Como é ser mãe para a Vanessa Palazzi? Confira!

Existe uma resposta única sobre o que é ser mãe e como lidar com a maternidade? Na certa não! Cada mulher entende esse papel tão especial de um jeito singular. E para comemorar o Dia das Mães, resolvemos trazer um bate-papo com a Vanessa Palazzi contando sobre a sua experiência.

Confira abaixo:

1 – Se pudesse usar apenas uma palavra para definir o que é ser mãe, qual seria?

Amor, com toda a certeza, porque ela compreende muitas coisas. Até cito uma passagem bíblica que é a 1 Coríntios 13 – 4:7: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Então, o amor de mãe é justamente isso. É aquele amor incondicional, que é maravilhoso, que tudo suporta, que passa por cima de tudo, que não guarda rancor. E é justamente isso que eu penso da palavra mãe, que ela tem muito a ver com a palavra amor.

2 – Qual é a melhor parte de ser mãe e a mais desafiadora?

A melhor parte é ter essas lembranças maravilhosas do nascimento dos nossos filhos, lembrar o que fizeram, da primeira vez que eu vi a carinha quando nasceram. Depois se lembrar de cada coisinha delas, de poder mexer em algumas lembranças e achar umas cartinhas lindas e presentes que elas fizeram para mim, todo o amor.

E a parte mais desafiadora é a aventura de ser mãe, estamos aprendendo todos os dias com os nossos filhos. Quando a minha primeira filha nasceu, eu chorei com a minha mãe por ter medo de não saber cuidar dela, não saber se iria conseguir. E ela disse para eu me acalmar porque a minha filha mesmo iria me ensinar. E é isso, todo dia aprendo. Erro, mas aprendo com os meus erros. E essa é a fase desafiadora, aprender que eles são indivíduos que têm vida própria e vontade própria. Entender que estão se preparando para o mundo.

3 – O que você espera para o futuro das suas filhas?

A única coisa é que elas sejam felizes. E respeito muito a escolha delas, e eu sempre orientei que elas podem escolher a profissão que quiserem, desde que façam tudo bem-feito, com prazer. Tudo que quero é que tenham felicidade, que aprendam a enxergar alegria nas pequenas coisas. Senão, a felicidade fica muito distante se a gente cria muita expectativa. Então, que elas aprendam a serem felizes a partir de agora e olhando tudo que está ao redor delas, e encontrando essa aventura que a gente chama de vida.

4 – O que as suas filhas são pra você hoje?

Elas são maravilhosas, e considero que são muito melhores do que eu. E eu quero mesmo que elas sejam melhores, que sejam cada vez mais, que possam tudo que quiserem, que tenham o direito a fazer e realizar tudo o que sonharem. Elas representam a minha vida, são uma grande realização do meu ser. É maravilhoso ter esse privilegio que Deus me deu de ser mãe. É uma dádiva. Valorizo demais.

5 – Como você se sente quando as vê fazendo algo que você ensinou ou inspirou?

Fico super orgulhosa, satisfeita, e é muito gostoso me ver espelhada nelas. Eu também, hoje muito mais ainda, me vejo como a minha mãe, agindo como ela, falando as mesmas coisas que ela falava, fazendo o que ela fazia. E é uma herança muito boa, e eu espero deixar tudo que eu tenho de melhor para elas. E o que tenho de ruim, que elas não sigam o exemplo. Não sou perfeita, erro também. Muitas vezes peço desculpas a elas pelos erros que cometi, mas sei que estou fazendo o meu melhor e dentro das minhas possibilidades. Dedico a minha vida para elas. É claro que eu me importo comigo porque eu sou uma pessoa importante. Mas tudo que posso fazer para elas eu faço, e com carinho e amor.

6 – Como você gosta de passar o tempo com elas?

Gosto de fazer várias coisas gostosas, desde sentar e fazer a unha juntas, que a gente gosta muito, até ir ao cinema e ver um filme. Ou então almoçar juntas, é sempre muito gostoso estar na companhia delas. Elas têm a vida delas, as programações delas, mas quando estamos juntas é sempre muito bom.

7 – Como você quer que elas te vejam sempre?

Quero que me vejam como um bom exemplo, como uma mulher que venceu, como uma mulher que batalhou, teve as suas dificuldades, mas que carrega alegria de viver. É positiva, está sempre seguindo em frente, que passou por várias coisas da vida, mas que ergueu a cabeça e foi em frente. Levantou-se e lutou, sempre feliz. E tenho certeza que elas já me veem assim, como um bom exemplo, como uma boa mãe e guerreira, que segue em frente e luta.

8 – O que você diria para quem está prestes a ter um filho?

Filho é uma coisa para o resto da vida, então, existe a responsabilidade e o grande prazer de você poder gerar uma vida. Ame muito, o amor cura todas as feridas, vence tudo, supera tudo. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

 

E é com esse final que fechamos essa entrevista maravilhosa, desejando um Feliz Dia das Mães, com carinho, autocuidado, e sabendo se aceitar.

Seu tempo com seus filhos

Por Gisela Campiglia

O desejo dos pais é o de educar seus filhos para que eles sejam pessoas independentes e felizes. Mas, como atuar em direção a este propósito quando o tempo disponível para os filhos é limitado?

A comum necessidade de que o casal trabalhe fora para prover o sustento da família, restringe a convivência entre pais e filhos. Desta forma, muitas famílias encontram “educadores” alternativos para substitui-los em sua ausência justificada. Uma empregada, a escola em tempo integral, ou as avós acabam ficando encarregadas desta função. Esses preciosos colaboradores ajudam bastante, no entanto, o alcance de suas ações é restrito. Por melhor que seja uma funcionária doméstica, ela não tem a mesma autoridade que os pais para dar limites à criança quando necessário.  A escola tem influência na educação dos alunos, mas a função da escola é escolarizar, passar conhecimento acadêmico, e não educar. Uma boa escola pode até auxiliar os pais na educação de seus filhos, mas é importante ter a consciência de que existe ex-aluno, mas, não existe ex-filho. A escola convive com o aluno temporariamente, os filhos convivem com os pais por toda a vida. As avós são de plena confiança, ótimas cuidadoras, e oferecem amor as crianças, mas muitas mimam os netos em demasia, fato que acaba trazendo problemas no futuro.

Na impossibilidade de conviver o quanto gostariam com seus filhos alguns pais sentem-se culpados, por isso acabam comprando todos os presentes que as crianças pedem no intuito de compensar sua ausência. Este é um grande equívoco, pois a criança que ganha tudo aquilo que deseja, terá dificuldades de superar frustrações durante a vida. A criança não tem a oportunidade de treinar em casa, mas a vida fará com que ela aprenda a lidar com as contrariedades na marra. A quantidade de objetos que os pais oferecem aos filhos não supre suas necessidades afetivas. Os filhos precisam sentir o quanto eles são importantes para seus pais através do amor, da atenção, dos cuidados e dos limites que recebem. Somente a convivência pode construir uma relação de amor, mas como realizar essa nobre missão quando o tempo disponível para os filhos é escasso?

Uma frase bem colocada causa muito mais impacto do que horas de conversa sem conteúdo. Um abraço de amor intenso tem mais valor do que vários telefonemas ao dia.O que produz significado em nossa vida a quantidade, ou a qualidade?

Existem mães que ficam em casa com as crianças o dia todo, porém não desgrudam os olhos da tela do computador. Quando a criança solicita atenção, a mãe responde:
”- Espere só um minutinho que eu já vou!”.  O filho espera minutos, horas, e nunca chega o momento de receber a atenção desejada.  A consequência é que a criança sentirá que sua presença na vida da mãe é irrelevante, e isso é muito perigoso. Pesquisas revelam que o uso de drogas na adolescência também é motivado pelo fato do jovem sentir-se desvalorizado pelos pais. A pior miséria que existe no mundo é a falta de amor, vivemos em um planeta cheio de carentes emocionais.

A solução é estar presente de corpo e alma quando houver a oportunidade de ficar com seus filhos. Determine um tempo sagrado para dar atenção exclusiva a eles, mesmo que seja apenas uma hora por dia. Evite permitir que sua energia seja desviada para qualquer outra tarefa durante o período que você criou para estar com as crianças. Não dá para disfarçar em que direção esta indo seu fluxo de energia, os filhos sentem quando o seu foco de atenção não está neles. Programar o cardápio da semana, atender o celular, assistir novela, checar os e-mails pessoais, ou conversar com o cônjuge, são tarefas para serem realizadas quando as crianças já estiverem dormindo.  Se você fica o tempo todo realizando multitarefas, e nunca oferece o privilégio de dar atenção especial para seu filho, ele interpreta o fato equivocadamente. Passa a acreditar que não é merecedor de sua atenção, cresce com baixa estima e leva essa influência para a vida adulta. Não adianta explicar que você é muito ocupado, porque esta se matando de trabalhar para dar uma boa educação para eles. Os filhos precisam ser nutridos com amor, o alimento da alma.

Praticar a sua autoridade em relação aos seus filhos também é uma forma de exercer amor. Muitos pais relutam em realizar essa função intransferível com medo de que os filhos deixem de amá-los, ou mesmo, pela vaidade de mostrar uma imagem sempre agradável para as crianças. Não tenha receio de corrigir quando houver necessidade, proteger seus filhos é diferente de evitar frustrações, o seu sentimento de pena enfraquece a criança. Um adulto sem limites revela uma educação sem limites. A prática do amor inclui disciplina. Você não deve admitir que seus filhos alimentem-se com doces e refrigerantes em excesso, não pode tolerar que se comportem agressivamente na escola. A firmeza dos pais quanto à educação é um ato de amor e proteção. O resultado é a formação de um adulto estruturado com forças existenciais e morais, capaz de conquistar a própria felicidade.

Pais, por favor, não se torturem! A sua relação com seus filhos não é definida pelo tempo que você passa com eles, mas sim pela forma como você se relaciona durante o tempo que dispõe. A sua postura e sentimentos em relação aos seus filhos vão determinar a qualidade da educação que você oferece.

Até a próxima!

Gisela Campiglia

Formada em psicologia, física quântica, bioenergia e metafísica. Trabalha com desenvolvimento pessoal, promove palestras, escreve artigos e é colunista do Mulheres de Quarenta.

 

 

 

 

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