHomens que se aventuram a assumir relacionamentos com mulheres de quarenta têm muito o que aprender. Elas têm experiência, sabedoria, são decididas e até podem não saber muito bem aquilo que querem, mas certamente, sabem exatamente aquilo que não querem. Sofrer, por exemplo, é um item que está fora de cogitação.

Nesses anos elas já tiveram chances de experimentar muitas coisas. Amadureceram, ainda que tenha sido pela dor. E aprenderam, queira ou não, que ninguém morre por amor. São corajosas para assumir alguma coisa sabendo que, se não der certo, podem sobreviver.

Além disso, muitas delas vem com acessórios inseparáveis: os filhos. Ainda que elas se apaixonem loucamente, eles estarão em primeiro lugar. E ai de quem mexer com a sua cria. De uma hora para outra as leoas viram feras.

O companheiro que tiver a coragem de assumir uma mulher de quarenta tem que estar disposto a comprar o pacote completo. Terá que aprender a conviver neste novo cenário familiar, enfrentar as diferenças e os conflitos. Saber lidar principalmente com as pequenas disputas e entender que no amor não existe divisão. Se em algum momento tentar concorrer com os filhos, sairá perdendo.

Se por outro lado, usar sua maturidade e inteligência para saber administrar a situação e acima de tudo, se houver amor verdadeiro, não haverá obstáculo que impeça o bom relacionamento familiar.

A mulher, por sua vez, se regozijará ao ver o companheiro empenhado em fazer o seu melhor para os seus filhos. Quem nunca ouviu aquele velho ditado: quem meu filho beija, minha boca adoça?

E aí? Pacote completo? Vai encarar?

Só para os fortes!

Quem desdenha…

Como-fazer-uma-mulher-que-já-te-rejeitou-mudar-de-ideia1Sempre quer comprar.

Quem me conhece sabe que sou adepta desses ditos populares.

Já não é de hoje que escuto falar que homens quando não podem ter as mulheres que desejam, costumam rebaixá-las de alguma forma. Eu me lembro, quando era adolescente, de ter passado em frente a uma obra numa rua perto de casa e ter ouvido coisas horríveis a meu respeito. Palavras, que confesso, naquela época, eu nem conhecia.

Eu fiquei extremamente ofendida. Aquela afronta invadia a minha moral. Voltei para casa aos prantos ao encontro da minha mãe.

Certo dia, numa conversa informal com um amigo psiquiatra, ele me explicou que as pessoas que não podem se igualar ao seu nível – não que eu seja mais do que os outros – costumam te rebaixar para que possam, de certa forma, estar no mesmo patamar que você.  Como aquele homem sabia que não podia me ter, ele desferia palavras chulas contra a minha pessoa para me diminuir, me deixar abaixo do chão. Em outras palavras, quem não pode subir, te força a descer.

Não duvido que muitas mulheres que sofrem agressão, inclusive física e sexual, são vítimas de situações como essa.

Apesar de toda a evolução e mudança de valores, muitas mulheres continuam sendo alvo de homens rejeitados. Recentemente, um dos meus contatos numa das redes sociais das quais faço parte, tentou me cortejar. Quando se deu conta que eu não queria nada com ele, de forma um pouco parecida com o peão da obra de alguns anos atrás, ele me esculachou por escrito. Desferiu a mim o pior tratamento possível que nem convém descrever aqui. Usou a vulgaridade peculiar de perdedores que nunca hão de aceitar uma derrota em suas vidas.

A covardia foi tanta que ele se auto-deletou para que eu não tivesse nem tempo de lhe responder. Opa, em tempo: valeu, super obrigada!

Claro que fiquei indignada, mas logo me lembrei das palavras sábias daquele meu amigo psiquiatra sobre casos como esse. Hoje a maturidade me faz encarar bem melhor essa situação do que aquela vivida há anos.

E como diz a música, beijinho no ombro para o recalque dos amigos! Afff…

Medite, mulher, medite!

FullSizeRenderZé Paulo Pitombo é o meu terapeuta. Ele é astrólogo e também administra florais de acordo com o mapa astral. Eu sempre fui um pouco cética com relação a isso até conhecer o Zé. Mas antes de mais nada, ele é um cara bacana que sabe ouvir, me entender e dar conselhos certeiros. E contrariando todas as regras, ele é meu amigo.

Na minha última sessão, o Zé recomendou que eu meditasse diariamente por dez minutos para encontrar as respostas que eu tanto preciso. Fácil, né? Afinal, quem não tem dez minutos por dia para fechar os olhos e relaxar numa cadeira sem pensar em absolutamente nada?

Obediente, lá fui eu me aventurar nessa pequena missão. Sentei-me no sofá, fechei os olhos e…passados alguns segundos minha filha mais velha me chamou. Abri os olhos e calmamente disse-lhe que não podia atendê-la naquele instante. Voltei a fechar os olhos novamente quando minha funcionária repentinamente me abordou para saber o que deveria preparar para o almoço.  Nesse interim, telefone e interfone tocaram ao mesmo tempo. Meu celular, no silencioso, vibrava com mensagens insistentes sobre a mesa.  Tento me livrar de tudo para retomar minha concentração. Fecho novamente os olhos e recebo, de supetão, um beijo da minha filha pequena que nem poderia imaginar o que era uma meditação.

Meu dia seguiu como tinha que ser. Filhas de férias, tarefas de casa, trabalho, compromissos, compras de mercado, entre tantas outras coisas que nós mulheres temos que fazer.

Claro que fui obrigada a desistir. Passei o dia todo a procura daqueles tais dez minutos que eu precisava para mim. Tomei meu banho, coloquei as meninas na cama e estava pronta para começar meu exercício de meditação. Tudo estava calmo, tranquilo e sereno como deveria ser. Estava certa que, daquela vez, conseguiria cumprir meu mister. Apaguei a luz, recostei minha cabeça, fechei os meus olhos e pasmem, em menos de dez minutos, adormeci.

Como sou persistente continuo disposta a vencer esse meu desafio. Zé, aguarde minhas boas notícias na próxima sessão!

Quer saber mais sobre o Zé Paulo Pitombo? Acesse: http://zepitombo.blogspot.com.br

Ele é também autor do “Manual do Homem Ideal

Assista também nossa entrevista para o Programa Gente que Fala:

 

 

 

 

Deixe-me em paz!

cap22“Eu não aguento mais”. Esse foi o desabafo de um amigo recém separado que vem sofrendo as consequências do desequilíbrio da sua ex que não consegue superar a falência do casamento.

Seu único objetivo é destruir emocionalmente seu ex-companheiro de maneira ardilosa, numa vingança sem fim. Suas artimanhas para alcançar o que tanto quer são tão vis que não só atingem o seu ex como todos os que estão a sua volta. Nessa cadeia, as principais vítimas são os filhos, além dos pais, e sogros, também.

Eu me recordo bem do momento da minha separação. Entendo perfeitamente o quanto é difícil aceitar essa nova condição. Lembro-me de como foi complicado ter que assumir tudo sozinha e aceitar que as coisas realmente haviam mudado em todos os sentidos, principalmente a minha situação financeira.

Também senti dor, medo e raiva. Chorei muito, sofri bastante. Até que um dia, enquanto eu me lamentava dessa situação tomei um grande “chacoalho” da minha mãe. Ela me via jogada, quase desistindo, quando mandou que eu me levantasse da cama e tratasse de cuidar da minha vida e da vida das minhas filhas, afinal, era essa a única – e melhor herança – que havia restado daquela relação.

Então eu me dei conta de que enquanto eu pensava em fazer alguma coisa para me vingar de tudo o que havia acontecido, minha vida andava para trás. Eu não conseguia trabalhar, nem me concentrar em nada. Não me divertia e apenas amargava o meu destino. Com o choque emocional dado pela minha mãe eu tomei a decisão de que não deixaria nada mais me abalar. E assim, eu me levantei da cama e segui em frente. Tratei de cuidar de mim e minha relação com as meninas foi a melhor possível, tanto que, apesar de todo o sofrimento, medos e angústias, passamos juntas por esse momento sem que elas precisassem de qualquer tipo de ajuda.

Posso dizer que nós, juntas, nos superamos. E apesar de toda a derrota, saímos vitoriosas. Minha vida continuou. Eu segui em frente e descobri muitas outras coisas que me faziam feliz. Amigos, festas, diversão e o principal: que mesmo só, eu poderia ser uma ótima companhia para mim mesma.

Meu amigo espera que verdadeiramente sua ex encontre seu caminho e que ambos possam viver em paz.

Eu também torço por eles!

 

Que amor é esse?

sindrome-coracao-partidoUma das minhas amigas me confidenciou que seu atual companheiro andava reclamando sobre a falta de sexo.
Eles se relacionam há algum tempo e vivem bem. Têm, inclusive, uma viva sexual bem ativa. Ele declara um amor incondicional e eu sempre soube que a recíproca era verdadeira.

Minha amiga me confessou que estava magoada com a postura de cobrança do companheiro mesmo porque ela, muito bem resolvida, não tinha nenhum problema dessa natureza. Sempre encarou o sexo com naturalidade.
Ela, assim como a maioria das mulheres, tem para si que o sexo, muito mais do que satisfação de seus instintos, é um complemento do amor.

Homens sem muita sensibilidade não entendem que mulheres são bem diferentes nesse quesito. Não que não apreciem a coisa, mas para elas têm que haver algo a mais. Isso quer dizer que não adianta chegar “chegando” sem antes dizer porque veio.

Sexo requer gentilezas que se iniciam muitas vezes com um simples bom dia, um pequeno elogio, um agrado, e claro, com as carícias que fazem parte de todo esse processo.

Homens insensíveis, egoístas e egocêntricos não conseguem enxergar essas nuances e com isso podem colocar tudo a perder.

O amor, na sua plenitude, é capaz de superar as bundas moles, os peitos caídos, os cabelos brancos e as rugas que o tempo inevitavelmente deixará acontecer.

E se ele sobreviver um dia as lembranças podem ser muito melhores do que as cobranças e futilidades que o tempo, para alguns, não conseguiu ensinar.

Uma pena que tantos ainda tenham muito para aprender.

 

Como enlouquecer os seus filhos

Cri-2Pode parecer piada mas não é.
Navegando pela internet encontrei uma sentença proferida por um juiz de família que me fez refletir bastante.

Eis o texto:

“Na avaliação, percebe-se que a genitora da criança não conseguiu elaborar a separação do Sr. João (nome fictício) e com isto se desestabilizou afetivamente também em relação ao seu papel materno, vindo inclusive a negligenciar os cuidados com o filho, por isto mantém uma postura de insegurança, medo e dificuldade de retomar a sua vida.
Sugere-se tratamento psicoterápico de no mínimo 6 (seis) meses para que a genitora possa elaborar os lutos resultados da separação, bem como rever seu papel como genitora.”

O que parece incomum é mais corriqueiro do que se possa imaginar. Fatos como esse acontecem com frequência.
Mães que foram deixadas por algum motivo e não digeriram bem a separação acabam transferindo essa carga – mais do que pesada – para seus filhos.
Muitas, em razão de sua dor, acabam deixando-os de lado, sem se preocupar com alimentação, escola ou com os cuidados básicos que devem ser dispensados à sua prole.
Pior ainda, algumas armam armadilhas emocionais para chantagear, inclusive financeiramente, o ex-conjuge. E agem sem limites usando artimanhas tão vis que causam danos irreparáveis não só no emocional como na saúde física de seus filhos.
Lamentável que isso aconteça. Filhos reféns desses comportamentos ficam agressivos, raivosos, e às vezes introspectivos. Os primeiros sinais estão na queda do rendimento escolar. Fora isso, encontram dificuldades para se relacionar ainda que os ambientes sejam familiares.
Além disso, as consequências drásticas podem vir com o tempo, principalmente na fase crítica da adolescência.
Pais que se dispuseram a colocar filhos no mundo têm que arcar com a responsabilidade de criar, educar e lhes proporcionar um ambiente em que possam crescer saudáveis e felizes, independente se estiverem juntos ou separados na árdua tarefa de formação dos filhos.
Nós pais, somos responsáveis pelo futuro das nossas crianças.
Que cada um aprenda a conviver com as suas dores e as suas frustrações sem transferí-las para as crianças.
Erros todos nós cometemos. Sorte de quem tem a chance de reconhecê-los, dar um passo para trás para poder voltar a seguir em frente enquanto ainda há tempo.
Esse juiz nos dá uma boa lição!
Recomendo a leitura dos meus textos publicados há alguns anos sobre minhas próprias experiências após a separação.

Seguem os links:

https://mulheresdequarenta.com.br/separacao-e-um-luto/

https://mulheresdequarenta.com.br/lutos-da-vida/

 

Meus defeitos, suas qualidades

1303304515796_fHoje pela manhã, sem querer, eu e minhas filhas iniciamos – a pedido delas – um importante exercício. Tudo começou com a brincadeira de apontar os defeitos e as qualidades de cada uma.

Não é fácil receber críticas. Ninguém gosta de ouvir as verdades.

As meninas colocaram pra fora as suas insatisfações em relação a mim. Giovanna, minha filha menor, disse-me que um dos meus defeitos era a sinceridade: -Mãe, às vezes você magoa!

Rafaela, minha pré-adolescente, reclamou da minha braveza.

Eu, como mãe, apontei coisas básicas que crianças da idade delas costumam fazer, como desobediência, desordem e outros pequenos deslizes que ainda podem ser corrigidos.

Confesso que não foi uma conversa fácil. Reconhecer nossos próprios erros é difícil. Os elogios amenizaram um pouco a nossa avaliação pessoal.

A tal “brincadeira” mexeu com os nossos sentimentos por que, queira ou não, aceitamos as críticas e prometemos, mutuamente, mudanças e melhoras. Se vamos conseguir, só o tempo poderá nos dizer.

Nosso café da manhã de hoje foi regado à lágrimas, beijos e abraços coletivos.

É…o amor às vezes dói. Em nome desses nossos desafios, seguimos em frente na certeza de que estamos aqui para nos superar a cada dia.

Que bom que ainda temos tempo para aprender.

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Reinventar-se

Final FelizSou uma pessoa que acredita nas relações. Para mim, sempre deve haver uma segunda chance. Se existe amor, ainda que fragilizado, sempre haverá oportunidade para resgatar o que um dia ficou perdido.
Conheci uma mulher que, depois de 21 anos  e infeliz no casamento, se separou. No caso dela, o marido tomou a iniciativa e saiu de casa.
Nesse momento, ao perder o chão – o que lamentavelmente acontece nesses casos – ela resolveu falar tudo o que estava entalado durante anos. Coisas pequenas que, na relação, faziam toda a diferença. O marido, por um longo período, não a beijava mais. E embora estivessem casados não tinha nenhuma demonstração de afeto ou carinho pela sua parceira.
Ela, lamentavelmente, sofria com essa situação, muito embora não a verbalizasse. Pelos anos de relacionamento, ambos estavam conformados com essa situação, como se tudo estivesse dentro da maior normalidade.
O fato é que muitas vezes essa distância pode tomar uma proporção gigante a ponto de acharmos que a única saída para ser feliz é a separação.
No momento em que minha amiga se deu conta do fim, corajosamente, resolveu falar para o seu parceiro tudo o que sentia. Depois de tanto tempo sofrendo calada, ela colocou tudo pra fora.
O ex marido a ouviu atentamente. Ele também fez o seu desabafo! E ela teve a nobreza de reconhecer seus erros e suas falhas na relação.
Pensativos, eles se afastaram por alguns dias. Cada um ficou no seu canto para refletir. Passados dez dias, eles se encontraram. Aos poucos voltaram a se relacionar como se fossem desconhecidos, um para o outro. E descobriram, sem mais nem por que, que as coisas poderiam começara a funcionar.
Claro que jamais da mesma forma e nem cometendo os mesmos erros do passado. Eles voltaram a namorar. Eles se beijam, se abraçam e andam de mãos dadas. Vão ao cinema, saem para jantar e viajam juntos. Eles brincam como desconhecidos e nesse contexto ela não admite que ele fale mal do seu “ex marido”. Ele também não quer saber mais da sua “ex mulher”.
Eles se reinventaram. Estão juntos e felizes e principalmente dispostos a recomeçar de uma nova maneira.
Ela distintamente me confessou que está apaixonada pelo seu “ex, atual namorido”. E eu tratei logo de contar essa história para vocês, porque assim como eles, eu adoro um final feliz!

E dessa forma, desejo que todos se encontrem na plenitude que só o amor verdadeiro pode nos oferecer! Boa vida pra vocês!

Beleza Pura!

Minha participação no programa Beleza Pura, da querida cantora Larissa Cavalcanti, onde falo exclusivamente sobre nós, Mulheres de Quarenta, nossas experiências, conflitos, desafios e muito mais.

Espero que você goste. Está curiosa? Então clique aí!

Quem manda no pedaço sou eu

1360778973.2-fotoQuando criança, minha mãe chamava minha atenção e sempre me dizia que eu havia passado dos limites. Eu não entendia muito bem o que era isso até o momento em que eu, repentinamente, tomava uma boa palmada.
Sim, minha mãe usava essa técnica e eu nunca a odiei por isso. Acontece que essa prática, nos dias de hoje, não é usual. Tem até lei que trata desse assunto.

O fato é que desde pequena eu entendi que meus pais é que mandavam no pedaço, não eu. Eu lhes devia o respeito, obedecia e por muitas vezes tinha um “não” como resposta.

Claro que o castigo não acontecia com frequência porque minha mãe, sempre muito inteligente, sabia como tirar alguns privilégios por conta do meu comportamento. Com isso perdi várias festinhas de aniversário, tive que recusar alguns convites e também deixei de ganhar as coisas que eu tanto queria. Tenho a convicção de que se os meus erros de infância não tivessem sido corrigidos, talvez eu não me tornasse aquilo que hoje eu sou.

Só tive consciência de que eles estavam certos quando me tornei mãe. Um dia, arrependida por ter repreendido minha filha, tratei de ligar para a minha mãe. Ao ouvir minha história, minha conselheira me disse que aquilo que se faz com a espontaneidade que o momento exige é o certo, ainda que tenha sido necessária um pouco de rispidez.

Bom, sigo criando minhas filhas com muito amor, mas impondo-lhes limites. Elas sabem que, por enquanto, quem lhes impõem as regras sou eu. Ainda assim, eu lhes mostro os caminhos certos e sempre deixo que a escolha seja feita por elas. Sou dura e firme quando preciso, sem medos, sem culpas e sem arrependimentos. E, ainda que cometa alguns erros, estou sempre tentando acertar. Elas sabem disso!

 

Moda aos 40

Gisele GasparAtendendo a pedidos, convidei minha amiga Gisele Gaspar para falar para as Mulheres de Quarenta o que pode e o que não se pode usar nessa nossa faixa etária. A Gisele entende muito de moda. Ela é consultora de imagem, personal stylist e produtora de moda. Eu a conheço há mais de 15 anos e só posso dizer que, no quesito moda, ela é uma das melhores que eu já vi. Então vamos lá! Vejam as dicas da Gisele Gaspar.

“Mulheres de Quarenta podem tudo? Quase tudo!

Quando atingimos uma certa idade temos que ter mais cuidado e sermos mais seletivas na escolha das peças. Mulheres da nossa idade e que querem passar a imagem de bem sucedidas não podem usar peças de má qualidade.

Constanza Pascolato, um dos ícones da moda brasileira, diz que “se você quiser ser cool, use bons tecidos”. A grande sacada é essa: comprar peças de melhor qualidade. Aquele velho ditado, “menos é mais” tem muita validade! Além disso, o bom sendo deve estar sempre em primeiro lugar.

Eis as minhas dicas: você pode usar shorts se as suas pernas estiverem em dia, mas não se esqueça de selecionar os lugares. Evite sair à noite ou durante a semana com shorts muito curto. Modinhas também são arriscadas,como franjas, saias de babados, ankle boot, caveiras, sandálias estilo romana. Mas se você quiser mesmo usar, procure compensar com outras peças.

Olha só o que não fica legal!

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Se quiser usar uma estampa de caveira, por exemplo, procure misturar com uma calça de alfaiataria.

Não dispensa uma Ankle Boot? Combine uma com uma calça preta e capriche na blusa.

Ama sandália estilo romana? Experimente usar com uma saia ou vestido longuete. Nunca com shorts super curto.

Agora vamos ver o que é bacana.

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Tem muita vontade de uma saia de babado? Jogue com uma camisa que não seja tão curta.

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Na moda, não há nada que não se possa usar.  Pode tudo, mas é preciso ver aquilo que lhe convém.

Até a próxima!

Um beijo da Gisele Gaspar!”

Quem quiser falar com a Gisele, pode entrar em contato pelo facebook.

É só clicar: https://www.facebook.com/gasparayres?fref=ts

Bandeira branca, amor!

White Flag: Last LapFiz uma enquete na página do Mulheres de Quarenta para ver o que as mulheres queriam ouvir. Relacionamentos que resultam em filhos foi um dos temas solicitados. O que fazer para viver em paz com o seu ex quando se têm filhos? Confesso: não é fácil.

Logo depois da minha separação fui a uma festinha de criança. Eu estava só com as minhas duas filhas. A mãe da aniversariante era separada e o pai, ex-marido dela, estava na comemoração. Eu achei aquilo o máximo, afinal estava em pé de guerra com o meu ex. Senti uma pontinha de inveja porque enquanto minhas filhas sofriam com aquele momento que estávamos passando, a aniversariante estava toda feliz ao lado do pai e da mãe.

Apesar de achar que meu dia nunca chegaria, posso dizer que hoje vivo em paz com o pai das minhas filhas. Temos uma relação de respeito e cordialidade o que já é suficiente para que nossas filhas vivam felizes e confortáveis com a harmonia que agora existe entre nós.

Claro que não foi fácil chegar até aqui. Brigamos, discutimos, envolvemos as meninas até que percebemos que, para elas, o melhor seria tentarmos uma convivência pacífica. Com isso, elas não nos deram trabalho. Sofreram a perda, como nós, mas entenderam e, por fim, aceitaram bem a separação.

Hoje entendo que enquanto um não levanta a bandeira branca, a guerra nunca acaba. Perder, por um lado, significa ganhar do outro. Pense bem se a decisão de viver bem não cabe a você! Às vezes é melhor ser feliz do que ter razão. Boa sorte!

Envelhecer é uma arte

casal-abracando-620-size-598Quem nunca ouviu essa frase? Pode parecer clichê, mas entender as etapas da vida e aceitar que inevitavelmente os anos vão passar não é pra qualquer um.

Dia desses ouvi o relato de uma amiga. O marido, quarentão, tentou pular a cerca. Se ele conseguiu, eu realmente não sei. Nem ela. Ele se comunicou com outras mulheres e trocou mensagens íntimas. Como eu conheço o casal, duvidei que ele tivesse feito algo de concreto.

Tirando minhas próprias conclusões, alertei minha amiga sobre um fato que realmente ocorre quando a idade se aproxima. Não só homens como mulheres precisam estimular sua autoestima. Nem sempre isso ocorre da melhor forma. No caso da minha amiga, seu companheiro preferiu receber elogios de outras mulheres. O que ele queria mesmo era tão simplesmente massagear o seu ego.

Mulheres nessa faixa etária também se equivocam. Muito comum estarem insatisfeitas com seus corpos e abusarem dos recursos que a medicina oferece. Nada contra as cirurgias plásticas, aliás, muito pelo contrário. Pequenas correções ao longo do tempo são fundamentais. Os exageros são abomináveis. Até os melhores médicos especialistas, tenho certeza, concordam comigo.

E não fica só nisso. Mulheres que não aceitam as marcas implacáveis do tempo, recorrem a outras alternativas. Muitas agem como adolescentes, inclusive se vestem e agem como tal. Conheço algumas que concorrem com as próprias filhas.

Tirar proveito das experiências passadas é a melhor coisa que o tempo pode nos trazer. E aceitar as mudanças do corpo e da alma é um exercício que tem que ser praticado com frequência para que possamos caminhar felizes nessa nossa jornada.

Ah…o marido da minha amiga? Já era. Ela está feliz pra burro!

Depois de você

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Olá ex, eu estou aqui! Sim, sou eu a atual do seu ex. E é claro que você já notou a minha presença. Não tenho motivos para me esconder.

Já sei da sua história. Compreendo as suas dores. Sei dos seus medos, das suas angústias e das suas aflições. Conheço bem as suas inseguranças. Discordo de algumas atitudes, mas respeito o seu momento. Também não lhe julgarei.

Saiba que não estou aqui para competir, nem com você e nem com ninguém. Nem pretendo substituí-la. Você, assim como eu, tem o seu valor. Apenas não me desmereça. Afinal, você não sabe o caminho que percorri para chegar até aqui.

Seus filhos são seus. Sim, eu sei. Mas eu os quero bem e não tenho como impedir os meus sentimentos. Não tenho a mínima intenção de substituí-la como mãe. Melhor pra você que eu goste deles, certo? E como diz o velho ditado: “quem meu filho beija, minha boca adoça”.

Estou onde devo estar assim como você. Entendo o seu presente e não tenho nada a ver com o seu passado. O que me interessa, apenas, é o meu futuro. E nele, escrevo uma nova história.

Desejo que você encontre um novo amor e que seu coração se encha de esperanças. Que você viva feliz e faça feliz aqueles que estão ao seu lado. Que cuide bem dos seus filhos e lhes encha do amor que eles tanto precisam. Só assim eles crescerão seguros e felizes ainda que, nesse mundo mais do que moderno, tenham que conviver e aceitar os novos modelos de família.

Desejo ainda que você, assim como eu, ame e seja amada. E que por fim, tenha muito boa sorte!

Esses são os meus mais sinceros votos!

Depois do fim

tumblr_ln71oqynfs1qlcj40o1_500Os anos após a separação me fizeram aprender. Nada melhor do que o tempo para ganharmos experiência e maturidade. Claro que depois do luto da separação – aquele que todo mundo passa – e depois de todas as dores e amarguras, vem a bonança.  Sim, isso para aqueles que conseguem se superar.

Não é uma tarefa fácil. Demanda tempo. Mais do que isso: vontade, equilíbrio e sabedoria.  No meu caso, minhas duas filhas foram o meu maior incentivo. Foi através delas que encontrei motivação para seguir em frente e vencer essa etapa.

Quando a perda da separação é insuperável, os resultados geralmente são trágicos, especialmente para os filhos que são os que mais sofrem nesse processo. Se o ex, ou a ex, já encontrou um novo par, pode ser pior ainda!

Os filhos viram escudo. São jogados de um lado para o outro. Participam, ainda que sem querer, das chantagens emocionais contra o ex parceiro ou parceira.

E você, que já passou pelos mesmos problemas, observa sem nada poder fazer. Apenas torce para que tudo acabe bem, assim como acabou para você. Torce para que o tempo passe rápido, para que a poeira tome assento e para que tudo chegue ao fim.

Enfim, você torce para que as pessoas vivam em paz. Amém!

 

Sigam-me os bons!

1 a 1 a a a a mad juntas1Essa velha e conhecida frase do querido e inesquecível personagem Chapolin, vivido pelo ator Roberto Bolanos me faz refletir. Especialmente na fase em que me encontro.

Realmente os quarenta anos fazem toda a diferença. Já entendi nesse momento que quem tem que ficar, fica. E que partam aqueles que não fazem a mínima diferença. Aliás, nem me importo mais. Até quero que os que não me acrescentam em nada se afastem. Assim mesmo, sem mágoas, sem rancor e sem raiva. Desejo que sutilmente se retirem. Faz-me bem!

Confesso que ando intolerante. Não gosto de gente chata e nem quero por perto quem não me faça rir. Não me permito mais não ser feliz. Em hipótese nenhuma. Não aceito e nem mais convivo com pessoas que tenham a mínima intenção de me fazer sofrer. E, nesses casos, a vida, gentilmente, se encarrega de fazer a seleção.

Também aviso aos navegantes que pessoas que traem a minha confiança podem fazê-lo sim, mas, tenham certeza, será apenas por uma única vez. Por outro lado, os que mostrarem sua fidelidade, poderão desfrutar da minha amizade por muitos, longos e bons anos.

Assim, parafraseando Bolanos que fez parte da minha infância e com sorte, da infância das minhas filhas também, repito a todos: – Sigam-me os bons! Mas, tão somente, os bons!

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Sexo pra ser feliz

boca_sensualUma parceria com o Blog Sensorella me deixa muito feliz. Para que vocês conheçam melhor o trabalho desse pessoal super descolado, atualizado e liberal, segue um dos textos publicados lá, de autoria do Laércio Campos, um dos colaboradores do Blog.

É só clicar: http://blog.sensorella.com.br/

Divirtam-se:

“Dia desses recebi um vídeo por meio de um dos meus grupos de whatsapp: uma terapeuta sexual falava sobre relacionamentos para um público 100% feminino. A palestra tinha sexo como tema principal.

A profissional começava o assunto com a seguinte pergunta: “Vocês acham que homem gosta de mulher? Não! Quem gosta de mulher é gay, homem gosta mesmo é de … (bom, vocês já sabem). Daí em diante ela mencionou casos de várias mulheres que ela atendia com a reclamação de que os maridos não as procuravam, que suas vidas sexuais eram quase nulas … blá, blá, blá …

Ela perguntou a todas essas mulheres: “Quando você está a fim de transar, como você fala isso pro seu marido?” e as respostas foram as mesmas: – “Eu não falo nada”, – “Eu dou sinais, mas ele finge que não entende”, – “Eu também espero que ele esteja a fim”, e assim por diante.

Nenhuma delas, por vergonha, falava abertamente ou tomava alguma ação efetiva para levar seus próprios maridos para cama.

Foi então que ela deu dez dicas importantes, que eu, como homem casado há dez anos, concordo em gênero, número e grau.

1. Homem não entende sinais, insinuações e meias palavras. Homem entende um beijo mais ardente, uma carícia por cima da calça (isso mesmo que você entendeu). Homem entende um beijo no pescoço e um sussurro sacana no ouvido. Resumindo, seja mais direta.

2. Para o homem, a mulher tem que ser sexy, não a calcinha. Não fique chateada se ele não reparar no conjunto de lingerie que custou uma fortuna se junto com ele você não traz uma atitude provocante.

3. Tem hora que o homem não tá a fim mesmo. Um “não”, não significa que você está gorda, feia ou que ele não te ama.

4. Isso vale para o casal e é legal que se converse sobre isso. Estar minimamente em forma é bom para todos os aspectos da sua vida. No sexo não seria diferente. Se você não se cuida e não tem “tesão por si mesmo(a)”, também não pode exigir muito do parceiro.

5. Se o seu marido ou parceiro é uma pessoa não egoísta, faz parte do tesão dele perceber que está dando prazer a você também. Acostume-se a dizer o que e como você gosta  durante o sexo. Dicas como “isso”, “mais devagar”, “mais rápido”, “mais forte”, “mais pra trás”, “mais pra frente”, “não para”, ou mesmo pegar a mão dele e colocar no lugar exato, podem fazer milagres para o seu prazer e o dele.

6. A sociedade é machista sim, então fique tranquila porque não é fácil falar abertamente sobre sexo com ninguém, nem mesmo com a pessoa mais íntima das nossas vidas. Porém, se você estiver em um relacionamento saudável e que tenha amor das duas partes, tudo, tudo, tudo,  pode ser conversado e o resultado SEMPRE será melhor do que o silêncio.

7. Não existe fórmula para o seu prazer, nem para o dele. Você tem que achar o caminho que leva você até lá e ensinar para o seu parceiro. Ele deve fazer o mesmo. Para chegar lá vale tudo desde que o outro esteja 100% de acordo. Fantasias, fetiches, brinquedos eróticos, swing, pornografia, bondage, etc.

8. Outro tabu muito comum na vida das pessoas é que fazer uma terapia é coisa para gente louca. Se você desconfia que as travas para o seu prazer estão em você, procure ajuda. Muitas vezes a insatisfação sexual é resultado de algo bem mais profundo na sua vida, mas que pode ser resolvido mais fácil do que você imagina. Se existe uma coisa que é recorrente na personalidade de pessoas infelizes na cama é o preconceito, ou delas mesmas, do parceiro ou dos dois.

9. Valorize-se e dê valor a quem te valoriza.

10. Gente feliz TRANSA bem“.

Quem pode mudar?

Vanessa Palazzi e Eugênio Reynaldo Palazzi

Aqui, cá com os meus botões, paro para pensar na vida e nas pessoas. Claro que a gente sempre se espelha na experiência dos mais velhos. E muitas vezes achamos que eles estão equivocados. Sabemos que, nas tentativas, eles acertaram mais do que erraram.

Nessas reflexões vejo que do alto dos meus quarenta anos ainda tenho tempo de me adaptar. Aceito muito melhor aquilo que não pode ser mudado. Sei que daqui pra frente as mudanças radicais começam a ficar cada vez mais distantes.

Meu velho pai, meu ídolo, meu amigo me inspira a escrever. Indomável, às vezes um tanto quanto irascível, mas é o meu pai a quem tenho adoração. Tem um jeito todo peculiar. É bravo, mas por dentro uma criança. Um tolo que vive por amor como ele mesmo diz. Muitas vezes não o compreendi. Até o dia em que me tornei mãe e vi, que o amor incondicional que tanto se fala, se fez verdade na minha vida.

Quando criança eu não entendia os seus nãos. Na adolescência eu o enfrentava mas sempre o respeitei. Na vida adulta comecei a compreender os significados do seu zelo. Agora, aos quarenta, passei a amá-lo ainda mais por toda a dedicação que teve e continua tendo comigo.

Ah, esse meu pai…já perdi as esperanças de que um dia ele mude. Aliás, já nem quero mais como um dia eu quis. Quero me adaptar ao que não pode ser mudado e a aceitar que o amor tem essas nuances que o tornam tão especiais.

Feliz por ter esse entendimento que faz parte da minha evolução! Pai, te amo!

Opostos não se atraem

11-01-08-semelhantes-se-atraem-no-gente-com-genteComprovei, pelas minhas próprias experiências, que a máxima de que os opostos se atraem não funciona. Quem afirma que duas pessoas completamente diferentes podem dar certo não deve ter reparado muito bem nas semelhanças que unem os casais.

Sim, está certo que existem diferenças físicas. Elas podem ser gritantes. Quem nunca viu um roqueiro com uma mocinha delicada, um gordinho com uma magrela ou um baixinho com um mulherão? Mas não é isso o que importa.

O fato é que quando as relações prosperam existem afinidades importantes que contribuem para que as coisas funcionem bem. Eu diria mais. Quando os objetivos são os mesmos, ambos tendem a caminhar juntos, lado a lado, para atingirem o seu fim.

E claro que as diferenças aparecem a todo momento. Ninguém é igual a ninguém. Em algum momento os conflitos podem aparecer. Casais que não discutem, já desistiram da relação. Estão conformados com a mesmice e nem pensam em defender suas opiniões. Claro que tudo tem uma medida certa. Respeito é bom. Quem não gosta?

Independente das discussões que possam ocorrem – e que inevitavelmente acontecem –  o que importa mesmo é saber que ambos têm os mesmos objetivos. E se existe mútuo respeito, não será difícil alcançar aquilo que se deseja junto ao seu par.

Viva as igualdades que, queria ou não, atraem justamente aqueles que pensam da mesma forma que nós! Boa sorte!

opostos

 

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