O outro lado da moeda

Não é fácil para o homem seguir adiante depois da separação. Queira ou não, no casamento a gente acaba assumindo o marido um pouco como “filho”. 

A gente se preocupa com a roupa que ele vai usar, se os sapatos estão em ordem, com a mala de viagem. No mercado, sempre compramos a cerveja da marca que ele gosta de tomar. Quando ele chega a casa após o trabalho, nos preocupamos em servir o jantar. As crianças em primeiro lugar, mas o “mimo” para os maridos existe sim.

Não, não se trata de submissão. É uma questão de gentileza inerente a nós mulheres. E nós aceitamos esse papel sem nenhum problema. No fundo, até gostamos de cuidar quando amamos de verdade.

O duro é quando tudo se acaba. Cada qual para o seu lado. A mulher, por mais difícil que seja, já está mais acostumada a cuidar dos filhos, da casa, de administrar a empregada, de prover o lar com o que esta faltando. Duro mesmo é trocar a lâmpada da sala, consertar o vazamento, instalar o videogame, mas nada que a gente não aprenda a fazer. No fim, a gente ainda fica com o melhor do que restou da relação: os filhos, na maioria das vezes, ficam com a mãe.

Para o homem, encontrar-se novamente sozinho é bem mais difícil. Ele já havia se acostumado com a vida que tinha. O conforto de chegar a casa, tirar os sapatos no meio da sala e ter quem os coloque no lugar, abraçar e beijar os filhos, ajudar a fazer a lição, brincar de pega-pega, jogar uma conversa fora, assistir TV abraçadinho… Essas coisas fazem falta!

Na hora de dormir, compartilhar uma história e dar um beijo de boa noite. Ao acordar, depois do café, dar uma olhada para ver se os filhos ainda dormem e assim por diante.

Na verdade para ambos os lados é difícil assumir a separação. O importante é ter sabedoria para saber lidar com as dificuldades, ter força para superar os problemas e a certeza de que a vida tem que continuar da melhor forma possível. 

É importante encarar essa nova fase com muita coragem. Ter equilíbrio para educar os filhos sem medos e sem culpas pela separação, principalmente, sem compensações. Eles não serão os primeiros e nem os últimos a terem pais que moram em casas separadas. 

Bom… e quando encontrar um novo amor… é preciso saber conciliar os filhos com a nova relação. Pessoas adultas sabem que na relação entre pais e filhos não há concorrência. Quem tenta usar dessa artimanha, perde feio!

Com um pouco de habilidade e até mesmo “elegância” é possível resolver essa situação. Afinal, você também deve recomeçar. Administre bem o seu tempo – e o seu novo amor – para poder ser feliz por inteiro. Você merece!

Essa relação não é tão complicada assim, basta ter um pouco de disposição e boa vontade. Vamos lá, você consegue!

Amor merece respeito

Eu te amo pra cá, eu te amo pra lá….e no primeiro deslize…já não te quero mais, vivo bem sem você.

Opa, não foi isso que eu aprendi. Meus pais, desde cedo, me ensinaram a importância desse sentimento. Tenho um bom exemplo dentro da casa.

Lembro que no auge dos meus 15 anos quando os hormônios estavam a mil, eu adorava falar eu te amo logo na primeira semana de namoro. Quem nunca fez isso? Rsrsrsrs

Depois de uns meses tudo se acabava e aquele amor que eu achava que era o mais importante da minha vida se perdia no tempo. Nada como amadurecer para aprender melhor sobre essas coisas do coração. Não se pode banalizar esse sentimento. Tratá-lo como uma simples palavra é uma ofensa para o amor.

Amar exige muitos sacrifícios. Tempo, paciência, tolerância, remissão, perdão e principalmente frequência. É preciso relevar e abrir mão de muitas coisas. Ceder e ao mesmo tempo compartilhar. Entender. Ser grande em alguns momentos e pequeno quando precisar.

Afastar por um momento para refletir e abraçar quando necessário. Querer bem e proteger e, ainda que as palavras sejam duras em algum momento, ter a grandeza de relevar e perdoar. O amor verdadeiro supera tudo. Esse é o amor que eu conheço.

Que possamos levar a sério as palavras e os sentimentos para que o amor, a maior das virtudes que um homem pode ter, seja sempre incondicional.

Aproveito para transcrever aqui um dos textos bíblicos mais lindos que já li. Espero que gostem e vivam intensamente a virtude do amor!

“1 Coríntios 13

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

Migalhas de amor

Livrar-se de um vício exige determinação. Não adianta tomar remédios ou internar-se numa clínica se você realmente não estiver pronto e com vontade de mudar de vida ou de deixar para trás aquilo que tanto te faz mal.

Eu tenho uma amiga que vive uma relação muito complicada. Ela sofre e chora por aquilo que na verdade não tem. Ela é uma mulher sonhadora. Quer viver um grande amor, quer ser amada de verdade, assim como todas nós, mas escolheu a pessoa errada.

O homem que ela julga amar não tem condições de amar a si mesmo. Nunca gostará dela como ela quer que ele goste. Mas como o desejo de ser feliz ao lado de alguém é muito maior, ela idealiza nele o homem dos seus sonhos.

Ele se tornou um vício que ela não consegue largar. Por conta disso, ela sofre. Ela sim pode lhe dar muitas coisas, mas recebe dele apenas as migalhas. No fundo ela sabe que isso não a faz feliz, mas não consegue largar o osso. E olha que nem a carne ela comeu!

Por mais que se tenha alguns momentos de prazer numa relação, é preciso avaliar se realmente o conjunto vale a pena! Não dá para viver de restos e migalhas. Não dá para se ter um amor pela metade. Ainda que a gente sofra depois, é melhor arriscar tudo e viver com intensidade aquilo que se tem pra viver.

Muitas vezes, por mais difícil que seja, é melhor abrir mão de algumas coisas e tomar uma decisão definitiva pra poder ser feliz. Só você e mais ninguém tem o poder de decidir o que é melhor para a sua vida. É preciso renunciar para que a vida possa lhe trazer novas e melhores oportunidades.

Vamos lá, apague esse seu cigarro agora e jogue o seu maço fora!

Dor de cotovelo

Quem nunca sentiu que atire a primeira pedra. E como dói, não é? rsrsrsrsrs

Ainda que tenha sido você que tomou a decisão para o fim do relacionamento, sempre fica alguma coisinha. Não é amor não, na maioria das vezes, é um sentimento esquisito, que a gente não consegue explicar muito bem.

O fato é que a gente sempre se julga melhor do que os outros (ou as outras). Ainda bem, pois isso na verdade mostra que temos auto-estima. Ponto para nós!

Depois da separação, quando você ainda não encontrou alguém legal, que te faça feliz, é difícil admitir que a outra já tenha encontrado alguém e que está numa boa.

Mesmo as pessoas mais bem resolvidas sentimentalmente sentem uma pontinha de ciúmes quando sabem que a ex (ou o ex) já está com um novo par. Ai que raiva que dá! rsrsrsrsrs

Mas a verdade é que todos nós temos o direito (e o dever) de sermos felizes. Quando menos se espera, as coisas acontecem. Você conhece alguém bacana, que te dá valor, que te ama de verdade e te aceita do jeito que você é. Se dará certo ou não, o tempo vai te dizer. Mas se você não arriscar, nunca vai saber.

A vida é uma caixa de surpresas, boas e ruins. Sentir dor de cotovelos faz parte. E quer saber? A gente sobrevive, e muito bem. Ninguém morre de amor!

Vamos lembrar um pouco dos anos 80… Eu adoro essa música!

A sogra

Tenho uma amiga que passou por momentos difíceis na vida. Ela é uma mulher de quarenta, separada e tem dois filhos adolescentes. É uma boa mãe. O divórcio foi bastante complicado. Seu ex-marido teve uma amante durante anos e quando ela descobriu, o casamento acabou.

Ela preservou os filhos e os protegeu de todos os dissabores que a situação lhe causou.

Passados alguns anos, ela recomeçou a vida. Arrumou um namorado que a tratava muito bem.

Mas como em qualquer relacionamento, os problemas acabaram aparecendo. O atual namorado não tem filhos, nunca se casou. Mas de herança ela recebeu a “sogra”! Ai, meu Deus, e que sogra!

A mãe não consegue aceitar que ele se relacione com uma mulher separada e que já tem filhos.

A sogra quer ter netos, mas escolheu a nora errada para isso. Com os filhos já criados, minha amiga sente-se realizada e feliz como mãe. Seus planos hoje são outros. Ela apenas quer ser feliz!

A mãe é viúva, não tem amigos e vive só. O filho não consegue cortar o cordão umbilical. Fica entre a cruz e a espada. Não sabe se posicionar e deixa a namorada em situações bastante delicadas.

Essas relações precisam ser bem definidas. É preciso entender, de ambos os lados, que se tratam de amores diferentes e que nem de uma nem de outra forma é possível concorrer. A mãe nunca poderá ser substituída e o amor de uma mulher é bem diferente daquele incondicional que sentimos pelos nossos pais. Se não for assim, os problemas com a família começam a surgir.

Se você ainda não cortou o seu cordão umbilical, pense nisso. Você pode perder a sua grande chance de ser feliz!

Uma década atrás

Confesso que quando cheguei aos trinta fiquei bastante preocupada. Eu já contei aqui pra vocês que eu fui criada “pra casar”. Minha mãe se casou aos 21 com o primeiro namorado. Minha avó, mais moderna um pouco para sua época, aos 25.

Minha mãe fazia o meu enxoval desde os meus 10 anos! Imagine a pressão que o casamento tinha na minha vida!

No meu aniversário de 30 estava já namorando e logo depois me casei e tive as meninas. Tenho duas, a Rafaela de 7 e a Giovanna de 6 (elas adoram quando falo delas aqui no blog!) Hoje vejo que as coisas mudaram bastante. Uma década que separa as gerações  faz bastante diferença. Estive com meninas de 30 que não estão nem um pouco preocupadas se casaram ou não. Se não tiverem filhos também, tudo ok. Vejo que são bem mais seguras, ainda que tenham a vontade de realizar o sonho de ser mãe. Elas não tem pressa. Querem ser felizes em primeiro lugar!

Pensam primeiro em estar bem resolvidas profissionalmente, terem estabilidade financeira e construíem uma carreira de sucesso! Acho ótimo isso!

E é claro que não escondem a insatisfação de estarem sós! Querem sim encontrar o par perfeito (existe? Rsrsrsrs) querem sim ter alguém ao seu lado, mas em igualdade de condiçõees. Quem não quer afinal?

Hoje a mulher não assume mais o papel de Amélia. Ninguém casa pra ser dona de casa como muitas de nossas mães. As mulheres trabalham depois de casadas, têm filhos e não lavam roupas e nem cozinham mais, mas cuidam das crianças (e muito bem por sinal), fazem o mercado, administram a casa, a empregada, as contas do lar, com a certeza de que se um dia estiverem sozinhas podem dar conta do recado.

Adoro ver essa nova geração dos 30!

Com certeza elas terão muitas e boas histórias para nos contar daqui a dez anos!

Pra não perder o costume: “A Linguiça”, por Arnaldo Jabor

A medida que envelheço e convivo com mulheres, valorizo mais ainda as que estão acima dos 30.
Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar.
Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, pirraçando… vai fazer alguma coisa que queira fazer….e geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer, elas definitivamente não ficam com quem não confiam.
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem, você nunca precisa confessar seus pecados… elas sempre sabem…
Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens…
Por que será, heim?
Mulheres mais velhas são diretas e honestas, elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela, basta agir como homem e o resto deixe que ela faça…
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos!
Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada, sexy, e bem resolvida, existe um homem com mais de 30, careca, pançudo em bermudões amarelos, bancando o bobo para uma garota de 19 anos…
Senhoras, eu peço desculpas por eles: não sabem o que fazem!
Para todos os homens que dizem: ‘Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?’, aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem porquê? Porque ‘as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!’..
 
Nada mais justo!”
 

Nada de cobranças

Que o mundo dos relacionamentos mudou isso já sabemos. Que há pessoas que acreditam e querem um relacionamento a dois também é certo. E olha que esse assunto gerou polêmica num dos meus últimos posts.

Mas retomando, vamos lá! Tenho ouvido cada estória!

Mulheres que mal começam a se relacionar com alguém e já se sentem donas do pedaço. Julgam-se no direito de cobrar posturas, exageram no ciúme e cobram nomenclaturas para o relacionamento. É claro que elas querem “namorar”! Nada como poder postar nas mídias sociais: “Fulana está num relacionamento sério com Cicrano” e logo ao lado aparece um coraçãozinho vermelho! Pronto, você se vingou de todos os seus ex e agora tem alguém para chamar de “seu”!

No dia seguinte, quando o seu novo namorado se dá conta de que você tornou público o seu relacionamento, ele já fica assustado e começa a pensar se fez a coisa certa! Agora todo mundo ficará sabendo! Adeus mulheres!

Bom, o fato é que cobrar alguma coisa logo de cara assusta os pretendentes. O barco tem que correr naturalmente. Se ele te quiser de verdade, as coisas vão rolar, mas nada de cobranças logo de cara! Nem homens e nem mulheres gostam disso. Assim as relações já começam erradas, doentes. Depois de certo tempo a gente tem direito sim de cobrar alguma coisa. E porque não se isso faz parte da natureza feminina? rsrsrsrs

Mas antes de tudo, jogue a isca, atraia e conquiste! Nada de arrumar confusão!  Se você cometer esse erro logo no começo, esteja certa de que você morrerá na praia. Se for inteligente e tiver um pouco de maturidade – aquela mesma que a gente adquire aos quarenta –  talvez você consiga o que tanto quer!

Então meninas, vamos lá! Nada como engolir uns sapinhos de vez em quando! Finja que não viu, respire fundo e conte até dez. Garanto que funciona muito bem!

 

Brigas em família

Vai me dizer que na sua não tem? Nos almoços de domingo geralmente tudo acontece. O motivo? Geralmente por causa de um brinquedo jogado na sala, uma criança que passou correndo pelo corredor, uma palavra a mais, uma palavra a menos. TPM nas mulheres, cervejinha para os homens.

E de repente, assim, sem mais nem menos, aquela confraternização vira um terremoto. A casa treme. Um grita daqui, o outro dali. As crianças se escondem em qualquer lugar. Umas choram, outras entram na discussão.

No final, aquilo que era para acabar bem, acaba muito mal. Todos se vão, tristes e magoados. Ao chegar a casa, pensam sobre o que fizeram e principalmente sobre o que falaram e escutaram. Todos saem feridos e machucados e refletem sobre como tudo poderia ter sido diferente. Arrependem-se do que falaram e lamentam a proporção que a briga tomou.

Eu já disse aqui no blog que “A família é o berço de tudo”. E se acreditamos mesmo nisso, sabemos que “lá em casa” também é lugar de lavar roupa suja. Faz parte. Ainda mais com a vida que levamos, com todos os problemas e com todos “os sapos que engolimos” todos os dias.

Minha mãe diz que muitas vezes o filho agride a mãe porque sabe que sempre haverá perdão. E nós mães, sabemos bem disso. Esse nosso amor universal e incondicional pelos filhos não nos permite guardar mágoas. Ainda que as palavras sejam duras, lá no fundo, conseguimos esquecer e perdoar.

Às vezes é preciso sim colocar os pingos nos “is”. Dar o braço a torcer, ainda que você tenha razão, também faz parte. O melhor é deixar as palavras se perderem no tempo e permitir que o amor fale mais alto.

É isso aí. Domingão tem mais um almoço lá em casa!

Pra se divertir um pouco, aí vai uma música clássica do Titãs…quem não se lembra?

Impondo limites

Eu já disse a vocês que não sou nenhuma expert na arte da educação. Como mãe, cometo erros e muitas vezes, falho. Mas sempre na tentativa de agir corretamente e acertar na formação das minhas filhas.

Essa nova realidade em que as mães trabalham e participam da gestão do lar ou ainda das mulheres mais independentes que por alguma razão fazem o papel duplo de pai e mãe tem gerado alguns conflitos na educação dos filhos.

Tenho visto por aí muitas coisas erradas. Mães que se sentem culpadas porque trabalham a maior parte do tempo, tentam suprir os seus filhos cedendo a todas as suas vontades. São subservientes e carentes de amor.

Mães que superprotegem os seus filhos e tomam a frente em tudo. Os filhos, por sua vez, tornam-se reis e rainhas de seus lares porque sabem a quem recorrer em qualquer situação. Mandam e desmandam ao seu bel prazer: fazem birras, agridem com palavras e até mesmo fisicamente. Tenho visto crianças mimadas, donas de si, totalmente sem limites!

E vejo mães sem saber como agir quando o filho tem um ataque de nervos em público ou até mesmo dentro de casa. Esses pequenos seres sabem bem como fazer isso e, esperam sim, uma resposta de seus genitores. E nós, pais e mães, temos a obrigação de impor esses limites aos nossos filhos, ainda que isso nos doa na alma.

As frustrações fazem parte da vida. Cada um tem que saber lidar com os seus próprios conflitos. Se as crianças não aprendem a superar os seus problemas, não amadurecem.

Falar “não” é difícil, mas necessário. Impor limites faz com que o seu filho cresça mais confiante. E depois de alguns anos, a gente entende bem melhor os “nãos”  que recebemos na vida!

Brincadeira de criança

A Rafaela e a Giovanna, minhas filhas de 7 e 5 anos, descobriram que eu também tive infância. Agora não passo uma noite sequer sem contar uma história de quando eu era criança. 

Geralmente elas pedem para eu falar sobre algum episódio em que eu tenha “me dado mal”. E lá vou eu buscar lembranças do fundo do baú! 

Depois que temos filhos, sempre comparamos o tipo de infância que tivemos com o mundo das crianças de hoje. A diferença é brutal, concorda? Na época dos nossos pais também era.

Meu pai nos fez reviver coisas da infância que ele teve. Na nossa casa, tinha peões e estilingues que ele mesmo fabricava. Ele comprava varinhas e papel de seda e nós ajudávamos a fazer pipas e balões. Ele também tratou de confeccionar alguns carrinhos de rolimã. Ah, esses eram os mais divertidos.

Nas festas juninas, sempre estourávamos bombas e rojões. Uma das nossas brincadeiras era acender as bombas e colocar uma lata vazia em cima. A gente adorava ver aquilo explodir e a lata ir lá pra cima.

Eu era daquelas meninas que adorava brincar com os meninos. Minha brincadeira preferida era subir no telhado da casa da minha mãe e soltar bolinhas de sabão. Meu pai preparava a argola de arame com algodão para que a bolinha saísse perfeita. Eu passava horas naquele lugar admirando as bolhas estourarem. Mas quando minha mãe descobria que eu estava lá no telhado, escondida, já sabia que eu ia apanhar! Era um Deus nos acuda! E quem disse que eu deixava de subir novamente? Sempre dava um jeitinho.

Tenho recordado muito a minha infância. E essas histórias são espetaculares para as meninas. Precisa ver a carinha delas quando conto esses casos. Elas passam dias relembrando.

Ser mãe é mesmo uma única e deliciosa aventura.

A maior vingança…

É ser feliz! Depois do fim de um relacionamento não há como evitar a dor. Ela vem de todo jeito, não tem como fugir ou fingir que ela não esta lá. Ainda que a decepção já venha de muito tempo, quando colocamos um ponto final na relação, inevitável não sentir alguma dor.

Minha amiga, uma dessas queridas que me ouviu muito durante a minha separação, me disse que eu não poderia deixar de passar pela fase da dor. E é verdade. Não há como negar que ela não esta lá. E é preciso senti-la pra que ela possa, enfim, se despedir. Quem finge que esta tudo bem, come muito, fuma demais ou exagera em qualquer outra coisa que não lhe faça bem. Eu choro, coloco pra fora e até grito de dor, sinto mesmo, até é que tudo passe… E um dia, assim sem mais nem menos, tudo passa. Não é essa a regra do jogo? A de que o tempo cura todas as feridas?

Depois da dor, vem a fase da razão e, muitas vezes com ela, a raiva. Também faz parte sentir.  E porque não? A raiva é passageira e convivemos com ela em várias situações da nossa vida: na família, no trabalho, na escola… Sentimos raiva até da gente mesmo, não é? Mas como se trata de um sentimento passageiro, ela também vai embora.

A terceira fase – e a mais difícil de todas – é a do perdão. Ah, como e difícil perdoar! Fala sério? Eu sei que é “politicamente correto” perdoar. Tá bom, mas que não é fácil não é, concorda?

Mas quando você consegue, ah, e uma delicia, dá um alivio na alma. Chega um momento em que você não se importa mais com nada. Quando aprende a se importar com você mesmo, quando a dor não tem mais lugar na sua vida e a raiva já passou, é sinal que você conseguiu perdoar.

Quando estou assim, eu me sinto literalmente vingada!

Então, todos prontos pra se vingar? Sacode aí a poeira!

 

 

Família é o berço de tudo

Apresento-lhes a minha família!

Esse é a frase que escuto diariamente na Rádio Jovem Pan. O Frei Almir Guimarães faz comentários sobre fatos comuns que acontecem nas rotinas das famílias, como tomar um prato de sopa ao jantar, ler um livro para as crianças e desejar os votos de uma boa noite ao se deitar.

Minha filha Rafaela, de 7 anos, me disse que ouviu de alguém que a coisa mais importante na vida eram os amigos. Ela está naquela fase complicada de relacionamentos em que as meninas brigam diariamente por ciúmes e logo depois ficam “de bem”.

Eu tive que discordar da Rafaela, apesar de saber da grande importância que os amigos têm na vida da gente. Eu quero que as minhas filhas saibam o quanto a família é importante para a formação de uma pessoa.

Meu pai sempre fez questão de almoçar e jantar conosco. Ele trabalhava longe e enfrentava o trânsito diariamente para estar com a família nesse momento. Tudo acontecia durante essas refeições. Ele sempre contava as histórias da infância pobre que teve, das dificuldades que passou, de como venceu na vida e assim por diante. Era nessa hora que entregávamos o boletim da escola – e tomávamos bronca – falávamos dos amigos, dos programas do final de semana e assim por diante.

Ele sempre chegava em casa assoviando: contava piadas, nos falava dos problemas no trabalho, e dava um puxão de orelhas quando precisávamos.

Os anos se passaram e assim fomos crescendo e amadurecendo, mas com a certeza de que sempre e em qualquer lugar, ainda que distantes, estaríamos juntos. Essa é a melhor lição que eu tenho na vida.

O Amaury Júnior, numa das vezes que entrevistou a Ivete Sangalo, lhe perguntou se ela fazia terapia. Num tom de gozação, ela respondeu: – Amaury, terapia pra quê? Eu tenho família!

Quer saber, eu também. Família, como diz o meu amigo todas as manhãs, é o berço de tudo. Espero que a Rafaela aprenda a lição.

Não se sintam desprestigiados, porque amo todos vocês, meus queridos amigos!

Mãe faz cada coisa…

Essa é a minha pequena!

Minhas amigas e colaboradoras aqui do Mulheres de Quarenta sempre me mandam textos interessantes e que me inspiram a escrever. Nós, que somos mães, sempre ficamos na dúvida de como devemos agir numa determinada situação. Por impulso, às vezes erramos. O fato é que nem sempre sabemos como devemos agir.

Minhas duas filhas, de 7 e 5 anos, têm personalidades muito diferentes uma da outra. Nem sempre o que funciona com uma, dá certo com a outra. A grande verdade é que não existe uma receita única para educar os filhos.

Às vezes a gente escorrega mesmo, foge de todas as orientações dos livros, escapa de toda a psicologia e continua errando…sempre na tentativa de acertar.

Mas quer saber, erros de mães são totalmente perdoáveis, acho que é até por isso que não me sinto tão culpada. Agradeço os erros da minha mãe porque sei de todo o amor que ela tem por mim. E hoje, olhando para trás, vejo o quanto minha mãe acertou mesmo quando eu achava que ela estava errada.

Meninas e meninos (eles também nos visitam aqui no Mulheres de Quarenta), espero que gostem do texto da Hilda Lucas que compartilho aqui com vocês.

Estão todas absolvidas! rsrsrsrsrs

“Mãe faz cada coisa…  
Mãe é aquele ser estranho, louco, capaz de heroísmos, dramas e breguices com a mesma fúria; paga mico, escreve carta para Papai Noel, se faz passar por fadinha do dente, coelho da páscoa, cuca, pede autógrafo para artistas deploráveis assiste a programas, peças, shows horríveis, revê milhares de vezes os mesmos desenhos animados, conta as mesmas histórias centenas de vezes, vai pra Disney e A D O R A!

Mãe faz escândalo, tira satisfação com professor, berra em público, dá vexame, deixa a gente sem graça, compra briga; é espaçosa, barulhenta, tendenciosa, leoa, tiete, dona da gente. Mãe desperta extremos,ganas, irrita, enlouquece, mas… É mãe.

Mãe faz promessa, prestação, hora extra, pra que a gente tenha o que é preciso e o que sonha.

Mãe surta, passa dos limites, às vezes até bate, diz coisas duras; mãe pede desculpas, mortificada…

Mãe é um bicho doido, louco pela cria. Mãe é Visceral!
Mãe chora em apresentação de balé, em competição de natação, quando a filha menstrua pela primeira vez, quando dá o primeiro beijo, quando vê a filha apaixonada no casamento, no parto… Xinga todo e cada desgraçado que faz a filha sofrer, enlouquece esperando ela chegar da balada, arranca os cabelos diante da morte…

Mãe é uma espécie esquisita que se alterna entre fada e bruxa com uma naturalidade espantosa. É competente no item culpa e insuperável no item ternura, mas pode ser virulenta, tem um lado B às vezes C, D, E…

Mãe é melosa, excessiva, obsessiva, repulsiva, comovente, histérica, mas não se é feliz sem uma.

Mãe é contrato: irrevogável, vitalício intransferível!
Mãe lê pensamento, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de  choro, de gripe, de medo; entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implica com amigos, namorados, escolhas.

Mãe dá a roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção. Mãe dá um jeito, dá nó,dá bronca, dá força.

Mãe cura cólica, porre, tristeza, pânico noturno, medos. Espanta monstros, pesadelos, bactérias mosquitos, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: Mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tece lembranças. Mãe é arquivo!
Mãe exagera, exaure, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende.   Ama, desmama, desarma, denota, manda, desmanda, desanda, demanda. Rumina o passado, remói dores, dá o troco, adora uma cobrança e um perdão lacrimoso.
Mãe abriga, afaga, alisa, lambe, conhece as batidas do nosso coração, o toque dos nossos dedos, as cores do nosso olhar e ouve música quando a gente ri.

Mãe tem coração de mãe!
Mãe é pedra no caminho, é rumo; é pedra no sapato, é rocha; é drama mexicano, tragédia grega e comédia italiana; é o maior dos clássicos; é colo, cadeira de balanço e divã de terapeuta…

Mãe é madona-mia! É deus-me-acuda; é graças-a-deus; é mãezinha-do-céu, é mãe é minha-e-eu-mato-quando-quiser; é a que padece no paraíso enquanto nos inferniza…  

Mãe é absurda e inexoravelmente para sempre e é uma só: não há Mistério maior! Só cabe uma mãe na vida de um filho (a)… e olhe lá! Às vezes, nem cabe inteira. Mãe é imensurável!

Mãe é saudade instalada desde o instante em que descobrimos a morte.
Mãe é eterna, não morre jamais. Bicho estranho, entranha, milagre, façanha, matriz, alma, carne viva, laço de sangue, flor da pele.  Mãe é mãe, e faz cada coisa…”  

O tempo passa rápido demais...essa é a minha mais velha!

Educando os filhos

Na arte de educar os filhos acho que cometo alguns enganos. Eu não tenho muita psicologia, não leio muitos livros a respeito do assunto, mas tento fazer o meu melhor. Como mãe, dou-me o direito de errar, claro, sempre tentando acertar.

No dia em que cometi a minha primeira gafe na arte de educar os filhos, tratei de ligar correndo para a minha própria mãe. Eu me lamentava, cheia de culpa, por ter tomado uma atitude com a minha filha que eu sabia que não era a correta. Pelo menos não era aquela regra que estava escrita nos livros.

Minha mãe escutou minha história e ao final me disse:  “- Minha filha, você agiu com naturalidade, fez o que o seu coração lhe mandava naquele momento? Então você agiu corretamente.”

Só quem é mãe sabe o quanto é difícil essa tarefa.  Além de ter que pensar em tudo, desde a hora em que eles acordam até na hora em que vão dormir, ainda temos a diífil tarefa de educar nossos filhos para que sejam, pelo menos, melhores do que nós.  

Minha vizinha e amiga Roberta Palermo (que ouve os meus gritos de vez em quando) é expert nesse assunto. Numa de nossas conversas ela me deu umas dicas de sobrevivência que eu quero dividir aqui com você.  Me ajudou bastante. Tomara que você consiga!

Dicas de sobrevivência 0 – 6 anos

 

  1. Não gritar.
  2. Tirar privilégios quando não seguir uma regra. Ter em mente o que será tirado para não falar o que não puder cumprir.
  3. Falar as regras e relembrá-las sempre (até os 6 anos são regras, não combinados).
  4. Antecipar as situações: “Faltam 10 minutos para guardar os brinquedos e tomar banho”.
  5. Não chantagear: “Se você não colocar o tênis não vai ao parquinho”. Falar: “Depois que você colocar o tênis vai ao parquinho”.
  6. Mudar de assunto, não insistir no tema polêmico.
  7. Fingir que não viu, selecionar o que realmente vale a pena para chamar a atenção.
  8. Conversar novamente sobre o ocorrido depois que passou, em outro momento.
  9. Se não há platéia, não há show.
  10. Mulher ou marido não podem desautorizar o outro na frente da criança.
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