Hora de crescer

Quando menos se espera as crianças nos surpreendem com perguntas capciosas. Claro que nunca estamos preparados para responder.

Dia desses, na hora do jantar, minha filha mais velha, de oito anos, me perguntou sobre a semelhança da letra das fadas com a minha.

Ela sempre acreditou nesses seres mágicos e encantadores. E eu alimentei os sonhos dela. Crianças acreditam piamente na sua imaginação.

Fiquei sem resposta na hora. Eu não gosto de mentir. Ela olhava profundamente nos meus olhos. Não tive como negar que a letra das cartas que ela havia recebido “das fadas” era minha.

A Rafaela pôs-se a chorar, copiosamente, por alguns minutos.

Sentei-me com ela para conversar. Ela estava decepcionada. Eu não tinha mais saída. Era o momento de contar a verdade, até mesmo para não me contradizer na educação que dou para as meninas.

“Melhor uma verdade doída do que uma mentira descabida”, concorda?

Tivemos uma longa conversa. A Rafaela me compreendeu. E eu aprendi mais um pouco sobre a aventura de ser mãe e a árdua tarefa  que é a de educar os nossos filhos.

Um dia a gente descobre, inevitavelmente, que Papai-Noel não existe.

O tempo passa muito rápido. A Rafaela tem muito pra me ensinar. E eu tenho muito o que aprender com ela.

É…crescer dói! Como dói!

Os gringos

Eles invadiram o Brasil. E adoram as mulheres brasileiras. Estão por todas as partes. Vieram para fazer negócios e pegar carona no desenvolvimento econômico do nosso pais.

Aproveitam para se divertir nas horas vagas. É comum encontrá-los nos bares badalados da cidade. Adoram dançar, claro, do jeito deles. Bem longe do gingado dos brasileiros. Mas, sim, eles agradam as brasileiras.

Esforçam-se para falar o português. Aderem às gírias mais utilizadas e se encantam com o jeito despojado de se relacionar das brasileiras.

Alguns se assustam no inicio. Segundo alguns deles, as brasileiras sao “agressivas” no modo de se relacionar. São mais diretas eu diria. Será? 

Eu acho que nos vivemos no passado uma certa repressão. Enquanto as coisas eram liberais nos outros países, principalmente com relação ao sexo, o Brasil caminhava mais lentamente. Hoje avançou bastante. Bem de repente. 

Exemplo disso são os relacionamentos homossexuais. Muito melhor aceitos pela nossa sociedade. Os meios de comunicação já divulgam abertamente os  relacionamentos entre homens e mulheres do mesmo sexo na tentativa de acabar com qualquer tipo de preconceito. 

A verdade é que os gringos estão fazendo a festa. Longe de casa, não sabem muito bem o que querem. Não sabem se vão ou se ficam. Mas enquanto estão por aqui não deixam de se divertir.

Relacionar-se com alguém de outra nacionalidade é uma experiência interessante, mas não é impossível. Eles têm hábitos bastante diferentes dos nossos, inevitavelmente. E isso a gente percebe logo de cara.

Como em todo e qualquer relacionamento, requer tempo, compreensão e convivência.

“- Eu nao falar português, mas adorrro as brasilenhas!” Rsrsrsrs

 

Beijos de Luz

O facebook é uma das melhores fontes para se descobrir quem é quem.

Quando conhecemos alguém tratamos logo de perguntar o sobrenome para poder fazer – digamos – uma pequena pesquisa pela internet.

Alguma coisa a gente sempre acha. A primeira delas são os amigos em comum. Isso é muito revelador, afinal, “diga-me com quem andas que te direi quem és”.

A foto do perfil. Se estiver de óculos ou chapéu, pode estar escondendo alguma coisa. Os homens de terno querem parecer mais sérios. Nem sempre são. Outros mostram as tatuagens o que demonstra um estilo diferente, mais arrojado. Alguns, sem camisa, mostram o físico imponente e assim por diante.

As mulheres, as mais reservadas, geralmente escrevem uma frase de efeito ou uma citação. Isso nem sempre quer dizer que elas leram o livro ou conhecem o autor. Outras, se expõem mais um pouco, com fotos mais reveladoras.

Uma foto ou uma pequena citação pode revelar muito sobre a personalidade de alguém. Aquilo que você posta no seu mural também.

Se isso é bom ou ruim eu não sei. Mas que se tornou um hábito irresistível, disso eu não tenho dúvidas.

Vai me dizer que nunca pesquisou sobre a ex do seu namorado?

Bom, qualquer semelhança…é mera coincidência! Boas risadas…

A grama do vizinho

A vida dos solteiros é boa. A dos casados também. Mas quem está do lado de cá, olha para o lado de lá.

Enquanto os solteiros estao por aí se divertindo, os casados ou enamorados estão abraçados vendo um filme na TV ou fazendo alguma coisa mais interessante a dois.

Os solteiros, bem resolvidos, vão para o bar, saem para jantar, vão dançar, conhecem pessoas, fazem novas amizades, viajam com amigos, são convidados para festas e aproveitam para badalar.

Os casados participam de churrascos em família, geralmente com os mesmos amigos em igual situação. As crianças correm pela casa. Cinema e jantar a dois. Ficar em casa, abrir  um vinho e assistir um filme de vídeo pode ser um bom programa. À noite, dormem abraçados e pela manhã sempre tem um beijo de bom dia. Domingo o almoço é na casa dos pais. Dividem os problemas e a educação dos filhos.  Brigam de vez em quando, mas fazem as pazes. A vida continua assim.

Inevitavelmente há comparações. Os casados olham para os solteiros felizes e acham que a vida pode ser boa assim. Os solteiros, por sua  vez, se cansam um pouco de estarem sozinhos.

Sim, esse status nem sempre é tão satisfatório. Tudo o que é demais pode cansar. Viver só nem sempre traz realizações. Por outro lado, compartilhar sua vida com outra pessoa exige alguns sacrifícios: paciência, tolerância, compreensão, renúncia e doação entre tantas outras coisas.

Vantagens e desvantagens. Não há regras para ser feliz.

É…a grama do vizinho muitas vezes parece mais verde do que a sua. Nem sempre é, concorda?

O que tem que ser…

Nem sempre será do jeito que você quer. Isso nos causa uma grande frustração.

Eu tenho o péssimo hábito de ficar brava quando as coisas não acontecem exatamente como eu desejei. Aí que raiva que dá!

As nossas experiências nem sempre são bem sucedidas. Com frequência, nos decepcionamos com as pessoas por que criamos expectativas.

Quando nos relacionamos com alguém estamos sempre esperando alguma coisa em troca. Como cada um dá o que tem, nem sempre o que recebemos é aquilo que gostaríamos de ter. Difícil aceitar, certo?

“Nunca espere nada de ninguém.” Esse sempre foi o conselho da minha mãe.

O que a vida te dá é exatamente aquilo que você merece ter. Se você perde alguma coisa, geralmente outra bem melhor vem ocupar esse espaço que ficou vazio.

Claro que as coisas nunca acontecem no tempo que você quer. Tudo tem o seu momento. Tudo vem na hora certa.

Pensar positivo pode te ajudar a receber coisas melhores. Se você se deixar levar pela negatividade, certamente não aproveitará as boas oportunidades.

Quando você aprende a aceitar as coisas e as pessoas do jeito que elas são, tudo fica mais facil. Ninguém tem que agir do jeito que você quer. Se voce continua a insistir nisso, é melhor parar para pensar.

Infelizmente, na vida, é preciso aceitar as derrotas. Não dá pra ganhar todas as vezes. Perder faz parte do jogo.

Se voce ainda não aprendeu, ainda há tempo. Nem sempre é tão fácil assim.

E quer saber, o que tem que ser, será!  Não tenha dúvidas disso. Sabias palavras da Dona Eunice!

Eles não dão conta!

Rita Lee disse que mulher é um bicho esquisito. Tudo bem, eu até concordo. Nós temos tensão pré-menstrual, choramos com mais facilidade, comemos muito mais chocolates do que os homens, nos preocupamos com a nossa aparência, usamos maquiagem, compramos roupas e sapatos mesmo sem precisar e nos apaixonamos rapidamente.

Além disso, conciliamos várias coisas ao mesmo tempo: vida de mãe, dona-de-casa e a vida profissional. Mais do que isso, sempre temos um tempo disponível para nos dedicar à parte sentimental. Sim, essa é praticamente a diferença básica entre nós.

Aliás, isso nos alimenta. E como! Nós mulheres conseguimos executar melhor todas essas tarefas quando estamos certas de que vamos ter alguém para perguntar como foi o nosso dia.

Homens não pensam assim. Eles não conseguem administrar tudo ao mesmo tempo. Se eles perdem o emprego e estão numa situação financeira complicada, eles “não funcionam”, literalmente. Sexo: nem pensar!

A separação, para eles, também é bem complicada. Geralmente, sem os filhos, são obrigados a morar sozinhos. Alguns – poucos – voltam para a casa dos pais. Isso, para eles, significa muitas vezes um retrocesso. Sozinhos, são obrigados a assumir uma nova identidade: o regresso para a vida de solteiro.

Quando algo os aborrece a última coisa que pensam é encontrar aconchego no colo feminino. Pode até ser, se eles tiverem a mãe por perto. Eles preferem uma cerveja com os amigos ou um jogo de futebol. Resolvem uma coisa de cada vez. Cumprem as etapas. Bem diferente de nós.

Isso não quer dizer que nós mulheres também não passamos por esses momentos. É inevitável. Mas certamente, lidamos melhor com esses conflitos.

E você, dá conta?

Homens na cozinha

Os tempos mudaram tanto que cozinha já não é mais coisa só de mulher. Antigamente nós pilotavamos o fogão. Hoje as coisas mudaram bastante.

Homens estão se arriscando nessa tarefa. E fazem isso muito bem, diga-se de passagem. Enquanto nós mulheres preparamos uma “macarronada” eles fazem pratos gourmets.

Azeite trufado, foie gras, caviar de entrada com champagne. A “pasta” é preparada com ingredientes especiais. O arroz virou risoto com especiarias qualificadas.  Geralmente um prato basta. Bem diferente de nós que pensamos em aperitivos variados, duas entradas, um prato principal que agrada todos os gostos: uma carne assada ou um salmão com alcaparras. E de sobremesa, uma mousse de maracujá – para quem gosta de doces mais leves -ou um pavê sonho de valsa – geralmente uma receita do livrinho secreto das nossas mães.

Eles não se preocupam muito com isso. Depois do jantar lhe servem um vinho licoroso, um chocolate importado e um café descafeinado. Sobremesa? Geralmente eles têm outras sugestões.

Se você for convidada para um jantar feito por um homem, pergunte antes sobre o cardápio de sobremesa e aproveite a sua noite. Buon appetito!

Foi bom pra você?

Que o mundo dos relacionamentos mudou isso já sabemos. As coisas estão tão diferentes que hoje, logo a partir do primeiro encontro, as pessoas já deixam bem claras as suas intenções.

Quem já passou por alguma decepção trata logo de se defender. Antes mesmo de viver a nova experiência. Impõe os limites para que não haja nenhum tipo de cobrança e nem para que se crie qualquer expectativa. Ou seja, um balde de água fria logo de cara!

Ou é assim…ou é assim. Nao há alternativas. Ou você dança conforme a música ou vai ter que dançar sozinho.

Nada de compromissos. Denominar a relação nem pensar. É um tiro n’água.

Tem que saber levar. Mais do que isso, é preciso saber esperar. Dar tempo ao tempo e deixar as coisas acontecerem aos poucos.

Se vale a pena investir, é preciso ter paciência. Mais do que isso, sabedoria.

Eu sempre acreditei que o universo conspira a nosso favor. Claro que existe o tal do livre arbítrio. Temos o direito de escolha. Mas que as oportunidades estão aí a todo momento, disso eu não tenho dúvidas. É pegar ou largar. Caso contrário, como dizem por aí, a fila pode andar.

Se foi bom pra você? Aproveite o seu momento. Nada de questionar ou discutir a relação. Você não precisa mais disso.

Mas esteja preparada para o dia seguinte. Nem sempre as coisas acontecem do jeito que você quer.

Ah, eu adorei essa propaganda! Enjoy!

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Diferenças que fazem toda a diferença

Eu tenho uma amiga que se casou com um homem bem mais velho.

Na época, ela tinha 21. Ele 46. Vinte e cinco anos de diferença. Viveram um grande amor, sem preconceitos. Não tiveram filhos.

Hoje ela é uma mulher de quarenta. Ele, um homem de 66 anos.

O amor e a admiração daquele tempo transformaram-se numa profunda amizade. Sim, ela o ama, da forma dela. Ele a tem como uma filha agora. Vivem juntos um dilema.

Os anos impedem que ela saia de casa. Ela lhe é grata.  Ele, já não acompanha mais o mesmo ritmo.

Ela trabalha; ele é aposentado. Entregou-se às tarefas da casa. Vive depressivo e sem vontade de nada. Adoeceu.

Ela tem muitos amigos, é esportista, tem a força e o vigor da época dos quarenta. Essa é a fase de questionamentos da mulher. E do homem também, por que não? Ele a entende, apesar de tudo. Os anos lhe trouxeram essa compreensão.

O sexo já não existe mais. Dormem juntos na mesma cama, apesar disso. A chama do amor se apagou, sem mais nem por que.

O que fazer numa situação dessas? Minha amiga está entre a cruz e a espada. Não sabe se vai ou se fica.

Aos quarenta, a gente faz um balanço da vida. De que forma quero viver? Quais são as minhas opções? Quais as minhas escolhas? Resgatar a minha felicidade ou viver pra sempre do mesmo jeito?

Às vezes é preciso abdicar de algumas coisas pra vida poder seguir em frente. Ainda que esse processo seja doloroso para ambos os lados.

Tempo, reflexão e coragem para tomar decisões e correr riscos.

Minha amiga não tem certeza de nada. E ninguém pode fazer nada por ela nesse momento.

Mas eu estou certa que estarei seu lado para o que der e vier. Amigas são para essas coisas, certo?

Mas é claro que para todas as regras há exceções, concorda?

Eu tenho, você não tem!

Minha mãe, assídua leitora do Mulheres de Quarenta, pediu que eu não escrevesse tanto sobre separação. Está certo, ela tem um pouco de razão. É que apesar de ter passado por essa situação há pouco tempo, tenho me deparado com várias pessoas da nossa idade que passam pelo mesmo momento.

Eu sei que há casais que vivem bem e felizes no casamento. Esse seria o certo. O casal “Palazzi” é o meu maior exemplo. Meus pais estão juntos há mais de 50 anos. Confesso que foi muito difícil encarar o divórcio tendo eles como meus pais. Enfim…

Hoje sou uma mulher divorciada com duas filhas pequenas. Claro, que assim como todas as mulheres, eu também penso em encontrar alguém para me relacionar. E já sei que não posso exigir um homem solteiro, sem filhos e sem história. Haverá uma bagagem, estou certa disso. Muito diferente de quando somos jovens, livres, solteiras e desimpedidas. Homens com filhos, para mim, não me incomodam hoje como me incomodariam no passado.

Mas para quem nunca viveu a experiência de ser pai ou mãe é mais difícil se relacionar com quem tem filhos. Claro que não é impossível, mas requer um pouco de paciência. Filhos são para o resto da vida e nós pais temos responsabilidade eterna sobre eles. E ainda temos que conviver, bem ou mal, com o (a) nosso (a) ex.

Por outro lado, a parte que não tem filhos precisa saber entender isso muito bem. E tem que estar disposta para essa relação. Conviver com as birras das crianças sem ter o pátrio poder. Ver a namorada brigando com o ex por causa das crianças e não poder se intrometer nessa relação e assim por diante.

Mas com disposição, de ambos os lados, é possível conciliar essa relação, que pode sim, dar muito certo, porque não?

Não há barreiras que o amor verdadeiro não possa superar.

Eu tenho, você não tem! Vai encarar?

Jogos de amor

Homens reclamam das mulheres assim como as mulheres reclamam dos homens.

Os relacionamentos de hoje tornaram-se um verdadeiro jogo.

Quem não entende muito bem as regras fica de fora. Ou perde feio! 

Quem aprendeu a jogar tem alguma chance de vencer a grande disputa.

Antes, homens e mulheres eram parceiros. Atualmente, tornaram-se adversários. Pelo menos no início dos relacionamentos.

As táticas de conquistas são muitas. Mas quem se arrisca logo de cara tende a perder.

É preciso estudar muito bem o parceiro. Entender as sua táticas de jogo para poder dar a cartada final. E quando o jogo se encerra, nao há mais como voltar atrás.

Quem entende bem o modo de jogar pode vencer o adversário e se tornar, depois de algumas partidas, seu melhor parceiro.

Jogar faz parte. Mas é preciso saber vencer. Usar todas as armas contra o seu adversário. Nem demais, nem de menos. Quem vai com muita sede ao pote, tende a quebrá-lo. E você sabe que e impossível unir os cacos de um vidro despedaçado.

Cada um usa as armas que tem. Nem sempre são as melhores. Depende do seu adversário. Tudo requer um pouco de tempo e sensibilidade para entender oponente.

Claro que ninguém gosta de perder. Mas às vezes é preciso deixar o adversário ganhar. Ainda que isso lhe custe um pouco. Noutras, você tem que vencer, a qualquer custo.

Empatar nem sempre é muito bom, mas pode ser uma boa saída, por que não?

Nada com um pouco de tempo para aprender as regras de cada jogo. E não há muito segredo. Tem que praticar. Todo jogo requer um pouco de treino. Táticas sao necessárias, mas também é preciso ter um pouco de sorte.

Se você ainda não aprendeu, nunca é tarde para começar. 

Embaralhe e distribua as cartas. Acredite que você pode vencer esse o jogo.  Espere o descarte do seu adversário e tenha sempre um coringa na mão! Mas não se esqueça que, na próxima rodada, seu oponente terá a oportunidade de iniciar o jogo. Boa sorte! Você vai precisar!

Coração de mãe

Cada vez que vejo o toque da escola no meu celular meu coração literalmente vem parar na minha boca. 

Minha filha Giovanna caiu na escola e se machucou. Ela é uma menina forte. Só chora mesmo quando a coisa está feia.

Minhas pernas tremiam mas ao mesmo tempo, nessas horas, é preciso manter a calma. Peguei minha bolsa  e segui meu caminho até a escola.

Apesar de saber que tudo estava sob controle eu queria estar por perto. Lembro-me bem de quando eu era criança…há momentos que a gente quer colo de mãe. Alias, até hoje eu quero! Rsrsrsrs

Ver uma das minhas filhas chorar de dor me corta o coração.

Não há mãe que não se compadeça com o sofrimento do filho, independente da idade que ele tenha. Nessas horas a gente pede a Deus que a dor seja nossa. Infelizmente nem sempre é possível evitar. Quem dera a gente pudesse! Ser mãe é realmente padecer no paraíso

A Giovanna está bem. Ela precisava de mim assim como não vivo mais sem ela.

É, amor de filho dói… E como dói!

Mundo face

Muito se tem falado sobre essas novas mídias sociais. Regras de etiqueta, comportamento nas redes bem como o risco que se corre ao postar informações que ficam visíveis para todo mundo ver.

Tá certo, eu concordo. É preciso ter um pouco de cautela.
A verdade é que o facebook diz tudo sobre você. Já reparou nisso? Não? Então faça o teste agora. Entre em qualquer perfil, aleatoriamente. Ao abrir a pagina do seu amigo você verá o tipo de pessoa que ele – ou ela -é.
As postagens mostram o que as pessoas gostam de fazer, onde gostam de ir, com quem gostam de estar e com quem se relacionam. E você tem a opção de curtir ou não!
Eu tenho reparado em diversos tipos por aí. Muitos são comuns entre si. Mas basta dar uma esmiuçada para ter todas as informações sobre o seu alvo.
Ainda que o amigo não poste muitas fotos, dá para saber se a pessoa é religiosa, por exemplo. Tem gente que adora publicar textos bíblicos. Protetores de animais, baladeiros, tímidos, envergonhados, discretos, sensíveis, amigos verdadeiros, observadores, inteligentes, obsessivos e lunáticos. Está cheio por aí.
Esqueci dos exibidos que publicam fotos sem camisas e das mais ousadas com fotos de biquíni na piscina. Loucos para encontrar alguém! Rsrsrsrs
Frases de efeito então é o que mais têm. Eu fico pensando, será que as pessoas seguem a risca o que costumam publicar? Quem precisa dessas lições? Elas mesmas? Rsrsrsrs
E os pouco criativos então? Gente que só compartilha bobagens. Tá bom, tá bom, eu concordo. O face é uma revista eletrônica da nossa própria vida. O “mundo de caras” dos desconhecidos. Sim, é verdade! Vá ver se os famosos tem facebook? São todos fakes!
Mas a verdade é que todos, no fundo, têm um pouco de vaidade. Afinal, quem não quer ter um minuto de fama?
Bom, mas eu preciso confessar…o que seria de nos agora sem esse brinquedinho fantástico, heim? Você consegue viver sem?
É, cada um tem o facebook que merece!

Passado é passado

Começou a namorar? Então não fale do passado.

Claro que é inevitável perguntar o que aconteceu no relacionamento anterior. Faz parte do conhecimento. Todo mundo quer saber os motivos pelos quais você se separou do seu último par. Mas não precisa ficar insistindo. Nem perguntar sobre todos os detalhes. E nada de comparações:  “Homens (ou mulheres) são todos(as) iguais!”

Mentira! Não são. Quem sabe você não se comporta da mesma maneira e faz com que a pessoa tenha o mesmo tipo de reação? Sim, isso acontece com frequência.

Quem não aprende com o passado e não muda a sua forma de se relacionar, comete os mesmos erros que já cometeu anteriormente.
Não faça com os outros o que você não quer que façam como você. Esse é um bom conselho. Aliás, se conselho fosse bom ninguém dava, vendia, certo? Rsrsrsrs

Cada relacionamento é único. O inicio é um aprendizado. Queira ou não, requer um tempo para que possam se conhecer e saber o que gostam ou não. Isso em todos os sentidos.

Na verdade não existem regras que levem você ao sucesso da relação. Ambos precisam entender os limites de cada um. Saber até onde podem ir. Respeitar-se mutuamente. Mas para isso é preciso que haja reciprocidade. Se os dois estão dispostos a se envolver, tudo pode dar certo. Basta querer. E ter um pouco de sorte, é claro!

Nada de cobranças. Liberdade é fundamental. Deixe as coisas acontecerem naturalmente. Quando você cria muitas expectativas, vem a frustração. Viva um dia após o outro, sem se preocupar muito com o futuro. Esqueça o passado. Bola pra frente!

Lembre-se que amar é um aprendizado. Requer um pouco de esforço, paciência, doação e perdão. Mas que vale a pena, ah, isso vale!

Enjoy!

Autoestima em alta!

Roberta é uma mulher fora dos padrões de beleza exigidos hoje pela sociedade. Dona de um sorriso lindo e um olhar encantador, tem um corpo robusto. Curvas acentuadas, seios grandes e um quadril avantajado.

Ela é uma mulher vaidosa. Gosta de se arrumar. Não vive sem maquiagem. Usa roupas adequadas para o seu tipo físico, apesar de estar acima do peso. Os acessórios estão sempre presentes. Brincos, colares, echarpes , sapatos modernos e bolsas coloridas.

Ela se permite ser sensual, do seu jeito. Claro que Roberta não faz o tipo de muitos homens por aí. Mas ela não se importa. É casada. Seu marido valoriza sua personalidade. Ele, assim como ela, aprendeu a aceitá- la do jeito que é.

Na cantina do clube eu frequentemente a encontro fazendo um lanchinho. Nada “light”, diga-se de passagem.

– Acabei de sair da esteira! – Exclama Roberta me oferecendo a coxinha que come com prazer.

Eu gosto da companhia dela. Peço uma água-de-coco e fico por um tempo conversando com a amiga. Gosto de ver como ela se comporta perante a vida. Ela nao se importa com seu tipo físico. Sua autoestima fala mais alto.

Ela é uma mulher segura. Seu marido chega e lhe dá um beijo. Os dois, abraçados, me convidam para uma festa, na mesma noite. Eles se despedem e saem em seguida.

Encostei no balcão, pedi duas coxinhas e uma coca-cola.

– Zero? – Perguntou o atendente.

– Normal. – Disse-lhe segura.

Lembrei-me da minha amiga. Comi sem culpa. Voltei para a casa toda feliz e me preparei para a festa.

Como é bom estar ao lado de pessoas despidas de complexos e culpas. Gente que sabe ser feliz independente de qualquer coisa. Pessoas que se importam em ser e se aceitam do jeito que são.

Viva a autoestima! Eu aprendi a lição.

Mulheres interesseiras?

Na mesa de um bar a discussão era sobre se as mulheres eram interesseiras ou não. Homens defendiam arduamente a tese a esse favor. Nós, mulheres, falávamos sobre o nosso ponto de vista.

As mulheres de hoje são bem diferentes daquelas da época das nossas mães. Antes as mulheres se casavam para serem donas-de-casa. Tinham filhos e passavam a vida se dedicando às tarefas do lar.

Esse quadro mudou bastante. As mulheres foram para o mercado de trabalho. Ainda que tenham tido filhos continuaram a exercer suas profissões. São independentes financeiramente e, de certa forma, um tanto quanto auto-suficientes. Claro que isso não quer dizer que preferem estar sozinhas. Não, sem dúvidas que não. Elas querem um companheiro, mas não precisam dele para se sustentar. Essa é a grande diferença.

Por essa razão, as mulheres não querem alguém que seja “menos” do que elas. O que eu quero dizer é que as mulheres não aceitam alguém que tenha uma condição muito inferior à delas. Certamente que há exceções. Há mulheres sim que se sujeitam a sustentar um homem apenas para tê-lo ao seu lado. Esta cheio por aí.

Mas as mulheres inteligentes e mais seguras de si estão bem mais exigentes. E estão certas nesse ponto. Elas conquistaram esse espaço.

Apesar de toda essa auto-suficiência têm coisas que não saem de moda. Queira ou não homens e mulheres têm papeis diferentes na sociedade. Por mais liberais que as mulheres estejam, elas não abrem mão de um homem que lhe abra a porta do carro, que lhe mande flores e que lhe pague a conta do jantar. Isso é uma questão de gentileza. Muito mais do que isso, uma questão de educação.

“Dividir a conta? Nem pensar! Se não puder me pagar um jantar, leve-me ao Mac Donalds” disse uma das amigas que estava na roda do bar.

Conquistar a independência financeira não quer dizer que deixamos de querer as gentilezas próprias que um homem deve ter com uma mulher. Será que isso é ser interesseira?

Meninos, deu pra entender a diferença? Rsrsrsrs

Amizade colorida

Quem tem quarenta se lembra bem desse termo usado na década de 80. Amizade colorida servia para definir casos amorosos que não tinham muito compromisso mas de certa forma eram constantes.

Nos dias de hoje eu definiria como “ficantes”. É o que se usa no momento. Fulano é meu “ficante”. Esse termo define bem a falta de compromisso. Ambos “ficam” quando podem e quando dá, sem nenhum tipo de cobranças. Existe até uma constância mas não há regras. Pode acabar a qualquer momento. E cada um pode ter vários desses “ficantes” ao mesmo tempo. Claro, desde que um não saiba do outro.

Isso não acontece só com os jovens. Esse tipo de relacionamento serve para todas as idades. E tenho visto que é muito comum principalmente entre homens e mulheres que estão na faixa dos quarenta.

Eu tenho amigos que pedem para eu escrever sobre esse tema. Sim, pasmem! Os homens querem compromisso. Muitos estão cansados das “amizades coloridas”. Querem algo mais sério e reclamam da dificuldade de encontrar mulheres que queiram o mesmo.

Homens e mulheres estão tão independentes em todos os sentidos que pensam que não precisam mais de ninguém para compartilhar nada. Cada um se basta. Apenas se encontram para suprir mutuamente as suas carências . Tudo é muito passageiro. No dia seguinte, ninguém sabe o que vai acontecer. Não há expectativas.

Os relacionamentos esfriaram um pouco. A razão tem falado mais alto do que a emoção. Tudo é uma questão de viver o momento. E claro que esse tipo de relação acaba incomodando um pouco. Principalmente quando os sentimentos falam um pouco mais alto. Chega uma hora que cansa. Quem não quer um colo para deitar? Quem não quer um companheiro para ir ao cinema ou um ombro para chorar quando for preciso?

É…o mundo está mudado. Pense nisso!

O resgate

Um dos maiores erros que cometi na vida foi, por um certo tempo,  mudar o meu jeito de ser.

Claro que eu não percebi. Tudo aconteceu naturalmente.

Eu me lembro bem, há alguns anos, tive um namorado mais baixo do que eu. Depois de alguns meses de namoro eu, que sempre adorei sapatos  bem altos, tratei de levá-los ao sapateiro para cortar os saltos. Esse namorado também não gostava que eu usasse maquiagem e nem cabelos soltos.

Homens inseguros te diminuem para que se sintam melhores do que você. Isso acontece com frequência.

Depois que me casei, achei que isso nunca mais aconteceria comigo. Errei mais uma vez. Tudo certo com a maquiagem e com os saltos. Ele era alto afinal. Eu me anulei de outras formas. Mesmo sem querer deixei de tomar algumas atitudes próprias da minha personalidade.

Coisas bobas como subir numa cadeira para dançar sem medo de achar o que os outros iriam pensar ou até de falar alguma coisa para alguém quando eu quisesse.

Estive com uma amiga que não via há algum tempo. Ela me conhece há muitos anos. Logo depois do nosso encontro, ela me ligou para dizer que estava feliz de ver a Vanessa de antigamente, aquela mesma que ela conheceu.

Sim, eu me resgatei, literalmente. Voltei a ser quem eu sempre fui. A mudança, queira ou não, é bem aparente.

Acho que agora aprendi bem a lição. Eu faço o que eu quero, na hora que quero e do jeito que eu quero!

Quer saber? Eu gosto de ser a Vanessa que eu sou! Como é bom ser uma mulher de quarenta!

É…o que não te mata, te deixa mais forte! Curta aí!

A revanche

Raquel estava na farmácia. Com a mudança do tempo a gripe chegou. Ela conversava com o farmacêutico quando viu seu ex-namorado entrar. Eles moram perto e frequentavam praticamente os mesmos lugares.

Já fazia um tempo que haviam terminado, mas nunca mais haviam se encontrado. Ela não gostava mais dele tanto quanto antes. Mas alguma coisa estava mal resolvida.

Raquel passou mão nos cabelos. Ajeitou a roupa e encolheu a barriga. Pegou rapidamente o seu remédio e se dirigiu ao setor de preservativos.

Quando Miguel chegou mais perto, ela chamou a sua atenção. Tratou de colocar rapidamente três caixas distintas de preservativos na sua cesta, com sabores e tamanhos distintos.

– Oi, quanto tempo!? Como você está? – Disse-lhe ele, beijando-a na face.

– Nossa, que bom te ver! Estou ótima! – Disfarçando a voz afônica que estava.

– O que faz por aqui? – Continuou ele.

– Passei para dar uma olhadinha. Sabe como são as mulheres, não é? – Falou ela olhando para a cesta e com um leve sorriso nos lábios.

Quando Miguel viu a cesta cheia da ex, arregalou bem os olhos.

– Puxa! – Soltou ele, meio que sem querer.

Ela fingiu ficar um pouco sem graça e esboçou um leve sorriso nos lábios.

– Bem, tenho que ir, estou atrasada. Foi bom te ver! – Saiu ela dirigindo-se ao caixa.

– CPF na nota? – Perguntou o atendente.

– Sim, certamente. – Disse ela despejando aquele monte de caixas barulhentas sob o balcão.

Miguel chegou logo em seguida para pagar com um desodorante nas mãos.

Raquel pagou a conta, pegou a sacola e despediram-se mais uma vez.

– Tenho que ir…até mais. – Disse-lhe Raquel.

Ele mal lhe deu “tchau”. Ficou furioso. Possesso, eu diria. Parou para pensar no tempo que estiveram juntos e lamentou a perda. “Nossa, como ela está mudada.” – Pensou Miguel.

Raquel voltou para a casa. A vingança estava feita, ainda que tivesse demorado um pouco para chegar. Na época que estavam juntos, Miguel a traiu com uma mulher mais nova. Sim, Raquel é uma mulher de quarenta.

Ela chegou em casa e arrumou os armários. Guardou seus preservativos na cômoda, bem ao lado da sua cama. Olhou para o telefone na esperança dele tocar.

Abriu um vinho, colocou uma música e depois de algumas horas finalmente adormeceu.

Ela acorda todos os dias e olha para a gaveta da sua cômoda. Fica na dúvida do que fazer para se livrar do estoque que fez. Pensa no Miguel.

Ai, ai, se arrependimento matasse.

Essa mulherada apronta cada uma!

Tolerância zero

Meu pai me disse que atingiu certa idade da vida que já não tolera mais algumas coisas. Ele está prestes a fazer 70 anos. Tem todo o direito.

Eu, aos 40, resolvi não esperar mais 30 pra poder ficar intolerante a algumas coisas.

Eu não tolero mais gente chata, gente pessimista, que só fala de doenças, de problemas. E gente que só fala de trabalho então? Ah, ninguém merece! Rsrsrsrs

Pessoas que insistem no mesmo assunto, são redundantes, prolixas, não sabem dar espaço para os outros falarem. Ah, tô fora!

Eu quero gente, gente de verdade! Gente alegre, gente feliz, gente positiva, gente agradável, gente inteligente e que sempre tem alguma coisa pra contar.

Gente de classe, não social, mas gente educada. Gente de bem que tem sempre alguma coisa a acrescentar.

Eu quero ao meu lado gente que não seja invejosa, gente segura. Quero gente que ri quando leva um tombo na rua, ainda que tenha doído muito!

Quero gente bem resolvida e que, ainda que divida seus problemas comigo, não destrua o meu astral.

Isso! Eu quero gente de bom astral!

Tá bom, eu concordo com você! Não é fácil encontrar pessoas assim todos os dias, mas que seria uma boa seria, não é? Será que estou com a síndrome da tolerância zero?

Com todo o respeito que tenho por vocês, quer saber? Gente feliz…não enche o saco!

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