Mulheres interesseiras?

Na mesa de um bar a discussão era sobre se as mulheres eram interesseiras ou não. Homens defendiam arduamente a tese a esse favor. Nós, mulheres, falávamos sobre o nosso ponto de vista.

As mulheres de hoje são bem diferentes daquelas da época das nossas mães. Antes as mulheres se casavam para serem donas-de-casa. Tinham filhos e passavam a vida se dedicando às tarefas do lar.

Esse quadro mudou bastante. As mulheres foram para o mercado de trabalho. Ainda que tenham tido filhos continuaram a exercer suas profissões. São independentes financeiramente e, de certa forma, um tanto quanto auto-suficientes. Claro que isso não quer dizer que preferem estar sozinhas. Não, sem dúvidas que não. Elas querem um companheiro, mas não precisam dele para se sustentar. Essa é a grande diferença.

Por essa razão, as mulheres não querem alguém que seja “menos” do que elas. O que eu quero dizer é que as mulheres não aceitam alguém que tenha uma condição muito inferior à delas. Certamente que há exceções. Há mulheres sim que se sujeitam a sustentar um homem apenas para tê-lo ao seu lado. Esta cheio por aí.

Mas as mulheres inteligentes e mais seguras de si estão bem mais exigentes. E estão certas nesse ponto. Elas conquistaram esse espaço.

Apesar de toda essa auto-suficiência têm coisas que não saem de moda. Queira ou não homens e mulheres têm papeis diferentes na sociedade. Por mais liberais que as mulheres estejam, elas não abrem mão de um homem que lhe abra a porta do carro, que lhe mande flores e que lhe pague a conta do jantar. Isso é uma questão de gentileza. Muito mais do que isso, uma questão de educação.

“Dividir a conta? Nem pensar! Se não puder me pagar um jantar, leve-me ao Mac Donalds” disse uma das amigas que estava na roda do bar.

Conquistar a independência financeira não quer dizer que deixamos de querer as gentilezas próprias que um homem deve ter com uma mulher. Será que isso é ser interesseira?

Meninos, deu pra entender a diferença? Rsrsrsrs

Amizade colorida

Quem tem quarenta se lembra bem desse termo usado na década de 80. Amizade colorida servia para definir casos amorosos que não tinham muito compromisso mas de certa forma eram constantes.

Nos dias de hoje eu definiria como “ficantes”. É o que se usa no momento. Fulano é meu “ficante”. Esse termo define bem a falta de compromisso. Ambos “ficam” quando podem e quando dá, sem nenhum tipo de cobranças. Existe até uma constância mas não há regras. Pode acabar a qualquer momento. E cada um pode ter vários desses “ficantes” ao mesmo tempo. Claro, desde que um não saiba do outro.

Isso não acontece só com os jovens. Esse tipo de relacionamento serve para todas as idades. E tenho visto que é muito comum principalmente entre homens e mulheres que estão na faixa dos quarenta.

Eu tenho amigos que pedem para eu escrever sobre esse tema. Sim, pasmem! Os homens querem compromisso. Muitos estão cansados das “amizades coloridas”. Querem algo mais sério e reclamam da dificuldade de encontrar mulheres que queiram o mesmo.

Homens e mulheres estão tão independentes em todos os sentidos que pensam que não precisam mais de ninguém para compartilhar nada. Cada um se basta. Apenas se encontram para suprir mutuamente as suas carências . Tudo é muito passageiro. No dia seguinte, ninguém sabe o que vai acontecer. Não há expectativas.

Os relacionamentos esfriaram um pouco. A razão tem falado mais alto do que a emoção. Tudo é uma questão de viver o momento. E claro que esse tipo de relação acaba incomodando um pouco. Principalmente quando os sentimentos falam um pouco mais alto. Chega uma hora que cansa. Quem não quer um colo para deitar? Quem não quer um companheiro para ir ao cinema ou um ombro para chorar quando for preciso?

É…o mundo está mudado. Pense nisso!

O resgate

Um dos maiores erros que cometi na vida foi, por um certo tempo,  mudar o meu jeito de ser.

Claro que eu não percebi. Tudo aconteceu naturalmente.

Eu me lembro bem, há alguns anos, tive um namorado mais baixo do que eu. Depois de alguns meses de namoro eu, que sempre adorei sapatos  bem altos, tratei de levá-los ao sapateiro para cortar os saltos. Esse namorado também não gostava que eu usasse maquiagem e nem cabelos soltos.

Homens inseguros te diminuem para que se sintam melhores do que você. Isso acontece com frequência.

Depois que me casei, achei que isso nunca mais aconteceria comigo. Errei mais uma vez. Tudo certo com a maquiagem e com os saltos. Ele era alto afinal. Eu me anulei de outras formas. Mesmo sem querer deixei de tomar algumas atitudes próprias da minha personalidade.

Coisas bobas como subir numa cadeira para dançar sem medo de achar o que os outros iriam pensar ou até de falar alguma coisa para alguém quando eu quisesse.

Estive com uma amiga que não via há algum tempo. Ela me conhece há muitos anos. Logo depois do nosso encontro, ela me ligou para dizer que estava feliz de ver a Vanessa de antigamente, aquela mesma que ela conheceu.

Sim, eu me resgatei, literalmente. Voltei a ser quem eu sempre fui. A mudança, queira ou não, é bem aparente.

Acho que agora aprendi bem a lição. Eu faço o que eu quero, na hora que quero e do jeito que eu quero!

Quer saber? Eu gosto de ser a Vanessa que eu sou! Como é bom ser uma mulher de quarenta!

É…o que não te mata, te deixa mais forte! Curta aí!

Atirei o pau no gato…

Cumprindo minha rotina como mãe, descobri uma rubrica na agenda da minha filha que não era minha. A Rafaela é uma menina muito responsável. Gosta de ler e escrever. Aprendeu rápido. Tenho recordações dela escrevendo aos 3 anos e meio.

A professora mandou um recado dizendo que ela havia esquecido um de seus livros escolares. Ela, com receio que eu ficasse brava, fez essa pequena traquinagem. Claro que quando me deparei com isso, ela não ficou imune. Como mãe, fui obrigada a lhe explicar as consequências que isso pode lhe causar no futuro. Conversamos a respeito do assunto e ela entendeu bem.

Como filha, me lembrei de quantas vezes fiz isso na época da escola. Quem nunca, com medo de tomar uma bronca, “falsificou” a assinatura da mãe na caderneta escolar. Sim, na nossa época, as anotações vinham na caderneta! 

Parece que hoje as crianças já nascem obrigadas a serem “politicamente corretas”. Não podem falhar. Qualquer pequeno erro torna-se intolerável! Mães e pais não admitem que seus filhos sejam crianças de verdade. O que os outros podem pensar? Qual é a imagem que eu quero que os outros tenham do meu filho?

Na escola, não é mais permitido cantar o famoso “Atirei o pau no gato”! A música ganhou uma nova versão: ” Não atire o pau no gato…to…to, porque isso não se faz…faz…faz”.  Quem não sabe que não se atira o pau no gato? Até a criança mais esperta sabe que isso não se deve fazer. Será que é preciso explicar? rsrsrsrs

Eu cresci em cima do telhado e joguei “bambuchas” na rua. Soltei fogos escondida e soltei balão. Quebrei os cristais da casa e joguei ping-pong na mesa de jantar. Levei umas boas palmadas da minha mãe, mas nem por isso precisei aprender a cantar o “Atirei o pau no Gato” de outra maneira.

Quer saber? Não quero que minhas filhas aprendam a nova versão! Elas cantam atirei o pau no gato e a gente se diverte bastante com isso.

Elas terão muito tempo pela frente para aprender o que é certo. Enquanto isso, elas têm todo o direito de errar!

Do meu jeito!

A melhor coisa mulher de quarenta é que ela sabe bem o que quer. E o que não quer também.

Eu tenho vivido minha vida a cada dia. E claro que tenho momentos tristes e problemas como todo mundo tem. Às vezes um dia ruim no trabalho, as contas para pagar no início do mês, a administração da casa, entre outras coisas, como cumprir minhas tarefas como mãe e educar minhas filhas.

Mas nada impede que eu seja feliz. Apesar de todas as dificuldades pelas quais eu passei, hoje eu me sinto mais forte. Mais determinada. Sei bem por onde quero ir. Melhor que tudo, sei bem o caminho que não quero seguir.
Os erros quer cometi me fizeram aprender. E a principal lição que tirei de tudo é que eu não quero mudar o meu jeito de ser. Sou quem eu sou. Quem gostar, muito que bem!

Eu nao tenho vergonha e nem medo de ser feliz. Hoje em dia eu faço tudo o que tenho vontade e fico frustrada quando não atendo os meus próprios desejos. Eu vou atrás do que quero realizar. Os anos fizeram com que eu entendesse isso melhor.

Quantas vezes deixei de fazer o que eu queria fazer para respeitar a vontade dos outros. Quantas vezes deixei de ser eu mesma para não ofender ou magoar quem estava ao meu lado. Hoje isso nao acontece mais.

Eu faço o que eu tenho vontade. Nada me impede. Se isso e egoísmo da minha parte? Sim, eu me tornei um pouco egoísta. Não me importa o que os outros pensam de mim. Quem me julga ou se incomoda comigo não paga as minhas contas! (Nossa, como eu estou brava! rsrsrsrs)

Estou certa que quem me ama de verdade quer me ver feliz e realizada,  independente de qualquer coisa. O amor é  isso, concorda? 

Bom, como eu mesma tenho sido minha “fada madrinha”, realizei um dos meus desejos! Olha só como eu atendo bem os meus próprios pedidos!

E pra não perder o hábito…uma pequena canja!

Novas famílias

Minha mãe é dona de casa. Desde que se casou ela se dedicou ao marido e aos filhos. Naquela época, a mulher era criada para casar e “procriar”. Ela cuidou muito bem de nós. Foi realmente um privilégio ter uma mãe ao nosso lado, que nos ajudava a fazer a lição, nos levava para a escola, fazia o almoço e o jantar e cuidava de tudo o que precisávamos.

Hoje o conceito de família já é outro. Aconteceu uma verdadeira revolução nos moldes familiares que estávamos habituados a conhecer.

A mulher despontou no mercado de trabalho e além de assumir os filhos, passou, em muitos casos, a ser arrimo de família. O homem não é mais o único provedor do lar. Ambos dividem as tarefas e as despesas de casa. Muitos deles, optaram por cuidar da casa e dos filhos, enquanto a mulher sai para trabalhar. E aceitam bem esse papel sem perder sua masculinidade.

Esse modelo já existe há algum tempo e a sociedade passou a aceitá-lo sem nenhum preconceito. Bem diferente do que acontecia antigamente.

As famílias, agora, são unilaterais. O aumento dos divórcios fez com que isso acontecesse com maior frequência. Pais separados cuidam bem de seus filhos. Estes por sua vez, convivem com amigos em iguais condições. Crescem sem traumas. Aceitam essa relação – ainda que não seja das melhores – e não apresentam problemas no futuro. Claro, desde que os pais, cada um do seu lado, saibam exercer bem o seu papel.

Você já se deu conta disso? Sim, essa é a nova realidade. E quem disse que não dá pra ser feliz assim?

O perdão

Navegando pela rede, encontrei um post bem interessante no mural de uma amiga.  Passei os olhos, comecei a ler e fui até o final. Tratava-se de uma oração: a “Oração Kahuna do Perdão”.

Segundo o que eu li, esse povo da antiga Polinésia, acreditava que antes de fazer qualquer pedido era preciso purificar sua alma e seu coração.

Alguns trechos do texto me fizeram pensar sobre as coisas que acontecem na nossa vida. Em quanta energia perdemos com algumas pessoas na tentativa de conseguir um bom relacionamento com elas.  Em como muitas vezes acabamos, mesmo sem querer, perdendo as estribeiras por conta de pessoas que nos provocam até que reajamos agressivamente.

Não é fácil perdoar. Não é não! O perdão e um exercício diário e mental. É preciso pensar e repensar: analisar se realmente vale a pena amargurar alguns sentimentos que só fazem mal para nós mesmos. Nesse caso, a razão tem que falar mais alto do que a emoção. Caso contrário, fica difícil praticá-lo.

A maior represália contra o nosso inimigo é perdoá-lo. Para que isso aconteça, é preciso esquecer por completo as ofensas. O perdão é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo – Pitágoras”

Independente da sua crença ou religião vale a pena refletir um pouco sobre esse assunto.

Segue a oração:

“ORAÇÃO KAHUNA DO PERDÃO
Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “PERDOAR”.

A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que, de alguma forma me ofenderam, machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária. Perdôo sinceramente quem me rejeitou, entristeceu, abandonou, humilhou, amedrontou ou me iludiu. Perdôo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, inadequada.

Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e mau humor. Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.
AGORA, sinto-me livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e minha luz. Iniciei, AGORA, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida – não só a nossa, mas de todo o planeta. Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas idéias de unidade, paz e de amor.

Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas as queixas desnecessárias que me seguram nesta freqüência, de onde JÁ conseguir sair. Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrar-me-ei de que elas todas já estão perdoadas. Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia. Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver HOJE. Quando eu tornar a me lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras. Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.

AGORA, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, eu magoei, prejudiquei ou fiz sofrer. Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom, são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor. Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, respiro profundamente……. Prendo o ar ……. E me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.

Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.

AGORA, dirijo uma mensagem de fé ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor. (… Citar o projeto…) e que será, com certeza, para o bem de todos os envolvidos. Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.

Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto-realização. Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.

ASSIM SEJA E ASSIM SERÁ”

Tudo passa

Depois que lancei o blog Mulheres de Quarenta comecei a prestar mais atenção no que as pessoas me falam. Não que eu não seja uma boa ouvinte. Sou sim.

Recebi um telefonema de uma amiga. Ela é “coach” em comportamento. Assim que atendi, antes mesmo de falar “alô”, ela me perguntou:

 – Você já se arrependeu de amar?

Parei para pensar por alguns segundos.

-Não – respondi. Na verdade, nunca!

Como eu poderia me arrepender de amar? Não há coisa melhor do que se apaixonar e viver um grande amor. Ainda que ele não dure tanto ou que um dia se acabe.

Eu tive alguns amores. Se todos deram certo? Uns sim, outros não. Mas vivi a sutileza do amor, com todas as nuances que ele tem. Desde a paixão – aquele frio na barriga com a expectativa se o outro vai te ligar, se se importa com você ou ainda na dúvida de saber se você é correspondida – até a mais profunda dor.

Sim, já chorei e já sofri por amor. Faz parte. Eu sobrevivi. Ninguém morre por amor. E depois, como diria a minha avó: “Rei morto, rei posto”, concorda? Nada como outro amor para curar todas as feridas.

Uma colega de trabalho fixou na tela do seu computador: “Tudo vai passar”. Eu passei alguns dias olhando aquele bilhete, refletindo e perguntei o motivo pelo qual ela havia colocado aquele lembrete bem na sua frente. Ela é uma senhora, é avó e já passou por muitas coisas na vida.

– Vanessa, eu tenho na tela esse bilhete para me lembrar que na vida tudo é passageiro. Tanto as coisas boas como as ruins. Um dia, tudo passa – disse-me ela.

Eu ainda não coloquei o lembrete na tela. Mas sou amiga do tempo. Às vezes também brigo com ele, fico brava e com raiva. Queria que tudo passasse mais rápido. Mas quem nunca briga com os amigos, heim?

E você, arrepende-se de amar? Pense nisso.

Primeiro encontro

Resolvi apresentar um amigo separado para uma amiga na mesma situação. Os dois mais ou menos da mesma idade. Ela, já divorciada ha algum tempo, estava bem resolvida. Ele, apesar de não ter filhos, ainda não!

Saíram para um sorvete. Era o primeiro encontro. Depois de trocarem as informações básicas como: onde você mora, onde estudou, o que faz, etc, conversaram sobre “relacionamentos”.

Minha amiga falou vagamente e logo queria mudar de assunto.

Ele não. Insistiu na conversa. Na verdade queria se desabafar. Contou toda a história da separação. Do começo do casamento ao trágico final! A “ex” o traiu durante o casamento e o largou para ficar com o amante. Antes de sair de casa, ele – o então marido – entregou a ela – a até então esposa, uma carta de amor e uma rosa vermelha.

Ai, ai…posso imaginar a cara da minha amiga ouvindo essa declaração! Rsrsrsrs Também sei a opinião de vocês a esse respeito! Rsrsrsrs Minha amiga devorou o sorvete e disse que precisava voltar pra casa.

Eu, toda animada, liguei logo em seguida. Esperava boas notícias! Ledo engano o meu!

-” Minha sessão de terapia custa muito caro” disse-me ela. “Por favor, da próxima vez, me apresente alguém melhor resolvido”, acrescentou.

Foi o primeiro e derradeiro encontro dos dois.

Fala a verdade? Divã no primeiro encontro, ninguém merece!

Problemas todo mundo têm. Um ombro amigo depois de algum tempo de relação, faz parte. Mas logo de cara, não dá, concorda?

EMA, EMA, EMA, cada um com seus problemas!

Ah, e quer saber…nunca mais apresento ninguém! Rsrsrsrs

A inveja

Quem nunca foi vítima desse sentimento vil? Beleza, felicidade, fama e sucesso nos seus empreendimentos despertam inveja das pessoas que convivem com você, infelizmente. Da forma mais branda, o invejoso tenta se aproximar. Cortêz, à primeira vista. Ele te elogia e falsamente te admira, mas tudo o que o invejoso quer é ser quem você é ou ter as mesmas coisas que você tem.

Ele não consegue por si próprio e não admite a sua ascensão. Ele te diminui para que possa se sobressair. O invejoso não tem brilho próprio. Não consegue se erguer por si só e se incomoda com o seu sucesso. De alguma forma, ele vai tentar de derrubar. E as formas utilizadas para isso podem ser as piores possíveis.

Cinderela viveu na pele os percalços da inveja da sua madrasta e suas “meias irmãs”. Caim chegou até as últimas consequências e matou seu irmão Abel. Ficção ou realidade, a grande verdade é que ela existe e, acredito eu, não tem fim. O invejoso persegue o seu caminho para chegar onde quer. E tudo pode acabar bem mal. Na atualidade, lembro-me bem de um caso de uma subordinada que matou a própria chefe. Ela não aguentou a pressão. Usou das piores artimanhas para se livrar daquela que com seu próprio esforço e pelas suas qualidades alcançou os seus objetivos.

Li um artigo de Alexandre Bez que me fez refletir sobre esse pecado capital, presente desde os primórdios na vida da humanidade. Inveja: o inimigo oculto.

Veja um trecho do texto:

“A falsa doçura encobre o invejoso, fornecendo poder para que, como inimigo oculto, possa calmamente arquitetar com primazia as táticas de destruição. Ele precisa de qualquer jeito e, a todo custo, derrubar o invejado, estragando suas conquistas e realizações profissionais, familiares ou amorosas. A espera, a cautela, o planejamento, o cálculo apurado, o desejo senil e o sadismo são apenas algumas das tantas características que envolvem a mente psicótica dos invejosos. Os invejosos se acham injustiçados por não serem como os invejados que tanto almejam ser. O invejoso não consegue conviver com a ideia de que seu amigo é feliz, ou mais feliz do que ele, portanto se coloca numa posição de autodefesa e de ataque surpresa, criando uma verdadeira situação de guerra, mesmo que unilateral. A insanidade do invejoso é tão surreal que ele despreza as suas capacidades e também suas reais condições de superioridade quando essas estão presentes.”

É preciso estar alerta para poder identificar e desmascarar as atitudes dos invejosos. Que você possa, ao menos, se proteger deles!

Mania de que?

Se você acha que não tem manias, esta muito enganado! Tem sim e não são poucas não.

Sabe aquele jeito com que você aperta a pasta de dente? Sim, é uma mania. Se você aperta de baixo pra cima, aí de alguém que apertar no meio do creme e deixá-lo todo desengonçado!

Onde você deixa os seus sapatos? E a toalha molhada depois do banho, você joga na cama, pendura no banheiro ou na lavanderia? 

Você não dorme se o copo de água não estiver ao lado da sua cama? E se o armário estiver aberto, você levanta para fechar? Se você respondeu sim a pelo menos uma dessas perguntas, saiba que você é normal. Sim, você tem muitas manias e nem se dava conta disso.

Ao longo do tempo vamos criando certos  hábitos que são difíceis de mudar. E eles ficam mais aparentes quando você divide o seu espaço com alguém. E a gente tem o péssimo habito de achar que só os outros tem manias. Claro, quando alguém faz alguma coisa diferente do jeito que você esta acostumado a fazer, isso incomoda um pouco, concorda? 

Mas a verdade é que ninguém está livre delas. Nós nos acostumamos com a nossa rotina e fica difícil mudar de uma hora para a outra. E a tendência, ao longo dos anos, é piorar.

Pensou ao invés do copo de água ao lado da cama, colocar a bengala, as pantufas e a dentadura de molho? Rsrsrsrsrs

Aí, aí, temos que ter muito bom humor nessa vida! Vamos ver o que nos espera!

Não há vitórias…

Sem provação! Essa foi a frase que eu ouvi da minha funcionária nesses últimos dias. Ela tem acompanhado a minha luta. Viu todo o sofrimento pelo qual eu passei recentemente.

A Sueli me conhece há alguns anos. Quando ela chegou em casa me viu casada e, digamos, feliz. 

Eu me casei aos 31. Aos 32, nasceu a minha primeira filha, a Rafaela, hoje com 7 anos. Antes mesmo dela completar um ano, eu estava grávida da Giovanna, hoje com 6. Meu marido e eu, naquela época, tínhamos uma vida normal, própria das pessoas casadas e que vivem bem. Sim, nós éramos felizes. Até que um dia o nosso castelo começou a ruir.

Aquele sonho do casamento feliz, começou as poucos a se perder no tempo. As brigas tornaram-se cada vez mais freqüentes, até que o casamento chegou ao fim.

Nao foi uma decisão fácil de se tomar. Com o fim da relação, veio a dor. Mais profunda do que eu podia imaginar. O sentimento de fracasso é muito grande. 

Passei um tempo chorando por tudo. Eu sempre digo que separação é um luto. A gente acha que nunca vai passar. Mas nada como o tempo pra nos ajudar nesse empreitada. 

Sofrer faz parte da vida, infelizmente. E a gente aprende que as pessoas são livres e não pertencem a ninguém. Aprende que o amor não aprisiona, que não se enobrece, que não é egoísta e que não tem limites. Aprende que amar exige esforço e dedicação diária e que a felicidade é feita de momentos e de pequenos gestos. Aprende que sexo faz parte mas não é tudo na vida. Ele é o complemento do amor. Aprende que os filhos têm muitos mais para nos ensinar do que nós para eles.

Hoje, posso dizer, que com tudo que passei me sinto mais preparada para a vida, mais forte. Melhor como mãe e como mulher. Aprendi com meus erros e com as provações que a vida me impôs.

Entendo melhor o sentido da frase de que quando Deus fecha uma porta, certamente ele nos abrirá outras. E que quando ele tira algo de você, não o está punindo, mas sim te dando a chance de encontrar algo melhor.

Se a sua porta estiver fechada, pegue as chaves para abrir as tantas outras que aparecerão na sua vida. É preciso se dar uma nova chance! Boa sorte!

Amor fraternal

Homens quando estão juntos fazem trocadilhos entre si, brincando com a masculinidade alheia. Principalmente quando as mulheres estão por perto. Adoram mostrar a sua virilidade. Rsrsrsrs

Dia desse, numa roda de amigos – de homens, diga-se de passagem – falava-se sobre os homens que se beijam entre si. Não, não é aquele beijo que vocês estão pensando. Mas o beijo entre pais e filhos, entre irmãos, primos e porque não entre amigos. Um dos amigos que estava presente disse que às vezes ele beijava o filho quando o encontrava. Como assim, às vezes?

Eu acho lindo quando vejo um homem beijando o outro. Acho bacana mesmo! Mas muita gente se admira quando vê uma cena dessas, ainda que seja com o próprio filho. Os homens que não têm esse hábito, são até preconceituosos.

Eu sou a favor, e muito, do beijo, do abraço, do contato físico entre as pessoas. Tem coisa mais gostosa do que isso? Claro que com o ser amado as coisas sao diferentes! “Calientes”, eu diria. Mas abraçar o amigo, beijar quem você gosta, dar  um pouco de carinho, sempre faz bem, tanto para quem dá e principalmente para quem recebe.

No local onde eu trabalho tem uma moça que me conhece há algum tempo. Ela é faxineria. Sempre que nos encontramos, ela espera, além do meu bom dia, o meu beijo e o meu abraço. Eu não ligo se ela esta com uniforme de trabalho e com a vassoura na mão. Faço questão de abraça-lá e lhe dar um beijo. Ela se sente a pessoa mais importante do mundo e aquele pequeno gesto me deixa feliz o resto do dia. 

Quando me xingam no trânsito, eu peço desculpas e jogo um beijo! Homens adoram, mas as mulheres querem voar em cima de mim, Rsrsrsrs

Mas, brincadeiras à parte, eu espero de verdade que a gente possa melhorar um pouco o futuro dos nossos filhos. Com tanta violência  por aí, se a gente se beijar e se abraçar um pouco mais, vamos praticando o bem e experimentando a beleza do amor.

Um grande beijo e um abraço bem apertado pra você!

Siga em frente!

Quando estamos passando por alguma dificuldade na vida, a gente sempre acha que o nosso problema é maior do que o dos outros. Dificilmente a gente para pra pensar  nas dificuldades que as outras pessoas enfrentam e que muitas vezes são muito piores do que as nossas. Somos um pouco egoístas nesse ponto, não há como negar.

Tenho uma amiga que anda um pouco triste por conta de um problema  de saúde que tem. A doença que ela convive há algum tempo lhe trouxe algumas marcas.

 Passamos alguns anos sem nos ver e nos reencontramos há pouco tempo. O prazer de encontra-lá novamente foi tão grande que não tive tempo de reparar como ela estava fisicamente. As pessoas de verdade fazem isso comigo. Meus olhos  não conseguem enxergar as aparências. Eu vejo a essência. Ela me parece linda pelo que é e pela mulher que se tornou, cheia de boas qualidades. Minha amiga, acima de tudo.

Esses dias ela andava um pouco desanimada, mais do que o normal. Conversamos um longo tempo e eu me coloquei no lugar dela pra poder entender pelo que estava passando. Eu precisava, de alguma forma, ajudar a levantar a sua alta estima. 

Lembrei-me de um vídeo inspirador. Uma mulher que venceu todos os preconceitos e apesar de não ter braços para abraçar, mãos para tocar e dedos para escrever, superou todos os desafios que a vida lhe impôs. 

Antes de se lamentar de alguma coisa, pense que há pessoas com problemas muitos maiores do que o seu. Apesar de todos os obstáculos que a vida nos impõe, sempre é possível dar a volta por cima.

Querida amiga, que esse vídeo possa te dar toda a força e a coragem que você precisa  para ser feliz. E que possamos enxergar as pessoas com os olhos de Deus.

Quando o homem da sua vida já tem filhos

No auge dos meus vinte e poucos anos, eu me envolvi com um homem recém-separado. Ele tinha dois filhos. Foi uma paixão “desenfreada” como diria meu pai. Coisas próprias da idade.

Naquela época, a situação causou certo mal estar. Eu, solteira, sem filhos, namorando um homem mais velho, experiente, separado e com filhos. Confesso que para mim também não era a relação ideal, mas estava vivendo o momento. Depois de alguns meses terminamos e nunca mais nos encontramos.

Hoje, depois de passados vinte anos, divorciada e com duas filhas, esse tipo de relação já se torna mais comum. Aos quarenta,  é difícil encontrar alguém que não tenha história. Os homens dessa idade, com exceção dos casados, já tiveram filhos, outros não, mas todos eles têm um passado “amoroso”.

As mulheres divorciadas que procuram um relacionamento terão grandes chances de encontrar homens na mesma situa ção que elas: separados e com filhos. Nessa idade, isso não será  mais um problema. Pode até ser uma boa solução, contanto que ambos saibam lidar com a situação.

Minha amiga Roberta Palermo é terapeuta familiar. Sua experiência como madrasta, a fez escrever alguns livros sobre o assunto, os quais eu recomendo. Ela ensina através dos seus livros como lidar e mostra que é sim possível conviver em harmonia Madrasta – quando o homem da sua vida já tem filhos e vice-versa.

É claro que é preciso fazer alguns ajustes para que esse mecanismo funcione bem. Saber entender as limitações que todos têm de vez em quando, ajustar o tempo para que o casal possa namorar e ao mesmo tempo desfrutar de bons momentos com os filhos.

Não é nenhum bicho de sete cabeças. Essa relação pode ser muito saudável. Com muita conversa e um pouco de boa vontade, todos podem ser felizes e viver em paz. Basta querer!

Foto:http://carolinachiquechique.blogspot.com.br/2011/03/alguns-ensaios-fotograficos-do-momento.html

Portas do futuro

Já ouviu falar de um projeto bem interessante que faz com que os livros circulem por aí? Os livros são deixados em pontos estratégicos da cidade como bancos de praças, dentro do ônibus ou do metrô, em padarias, aeroportos e ficam à disposição de quem os encontrar. Quem pegar o livro deve passá-lo adiante assim que terminar de ler, deixando-o em outro ponto da cidade ou no mesmo local onde o encontrou.

Quando uma história se acaba, além de virar a pagina e chegar ao ponto final, é preciso passa-lá para frente. Se não deu certo, recomece de onde você parou. Nada de retroceder. Quem vive de passado é museu! A vida continua. E se você ficar para trás vai perder muitas oportunidades que estão por vir.

Pra que deixar guardada aquela velha enciclopédia que você nunca mais vai consultar? Acabou de ler o livro? Pra que guardá-lo na estante? Passe adiante. Comece uma nova história. Guarde apenas o que realmente valeu pena. Passe para frente o que não te interessa mais. Pode ser que tenha alguém que queira experimentar.

Tire o pó da estante. Livre-se das coisas velhas para que o novo possa chegar. Essa é a lei da renovação.

Tome uma iniciativa e tenha coragem. Quando você se liberta do passado, abre as portas para o futuro! Que você tenha muitos livros pra ler e muitas histórias boas para contar.

Homens são assim

Mulheres são assado! Nada como o primeiro mês de namoro. Quando estamos apaixonados, não enxergamos nada de errado. Tudo é bom e perfeito. Quando passa essa fase, começam a surgir os pequenos problemas. Um defeitinho aqui, outro ali. Uma palavra que a gente não gosta de ouvir, um jeito de agir que desagrada, a falta de paciência, o estresse e pronto: acontece a primeira briga do casal.

Não demora muito pra você começar a fazer as velhas e inoportunas comparações.

– Nossa, nesse ponto ela igual a minha ex!

– Meu Deus, porque me envolvo sempre com esse tipo de homens?

Para tudo!

Ninguém é igual a ninguém. Tudo depende do modo como você encara as coisas. Às vezes é preciso refletir se você não está criando situações parecidas com as que costumava criar.

Homens precisam entender também que as mulheres gostam de falar. E as mulheres precisam saber que eles não gostam muito de ouvir! É fato! Ou a gente fala menos, ou eles nos escutam mais. Vamos fazer um acordo? Rsrsrsrs

É preciso também aprender com as experiências do passado para não cometer os mesmos erros. Aqueles mesmos que você costumava cometer! Vamos lá! Reflita um pouco. Pare para pensar. Aja diferente. Não crie tantas expectativas e procure mudar um pouco para que as coisas sejam diferentes! Vale a pena tentar.

Boa sorte!

O outro lado da moeda

Não é fácil para o homem seguir adiante depois da separação. Queira ou não, no casamento a gente acaba assumindo o marido um pouco como “filho”. 

A gente se preocupa com a roupa que ele vai usar, se os sapatos estão em ordem, com a mala de viagem. No mercado, sempre compramos a cerveja da marca que ele gosta de tomar. Quando ele chega a casa após o trabalho, nos preocupamos em servir o jantar. As crianças em primeiro lugar, mas o “mimo” para os maridos existe sim.

Não, não se trata de submissão. É uma questão de gentileza inerente a nós mulheres. E nós aceitamos esse papel sem nenhum problema. No fundo, até gostamos de cuidar quando amamos de verdade.

O duro é quando tudo se acaba. Cada qual para o seu lado. A mulher, por mais difícil que seja, já está mais acostumada a cuidar dos filhos, da casa, de administrar a empregada, de prover o lar com o que esta faltando. Duro mesmo é trocar a lâmpada da sala, consertar o vazamento, instalar o videogame, mas nada que a gente não aprenda a fazer. No fim, a gente ainda fica com o melhor do que restou da relação: os filhos, na maioria das vezes, ficam com a mãe.

Para o homem, encontrar-se novamente sozinho é bem mais difícil. Ele já havia se acostumado com a vida que tinha. O conforto de chegar a casa, tirar os sapatos no meio da sala e ter quem os coloque no lugar, abraçar e beijar os filhos, ajudar a fazer a lição, brincar de pega-pega, jogar uma conversa fora, assistir TV abraçadinho… Essas coisas fazem falta!

Na hora de dormir, compartilhar uma história e dar um beijo de boa noite. Ao acordar, depois do café, dar uma olhada para ver se os filhos ainda dormem e assim por diante.

Na verdade para ambos os lados é difícil assumir a separação. O importante é ter sabedoria para saber lidar com as dificuldades, ter força para superar os problemas e a certeza de que a vida tem que continuar da melhor forma possível. 

É importante encarar essa nova fase com muita coragem. Ter equilíbrio para educar os filhos sem medos e sem culpas pela separação, principalmente, sem compensações. Eles não serão os primeiros e nem os últimos a terem pais que moram em casas separadas. 

Bom… e quando encontrar um novo amor… é preciso saber conciliar os filhos com a nova relação. Pessoas adultas sabem que na relação entre pais e filhos não há concorrência. Quem tenta usar dessa artimanha, perde feio!

Com um pouco de habilidade e até mesmo “elegância” é possível resolver essa situação. Afinal, você também deve recomeçar. Administre bem o seu tempo – e o seu novo amor – para poder ser feliz por inteiro. Você merece!

Essa relação não é tão complicada assim, basta ter um pouco de disposição e boa vontade. Vamos lá, você consegue!

E agora? Está melhor?

(Colaboração de Priscilla Kabakian)

Ouvimos muito esta frase quando vamos ao oftalmologista. E como vamos depois dos 40! As letras e números continuam os mesmos. O que muda apenas é a lente com a qual enxergamos o que está bem ali na nossa frente. 

Na última vez que passei por essa experiência, me receitaram novos óculos. Isso há mais de um ano. Evitei fazer esse novo investimento por um tempo. Pra que gastar um monte de dinheiro e ter que assumir que o “braço está ficando curto”? 

Mas percebi que esse item virou resolução de ano novo e, há pouco menos de um mês, lá fui eu passar pelo “assim ou assim?” novamente. “E agora? Está bom?” dizia a oftalmo enquanto mudava aquelas letrinhas minúsculas na parede. Nossa, parece que elas realmente diminuíram de tamanho!

Naquela mesma semana, recebi um convite especial para um jantar, de uma pessoa que está indiretamente na minha vida há muito tempo.  Lá fui eu com meus óculos novos – de leitura mesmo – não aqueles lindos (e caros) de sol…. Confesso, eu me rendi!

Durante o jantar, como num passe de mágica, aquela lente mudou tudo! Comecei a enxergar aquele homem de outra forma. Tentava enxergar longe quando tudo estava tão perto. Parei para pensar um pouco sobre a minha vida. Muitas coisas vieram na minha cabeça.

Depois da minha separação, há 3 anos, queria encontrar um grande amor. Procurei em vários lugares, situações e momentos diferentes.  Muitas coisas mudaram. Fiquei mais segura como mãe solteira –  ou divorciada – como preferirem.  Grandes mudanças profissionais aconteceram. As amigas que não eram tão amigas se tornaram fundamentais na minha vida. Outras amigas, que eram muito mais amigas, já não estão tão próximas. Talvez as lentes dos 40 anos me ajudaram a enxergar isso melhor.

Agora, de óculos novos e com um grande amor, sinto-me mais feliz. Sei que mesmo se meus óculos quebrarem, meu novo amor vai me conduzir pelo caminho certo. É isso que eu espero. Estou certa também que terei amigas queridas compartilhando das minhas alegrias e vibrando com o que estou sentindo.

“Assim ou assim? E agora? Está melhor?” Acho que a vida é assim mesmo, as coisas são como elas são. Nós temos que mudar a forma de enxergar, ainda que os óculos novos nos ajudem nessa tarefa.

Que cada uma de nós encontre a forma mais feliz de ver o mundo! Sim, eu uso óculos!

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