Eu me retiro

110111_1737_CoraoGelado12Muito comum nos fins dos relacionamentos, nos darmos conta do que realmente vivíamos. Nem sempre aquela relação era perfeita como você gostaria que fosse.

O fato é que ninguém enxerga. Talvez pela boa vontade de um dos lados de que tudo desse certo. Pelo romantismo e ilusão de se ter uma vida feliz para todo o sempre. Mas já sabemos que a felicidade é um momento. Que ela pode e deve ser conquistada todos os dias e que depende única e exclusivamente de nós mesmos.

Mas dentro da relação nem sempre é fácil enxergar os vícios, as manias insuportáveis e tantas outras coisas que na rotina diária não tem nada a ver com você.

Eu sou e sempre fui uma pessoa alegre, espontânea, rodeada de amigos. A vida social me agrada. Não preciso de muito para ser feliz. Consigo retirar das coisas mais simples uma satisfação incrível. Às vezes o requinte excessivo me desagrada. Cansa-me. Isso não quer dizer que não aprecio as coisas boas da vida. De toda forma, prefiro quando posso aproveitá-las do meu jeito.

Adoro comer um sanduíche no sofá vendo TV. E que se dane se caírem migalhas no chão. Também quero sair da mesa quando me der vontade ou dormir mais cedo porque estou cansada de tanto trabalhar. Ao contrário, posso passar a noite toda jogando conversa fora, rindo de mim mesma ou de alguma graça que minhas filhas tenham feito.

A grande verdade é que quando estamos num relacionamento dificilmente conseguimos enxergar a realidade. Os hábitos fazem com que você se acostume com tudo. E como se quer muito ser feliz, não é tão difícil aceitar. Ambos se conformam, muitas vezes, com a mediocridade em que vivem. Outros vestem-se da sua infelicidade interior e buscam fora outras alternativas para mascarar suas falhas e suas frustrações mas se esquecem, que a qualquer momento, elas voltarão á tona. E aí, pode ser tarde demais.

O fato é que verdadeiramente passamos a enxergar o passado quando nos projetamos para o futuro. E chegamos a conclusão que ele pode, e certamente será, muito mais promissor do que se pode esperar.

Eu confio!

Algumas-vezes-é-preciso-silenciar-sair-de-cena-e-esperar-que-o-tempo-nos-traga-as-respostas.

5 Comentários

  1. Viver todos os dias com coisas e atitudes que nao gostamos e nos fazem mal nao é nada fácil! Percebo que a covardia é mais forte que a razão. Parece que perde-se o bom senso consigo mesmo em nome de poucos momentos de felicidade….que nao servem de combustível para aguentar os vicios ou atitudes que nos magoam. Sair de cena nao é para os covardes, um sonho que as vezes parece se distanciar com o contentamento de tao poucos momentos de sincera alegria! Chamo isso de incompatibilidade. … viver uma vida com alguem incompatível é esquecer de si mesmo por medo da solidão.

  2. Que texto brilhante, Vanessa! Fiquei muito admirado com sua franqueza, diante dos fatos reais, que nos levam ao cerne da mediocridade cotidiana, aos quais, nos submetemos, equivocadamente, em nome da ‘pseudo-felicidade’! Palavra…Isto nos faz refletir (E, digo, no meu caso, aliás!), o quanto, ainda, temos a “aprender” com a Vida! Há muito a se percorrer…
    Bravo!
    Sábias palavras!
    Esta é “visão” madura de uma Mulher-de-Verdade!
    Viva às Mulheres de Quarenta!

    Bjs!
    __
    Att.: Benè Menezes – Sto André – SP
    02:47
    13/11/2016
    __

  3. Parabéns pelas sábias palavras q me reconfortaram muito…digo,reconfortaram, pois estou passando pelo difícil processo de desapego…ainda não consegui dar um passo adiante mas não quero carregar esse peso pro resto de minha vida! Por isso, me identifiquei com o comentário de Cláudia Perri e que me fez despertar este lado sentimental que está me consumindo! Grande abraço!

    1. Víctor, yo creo que hasta aquí llegó la calma. Pasé por el blog de Lanark (el mismo que enlace, con el método del Hacker) y su blog desapareció de la blFeusfgra.ooe cerrado, me imagino que por la manos de este señor desocupado.

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