Lutos da vida

texto-52-foto-2Lembro-me bem do dia da minha separação. Foi triste. Naquele momento precisava de um apoio e chamei minha mãe para ficar ao meu lado. Minhas filhas não sabiam de nada mas eu não podia esconder.

Quem já se separou sabe o quanto é dolorido contar para os filhos que os pais não ficarão mais juntos. Foi um dos piores momentos da minha vida. Minha filha mais velha, Rafaela, na época com 6 anos de idade, pôs-se a chorar. Incontrolável. Por dias ela se manteve assim. Jogada nos cantinhos, sofrendo e chorando muito.

Não há dor maior para os pais do que assistir uma cena dessas. Dói. E como dói.

A Giovanna, minha filha mais nova, na época com 5 anos, não entendeu muito bem o que se passava. Logo após a notícia, ela começou a brincar. Não derramou uma lágrima. Passou um bom tempo dessa forma. Inclusive, me deu forças muitas vezes. Quando me via chorar simplesmente me acolhia em seus bracinhos pequenos e me enchia de beijos.

Agora, depois de uma ano e meio, a Giovanna está vivendo o luto que não viveu naquela época. Ela começou a sentir os efeitos da separação dos pais. As férias deflagraram esse comportamento. Ela anda triste e sentida. Um tanto quanto quieta e solitária. Quando não estamos por perto, ela fica insegura. Quer ficar ao nosso lado, tanto do meu, quanto do pai.

Ela sofre, mas entende que a partir de agora será assim. Sente dor mas não sabe e nem consegue verbalizar. Está passando por um dos lutos dos muitos que temos que passar na vida. É triste vê-la sofrer e não ter o que fazer. Mas superar os maus momentos faz parte do amadurecimento.

Nós já sabemos disso. Ela ainda não! Nada como o tempo para curar todas essas feridas.

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Prêmio de consolação

Quem se contenta com o segundo lugar?

Será que competir é mesmo tão importante quanto ganhar? O gosto da vitória é realmente delicioso. A sensação de estar em primeiro lugar é indiscutivelmente satisfatória. Isso em qualquer competição. Nenhum atleta treina o ano inteiro para ficar na segunda colocação.

Todos querem estar no pódio. De preferência com a medalha de ouro.

Na vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma maneira. Quem fica em segundo lugar nem sempre está completamente feliz.

Esses dias ouvi uma frase que me fez pensar bastante: “Cuidado para não ter saudades do passado por causa de um presente ruim”. Verdade ou mentira?

Quantas pessoas estão presas no passado deixando de viver o presente e esperando um futuro melhor? “Eu era feliz e nao sabia”.  Será mesmo?

Muitas pessoas condicionam a felicidade a alguma coisa que ainda está por vir. “Ficarei feliz o dia que encontrar um homem perfeito”.  “Quero uma mulher que goste das mesmas coisas que eu gosto”. E assim por diante.

O fato e que nem sempre as coisas acontecem como esperamos e a vida muitas vezes toma rumos diferentes daqueles que idealizamos. Mas nada impede que você seja feliz de qualquer forma.

É normal sentir falta do ruim quando se está em contato com o péssimo. Mas ficar se lamentando não vai resolver nenhum problema. Muito pelo contrário. Às vezes é preciso ter coragem para mudar, tomar decisões e seguir em frente.

Se você está em segundo lugar, não aceite o prêmio de consolação. Desça do pódio e pratique um pouco mais para chegar em primeiro lugar. Ainda que isso exija  alguns sacrifícios e até mesmo um pouco de “dor”.

Sim, tudo isso faz parte do treino! E aí, preparados para a próxima rodada?

Sexo no casamento

Muitas pessoas casadas têm se desabafado comigo. Elas amam os seus parceiros acima de tudo. Os anos fizeram com que se tornassem verdadeiros companheiros. Homens e mulheres que estão casados, vivem juntos, compartilham de bons momentos, são parceiros na educação dos filhos, trabalham para manter o lar e são bem sucedidos.

Mas reclamam da falta de sexo.

Mulheres bonitas, atraentes, vaidosas, fiéis e cheias de boas qualidades. Homens viris, atléticos, dispostos e cheios de vitalidade. Ambos reclamam de sua vida sexual. Acham que poderiam ter mais.

Um dos meus amigos me contou que ama sua mulher, mas que o fogo da paixão se apagou. Ele se sente mal com isso. Ela, pior ainda. Confesso que isso é horrível para a mulher. As mulheres se sentem desprestigiadas quando os homens param de lhes procurar.

Ao mesmo tempo em que ambos querem se relacionar enfrentam barreiras. Têm certos receios. Ficam com medo de tomar a primeira iniciativa. E esperam que o companheiro tome uma atitude. Tanto homens como mulheres.

Tenho uma amiga que resolveu fazer terapia de casal para resolver esse problema. Ela é jovem e bonita. O marido se diz apaixonado. Ele é atraente e fiel. Sempre foi. Mas estão distantes. Em algum momento se perderam no caminho. Deixaram apagar a chama do amor.

Muitos se perguntam se há solução para esse problema. Eu acredito que sim. Há solução. Sexo com amor é muito mais agradável. A intimidade faz com que isso aconteça melhor. Quando um conhece bem o outro sabe de suas preferências. E nos sentimos felizes em proporcionar ao outro momentos de prazer. Faz parte do amor. Nem sempre vale a pena procurar fora aquilo que você tem dentro de casa.

O que fazer para recuperar essa relação? Só vocês podem resolver essa situação. Claro que se estiverem brigados a coisa não vai rolar muito bem. Mas se o problema não for esse, tome uma iniciativa. Faça isso por vocês. Tente. Vá em frente e recupere o tempo perdido.

Sexo não tem idade para acontecer. Também não tem hora marcada. Se existe amor, melhor ainda. Se as coisas se perderam um pouco, tente recuperar. E você sabe muito bem como fazer isso. Não custa tentar, certo?

 

 

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