Praticar o desapego

Esse foi o conselho de um amigo durante um dos meus desabafos. Ele é médico, uma pessoa inteligente que gosta de ler e estudar sobre a filosofia budista. Eu falava sobre os meus problemas, sobre a fase pela qual estava passando, sobre tudo o que acontecia comigo.

Ele me olhou fixamente e disse: Vanessa, pratique o desapego! Eu fiquei parada por um momento sem entender nada. Como assim desapegar? Quer dizer que a gente não pode se apegar a nada, nem a ninguém?

Ele começou a me explicar: quem se desapega de tudo, tanto das coisas materiais como das pessoas, para de sofrer. A conversa foi curta e rápida, mas fiquei uns bons dias pensando sobre o assunto.

Será que eu consigo? Sinceramente eu acho que não. Sou uma pessoa acostumada a viver as emoções intensamente.

Minha família é italiana. Aos domingos nos reunimos na casa da minha mãe.  Você pode imaginar o que acontece por lá? Nós rimos, choramos juntos, nos abraçamos, brigamos e falamos todos muito alto (rsrsrsrsrs).

Mas foi com eles que eu aprendi certos valores importantes na vida, como o respeito, a verdade, o perdão, a doação e tantos outros que eu demoraria um dia inteiro para elencar aqui. Mas o mais importante deles é o amor, esse que nos mantém sempre juntos, nas alegrias, nas tristezas, nos nossos erros, nas nossas conquistas e nas nossas derrotas.

Desculpe-me, meu amigo Doutor, agradeço o seu conselho, mas eu não consigo e nem quero aprender a “desapegar”!

A dança da vassoura

Primeiro encontro CSL

Quando você faz quarenta, pode acontecer de encontrar por aí amigos que não vê há mais de “vinte e cinco anos”. Graças a essas redes sociais esses encontros se tornaram mais frequentes.

Aconteceu comigo. Uma turma da escola começou a se comunicar através do Facebook, aos poucos fomos nos reconhecendo.

Dois dos nossos amigos tiveram a feliz ideia de marcar um encontro. Criaram um evento no facebook, marcaram a data, mandaram email para todos e aí veio aquela dúvida e enorme. Vou ou não vou? Eis a questão.

Eu não tinha contato com mais ninguém daquela época.  Eu relutei várias vezes. Fiquei na dúvida se iria ou não. Como seria rever aquelas pessoas depois de tantos anos?

Tomei coragem e fui.E como foi legal. A ansiedade era tanta que voltamos a ser crianças. Todos se abraçavam carinhosamente relembrando aquele tempo, aquele fase gostosa da infância e da adolescência, das brigas com os professores, das traquinagens dos meninos, dos primeiros beijos, dos namorados, das melhores amigas, das festinhas, da dança da vassoura (ops…o tempo passou mesmo)!

Segundo encontro da nossa turma

Uns casados, outros solteiros, uns com filhos, outros sem, cada um com as suas histórias, todas interessantes de se ouvir. Demos muitas risadas de tudo.

Confesso que a emoção foi tanta que fiquei uma noite sem dormir, só pensando em todos aqueles queridos amigos e me questionando porque passamos tanto tempo separados.

Isso não importa mais. A vida é cheia de encontros e desencontros.

O melhor de tudo foi que voltamos a nos falar e nossos amigos organizadores já estão promovendo o novo encontro. Eu não vejo a hora!

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