Rumo aos 50

Recebi uma mensagem de uma amiga falando sobre o que tem passado nos últimos anos. Ela é uma mulher de quarenta, quase beirando os 50.

No seu depoimento pude perceber o receio que tem de ficar só. Ela vive um relacionamento há pouco tempo e tomou a iniciativa de falar para o companheiro a respeito das suas expectativas. Ela não quer viver uma “amizade colorida” para o resto da vida. Minha amiga quer um homem ao seu lado, que possa compartilhar das horas boas bem como acompanhá-la ao médico quando for preciso. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Por que não?

Ela abriu o jogo. Foi clara com relação aos seus sentimentos. Colocou-o contra a parede. Ele pulou fora, claro! Sentiu-se acuado. Homens detestam se sentir assim. Basta mostrar seus sentimentos e eles fogem…como o diabo da cruz!

Nós mulheres somos diferentes. Não há como negar a nossa essência. Mas a idade nos ensina a dominar as nossas emoções. Com eles, muitas vezes, é preciso usar doses homeopáticas. Não se pode cobrar nada logo de cara. É preciso esperar um pouco, principalmente no começo das relações. Tem que ter tato.

O fato é que nós somos apressadinhas. Esse negócio de nominar as relações faz toda a diferença para as mulheres. Fulano é meu namorado. Cicrano é meu namorido, e assim por diante. Para os homens não, eles não ligam muito pra isso.

A verdade é que não dá pra parar o tempo. Ele continua correndo. É rápido e veloz! E muitas mulheres, assim como muitos homens também, temem envelhecer.  Mas o tempo é incontrolável…e acima de tudo implacável. Melhor mesmo é saber envelhecer. Aceitar as pequenas rugas, os cabelos brancos e aproveitar o melhor de tudo isso: a experiência que adquirimos através dos anos.

E por conta disso, logo, logo terei que criar o blog das Mulheres de Cinquenta! E com muitas histórias pra contar. Pensa que demora? Aguardem! rsrsrsrs

Solteiros procuram

Tenho recebido muitas sugestões de textos dos homens de quarenta. Eles, assim como nós, também querem encontrar sua cara metade. Claro que não mais daquela forma como a 10 anos atrás.

Aos trinta, as mulheres sonham em encontrar seu príncipe encantado. O homem perfeito para casar e ter filhos. Os homens, depois de aproveitar a juventude, se cansam e também querem ter essa experiência. Escolhem bastante até que um dia resolvem se arriscar nessa empreitada.

Hoje, aos quarenta, muitos já se casaram, tiveram filhos e se separaram. Isso não quer dizer que não queiram encontrar uma nova companheira para compartilhar bons momentos. Tudo muito diferente de antes. Novas regras: nada de cobranças, cada qual na sua respectiva casa. Um torpedo por dia, um telefonema de vez em quando e um encontro quando der para os dois. Com relação aos filhos, se o final de semana coincide, ótimo. Caso contrário, eles são prioridade, sem dúvidas.

Mas um dos amigos me questionou como eu encaro o fato de muitas mulheres de quarenta, bonitas, inteligentes e com formação estão solteiras? Não é tão difícil responder. Nas minhas pesquisas “in loco” tenho notado insatisfação de ambos os lados.

A facilidade de hoje prejudica um pouco as relações. Mulheres independentes sabem que podem estar sós ou a dois quando bem entenderem. Os homens por sua vez têm uma gama infinita de escolhas. Esse quadro é desfavorável para aqueles que desejam um relacionamento mais duradouro.

Não há mais comprometimento. Se ele já não existe nos casamentos, imagine nos relacionamentos casuais. Claro que para toda regra há exceção.

Não desanime, caro amigo. Tudo acontece na hora certa. Esteja certo que se encontrar uma mulher de quarenta do jeito que me falou, estará muito bem acompanhado. Boa sorte!

Coitado do cupido!

Cão que ladra

A voz é um instrumento poderoso. Uma vez usada a palavra, dificilmente é possível remediar. Muitas vezes elas ferem mais do que gestos ou do que uma agressão propriamente dita. E são inesquecíveis.

Não é nada fácil controlar o tom de voz quando estamos exaltados. E muito menos medir o que vamos falar.

Trata-se de um aprendizado que requer tempo. Mais do que isso, experiência que a gente só adquire com o passar dos anos.

De família italiana eu tenho o hábito de falar alto. Meu timbre é grave e forte. Muitas vezes assusto os meus ouvintes, mesmo sem querer.

Pessoas que falam manso têm mais chance de não perder a razão. Pensam antes de se colocar, raciocinam e conseguem expor suas ideias da melhor maneira possível. Fazem –se entender e conseguem ser ouvidas.

Reparem nos cachorros que latem muito alto. Eles querem te assustar. O cão que ataca te pega desprevenido, quando menos você espera.

Quem grita e esbraveja perde a razão. Nem sempre conseguem aquilo que querem. Outras vezes, desestabilizam seus interlocutores.

Melhor mesmo é pensar antes de falar ou calar quando for preciso. Ainda que as oportunidades demorem para chegar, sempre haverá tempo para falar o que é preciso. Se esse momento nunca chegar, enfim, você saberá quanta energia perdeu pensando nisso.

É…cão que ladra nem sempre morde. Esse é o ditado.

Meu heroi favorito

Por Eunice Palazzi, minha amada mãe. Para meu pai!

Aos cinco anos de idade, carregava uma caixa de engraxate. Atrevia-se a ficar na porta da barbearia para ganhar alguns trocados. Com eles, comprava alguns pães e leite, que eram muito bem vindos numa casa onde tudo era muito escasso. Só a pobreza era grande.

Aos sete ou oito anos, já mais esperto, confeccionou um carrinho de rolimã. Seu pai era mecânico e lhe fornecia as rodas usadas. Era seu brinquedo preferido. Disputava corrida com os amigos da rua onde morava.

A probreza continuava, apesar da sua ajuda. Cada vez pior. Sem nunca reclamar de nada, adaptou um caixote de frutas no carrinho e carregava  compras de madames na feira. Com isso, o faturamento aumentou e seu entusiasmo pelo trabalho também.

Aproveitava todas as oportunidades para ganhar um troco a mais, sem nunca negar nenhum trabalho.

A vida continuava. Além do trabalho, estudava no grupo escolar, brincava muito com os amigos da rua. O pai era um homem bom. Ignorante, lhe dava muitas surras. As professoras, com freqüência, ameaçavam de ir à polícia pelos maus tratos ao menino.

Sua mãe, bordadeira, tentava contornar as situações familiares, inclusive nas economias que fazia para comprar alimentos.

Foi brincando na rua, próximo de completar seus 14 anos, que um senhor saiu da gráfica em frente e incomodado com a algazarra da garotada, disse-lhe:

– Menino! Você já tem idade e tamanho para trabalhar! Pare com esse barulho!

Ele, em resposta, disse:

– Se o senhor me arrumar um lugar, eu posso começar agora!

Assim ele iniciou sua vida profissional, com “carteira assinada”. Começou como office-boy. Sua caligrafia era exemplar. Isso fez com que ele ficasse responsável pelos livros da contabilidade e correspondências.

O tempo passou. Até que o gerente do banco onde a gráfica mantinha conta ofereceu-lhe uma nova oportunidade. Ele via nesse jovem uma pessoa de grande futuro. O dono da gráfica, que gostava muito do rapaz, o deixou ir, confiante no seu potencial.

Ele foi exemplar. Mesmo servindo o exército não deixou de trabalhar. Fazia a compensação de cheques noturna. Dos bancários, era o melhor. Esperto, ágil, inteligente e o melhor de tudo, e sempre alegre, sorridente e bem humorado. Já naquela época ele era feliz porque sabia que, sozinho, havia absorvido para si toda a mantença do lar. Pagou as dezesseis cirurgias do pai e garantiu tudo aos seus velhos até o dia de suas mortes.

Sua caminhada continuou. Do banco, partiu para uma empresa de metais e em seguida assumiu como tesoureiro de uma multinacional. Enquanto tudo isso acontecia na sua vida profissional, dedicava-se aos estudos.

Aos 19 anos apaixonou-se por uma garota. Após seis anos de namoro, veio o casamento. O mais simples, porém o mais feliz. Antes de se casar, comprou seu próprio imóvel com toda a mobília.

Casado e já com um filho, cursou a faculdade de Direito. Quando se formou já tinha uma filha também.

Sua simplicidade e humildade fizeram dele um grande campeão. Um lutador nato que entra em todas as batalhas. Seu extremo entusiasmo e amor fazem com que as lutas pareçam sempre brincadeiras de criança.

Sua ingenuidade, maliciosa, e seu atrevimento, honesto, fazem a vida parecer tão boa e tão fácil como quando ele fez sua primeira caixinha de engraxate.

Esse é o meu super heroi. O meu preferido!

FELIZ DIA DOS PAIS

Anjo bom, anjo mau

Quando eu era criança aprendi na escola que todos nós ouvíamos sempre duas vozes: uma em cada ouvido. Eu estudava em colégio católico e demorei um pouco – alguns anos – pra identificar esses sinais.

Quando me dei conta, finalmente, vi que realmente eles existiam.

Sempre que precisamos tomar alguma decisão nunca encontramos a resposta imediata sobre o que devemos fazer.

O anjo mau às vezes insiste nas respostas. Nem sempre são as melhores. Mas logo depois o anjo bom conserta aquilo que o outro fez. Pode demorar um tempo mas sempre ficamos sabendo qual era a melhor opção, ainda que seja tarde.

Nem sempre e possível remediar. Mas o que não tem remédio, remediado está, certo?

“Eu não me arrependo do que fiz”. Mentira! Quantas vezes a gente se arrepende, não é?

Mas tudo na vida tem um sentido. Tomar as decisões com a cabeça quente é ouvir o seu anjo mau. Ele insiste em nos aconselhar.

Melhor mesmo é parar um pouco para pensar. Agir com inteligência e sabedoria. Essa é a presença do anjo bom. Ele tarda, mas não falha!

Eu tenho os dois. Não me diga que você não tem.

 

O que acontece comigo

A vida é uma coisa engraçada. Eu sempre encontro coincidências quando converso com alguém. Os momentos e as personagens podem ser diferentes, mas as histórias geralmente têm o mesmo enredo.

Quem na infância nunca fez uma arte? Quem não chorou a morte de um bicho de estimação? O sorvete preferido, a música que marcou a sua época, o seriado de TV e um filme inesquecível.

O primeiro beijo, o primeiro namorado e a primeira decepção da adolescência.

O boletim escolar, a professora megera, a lista do vestibular e a festa de formatura.

Uma turma de amigos, a primeira bebedeira, o ano novo na praia e as férias na casa da avó.

O cheiro da comida de casa, o primeiro emprego e uma mentira mal contada. A bronca do seu pai e o pedido de desculpas. Um abraço apertado e o colo da sua mãe.

A viagem dos sonhos e o amor da sua vida. O casamento, o nascimento dos filhos e a perda de um ente querido. As rugas de expressão e o seu primeiro fio de cabelo branco. A traição, o reencontro e o perdão.

O seu encontro com Deus.

Os anos passam, inevitavelmente e a vida continua. Momentos bons e ruins fazem parte da nossa bagagem. O que vale a pena, carregamos conosco. O resto, fica no meio do caminho.

É, o que acontece comigo, muitas vezes também acontece com você!

Que você tenha uma longa e boa caminhada.

Não te quero mais

Há vários sinais para saber quando as coisas não andam muito bem no relacionamento. Você só não percebe se não quiser.

Desculpas são o primeiro sinal de que as coisas não caminham tão bem. Cabe a você identificá-las.

Quando o homem começa se justificar muito é porque não está a fim de você. Quem gosta quer ficar junto independente de qualquer problema que enfrente. Para nós mulheres as coisas funcionam diferente. Se passamos por algum aborrecimento conseguimos muito bem conciliar o relacionamento. Eles não.

Quem inventa desculpas provavelmente tem outra diversão. Não adianta se enganar!

Quando o homem esta a fim de você não há empecilhos que impeçam que ele te procure. E se isso acontece com frequencia é melhor partir pra outra.

Cada palavra, cada gesto pode significar muita coisa. Fique atenta aos sinais. Se estiver verde, siga enfrente. Preste atenção no amarelo e pare de uma vez no vermelho.

Valorize-se. Ninguém precisa mendigar o amor do outro. Não viva de migalhas!

Pense bem! Você não quer isso pra você, certo? Tome uma atitude! Parta para outra!

“Não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim…”.

Assim caminha a humanidade!

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Vaso de cristal

Quando um cristal se quebra é impossível remendar. Eu me lembro de uma passagem quando era criança. Uma vez por semana minha mãe saía com o meu pai. Uma das minhas brincadeiras preferidas era jogar ping-pong na mesa da sala de jantar. A rede era um cabo de vassoura.

Claro que minha mãe ficava furiosa. Atrás da mesa ficava a sua cristaleira com antiguidades. Algumas peças eram do casamento da minha avó. Uma, em especial, era um vaso de cristal com folhas de prata.

Numa dessas noites em que jogávamos, dei um encontrão repentino na cristaleira e quebrei a peça preferida da minha mãe.

Meu vizinho, que estava em casa, viu o meu desespero. Pediu uma fita adesiva e começou a colar os pedaços, como um quebra-cabeça.

Não deu tempo. Logo minha mãe chegou e a primeira coisa que lhe mostrei era o que havia acontecido.

Achei que naquele dia ficaria de castigo. Minha mãe olhou a peça e, entristecida, se calou. Ela, melhor do que ninguém, sabia que era impossível juntar os pedaços. Eu não!

Demorei alguns anos para entender o significado de um cristal que se quebra. Hoje sei bem o que isso quer dizer. Eu também tenho uma cristaleira. Nesses anos, vários cristais se quebraram e nunca consegui recuperá-los. Eles foram substituídos. Nem sempre com a mesma beleza ou com o mesmo valor.

É… a vida também é assim!

Hora de crescer

Quando menos se espera as crianças nos surpreendem com perguntas capciosas. Claro que nunca estamos preparados para responder.

Dia desses, na hora do jantar, minha filha mais velha, de oito anos, me perguntou sobre a semelhança da letra das fadas com a minha.

Ela sempre acreditou nesses seres mágicos e encantadores. E eu alimentei os sonhos dela. Crianças acreditam piamente na sua imaginação.

Fiquei sem resposta na hora. Eu não gosto de mentir. Ela olhava profundamente nos meus olhos. Não tive como negar que a letra das cartas que ela havia recebido “das fadas” era minha.

A Rafaela pôs-se a chorar, copiosamente, por alguns minutos.

Sentei-me com ela para conversar. Ela estava decepcionada. Eu não tinha mais saída. Era o momento de contar a verdade, até mesmo para não me contradizer na educação que dou para as meninas.

“Melhor uma verdade doída do que uma mentira descabida”, concorda?

Tivemos uma longa conversa. A Rafaela me compreendeu. E eu aprendi mais um pouco sobre a aventura de ser mãe e a árdua tarefa  que é a de educar os nossos filhos.

Um dia a gente descobre, inevitavelmente, que Papai-Noel não existe.

O tempo passa muito rápido. A Rafaela tem muito pra me ensinar. E eu tenho muito o que aprender com ela.

É…crescer dói! Como dói!

Os gringos

Eles invadiram o Brasil. E adoram as mulheres brasileiras. Estão por todas as partes. Vieram para fazer negócios e pegar carona no desenvolvimento econômico do nosso pais.

Aproveitam para se divertir nas horas vagas. É comum encontrá-los nos bares badalados da cidade. Adoram dançar, claro, do jeito deles. Bem longe do gingado dos brasileiros. Mas, sim, eles agradam as brasileiras.

Esforçam-se para falar o português. Aderem às gírias mais utilizadas e se encantam com o jeito despojado de se relacionar das brasileiras.

Alguns se assustam no inicio. Segundo alguns deles, as brasileiras sao “agressivas” no modo de se relacionar. São mais diretas eu diria. Será? 

Eu acho que nos vivemos no passado uma certa repressão. Enquanto as coisas eram liberais nos outros países, principalmente com relação ao sexo, o Brasil caminhava mais lentamente. Hoje avançou bastante. Bem de repente. 

Exemplo disso são os relacionamentos homossexuais. Muito melhor aceitos pela nossa sociedade. Os meios de comunicação já divulgam abertamente os  relacionamentos entre homens e mulheres do mesmo sexo na tentativa de acabar com qualquer tipo de preconceito. 

A verdade é que os gringos estão fazendo a festa. Longe de casa, não sabem muito bem o que querem. Não sabem se vão ou se ficam. Mas enquanto estão por aqui não deixam de se divertir.

Relacionar-se com alguém de outra nacionalidade é uma experiência interessante, mas não é impossível. Eles têm hábitos bastante diferentes dos nossos, inevitavelmente. E isso a gente percebe logo de cara.

Como em todo e qualquer relacionamento, requer tempo, compreensão e convivência.

“- Eu nao falar português, mas adorrro as brasilenhas!” Rsrsrsrs

 

Beijos de Luz

O facebook é uma das melhores fontes para se descobrir quem é quem.

Quando conhecemos alguém tratamos logo de perguntar o sobrenome para poder fazer – digamos – uma pequena pesquisa pela internet.

Alguma coisa a gente sempre acha. A primeira delas são os amigos em comum. Isso é muito revelador, afinal, “diga-me com quem andas que te direi quem és”.

A foto do perfil. Se estiver de óculos ou chapéu, pode estar escondendo alguma coisa. Os homens de terno querem parecer mais sérios. Nem sempre são. Outros mostram as tatuagens o que demonstra um estilo diferente, mais arrojado. Alguns, sem camisa, mostram o físico imponente e assim por diante.

As mulheres, as mais reservadas, geralmente escrevem uma frase de efeito ou uma citação. Isso nem sempre quer dizer que elas leram o livro ou conhecem o autor. Outras, se expõem mais um pouco, com fotos mais reveladoras.

Uma foto ou uma pequena citação pode revelar muito sobre a personalidade de alguém. Aquilo que você posta no seu mural também.

Se isso é bom ou ruim eu não sei. Mas que se tornou um hábito irresistível, disso eu não tenho dúvidas.

Vai me dizer que nunca pesquisou sobre a ex do seu namorado?

Bom, qualquer semelhança…é mera coincidência! Boas risadas…

A grama do vizinho

A vida dos solteiros é boa. A dos casados também. Mas quem está do lado de cá, olha para o lado de lá.

Enquanto os solteiros estao por aí se divertindo, os casados ou enamorados estão abraçados vendo um filme na TV ou fazendo alguma coisa mais interessante a dois.

Os solteiros, bem resolvidos, vão para o bar, saem para jantar, vão dançar, conhecem pessoas, fazem novas amizades, viajam com amigos, são convidados para festas e aproveitam para badalar.

Os casados participam de churrascos em família, geralmente com os mesmos amigos em igual situação. As crianças correm pela casa. Cinema e jantar a dois. Ficar em casa, abrir  um vinho e assistir um filme de vídeo pode ser um bom programa. À noite, dormem abraçados e pela manhã sempre tem um beijo de bom dia. Domingo o almoço é na casa dos pais. Dividem os problemas e a educação dos filhos.  Brigam de vez em quando, mas fazem as pazes. A vida continua assim.

Inevitavelmente há comparações. Os casados olham para os solteiros felizes e acham que a vida pode ser boa assim. Os solteiros, por sua  vez, se cansam um pouco de estarem sozinhos.

Sim, esse status nem sempre é tão satisfatório. Tudo o que é demais pode cansar. Viver só nem sempre traz realizações. Por outro lado, compartilhar sua vida com outra pessoa exige alguns sacrifícios: paciência, tolerância, compreensão, renúncia e doação entre tantas outras coisas.

Vantagens e desvantagens. Não há regras para ser feliz.

É…a grama do vizinho muitas vezes parece mais verde do que a sua. Nem sempre é, concorda?

O que tem que ser…

Nem sempre será do jeito que você quer. Isso nos causa uma grande frustração.

Eu tenho o péssimo hábito de ficar brava quando as coisas não acontecem exatamente como eu desejei. Aí que raiva que dá!

As nossas experiências nem sempre são bem sucedidas. Com frequência, nos decepcionamos com as pessoas por que criamos expectativas.

Quando nos relacionamos com alguém estamos sempre esperando alguma coisa em troca. Como cada um dá o que tem, nem sempre o que recebemos é aquilo que gostaríamos de ter. Difícil aceitar, certo?

“Nunca espere nada de ninguém.” Esse sempre foi o conselho da minha mãe.

O que a vida te dá é exatamente aquilo que você merece ter. Se você perde alguma coisa, geralmente outra bem melhor vem ocupar esse espaço que ficou vazio.

Claro que as coisas nunca acontecem no tempo que você quer. Tudo tem o seu momento. Tudo vem na hora certa.

Pensar positivo pode te ajudar a receber coisas melhores. Se você se deixar levar pela negatividade, certamente não aproveitará as boas oportunidades.

Quando você aprende a aceitar as coisas e as pessoas do jeito que elas são, tudo fica mais facil. Ninguém tem que agir do jeito que você quer. Se voce continua a insistir nisso, é melhor parar para pensar.

Infelizmente, na vida, é preciso aceitar as derrotas. Não dá pra ganhar todas as vezes. Perder faz parte do jogo.

Se voce ainda não aprendeu, ainda há tempo. Nem sempre é tão fácil assim.

E quer saber, o que tem que ser, será!  Não tenha dúvidas disso. Sabias palavras da Dona Eunice!

Eles não dão conta!

Rita Lee disse que mulher é um bicho esquisito. Tudo bem, eu até concordo. Nós temos tensão pré-menstrual, choramos com mais facilidade, comemos muito mais chocolates do que os homens, nos preocupamos com a nossa aparência, usamos maquiagem, compramos roupas e sapatos mesmo sem precisar e nos apaixonamos rapidamente.

Além disso, conciliamos várias coisas ao mesmo tempo: vida de mãe, dona-de-casa e a vida profissional. Mais do que isso, sempre temos um tempo disponível para nos dedicar à parte sentimental. Sim, essa é praticamente a diferença básica entre nós.

Aliás, isso nos alimenta. E como! Nós mulheres conseguimos executar melhor todas essas tarefas quando estamos certas de que vamos ter alguém para perguntar como foi o nosso dia.

Homens não pensam assim. Eles não conseguem administrar tudo ao mesmo tempo. Se eles perdem o emprego e estão numa situação financeira complicada, eles “não funcionam”, literalmente. Sexo: nem pensar!

A separação, para eles, também é bem complicada. Geralmente, sem os filhos, são obrigados a morar sozinhos. Alguns – poucos – voltam para a casa dos pais. Isso, para eles, significa muitas vezes um retrocesso. Sozinhos, são obrigados a assumir uma nova identidade: o regresso para a vida de solteiro.

Quando algo os aborrece a última coisa que pensam é encontrar aconchego no colo feminino. Pode até ser, se eles tiverem a mãe por perto. Eles preferem uma cerveja com os amigos ou um jogo de futebol. Resolvem uma coisa de cada vez. Cumprem as etapas. Bem diferente de nós.

Isso não quer dizer que nós mulheres também não passamos por esses momentos. É inevitável. Mas certamente, lidamos melhor com esses conflitos.

E você, dá conta?

Homens na cozinha

Os tempos mudaram tanto que cozinha já não é mais coisa só de mulher. Antigamente nós pilotavamos o fogão. Hoje as coisas mudaram bastante.

Homens estão se arriscando nessa tarefa. E fazem isso muito bem, diga-se de passagem. Enquanto nós mulheres preparamos uma “macarronada” eles fazem pratos gourmets.

Azeite trufado, foie gras, caviar de entrada com champagne. A “pasta” é preparada com ingredientes especiais. O arroz virou risoto com especiarias qualificadas.  Geralmente um prato basta. Bem diferente de nós que pensamos em aperitivos variados, duas entradas, um prato principal que agrada todos os gostos: uma carne assada ou um salmão com alcaparras. E de sobremesa, uma mousse de maracujá – para quem gosta de doces mais leves -ou um pavê sonho de valsa – geralmente uma receita do livrinho secreto das nossas mães.

Eles não se preocupam muito com isso. Depois do jantar lhe servem um vinho licoroso, um chocolate importado e um café descafeinado. Sobremesa? Geralmente eles têm outras sugestões.

Se você for convidada para um jantar feito por um homem, pergunte antes sobre o cardápio de sobremesa e aproveite a sua noite. Buon appetito!

Foi bom pra você?

Que o mundo dos relacionamentos mudou isso já sabemos. As coisas estão tão diferentes que hoje, logo a partir do primeiro encontro, as pessoas já deixam bem claras as suas intenções.

Quem já passou por alguma decepção trata logo de se defender. Antes mesmo de viver a nova experiência. Impõe os limites para que não haja nenhum tipo de cobrança e nem para que se crie qualquer expectativa. Ou seja, um balde de água fria logo de cara!

Ou é assim…ou é assim. Nao há alternativas. Ou você dança conforme a música ou vai ter que dançar sozinho.

Nada de compromissos. Denominar a relação nem pensar. É um tiro n’água.

Tem que saber levar. Mais do que isso, é preciso saber esperar. Dar tempo ao tempo e deixar as coisas acontecerem aos poucos.

Se vale a pena investir, é preciso ter paciência. Mais do que isso, sabedoria.

Eu sempre acreditei que o universo conspira a nosso favor. Claro que existe o tal do livre arbítrio. Temos o direito de escolha. Mas que as oportunidades estão aí a todo momento, disso eu não tenho dúvidas. É pegar ou largar. Caso contrário, como dizem por aí, a fila pode andar.

Se foi bom pra você? Aproveite o seu momento. Nada de questionar ou discutir a relação. Você não precisa mais disso.

Mas esteja preparada para o dia seguinte. Nem sempre as coisas acontecem do jeito que você quer.

Ah, eu adorei essa propaganda! Enjoy!

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Diferenças que fazem toda a diferença

Eu tenho uma amiga que se casou com um homem bem mais velho.

Na época, ela tinha 21. Ele 46. Vinte e cinco anos de diferença. Viveram um grande amor, sem preconceitos. Não tiveram filhos.

Hoje ela é uma mulher de quarenta. Ele, um homem de 66 anos.

O amor e a admiração daquele tempo transformaram-se numa profunda amizade. Sim, ela o ama, da forma dela. Ele a tem como uma filha agora. Vivem juntos um dilema.

Os anos impedem que ela saia de casa. Ela lhe é grata.  Ele, já não acompanha mais o mesmo ritmo.

Ela trabalha; ele é aposentado. Entregou-se às tarefas da casa. Vive depressivo e sem vontade de nada. Adoeceu.

Ela tem muitos amigos, é esportista, tem a força e o vigor da época dos quarenta. Essa é a fase de questionamentos da mulher. E do homem também, por que não? Ele a entende, apesar de tudo. Os anos lhe trouxeram essa compreensão.

O sexo já não existe mais. Dormem juntos na mesma cama, apesar disso. A chama do amor se apagou, sem mais nem por que.

O que fazer numa situação dessas? Minha amiga está entre a cruz e a espada. Não sabe se vai ou se fica.

Aos quarenta, a gente faz um balanço da vida. De que forma quero viver? Quais são as minhas opções? Quais as minhas escolhas? Resgatar a minha felicidade ou viver pra sempre do mesmo jeito?

Às vezes é preciso abdicar de algumas coisas pra vida poder seguir em frente. Ainda que esse processo seja doloroso para ambos os lados.

Tempo, reflexão e coragem para tomar decisões e correr riscos.

Minha amiga não tem certeza de nada. E ninguém pode fazer nada por ela nesse momento.

Mas eu estou certa que estarei seu lado para o que der e vier. Amigas são para essas coisas, certo?

Mas é claro que para todas as regras há exceções, concorda?

Eu tenho, você não tem!

Minha mãe, assídua leitora do Mulheres de Quarenta, pediu que eu não escrevesse tanto sobre separação. Está certo, ela tem um pouco de razão. É que apesar de ter passado por essa situação há pouco tempo, tenho me deparado com várias pessoas da nossa idade que passam pelo mesmo momento.

Eu sei que há casais que vivem bem e felizes no casamento. Esse seria o certo. O casal “Palazzi” é o meu maior exemplo. Meus pais estão juntos há mais de 50 anos. Confesso que foi muito difícil encarar o divórcio tendo eles como meus pais. Enfim…

Hoje sou uma mulher divorciada com duas filhas pequenas. Claro, que assim como todas as mulheres, eu também penso em encontrar alguém para me relacionar. E já sei que não posso exigir um homem solteiro, sem filhos e sem história. Haverá uma bagagem, estou certa disso. Muito diferente de quando somos jovens, livres, solteiras e desimpedidas. Homens com filhos, para mim, não me incomodam hoje como me incomodariam no passado.

Mas para quem nunca viveu a experiência de ser pai ou mãe é mais difícil se relacionar com quem tem filhos. Claro que não é impossível, mas requer um pouco de paciência. Filhos são para o resto da vida e nós pais temos responsabilidade eterna sobre eles. E ainda temos que conviver, bem ou mal, com o (a) nosso (a) ex.

Por outro lado, a parte que não tem filhos precisa saber entender isso muito bem. E tem que estar disposta para essa relação. Conviver com as birras das crianças sem ter o pátrio poder. Ver a namorada brigando com o ex por causa das crianças e não poder se intrometer nessa relação e assim por diante.

Mas com disposição, de ambos os lados, é possível conciliar essa relação, que pode sim, dar muito certo, porque não?

Não há barreiras que o amor verdadeiro não possa superar.

Eu tenho, você não tem! Vai encarar?

Jogos de amor

Homens reclamam das mulheres assim como as mulheres reclamam dos homens.

Os relacionamentos de hoje tornaram-se um verdadeiro jogo.

Quem não entende muito bem as regras fica de fora. Ou perde feio! 

Quem aprendeu a jogar tem alguma chance de vencer a grande disputa.

Antes, homens e mulheres eram parceiros. Atualmente, tornaram-se adversários. Pelo menos no início dos relacionamentos.

As táticas de conquistas são muitas. Mas quem se arrisca logo de cara tende a perder.

É preciso estudar muito bem o parceiro. Entender as sua táticas de jogo para poder dar a cartada final. E quando o jogo se encerra, nao há mais como voltar atrás.

Quem entende bem o modo de jogar pode vencer o adversário e se tornar, depois de algumas partidas, seu melhor parceiro.

Jogar faz parte. Mas é preciso saber vencer. Usar todas as armas contra o seu adversário. Nem demais, nem de menos. Quem vai com muita sede ao pote, tende a quebrá-lo. E você sabe que e impossível unir os cacos de um vidro despedaçado.

Cada um usa as armas que tem. Nem sempre são as melhores. Depende do seu adversário. Tudo requer um pouco de tempo e sensibilidade para entender oponente.

Claro que ninguém gosta de perder. Mas às vezes é preciso deixar o adversário ganhar. Ainda que isso lhe custe um pouco. Noutras, você tem que vencer, a qualquer custo.

Empatar nem sempre é muito bom, mas pode ser uma boa saída, por que não?

Nada com um pouco de tempo para aprender as regras de cada jogo. E não há muito segredo. Tem que praticar. Todo jogo requer um pouco de treino. Táticas sao necessárias, mas também é preciso ter um pouco de sorte.

Se você ainda não aprendeu, nunca é tarde para começar. 

Embaralhe e distribua as cartas. Acredite que você pode vencer esse o jogo.  Espere o descarte do seu adversário e tenha sempre um coringa na mão! Mas não se esqueça que, na próxima rodada, seu oponente terá a oportunidade de iniciar o jogo. Boa sorte! Você vai precisar!

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